Buscar

Direito do consumidor resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Publicidade Enganosa
- É aquela publicidade falsa, mentirosa, que vincula informações falsas para o consumidor e por conta disso o consumidor é induzido a erro.
ART. 37, §1, CDC – É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, característica, qualidade, quantidade, propriedade, origem, preço e quaisquer outros dados sobre os produtos e serviços.
- Para que uma publicidade seja enganosa, ela deve ser capaz de levar o consumidor ao erro, mesmo que esse erro não se verifique no caso concreto. 
- A análise da enganosidade se dá em ABSTRATO.
- A análise da enganosidade leva em consideração 2 critérios:
	- Critério Objetivo: Conteúdo da Publicidade 
	- Critério Subjetivo: Vulnerabilidade do público
- Devemos analisar se aquele produto que é objeto de uma publicidade enganosa é destinado para um público mais vulnerável ou menos vulnerável.
- Quanto a RESPONSABILIDADE: o fornecedor anunciante responde de modo objetivo. (Se aquela publicidade enganosa lesou o consumidor de alguma forma, o fornecedor anunciante responde de maneira objetiva).
A REGRA GERAL DA RESPONSABILIDADE NAS RELAÇÕES DE CONSUMO É OBJETIVA!!
- A responsabilidade é objetiva e recai sobre o anunciante e também recai sobre aquele que tirou proveito da publicidade enganosa.
- O anunciante SEMPRE será responsabilizado, devemos analisar se não houve outras pessoas que também se aproveitaram da publicidade enganosa, formando deste modo uma espécie de cadeia, de modo que também serão responsabilizadas.
- Existem 2 formas de publicidade enganosa:
	- Comissiva: O fornecedor tem conhecimento das informações sobre o produto, mas mesmo assim, induz o consumidor ao erro.
	- Omissiva: O fornecedor deixa de prestar uma informação essencial que poderia influenciar na compra do produto ou serviço. (O fornecedor fica em silencio). 
- Agencias de veículos e as respectivas marcas: Aqui devemos analisar se as agências estão envolvidas com as respectivas marcas, ou seja, a agencia está envolvida na publicidade enganosa junto com a marca?
Se a agencia estiver envolvida com a marca existem 3 correntes doutrinarias para explicar qual regime de responsabilidade doutrinaria será aplicada.
1° Corrente doutrinaria: AMBOS RESPONDEM OBJETIVAMENTE: se a agencia de veículos estiver junto com a respectiva marca envolvidas na publicidade enganosa, ambas irão responder objetivamente, trata-se, portanto, de uma publicação do art. 7, §único do CDC.
2° Corrente doutrinaria: AMBOS RESPONDEM SUBJETIVAMENTE: art. 186, CC – Aplicação da teoria do diálogo das fontes.
3° Corrente doutrinaria: A AGENCIA DE VEICULOS E A RESPECTIVA MARCA NÃO RESPONDEM EM CONJUNTO: - corrente utilizada em concursos!!!! 
Corrente adotada pelo STJ no julgamento do RESP 604 172/SP. 
Publicidade Abusiva
ART. 37 §2, CDC – É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite a violência. Explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou seja, capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança.
- A publicidade será abusiva quando violar a CF, ou quando violar o ordenamento jurídico. 
- A análise da abusividade se dá em ABSTRATO.
- São exemplos de publicidade abusiva:
	- Publicidade discriminatória: Aquela que discrimina, de qualquer forma, o ser humano. EXEMPLO: Publicidade menosprezando o público LGBT, fazendo referência a um produto apenas para o público heterossexual.
	- Publicidade exploradora do mercado ou da superstição: É aquela que usa o medo do consumidor para força-lo a consumir um produto ou serviço. EXEMPLO: Empresa de segurança que deseja vender seus serviços para moradores de um bairro violento da cidade e afirmam que quem não aderir ao serviço será assaltado.
	- Publicidade que incita a violência: É aquela que utiliza para promoção do produto ou serviço a violência entre seres humanos, animais ou até coisas. EXEMPLO: Publicidade de suplemento alimentar que veicula a luta sangrenta de 2 homens.
	- Publicidade Anti ambiental: É aquela que incita o ser humano a destruir o meio ambiente. EXEMPLO: Publicidade de uma serra elétrica destruindo arvores de uma área de preservação permanente.
- Publicidade que induz insegurança: É aquela que induz o consumidor a se comportar de forma insegura, perigosa. EXEMPLO: Publicidade de um carro que incita o consumidor a dirigir em altas velocidades.
- Publicidade dirigida a crianças: É aquela que se aproveita da inexperiência e imaturidade das crianças. EXEMPLO: publicidade em que a apresentadora de televisão incita as crianças a destruir seus tênis usados para que seus pais comprem novos. 
- A RESPONSABILIDADE da publicidade abusiva é OBJETIVA, onde será responsabilizado o anunciante e será responsabilizado também aquele que tirar proveito da publicidade abusiva. 
Práticas Abusivas
Art. 39, CDC – Fornece um rol exemplificativo daquilo que o CDC considera como pratica abusiva. 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
I - Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
	
“Venda Casada”
	EXEMPLO: Cinemas que só deixam entrar nas salas com alimentos fornecidos pelo próprio estabelecimento.
	
- Este inciso também considera como abusiva a limitação quantitativa do fornecimento de produto ou de serviço sem justa causa.
	EXEMPLO: Vou em um estabelecimento e limita que eu adquira certa quantidade de bens, vou em uma farmácia que possui uma placa informando que só posso levar 2 remédios X.
	- NO CASO DO CORONA ONDE ERA LIMITADO A COMPRA DE ALCOOL EM GEL, ESTA PRATICA DE LIMITAR OS PRODUTOS ERA PERMITIDA, POIS HAVIA UMA JUSTA CAUSA, PARA QUE NINGUEM FICASSE SEM!
II - Recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
EXEMPLO: Um taxista recusa pegar a viagem. 
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
EXEMPLO: Empresa envia cartão de credito sem que o cliente tenha solicitado.
IV - Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V - Exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - Executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
EXEMPLO: Meu carro quebra, e faço 3 orçamentos e ele executa o serviço sem a minha autorização expressa, caso ele faça isso, se enquadra como amostra grátis. 
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX - Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
- É considerado pratica abusiva a exigência pelo fornecedor a intermediação. 
X - Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII - deixar de estipularprazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999)
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo. (Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017)
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
Princípios do Direito do Consumidor
- Principio da vulnerabilidade: Este princípio é base para o CDC. O CDC trabalha com uma presunção absoluta de que o consumidor é parte vulnerável na relação de consumo.
- Este princípio este expresso no art. 4, inciso I, do CDC.
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo
- A doutrina divide a vulnerabilidade em 3 categorias:
- Vulnerabilidade Técnica: Consiste na falta de conhecimento pelo consumidor das características do produto ou serviço.
- Vulnerabilidade Jurídica: Falta de conhecimento pelo consumidor, esta falta de conhecimento diz respeito aos direitos e deveres (lei) que são inerentes a relação de consumo. 
- Vulnerabilidade Econômica: Estamos diante da fragilidade do consumidor perante o poder econômico do fornecedor.
- Principio da boa-fé objetiva: previsto no art. 4, inciso III, CDC
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
- Este princípio representa um padrão que se espera que o fornecedor pratique no âmbito das relações de consumo.
	- Regras de conduta que o fornecedor deve praticar no âmbito das relações de consumo, as condutas dos fornecedores devem ser condutas éticas, condutas que respeitem a expectativa dos consumidores na relação de consumo. 
- Estamos falando sobre CONDUTAS dos fornecedores!
- Os fornecedores devem se portar de forma ética, respeitando as expectativas do consumidor naquela relação jurídica, naquela relação de consumo. 
- Funções da boa-fé:
	- Função interpretativa: havendo dúvida na interpretação quanto as regras ou cláusulas contratuais devemos sempre adotar aquela interpretação que esteja alinhada com a boa-fé objetiva.
	- Função integrativa da boa-fé: Função de criação de deveres jurídicos, significa que o princípio da boa-fé objetiva faz surgir aquilo que chamamos de deveres anexos (Não precisam estar anexos no contrato) em relação as relações contratuais regidas pelo CDC.
	EXEMPLO: Dever de informação, cooperação, cuidado. 
	- Função de Controle: Limita direitos subjetivos, limita a atuação do fornecedor.
	EXEMPLO: Consumidor celebra com um determinado fornecedor um contrato e eu tenho cláusulas contratuais que sejam incompatíveis com a boa-fé objetiva, essas cláusulas contratuais serão nulas. 
- Princípio do Equilíbrio: Busca reestabelecer o equilíbrio das relações de consumo.
- Este equilíbrio deve estar presente tanto no plano material como no plano processual das relações de consumo.
- Principio da Defesa do Consumidor Pelo Estado: O Estado pode intervir nas relações de consumo para defender os interesses dos consumidores.
- Principio da Harmonização: É preciso existir harmonia entre os interesses dos consumidores e fornecedores. A livre iniciativa do fornecedor precisa ser respeitada, ou seja, não podemos ter uma proteção ao consumidor exagerada, a proteção ao consumidor deve ser na medida certa sem exageros, pois da mesma forma que o consumidor tem seus interesses os fornecedores também possuem seus interesses. 
- Principio da Transparência: A relação de consumo deve ser transparente em todas suas fases, inclusive na fase pós contratual. 
- Principio da Confiança: Se trata de um princípio implícito em nosso ordenamento jurídico.
Quando um consumidor compra um produto ele cria expectativas quanto a segurança e durabilidade do produto. 
- Aqui estamos falando das legitimas expectativas do consumidor. 
EXEMPLO: Comprar uma televisão, temos a expectativa de que ela ira durar muitos anos. 
EXEMPLO: Empresa que fornece serviço de estacionamento para seus clientes, você vai em um determinado local e utiliza o serviço de estacionamento, e seu carro é furtado, a empresa que fornece o serviço de estacionamento poderá ser responsabilizada segundo o STJ, pois isso decorre do princípio da confiança. 
- Principio do Combate ao Abuso: O fornecedor não pode desrespeitar abusivamente os direitos dos consumidores. 
- O fornecedor deve respeitar o direito do consumidor.
- Este princípio também pode ser aplicado nas relações entre fornecedores, por exemplo nos casos de concorrência desleal. 
 - Principio da informação e da educação: art. 4, IV, CDC
IV - educação E informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
- Determina que os consumidores devem ser informados quanto aos seus direitos e deveres. 
- A ideia é que a informação ao consumidor evite atos de consumo por impulso, atos que possam gerar o endividamento do consumidor.
- Devemos ter mecanismos que proporcionem a educação do consumidor com o objetivo de melhorar o mercado de consumo.
- Princípio da Precaução: Sua origem é no direito ambiental. 
- Trabalha com a ideia de incerteza cientifica 
Direitos Básicos do Consumidor
Estão previstos no art. 6, CDC + art. 7, CDC.
- O art. 6 traz um rol de direitos básicos do consumidor, trata-se de um rol exemplificativo. 
- Direito a vida, direito a saúde e o direito a segurança do consumidor: Estão previstos no art. 6, I, CDC.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
- Aqui estamos diante de uma obrigação imposta ao fornecedor, de modo que ele não coloque no mercado produtos que coloquem a vida, saúde e segurança do consumidor. 
- NÃO se admite que o fornecedor coloque produtos que possam gerar danos ao consumidor. 
- Direito a educação: O consumidor tem o direito de ser educado acerca de seus direitos, o poder público deve colocar a disposição dos consumidores palestra, cursos que expliquem aos consumidores quais são os direitos que ele tem. 
- O direito a educação pode ser visto de 2 formas:
- Ótica Formal: inserida no currículo básico (ensino básico), formar um consumidor mais consciente, um consumidor que saiba que ele tem direito, mas para evitar o problema do super endividamento do consumidor, mostrar para o consumidor que ele não pode comprar tudo que quer sem verificar se o mesmo possui condições para tal.
- Ótica Informal: É aquela disponibilizada pelos órgãos de defesa do consumidor. EXEMPLO: Procon, imprensa
II - A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
- Direito a liberdade de escolha: Matéria de livre iniciativa é assegurada ao consumidor, assim como a livre concorrência.
O consumidor tem o direito de escolher aquele produto ou serviço que melhor atenda suas necessidades, inclusive é por isso que no Brasil a venda casada é proibida. 
- Direito a efetivaprevenção e reparação dos danos patrimoniais e morais: 
	
O CDC adota o princípio da reparação integral dos danos, ou seja, qualquer dano causado perante o consumidor, este dano deve ser reparado integralmente.
EXCEÇÃO: Existe a possibilidade de não reparar o dano, nos casos em que estamos diante de:
		- Pessoa jurídica
* Quando o consumidor por um PF ela poderá firmar um acordo com o fornecedor, e neste acordo poderão prever a diminuição da reparação dos danos. 
- Dano Moral: consiste na ofensa a um direito da personalidade (arts. 11 ao 21, CC)
	 A reparação dos danos morais é um direito previsto constitucionalmente, Art. 5, V, X, CF.
	 Esta reparação possui a dupla função, ou seja, serve para 2 coisas: 
 - Função compensatória 
			 - Função Punitiva
Função compensatória: (Dizemos que é uma compensação pois o direito da personalidade não conseguimos precifica-los, quanto vale a honra de uma pessoa? não conseguimos falar em uma indenização completa do patrimônio)
Função Punitiva: Punir o ofensor para educá-lo
	- Dano Moral Presumido: Prova-se apenas a pratica do ilícito. EXEMPLO: inscrição indevida no SPC.
	- Dano Moral Coletivo: STJ + Doutrina Majoritária entendem que existe sim a possibilidade de existir o dano moral coletivo (Art. 6, VI, CDC)
	 Deve haver a comprovação de 2 requisitos:
	-Razoável significância do fato 
	- Repulsa Social
EXEMPLO: Comercialização de leite com vicio de qualidade (Leite estragado) Ou a divulgação ilícita de cigarros.
SÚMULA 370 -> Cheque pré-datado – Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Você não é obrigado a aceitar o cheque pré-datado, ocorre que a partir do momento em que você aceita, você não pode depositar em data antecipada daquela que está no cheque. 
SÚMULA 385 -> Anotação irregular em cadastro de proteção ao credito não gera dano moral quando pré existente legitima inscrição. Tenho uma inscrição legitima no SPC e uma outra empresa me inscreve novamente no SPC, não vou poder requerer dano moral, pois já tinha uma inscrição legitima, a única coisa que poderei fazer é o direito de cancelamento.
SÚMULA 387 -> Diz que é possível a cumulação de dano moral com dano estético. EXEMPLO: experimento um produto no rosto a base de acido e me da uma reação, pois estava eventualmente estragado, e me gerou um dano estético, uma mancha no rosto, posso pleitear dano moral e dano estético. 
SÚMULA 388 -> A simples devolução indevida de cheque causa dano moral. 
- Direito de acesso a justiça: Direitp de acesso a um ordenamento jurídico justo, que pode ser vislumbrado por meio de:
- Assistência aos necessitados (defensoria pública)
- Consumidor pode demandar no seu domicilio
- Ações coletivas
- Direito a inversão do ônus da prova: Em regra o autor deve provar os fatos constitutivos de seu direito, e o réu deve provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
- Direito a prestação adequada e eficaz de serviços públicos: Temos como objeto serviços públicos nas relações de consumo e nessas ações as regras do CDC são aplicadas.
Relação Jurídica de Consumo
Toda e qualquer relação de consumo está abrangida pelo CDC. 
- Nas relações de consumo existem 2 elementos: 
- Objetivos 
- Subjetivos 
	- Elementos subjetivos: São as partes da relação de consumo, que são por excelência o consumidor de um lado e o fornecedor de outro.
- Elementos Objetivos: Podem ser o produto ou serviço. 
* Esses conceitos são relacionais, interdependentes, um não existe sem o outro, formam uma teia. 
- CONSUMIDOR: No direito Brasileiro existem várias espécies de consumidor.
	A- Consumidor em sentido estrito: Art. 2, CDC
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Consumidor pode ser PF ou PJ 
O Consumidor pode adquirir o produto ou usá-lo
O consumidor pode ser o destinatário final: - Existem 3 teorias para tentar entender o que é destinatário final.
	- Teoria Maximalista ou teoria objetiva: O consumidor será a PF ou PJ que retira o bem do mercado de consumo, sem levar em conta o destino final da coisa. 
EXEMPLO: Tenho uma loja e compro 30 cadeiras e compro 20 mesas, a partir do momento em que estou comprando estes produtos estou retirando-os do mercado de consumo e estou levando para o meu estabelecimento, o destino final do produto não importa para esta teoria, basta que eu simplesmente retire o bem do mercado de consumo. 
	- Teoria Finalista ou Teoria subjetiva: Consumidor é a pessoa que é destinatária fática do bem, sem usa-lo para atividade profissional. 
	Nesta teoria preciso retirar do mercado de consumo para uma finalidade pessoal.
Teoria adotada pelo STF e STJ.
EXEMPLO: compro moveis para equipar minha casa.
	- Teoria Finalista Mitigada ou Aprofundada: Em alguns casos o intermediador da cadeia de consumo poderá ser tido como consumidor desde que no caso concreto seja provada sua vulnerabilidade. 
EXEMPLO: Um micro empresário abre um boteco e compra alguns produtos para o seu estabelecimento, será considerado consumidor neste caso pois ele terá poucos recursos financeiros se comparado com uma grande loja. 
O STJ já usou esta teoria em alguns julgados. 
B- Consumidor Equiparado: Este conceito se divide em 3:
B.1- Consumidor Coletivo: Art. 2, parágrafo único, CDC. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
- Serve para instrumentalizar a tutela dos interesses dos consumidores. 
EXEMPLO: Medicamento X estava viciado e os consumidores querem ingressar com ação, neste caso se junta TODOS os consumidores lesados para ingressar com uma ação coletiva. 
	B.2- Consumidor Bystander: Art. 17, CDC. 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Serve para proteger as pessoas que não participem diretamente nas relações de consumo, mesmo assim são protegidas, mesmo que não participem de uma relação de consumo, acabam sofrendo um dano.
EXEMPLO: Fulano adquire um celular e da de presente para o seu filho, acontece que ao ligar o aparelho não funciona – Neste caso o Fulano é o terceiro prejudicado. 
EXEMPLO: Um avião cai em uma avenida movimentada, entre os passageiros e a empresa existem uma relação de consumo, são consumidores em sentido estrito e quando eles sofrerem esses danos as vítimas serão indenizadas, agora se esse avião causar danos a outras pessoas que estavam no solo, em terra, que não possuíam nenhuma relação de consumo, essas pessoas atingidas pelo evento também serão protegidas pelo CDC, e faram jus a serem indenizados.
B.3 – Consumidor Potencial ou Consumidor Virtual: Art. 29, CDC
Art. 29. Equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Quando tenho um grupo de pessoas que está exposto a uma pratica comercial ou contratual abusiva, essas pessoas são equiparadas a consumidores, desde que apresentem vulnerabilidade. 
· ESSAS PESSOAS DEVEM APRESENTAR VULNERABILIDADE 
EXEMPLO: Um Grupo de pessoas que foi lesado por uma publicidade enganosa, abusiva, esse grupo de pessoas foi exposto a uma pratica abusiva, enganosa, Exemplo da Betina.
O CDC equipara essas pessoas a consumidores. 
- FORNECEDOR: Art. 3,CDC
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
- Pessoa Física
- Pessoa Jurídica: - D. Público – O Estado pode ser fornecedor
		 - D. Privado
- Rol de Atividades:é um rol meramente exemplificativo.
- Este fornecedor deve desenvolver uma atividade profissional, é composta por 3 elementos:
		- Habitualidade
- Especialização (Know Hall) ter experiencia naquilo que faz
- Vantagem econômica, pode consistir no lucro ou em uma mera remuneração. 
 - Atividade Profissional deve ser praticada dentro do mercado de consumo, não basta a atividade profissional por si só, ela deve ser praticada dentro do mercado de consumo.
	Mercado de consumo é um conceito aberto. 
Ambiente próprio para se desenvolver atividades próprias voltadas a circulação de produtos e serviços. 
STJ – NÃO INCIDE O CDC EM: - Serviços advocatícios 
 - Contratos de créditos educativos
 - Relações condominiais 
 - Locação Predial Urbana
 			 -Previdência Privada complementar fechada.
- PRODUTO: Art. 3, paragrafo 1, CDC. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
OBS: O produto nessa relação de consumo não precisa ser remunerado EXEMPLO: amostra grátis. 
- SERVIÇO: 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
- Neste caso é necessário ter REMUNERAÇÃO!! 
- Esta remuneração pode ser direta ou indireta. 
	-Serviços Públicos: Aqui o CDC pode ser aplicado, desde que estes serviços públicos sejam divisíveis, onde eu possa mensurar o consumo e os usuários daquele serviço.
	Se eu estiver diante de serviços públicos imensuráveis, que geralmente são remunerados por meio de tributos, estes serviços o CDC não recai. EXEMPLO: Saúde, educação, segurança.
Segundo o STJ para que um serviço publico sofra a incidência do CDC esse serviço deve ser remunerado mediante:	- Tarifa
		- Preço Público.
OBS: Serviços Notariais, O STJ entende que as custas e emolumentos pagos pelos usuários de serviços notariais possuem natureza tributária, e desde tomo exclui a incidência do CDC. 
Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo 
*A regra geral é que a responsabilidade seja objetiva, ou seja, aquela analise que independe de culpa.
O CDC adotou a RESPONSABILIDADE OBJETIVA como regra geral (arts. 12 e 14 do CDC), porém, existem exceções, são elas: os profissionais liberais têm responsabilidade subjetiva, ou seja, dependente da prova da culpa no caso concreto. (art. 14, § 4o, do CDC).
 O CDC adota a teoria do risco da atividade, a pessoa que escolhe se colocar na posição de fornecedora naturalmente colhera os frutos daquela atividade e terá que arcar com os ônus daquela atividade, estes riscos são diluídos através dos preços colocados para os consumidores. Quando o fornecedor aufere seu lucro e aufere seu rendimento ali dentro já estão diluídos os riscos que ele tem que suportar.
- Teoria da qualidade: Impõe um dever ao fornecedor, o dever de qualidade, esta qualidade se divide em 2 espécies:	
- Qualidade Segurança: O fornecedor tem o dever de colocar no mercado de consumo produtos e serviços que sejam seguros ao consumidor, o serviço ou o produto não pode causar danos à saúde e integridade física ou psíquica do consumidor. 
	- Qualidade Adequação: Dever do fornecedor de colocar no mercado de consumo produtos e serviços adequados ao fim que se destinam. A adequação pode ser: 	- Adequação Desempenho
			- Adequação Durabilidade 
	Na qualidade de adequação desempenho, o produto precisa desempenhar as funções as quais ele se propõe. 
	Na qualidade de adequação Durabilidade os produtos devem ter uma duração minimamente esperada. 
Quando o fornecedor descumpre com a qualidade de segurança, teremos o fato do produto/ serviço.
Se eu tenho um descumprimento da qualidade adequação terei um regime de responsabilidade pelo vicio do produto ou do serviço. 
DEFEITO X VICIO
Defeito = Falha de segurança 
EXEMPLO: Celular explode na orelha do cliente
Vicio = Inadequação daquele produto ou serviço que se destina
VÍCIO é aquilo que torna o produto impróprio ou inadequado ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como as disparidades com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. (art. 18 do CDC).
EXEMPLO: Câmera do celular não funciona
- Responsabilidade pelo Fato do Produto:
“Fato” do produto ou serviço pode ser considerado sinônimo de defeito de qualidade ou segurança. Há “defeito” ou “fato” quando o evento inflige dano ao consumidor no caso concreto (“acidente de consumo”). As tratativas sobre o acidente de consumo se encontram nos arts. 12 a 17 do CDC.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
- FABRICANTE: É aquele que participa de forma ativa na fabricação do produto, ou aquele que produziu um componente do produto.
OBS: O montador do produto também é considerado fabricante para fins do CDC.
- PRODUTOR: É aquele que coloca no mercado de consumo um produto que não passou pela indústria, produto de origem animal ou vegetal. 
EXEMPLO: Um agricultor que fornece verduras para o mercado. 
- IMPORTADOR: É aquele que coloca no mercado nacional um produto importado. 
- CONSTRUTOR: É aquele que coloca no mercado de consumo bens imóveis 
A doutrina diz que temos algumas espécies de fornecedor: 
A- Fornecedor real: É aquele que participa de forma efetiva na produção do produto.
B- Fornecedor Presumido: É aquele que não participa deforma efetiva na produção do produto, mas funciona como um intermediário entre a pessoa que fabricou o produto e o consumidor. EXEMPLO: importador 
C- Fornecedor Aparente: É aquele que coloca uma marca no produto. EXEMPLO: Franqueador.
- Técnica de responsabilização de fornecedores: Devemos nos atentar a nomenclatura utilizada no CDC.
Quando o CDC utilizar a nomenclatura de FORNECEDOR – Todos serão responsabilizados, do fabricante até o comerciante
Quando o CDC utilizar a nomenclatura – PRODUTOR -IMPORTADOR – FABRICANTE – está incluindo a responsabilidade apenas aquela pessoa que esta sendo denominada. 
- Pressupostos da responsabilidade: 
	- Conduta: O consumidor deve provar que o fornecedor colocou o produto no mercado de consumo. EXEMPLO: Compro um óculo falsificado que por sua vez acaba prejudicando minhas vistas, e entro com uma ação contra a ray-ban dizendo que o produto deles me causou um dano, a ray-ban por sua vez deve provar que aqueles óculos são falsos e não foi ela quem colocou ele no mercado. 
	- Dano: Quando falamos em ressarcimento eu preciso provar o dano e esse dano deve ser extrínseco ao produto. (Significa que o dano deve extrapolar os limites do produto e atingir o patrimônio do consumidor), podemos ter um dano, material, estético e moral. 
EXEMPLO: Celular que explode no rosto do cliente, estamos diante de um dano estético. 
O CDC a respeito do dano, adota o princípio da reparação integral do dano, significa que a reparação deve ser a mais completa possível. 
	- Nexo Causal: O consumidor deve provar que a ação do fornecedor gerou um dano ao consumidor. (vinculo de ligação entre o dano e a causa)
	- Defeito: É a falha na segurança do produto, todo produto que é colocado no mercado de consumo oferece um determinado risco ao consumidor, portanto todo produto possui uma potencialidade danosa normal. 
	Neste caso a responsabilidade vai ocorrer quando o defeito for inesperado, extrapolar a normalidade que se espera de todos os produtos. 
O CDC não exige um sistema de segurança absoluto, todo produto colocado no mercado de consumo pode gerar um dano, mas isso está dentro de uma margem de normalidade, se esta margem de normalidadeé ultrapassada ai falamos sobre a responsabilidade do fornecedor. 
OBS: Produto de melhor qualidade, o fato de possuir um produto de melhor qualidade no mercado é suficiente para caracterizar um defeito? Não, o fato de possuir um produto de melhor qualidade no mercado por si só não é suficiente para caracterizar um defeito. 
	- Classificações do Defeito: Existem 3 tipos de defeitos:
	A- Defeito de concepção: É o defeito na criação do produto, se trata de um defeito inevitável e universal. O Problema está no nascimento do produto.
	B- Defeito de Fabricação: Defeito na produção do bem, é um defeito inevitável e pontual, pois afeta somente alguns produtos.
D- Defeito de Comercialização: Defeito na falha de informação, apresentação. EXEMPLO: Não informar que o produto tem lactose, glúten. 
- Responsabilidade do Comerciante: 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - O fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; - Não consigo identificar quem produziu. EXEMPLO: Compra de verduras no mercado, não sei quem produziu a alface. 
II - O produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. – Má conservação do produto. EXEMPLO: coloquei o produto que deve ser mantido gelado em temperatura ambiente, com calor de 30 graus.
- Para a doutrina majoritária a reponsabilidade do comerciante é uma responsabilidade subsidiaria, só quando eu não conseguir demandar contra os sujeitos do art. 12, CDC e além de subsidiaria precisa estar presente uma das hipóteses do art. 13.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
	Este direito vale para os comerciantes contra seus fornecedores por exemplo. EXEMPLO: cliente entra com uma ação contra o comerciante e o comerciante repara os danos, esse comerciante tem o direito de regresso contra o produtor. 
		Este direito de regresso também é valido entre os próprios fornecedores. EXEMPLO: Tenho um fabricante e esse fabricante fabricou um produto com defeito e causou um dano ao consumidor, porem o consumidor entrou com uma ação contra o importador, então imagine que o produto é um produto importado, eu entro com uma ação contra o importador exigindo a reparação dos danos, o importador por sua vez repara os danos para o consumidor e depois esse importador pode entrar com o direito regresso contra o fabricante. 
O direito de regresso pode ser exercido por meio de uma ação autônoma ou nos mesmos autos em que se deu a reparação dos danos ao consumidor, todavia esse dispositivo proíbe a intervenção de terceiros, conhecida como denunciação da lide. 
- Exclusão da responsabilidade: Art. 12, parágrafo 3, CDC.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
I - Que não colocou o produto no mercado; EXEMPLO: Óculos de marca falsificado comprado no camelo. 
II - Que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros.
- Responsabilidade pelo fato do serviço
- Aqui o que irá causar dano para o consumidor é o serviço prestado pelo fornecedor.
- O serviço também pode ser defeituoso.
- A responsabilidade neste caso é OBJETIVA! Independe da analise de culpa, seguindo a regra geral. 
- Aqui também é adotada a teoria do risco da atividade
- Temos as excludentes da responsabilidade
- Aqui estamos falando de prestações de serviços.
	Deve ter a comprovação de um dano, uma conduta e também a existência de um nexo causal.
- Será responsabilizado pelo dano todo fornecedor que participar da cadeia de fornecimento de serviço. 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
- Classificação dos defeitos: existem 3 espécies de defeitos: 	
- Defeito de concepção (falha no projeto)
EXEMPLO: Uma pessoa desenvolve um sistema bancário, e esse sistema é cheio de falhas e possibilita que os hackers invadam com muita facilidade o sistema.
- Defeito na Prestação: Este defeito se manifesta no momento em que o serviço é prestado 
EXEMPLO: Enfermeira que aplica no paciente o remédio errado. 
- Defeito de Informação: O serviço em si não possui defeito, a falha é na informação, o serviço acaba se tornando defeituoso por conta da falha da informação. 
EXEMPLO: Piscina que não informa a sua profundidade. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - O modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido
- Excludentes da responsabilidade: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - Que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; - Inexistência do defeito
II - A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros.
OBS: Como fica o caso da excludente de responsabilidade no caso Fortuito?
	Apenas o fortuito externo exclui a responsabilidade. 
- Responsabilidade do profissional liberal:
ART. 14, § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Profissional liberal é aquele que desempenha atividade profissional com especialidade, autonomia sem subordinação e de forma pessoal. 
*Aqui temos responsabilidade pessoal e subjetiva 
	A responsabilidade subjetiva é caracterizada pelo atendimento personalizado. 
EXEMPLO: Medico dermatologista que realiza procedimentos estéticos, quero fazer um procedimento com ele, pois ele é renomado no que faz, vou na clinica dele, para ser atendida por ele, eventualmente caso esse profissional venha a ser responsabilizado por algo, esta responsabilidade será uma responsabilidade subjetiva, pois, eu tive um atendimento personalizado. 
- Contrato de meio: Contrato onde o fornecedor se compromete a empregar todo seu conhecimento e esforço para o resultado, embora esse resultado não possa ser garantido. – Responsabilidade Subjetiva
	EXEMPLO: Advogado
	Caso o profissional liberal não atinja o resultado do contrato de meio, ele será responsabilizado apenas nos casos em que forem evidenciados a demonstração de CULPA.
- Contrato de Resultado: É aquele contrato em que o fornecedor garante a satisfação do resultado. – Resp. Objetiva
EXEMPLO: Medico cirurgião plástico que garante que o paciente irá sair idêntico ao Brad Pitt, entretanto, os resultados alcançados por aquele paciente são outros.
	Neste caso a responsabilidade será objetiva pois o medico garantiu tal resultado ao seu paciente.
- Aqui devo analisar qual o tipo de contrato que foi assinado pelo consumidor, pois, aqui o tipo de contrato influencia diretamente na espécie de responsabilidade.
- Responsabilidade pelo vicio do Produto: Aqui estamos diante de um produto que possui um vício e não um defeito!!
- O vicio pode ser de qualidade ou quantidade.
- Qualidade é aquele produto que tem uma qualidade abaixo daquela esperada pelo consumidor.
- Quantidade é aquele produto que tem uma determinada quantidade.
EXEMPLO: Na embalagem do produto fala que vem uma quantidade X, e ao abrir a embalagem vejo que o produto tem uma quantidade menor do que aquela informada. 
- Aqui a responsabilidade é objetiva!!
	A responsabilidade também é solidaria, todos os fornecedores que participam da cadeia de distribuição, comercialização e produção, vão respondersolidariamente por eventuais vícios do produto. 
	Existem 2 dispositivos no CDC que excluem a solidariedade:
A- Art. 18, § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
B- Art. 19, § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
- Vicio de Qualidade: Art. 18, Caput, CDC. 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
- O vício de qualidade gera uma Impropriedade 
- Gera uma diminuição do preço do produto
- Existe uma disparidade em relação as características do produto e a informação dada.
EXEMPLO: Compro uma TV amassada, e por isso existe uma diminuição do preço. 
OBS: Pontas de estoque: comercialização de produtos com pequenos vícios, esta pratica é permitida pelo CDC, desde que o consumidor seja devidamente alertado do que está sendo comprado.
OBS: Comercialização de produtos usados, o CDC não proíbe a comercialização de produtos usados, desde que seja informado.
- Prazo para sanar o vício: Art. 18, §1, CDC
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
OBS: Contratos de adesão – Nesses casos deve haver uma clausula especifica a respeito da flexibilização do prazo.
- O consumidor quando adquiri um produto com vicio, irá fazer uma reclamação e ela não precisa ter qualquer formalidade. 
- Alternativas colocadas à disposição do consumidor: Art. 18, § 1°, Inc I, II e III, CDC
I - A substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
	Art. 18, §4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
	É possível substituir o produto por outra espécie, marca e modelo, quando não for possível a substituição pelo produto da mesma espécie. 
II - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
- Art. 18, §3, CDC: O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
	Essa alternativa poderá ser utilizada em 3 casos:			
- Substituição das partes viciadas comprometer o produto
- Diminui o valor do produto
- Produto essencial (EX: Remédio)
- Vicio de Quantidade: Art. 19, CDC
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - O abatimento proporcional do preço;
II - Complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
IV - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
- Aqui não existe prazo, de modo que as alternativas podem ser escolhidas de imediato pelo consumidor. 
EXEMPLO: Vou em um restaurante e peço um refrigerante que tem mais gelo do que refrigerante, posso requerer a complementação do refrigerante. 
- Responsabilidade pelo vício do Serviço: 
- O serviço foi executado de maneiro inadequada.
Art. 20, CDC. 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
- O fornecedor responde pelo vício do serviço, porém, não há prazo legal para sanar o vício. 
- Alternativas Reparatórias: Opções que o CDC coloca à disposição do Consumidor em uma eventual responsabilidade pelo vicio do serviço, existem 3 opções para isso:
I - A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
- O serviço pode ter um vicio de quantidade e de qualidade.
	Ocorre que o CDC não previu regras para a responsabilidade pelo vicio de quantidade do serviço. Podemos aplicar o disposto no art. 19 e 20, CDC, temos algumas alternativas, sendo elas:
	- Complementação do serviço 
	- Restituição da quantia paga
	- Abatimento do preço
EXEMPLO: Contrato um pintor para pintar a casa toda e ele pinta somente uma parede.
Prescrição e Decadência
- A responsabilidade civil influencia na prescrição e decadência.
- Se estamos diante de um vicio o meu prazo é decadencial.
- Se estamos diante de um fato estamos diante de uma prescrição. 
- Decadência: Art. 26, CDC. 
Quando falamos de decadência estamos falando de VICIO!!
A decadência consiste na perda do próprio direito. 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I – 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II – 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
- Contagem do prazo:
O CDC divide a contagem de prazo de acordo com o tipo de vicio que o produto tem:
A- Vícios Aparentes: Aqueles que são de fáceis constatações. 
A Contagem do prazo se dará a partir do início da entrega do produto, OU no fim da execução do serviço. 
EXEMPLO: entregaram uma geladeira na minha casa e veio um amassado enorme na porta dela.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
B- Vícios Ocultos: Aqueles que não são detectáveis de imediato pelo consumidor
O prazo para a contagem se dará a partir do momento em que o vício ficar evidenciado.
EXEMPLO: Comprei um celular que funcionava normalmente e depois de 3 dias o aparelho não sai mais o som. 
- Causas obstativas da decadência: 
§ 2° Obstam a decadência:Suspender/ Interromper
I - A reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
Garantia Legal X Garantia Contratual
Garantia Legal: 
Todo produto ou serviço tem uma garantia legal, essa garantia esta prevista no art. 24, CDC. É aquela garantia que existe por força da lei, não precisa de uma previsão em contrato. 
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração contratualdo fornecedor.
- Esta garantia legal serve como uma espécie de proteção ao consumidor, contra eventuais vícios relacionados a adequação do produto. 
Garantia Contratual: 
Esta garantia pode ser dada pelo fornecedor, O FORNECEDOR NÃO É OBRIGADO A DAR GARANTIA CONTRATUAL!
Art. 50, CDC
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
- Aqui primeiro irá correr o prazo da garantia contratual para só depois correr o prazo de 30 ou 90 dias da garantia legal.
- Prescrição: A prescrição esta SEMPRE relacionada ao fato do produto ou serviço.
- O prazo prescricional é o prazo que o consumidor tem para obter perante o poder judiciário a indenização por esse dano que ele sofreu, oriundo do fato de um produto ou serviço.
- Prazo de 5 anos
Art. 27, CDC.
Art. 27. Prescreve em 5 anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
- Suspensão e interrupção dos prazos: art. 197 a 204, CC.
- O prazo de 5 anos de prescrição poderá ser aplicado a todas as pretensões consumeristas. (Analogia) 
- Os prazos prescricionais previstos no CC também devem ser aplicados no CDC, através de um diálogo sistemático de complementariedade. 
- Segundo o STJ o atraso de voos ou entrega de imóveis o prazo prescricional é de 5 anos de acordo com o art. 205, CC.
- Súmula 412, nas ações de repetições de indébito nos casos de cobrança de água, esgoto e telefonia, o STJ entende que o prazo prescricional é de 10 anos de acordo com o art. 205, CC.
- Nos casos de negativação indevida o prazo de prescrição será de 10 anos de acordo com a 4 turma, ocorre que a 3 turma diz que o prazo é de 3 anos.
- Nos casos de indenização do assegurado contra a seguradora o STJ entende que o prazo prescricional é de 1 não de acordo com o art. 206, § 1°, CC.
Desconsideração da Personalidade Jurídica nas Relações de consumo
Art.28, CDC. 
- O art. 28 adotou a teoria menor da desconsideração: que significa que para que o instituto da desconsideração seja utilizado basta que haja prova do prejuízo ao consumidor, basta que prove que o consumidor sofreu algum tipo de prejuízo e este prejuízo e o consumidor esta em busca de seu ressarcimento, ocorre que este ressarcimento está encontrando um obstáculo, pois existe uma pessoa jurídica atrapalhando esta reparação. 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
- O juiz pode decretar a desconsideração de oficio? Sim, se o juiz verificar no curso da ação que a personalidade jurídica está sendo um óbice a reparação do dano o próprio juiz pode desconsiderar a personalidade jurídica. 
Oferta
A oferta nada mais é do que uma espécie de convite que o fornecedor faz ao consumidor para que este venha consumir/ adquirir determinado produto.
- A oferta consiste em uma declaração inicial de vontade direcionada a realização de um contrato.
- A oferta cria uma obrigação pré-contratual
- Principio da vinculação da oferta: Art. 30, CDC
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
- Requisitos para que a oferta vincule:
- Veiculação da oferta (A proposta precisa chegar ao conhecimento do consumidor)
	- Precisão da oferta
- Existem 2 maneiras que se dá a vinculação da oferta:
- Fornecedor é obrigado a manter a oferta que vinculou mesmo que se negue a contratar. 
- Introdução da oferta no contrato
- Anuncio equivocado: É aquele que está em desconformidade com o querer do anunciante, esta falha pode ser atribuída a um terceiro ou ao próprio anunciante.Não se aplica ao distribuidor
Este anuncio equivocada NÃO se confunde com o Erro.
- O anuncio equivocado pode gerar danos ao consumidor 
EXEMPLO: Anuncio vendendo uma joia que vale R$10.000,00, ocorre que no anuncio acaba saindo que a joia está custando R$ 100,00. 
- Responsabilidade do fornecedor: É responsabilidade Objetiva
OBS: Anuncio com erro grosseiro, não vincula o fornecedor. 
EXEMPLO: Casa que vale mais de um milhão, anunciada por um real. 
- Responsabilidade pela oferta: É uma responsabilidade objetiva e no primeiro momento esta responsabilidade recai sobre o anunciante direto (Anunciante direto é aquele que paga e dirige a preparação e vinculação do anuncio), ocorre que não é apenas o anunciante direto que recai a responsabilidade, pois todos aqueles que se aproveitaram de alguma forma do anuncio também poderão ser responsabilizados. 
EXEMPLO: Fabricante de óculos promove uma campanha e indica o preço dos óculos, e o comerciante utiliza esta campanha em seu estabelecimento. 
- Recusa do cumprimento: art. 35, CDC.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
- Componentes e peças de reposição: Art. 32, CDC
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.
Não pode ser inferior a vida útil do produto ou serviço.
- Prepostos e representantes autônomos: art. 34, CDC
- O fornecedor é solidariamente responsáveis pelos atos de seus prepostos ou de seus representantes autônomos. 
- Se o consumidor sofrer um dano ele pode demandar contra o fornecedor, preposto ou contra ambos.
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos.
- Para caracterizar uma preposição o serviço deve ser executado sobre a direção de alguém, ou seja, que a atividade seja realizada em seu interesse, ainda que em termos estritos essa relação não resultasse perfeitamente caracterizada. 
	 Deve que haver na relação de preposição uma subordinação. 
- O representante autônomo pode ser pessoa física ou jurídica, que realiza a mediação para a realização de negócios mercantis, de maneira não eventual e sem relação de emprego.
- Dever de informação: O consumidor tem o direito básico a informação
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clarasobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
- O fornecedor na fase pré-contratual deve ofertar ou apresentar produtos acompanhados de informações corretas (informação verdadeira), claras (de fácil entendimento), precisas (informação objetiva), ostensivas (de fácil percepção) e em língua portuguesa. 
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. 
	Rol exemplificativo
- Os produtos importados no Brasil o fornecedor tem a obrigação de colocar as informações mais importantes acerca do produto em português.
OBS: Produtos refrigerados: as informações contidas no produto devem estar bem etiquetadas para evitar que elas se apaguem. 
- Preço: O preço do produto deve constar expressamente nas informações, o preço dos produtos deve ser indicado através de código de barras.
- O desrespeito ao dever de informação pode acarretar a responsabilidade civil e penal do fornecedor.
Publicidade
Publicidade é um anuncio que é vinculado por um meio de comunicação seja ele qual for, cujo objetivo central é atrair o consumidor para um ato de consumo. 
- Tem uma finalidade comercial. 
A publicidade é dividida em 2 formas:
- Publicidade institucional (Aquela publicidade que não está interessada em um primeiro momento em vendas, mas sim em institucionalizar uma marca) (Busca resultados a longo prazo)
- Publicidade Promocional (Tem como grande objetivo produzir vendas, buscamos resultados a curto prazo).
NÃO PODEMOS CONFUNDIR PUBLICIDADE COM PROPAGANDA!
Na propaganda o que se busca é a difusão de determinados valores, ideias, posições políticas, ideologias, não está direcionada a um ato de consumo, esta direcionada a propagar uma ideia. 
- Controle da publicidade: O Brasil adota um sistema hibrido, que pode ser feito pelo poder judiciário ACP e pelo CONAR (Conselho nacional de regulamentação publicitaria).
- Princípios: 
	A- Identificação da publicidade: Art. 36, CDC. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
- Por conta deste principio é vedada a publicidade subliminar, constitui pratica abusiva segundo o CDC.
- NÃO PODEMOS CONFUNDIR COM “MERCHANDISING”
B - Principio da Vinculação Contratual da Publicidade: 
A publicidade vincula o fornecedor mesmo que diante de um anuncio equivocado 
A vinculação ocorre, pois, a publicidade integra o contrato., ainda que ela não esteja prevista de maneira expressa 
O erro grosseiro não vincula.
C- Principio da Veracidade da publicidade: 
Toda e qualquer mensagem publicitaria deve conter informações verdadeiras. 
- É vedada a publicação enganosa
	D- Princípio da não Abusividade: 
Proíbe a publicidade abusiva

Outros materiais