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DIREITO DO CONSUMIDOR - Elementos da Relação de Consumo 30.05.15


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DIREITO DO CONSUMIDOR
Vulnerabilidade: todo consumidor é vulnerável
Nem todo consumidor é hipossuficiente. O consumidor hipossuficiente é aquele que é ainda mais vulnerável. Se o juiz entender que o consumidor é hipossuficiente, ele irá determinar casuisticamente a inversão do ônus da prova.
A vulnerabilidade pode ser:
Técnica: falta de conhecimento técnico 
Jurídica/Científica: é a falta de conhecimento jurídico ou científico
Econômica/Fática: casuística
Elementos da relação de consumo
Elemento subjetivo: sujeitos da relação de consumo (consumidor e o fornecedor)
Conceito de consumidor (Art. 2º, CDC): O consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Consumidor por equiparação (Art. 2º, CDC): extensão do conceito de consumidor que não praticou um ato de consumo propriamente dito, mas que será tratado como consumidor. 
OBS. 1: Equipara-se ao consumidor a coletividade de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo. (Art. 2º, § único, CDC) Ex.: associação; recall
OBS. 2: Equipara-se ao consumidor também as vítimas do acidente de consumo (art. 17, CDC) Ex.: ocorre uma explosão em um shopping que atinge não só os consumidores nele presentes, mas também as pessoas que estão em um ponto de ônibus próximo ao estabelecimento. Estas últimas serão consideradas consumidoras por equiparação.
OBS. 3: Equiparam-se ao consumidor as pessoas expostas às práticas de consumo (Art. 29, CDC)
	TEORIA FINALISTA
	TEORIA MAXIMALISTA
	T. FINALISTA APROFUNDADA
	Consumidor é aquele que retira o produto ou o serviço do mercado de consumo, exaurindo a sua destinação econômica.
	Consumidor é aquele que retira o produto ou o serviço do mercado de consumo, sem necessariamente exaurir a sua destinação econômica.
	Consumidor é aquele que retira o produto ou o serviço do mercado de consumo, sem, necessariamente exaurir a sua destinação econômica, mas desde que seja vulnerável
Conceito de fornecedor (Art. 3º, caput): é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, ente despersonalizado (espólio e a massa falida) que desenvolva atividade de produção, montagem, fabricação, desenvolvimento, criação, importação e exportação de produtos ou prestação de serviços.
Elemento objetivo: o objeto da relação de consumo (produto ou o serviço)
Conceito de produto: é todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Conceito de serviço: é toda atividade oferecida no mercado de consumo mediante remuneração exceto aquelas reguladas pelas normas trabalhistas
	FATO DO PRODUTO/SERVIÇO
	VICIO DO PRODUTO/SERVIÇO
	O Fato está relacionado a um defeito.
O produto/serviço é defeituoso quando não oferece a segurança de que dele se espera.
Violação do dever de segurança -> acidente de consumo.
	O vício está relacionado à qualidade e à quantidade.
O produto/serviço não está adequado para os fins a que se destinam.
Violação do dever de adequação -> quebra de expectativa.
Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço
Resp. pelo fato do produto (art. 12 e 13): o produto
	Quem responde pelo fato do produto 
	Quem responde pelo vício do produto
	ART. 12
Fabricante; produtor; construtor; importador.
Falta o comerciante, pois a responsabilidade do comerciante pelo fato do produto é subsidiária e não solidária
	ART. 18
Todos os fornecedores, inclusive o comerciante.
Respondem solidariamente
Exceção: O comerciante responde pelo fato do produto quando não houver identificação do fabricante, produtor, construtor ou importador
Resp. pelo fato do serviço (art. 14): via de REGRA, a responsabilidade do fornecedor de serviços independe da prova da culpa (responsabilidade objetiva).
Exceção (Art. 14, § 4º): a responsabilidade pessoal do profissional liberal será apurada mediante a verificação da culpa (responsabilidade subjetiva).
OBS. O STJ entende que para a relação advogado – cliente não se aplica o CDC, mas o EOAB.
	Resp. pelo vício do produto (Art. 18)
	Resp. Pelo vício do serviço (Art. 20)
	Não sendo sanado o vício em 30 dias, o consumidor pode, a sua escolha, exigir: 
A substituição do produto
A restituição da quantia paga, atualizada mais perdas e danos
O abatimento no preço
	O consumidor pode, à sua escolha, exigir:
A reexecução do serviço
A restituição da quantia paga, atualizada mais perdas e danos
O abatimento no preço
Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço
Prazos:
Fato -> prescrição (art. 27): 5 anos contados do conhecimento do fato do produto ou do serviço
Vício -> decadência (art. 26): 
Vício aparente ou de fácil constatação para:
-Bens duráveis: 90 dias
-Bens não duráveis: 30 dias
Contados da entrega do produto ou do término da execução do serviço.
Vício oculto ou de difícil constatação para:
-Bens duráveis: 90 dias
-Bens não duráveis: 30 dias
Nesse caso, o prazo é contado da ciência do vício.
OBS.: Se houver garantia, espera-se ela acabar para contar o prazo.
Exercício do direito de arrependimento (art. 44): o consumidor pode desistir do contrato no prazo de 7 dias, contados da sua celebração, da entrega do produto ou da execução do serviço, sempre que a sua contratação se der fora do estabelecimento (via internet, telefone, a domicilio, etc.)