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neuro demências


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Neuropsicologia das demências
Camila Rosa
Janaína Souza
Nicole Giovana
Shirley Nascimento
Sunamita Dias
Priscila Lusvardi
 “Com o aumento da população idosa no Brasil, doenças que causam demência tornaram-se, ao lado dos transtornos depressivos, as enfermidades neuropsiquiátricas de maior prevalência na terceira idade” 
	(Bottino et al.,2008, citado por Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos e Abreu, 2009)
Pinel, Esquirol e Ball no século XIX
Conceito atual:
“uma síndrome de declínio cognitivo-comportamental que se manifesta pelo comprometimento de, pelo menos, duas funções mentais, como memória, linguagem e habilidade visuoespacial, de intensidade suficientemente grave para comprometer a autonomia do paciente nas realizações das atividades da vida cotidiana”
 (McKhann et all, 2011 citado por Fuentes et, al, 2014, p. 321)
 	Causas da demência: 
Processos infecciosos (neurossiflis)
Processos metabólicos (hipotireoidismo)
Processos estruturais (tumor, hematoma, hidrocefalia de pressão normal)
Doenças degenerativas: (DA)Alzheimer, (DCL)Demência com corpos de Lewi, (DFT)Demência frototemporal
Doenças não degenerativas: (DV)Doença vascular
	Diagnóstico diferencial
Avaliação clínica mais aprofundada que inclui anamnese, avaliação psiquiátrica, testagem neuropsicológica, exames físico e neurológico, associado a determinações bioquímicas e de neuroimagem. 
	(Malloy-Diniz et al., p. 254, 2009)
Rastreio cognitivo x Avalição Neuropsicológica
 	Teste de rastreio ideal: 
ser breve;
 ter boa aceitação pelos pacientes sem causar desconforto e resultar em reações defensivas; 
ser fácil de administrar e corrigir; 
ser relativamente independentes de fatores confundidores como educação, cultura e linguagem; 
ter boas propriedades psicométricas (...); 
abranger amplamente as funções intelectuais)
	Alguns dos instrumentos de rastreio cognitivo adaptados ao português do Brasil, devidamente validados são: 
Mini exame do estado mental (MEEM);
Teste do desenho do relógio;
Teste breve de performance cognitiva;
Bateria de avaliação frontal
Fluência verbal;
Exame cognitivo de Addenbrooke-revisado.
	Avaliação neuropsicológica
Localização e lateralização da disfunção cerebral associada a comprometimento comportamental
Diferenciar os tipos de demência, 
Distinguir demência de envelhecimento normal; 
Trazer orientação ao médio e aos familiares;
Informações para conduta e alternativas terapêuticas ao longo da doença 
Principais funções cognitivas como memória, atenção, função executiva, linguagem e habilidades visuoespaciais
Alzheimer
Demências
O DA é uma doença crônico-degenerativa, que atinge principalmente os idosos, cuja a síndrome principal se caracteriza pelo declínio cognitivo progressivo. Estes declínios comprometem significativamente o funcionalmente social e ocupacional do sujeito (APA, 1995 citado por Handan, 2007). 
A doença ela pode ser dividida em duas formas: 
Formas típicas;
Formas Atípicas;
Forma Típica
Forma de Amnésia;
Déficit de memória episódica anterógrada.
Regiões temporais mediais;
Hipocampo e o córtex entorrinal. 
Forma Típica
A evolução dos sintomas comportamentais e cognitivos da DA, está relacionada com a progressão das alterações neuropatológicas (emaranhados neurofribilantes, perda sináptica e morte neuronal), que tem inicio em áreas temporais mediais (córtex entorrinal e formação hipocampal) e, depois atingem o neurocórtex, que está localizado em áreas temporais, parietais e frontais (Hyman, 2011 citado por Camargo et al., 2008).
A evolução do DA pode ser dividida em três estágio:
Inicial ou Leve;
Intermediária ou Moderada;
Avançada ou grave.
A avaliação cognitiva mais usada na pratica clinica para pacientes com demência é o Miniexame do Estado Mental, pois é de fácil e breve aplicação.
Formas Atípicas
Preservação da memória episódica;
Acometimento focal de outros déficits cognitivos:
Déficits de linguagem (afasia logopênica);
Déficits de habilidade visuoespaciais (atrofia cortical posterior)
Déficits das funções executivas associadas a alterações comportamentais (variante frontal da VA).
Neuropsicologia da Demência Vascular
Demência Vascular (DV) é a segunda principal causa de demência, sendo responsável por 25% dos casos.
(Fuentes Daniel et al.,2014). 
Neuropsicologia da Demência Vascular
Diagnóstico depende: Estabelecimento da relação causal entre a Síndrome Demencial e a doença cerebrovascular.
Heterogeneidade clinica da DV: Variações dos quadros de doença cerebrovascular que compreendem:
 
 Doença de pequenos vasos
 Doença de grandes vasos
 Lesões hemorrágicas intracerebrais
 (Fuentes Daniel et al.,2014)
Neuropsicologia da Demência Vascular
Principais áreas de comprometimento para a avaliação neuropsicológica.
Atenção
Memória
Habilidades visuo-espaciais
Função executiva
Velocidade e coordenação motora
 Linguagem e fala
Distúrbios neuropsiquiátricos
 
						 (Charles 1998)
Neuropsicologia da Demência Vascular
Medidas para a reabilitação cognitiva
Analise neuropsicológica de cada novo paciente
Fatores necessários para os cuidados terapêuticos com pacientes com DV.
Demência de Corpos de Lewy
Presença de estruturas esféricas anormais, denominadas por corpos de Lewy, que se desenvolvem dentro das células nervosas.
depósitos de α-sinucleína, por proteínas neurofilamentares e pela ubiquitina.
Demência de Corpos de Lewy
“demência com corpos de Lewy” mesmo quadro clínico: a variante com corpos de Lewy da doença de Alzheimer, demência associada com corpos de Lewy corticais, demência senil do tipo corpos de Lewy, doença com corpos de Lewy difusos e doença de Alzheimer com variações parkinsonianas
Demência de Corpos de Lewy
≠ localizações no cérebro = ≠ condições clínicas
se situados na via nigroestriatal estarão ligados a manifestações extrapiramidais;
 nos gânglios autonômicos, à hipotensão postural; 
no córtex límbico, à psicose;
 no neocórtex, com declínio cognitivo.
Possíveis causas da DCL
Radicais livres que podem estar associados a agregações anômalas entre proteínas citoplasmáticas, causando a formação dos corpos e consequentemente o processo de neurodegeneração;
Disfunções no DNA mitocondrial, aumento dos níveis de ferro livre e a perda ou diminuição dos mecanismos de defesa contra radicais livres são outras possíveis fontes indutoras do aumento do estresse oxidativo no paciente com doença de Parkinson e DCL .
Aspectos clínicos
Flutuações cognitivas rápidas ou de períodos mais extensos(variação na atenção e alerta, déficits da função cognitiva e do desempenho global);
Deterioração da capacidade de evocação da memória - declínios relacionados à aquisição e à consolidação da memória (os déficits nos testes de atenção e nas capacidades viso espaciais. podem ser particularmente proeminentes);
Aspectos clínicos
Alucinações visuais (auditivas, olfativas, gustativas;
Sintomas da síndrome parkinsoniana como: rigidez e bradicinesia, fala arrastada e hipofonética, tremor e marcha lentificada e arrastada; 
(*podem também apresentar delírios e/ou depressão)
Diagnostico
História detalhada do padrão de sintomas e pela exclusão de outras causas, tais como a demência vascular e a doença de Alzheimer;
Diagnóstico definitivo depende da análise (anatomopatológico) do tecido cerebral (pós-morte, dependerá da quantidade e da localização dos CL, sendo o tronco encefálico e o córtex cerebral as localizações fundamentais para o diagnóstico dessa demência)
Diagnostico
“Quando ocorrer dentro dos 12 meses de início dos sinais e sintomas motores , o paciente deverá receber o diagnóstico primário de DCL possível, que será fortalecido pela presença de um aspecto essencial ou de um sintoma de suporte . Caso a história clínica de parkinsonismo
tenha início mais de 12 meses depois do início do declínio cognitivo, o diagnóstico mais apropriado a ser usado será doença de Parkinson com demência, DCL ou outro”. 
		(McKeith et al., 1996 como citado em Tavares & Azevedo, 2003,p. 32).
Tratamento
Reabilitação neuropsicológica (visa a readaptação do raciocínio e melhora do funcionamento físico e mental)
MEDICAMENTOS: 
X medicamentos antiparkinsónicos podem agravar as alucinações;
X medicamentos antipsicóticos), pois podem piorar ou ainda precipitar as manifestações dos sintomas
√ inibidores da acetilcolinesterase.
Demência Frontotemporal
Desordem neurodegenerativa que apresenta mudanças na personalidade e comportamento
Ocorre principalmente entre 45 e 65 anos de idade
Sintomas associados a alterações de personalidade e transtornos de conduta social
Principais Sintomas
Impulsividade
Desinibição
Indiferença afetiva
Apatia 
Perda de regras sociais
Divisão funcional do lobo frontal
Orbital
Medial 
Dorso lateral
Apresentação Clínica
A apresentação pode ocorrer em três padrões comportamentais:
Apática
Desinibida
Mista
Investigação
	São usados testes de elaboração de conceitos, de categorização, de planificação e de resolução de problemas.
Teste de trilhas
Teste de seleção de cartas de Wisconsin 
Torre de Londres 
Bateria de Avaliação Frontal
Considerações Finais
	A identificação do problema por meio da avaliação psicológica é muito importante para a investigação de um paciente com demência. Essa avaliação é útil para conhecer e mensurar as alterações cognitivas e para diagnósticos diferencial e acompanhar os sintomas nas demências.
	A experiência que o examinador tem em relação aos sinais e sintomas de cada demência é de extrema importância, pois quanto mais experiente for o examinador, mais rápido e preciso será a identificação do tipo de demência que o paciente possui.
	Todo conjunto de informações fornecidas pela avaliação e pelos exames adicionais que completa o diagnóstico, proporcionam uma boa assistência terapêutica para famílias e principalmente para o paciente.

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