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Introdução Existem vários fenômenos da natureza que envolvem oscilações. Um desses fenômenos em especial é a oscilação elétrica, que pode ser estudada por um circuito RLC, onde R é resistência, L a indutância e C designa-se um capacitor. Neste experimento temos como objetivo medir correntes e tensões em circuitos RC, RL, LC e RLC em corrente alternada, sempre calculando os valores de R, L e C. Além disso, iremos descobrir como medir a frequência de ressonância de um circuito RLC. Conforme mostrado no esquema a seguir, o Z é considerado a resistência R inicialmente e, depois, substituída sucessivamente por L e C individualmente e por RC, RL, LC e RLC em série. O procedimento está dividido em três etapas. Na primeira etapa, deve-se medir a tensão VR, VL e VC e a tensão total V nos terminais de cada elemento do circuito (R, L, C). Também é necessário medir as correntes i(mA) em cada procedimento, anotar os valores na tabela I e, depois, fazer os cálculos com os valores medidos no experimento da primeira etapa e coloca-los na tabela II. Por fim, para preencher a tabela III vamos medir a corrente do mesmo circuito RLC usado anteriormente, com a exceção da resistência R. Para medir as correntes, iremos alterar a frequência do oscilador (começando do 400 Hz) e para cada frequência, anotar a corrente obtida na tabela III. Assim, determinamos a frequência de ressonância (f0) do circuito, ajustando a frequência da fonte até atingir a corrente máxima (i0). Esquema Desenvolvimento Inicialmente, montamos o circuito conforme mostrado no esquema, colocando frequência (f) em 1.000 Hz e amplitude máxima na fonte. Posteriormente montamos 7 diferentes circuitos explicados na introdução e, para cada um, foi medido a tensão V, corrente i e as tensões VR, VL e VC nos terminais de cada elemento do circuito. Assim, foi preenchida a tabela I (anexo no trabalho). Vamos considerar Z como a impedância do circuito, que significa a “capacidade de resposta de um circuito elétrico percorrido por uma corrente alternada – copiado do Wikipédia”. De acordo com a definição da impedância, a equação que define Z é: 𝑍 = 𝑉 𝑖 Devido sua semelhança com a lei de Ohm, 𝑅 = 𝑉 𝑖 consideremos Z como a “resistência generalizada”, intitulada impedância. Portanto, calculados os valores de Z para cada um dos 7 circuitos com seus respectivos V e i encontrados. Encontramos também os valores de R, L e C, onde o R foi encontrado usando o 𝑅 = VR 𝑖 ; 𝐿 = 𝑋𝐿 2𝑓 ; 𝐶 = 1 2𝑓𝑋𝑐 XL reatância indutiva; XC reatância capacitiva. Para obtermos valores mais exatos, vamos calcular a média de R, L e C e seus respectivos desvio padrão através do método de regressão linear na calculadora. Portanto: MEDIA DESVIO PADRÃO R( 110,045 6,635 L(mH) 58,952 1,598 C(µF) 0,666 0,016 Tabela 1 - Tabela elaborada no Excel pelos autores. Com base no diagrama analisado em anexo, podemos descobrir o valor do ângulo de fase ø que nos explica se o circuito é indutivo, quando a tensão está adiantada em relação a corrente (ø ˃ 0), ou se o circuito é capacitivo, quando a corrente está adiantada em relação a tensão(ø ˂ 0). Se ø = 0, dizemos que o circuito é resistivo, ou seja, corrente e tensão estão em fase. Por regressão linear do gráfico em anexo: y=1,31x, sendo assim, nos diz que o circuito é indutivo, ou seja, a tensão está adiantada em relação a corrente. Os circuitos indutores consistem em componentes eletrônicos feito em sua maioria por bobinas de fio. Desta forma, é valido calcular o valor da indutância L da bobina utilizando as medidas VL e i do circuito contendo apenas a bobina e considerando sua resistência ôhmica (R = 16). VR = 16x0,0215 VR2 = 0,344 V VL2 = VR2 − VB2 7,982 = 0,3442 − VB2 VB = 7,97 V XL = 2fL VL i = 2fL 𝐿 = 0,059 𝐻 Agora, podemos calcular o ângulo de fase para o circuito RLC incluindo no cálculo as resistências ôhmicas do indutor L e a resistência interna do amperímetro (para a escala de 200mA, RA=3,1Ω). = 𝑡𝑎𝑛−1( XL − XC 𝑅 ) = 51,10° Por fim, vamos calcular a frequência da ressonância para este circuito RLC analisado: f0 = 1 2𝜋 √ 1 𝐿𝐶 f0 = 800,49 Hz Fixando L, vamos calcular para que valor de C este circuito entra em ressonância para a frequência da rede (60 Hz): f0 = 1 2𝜋 √ 1 𝐿𝐶 𝐶 = 1 4f02𝜋2𝐿 𝐶 = 1,15𝑥10−4𝐹 Vamos construir agora o gráfico da corrente (i) em função da frequência (f) para visualizar melhor como a corrente varia com a alteração da frequência e perceber onde está a frequência de ressonância (f0), que fica no maior valor da corrente no gráfico. Figura 1 - Gráfico criado no programa Excel pelos autores. Com base nos dados experimentais coletados a f0 = 828 Hz e comparado com a frequência de ressonância obtida no cálculo acima f0 = 786,61 Hz, tivemos o erro: 𝐸 = 828 − 800,49 800,49 𝑥100 𝐸 = 3,44% Para finalizar, vamos calcular a impedância do circuito na ressonância, utilizando a tensão total aplicada e a corrente medida. A partir dela, calcular a resistência interna do amperímetro e comparar com o valor fornecido. A maior corrente medida i = 55,0 mA e a tensão total aplicada é V = 1,50 V. Assim: 𝑍 = 1,5 0,055 𝑍 = 27,27 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 I( M A ) F(HZ) GRAFICO DE i EM FUNLÇAO DE f Conclusão Um circuito RLC é um circuito elétrico consistido por um resistor, um indutor e um capacitor conectados, neste caso, em série. Existem duas formas de interpretar o comportamento desse circuito: a frequência de ressonância e o fator de carga. Neste experimento foi utilizado a frequência de ressonância. Primeiro, foi analisado R, L e C sozinhos no circuito para ver seus comportamentos sem influência dos demais. Posteriormente foram analisados em duplas (RC, RL, LC) com o mesmo objetivo. Por fim, ligamos os três em série. No caso do circuito LC, mostramos que o sistema oscila indefinidamente pois não tem resistência elétrica para dissipar calor, o que explica os maiores valores de VL e VC. O circuito RLC difere do caso anterior pela existência do resistor R. Isto significa que haverá perdas de energia em forma de calor porquê o resistor é responsável por dissipar a energia que estava armazenada no circuito, diferente do que acontece no circuito LC, que possui um oscilação interminável. Concluímos também que o comportamento é oscilante do circuito, só que a oscilação não é interminável, por causa do resistor. Consequentemente, a corrente será dependente do tempo já que a corrente expressa a taxa de variação da carga em função do tempo.
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