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PROTEÍNAS Proteínas medeiam praticamente qualquer processo que ocorra em uma célula, exibindo uma diversidade de funções quase infinita. São as macromoléculas biológicas mais abundantes. Todas as proteínas são construídas a partir do mesmo Conjunto de 20 aa ligados covalentemente em sequências lineares características AMINOÁCIDOS E PEPTÍDEOS - Estrutura geral de um aminoácido: COOH Parte comum a todos os aminoácidos H2N C H (exceto prolina) R Cadeia lateral que difere em cada aminoácido O grupo R varia em estrutura, tamanho, carga elétrica e solubilidade. A função é conseqüência da conformação, disposição tridimensional de átomos. A sequência de aminoácidos é importante para a conformação das proteínas Unidade Peptídica Rígida Não há liberdade de rotação em torno da ligação entre o átomo de carbono da carbonila e o átomo de nitrogênio da unidade peptídica, pois esta ligação tem um caráter parcial de uma ligação dupla. O O- Ligação simples: C- N 1,49 Å + Ligação dupla: C= N 1,27 Å C N C N H H Ligação simples ocorre entre o C e o carbono da carbonila e o C e o N peptídico há um grande grau de liberdade de rotação em torno dessas ligações. A polimerização dos 20 aminoácidos, na célula, é catalisada por enzimas, durante a síntese de proteínas, nos ribossomos. O grupo carboxílico de um aminoácido forma uma ligação covalente (ligação peptídica), com o grupo amino de outro aminoácido, pela eliminação da molécula de água. Por convenção é o início da cadeia polipeptídica. Uma cadeia polipeptídica é constituída de uma parte repetida regularmente, cadeia principal ou espinha dorsal, e de uma parte variável, compreendendo as distintas cadeias laterais ou grupos R. PROTEÍNAS: Proteínas são compostos macromoleculares, que tem como componentes essenciais: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre. Desempenham diversos papéis em praticamente todos os processos biológicos: 1) Catálise enzimática replicação 2) Transporte e Armazenamento Hemoglobina e Ferritina 3) Movimentos Coordenados Actina e Miosina, Mitose e Flagelos 4) Sustentação Mecânica Colágeno 5) Proteção Imunitária Anticorpos 6) Geração e Transmissão de Impulsos Nervosos Receptores 7) Controle do Crescimento e da Diferenciação Proteínas Repressoras de Genes Dos 20 aminoácidos constituintes de proteínas, 9 deles são denominados essenciais, pois devem ser supridos pela dieta: fenilalanina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano e valina. E os 11 restantes são denominados não- essenciais, pois são sintetizados pelo organismo: alanina, arginina, asparagina, aspartato, cisteína, glicina, glutamato, glutamina, serina, prolina e tirosina. A seqüência de aminoácidos é útil: - para elucidar o mecanismo de ação da proteína; - certas alterações na sequência de a.a. podem produzir funções anormais e doenças. Ex: anemia falciforme OBS: diferentes insulinas (porco e boi) podem ser utilizadas no tratamento do diabetes humano devido a suas similaridades na seqüência. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS: A) Proteínas Simples: Formadas somente pelo encadeamento de aminoácidos. Ex: globulinas, albuminas. B) Proteínas Complexas: Formadas por aminoácidos mais um radical não-protéico (prostético). Ex: cromoproteínas (hemoglobina); glicoproteínas; fosfoproteínas; nucleoproteínas; lipoproteínas. A conformação das proteínas é determinada por quatro tipos de estruturas: Estrutura Primária - é a seqüência de aminoácidos. Estrutura Secundária – é o arranjo espacial dos átomos na cadeia polipeptídica. Estrutura de -hélice e Folha -pregueada. Estrutura Terciária – é o arranjo tridimensional de todos os átomos, conformação das cadeias laterais, posição dos grupos prostéticos, e o arranjo das -hélices e -pregueadas com relação uma as outras. Ex.: Mioglobina. Estrutura Quaternária – está presente em proteínas que possuem mais de uma cadeia polipeptídica (subunidades), é a interação espacial entre as subunidades. Ex.: Hemoglobina. O enovelamento de proteínas (arranjo espacial) obtido pelas estruturas secundária, terciária e quaternária é obtido através de ligações fracas (forças não-covalentes): a) pontes de hidrogênio; b) forças de interação hidrofóbica; c) forças de Van der Waals d) interação eletrostática. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: Quando uma proteína é sintetizada na célula, sua estrutura primária dobra-se espontaneamente, originando as estruturas secundária, terciária e quaternária. A proteína assume então, sua conformação NATIVA. Se a proteína perder sua conformação devido à quebra das ligações não-covalentes, ela é denominada DESNATURADA. O estado desnaturado está sempre relacionado à perda de função da proteína. Fatores que acarretam a desnaturação: Temperatura Variações no pH Adição de solventes orgânicos Detergentes Uréia Em alguns casos, a proteína pode se renaturar, voltando à conformação nativa. A renaturação in vitro é mais lenta que in vivo, isso ocorre devido à presença na célula de determinadas proteínas “Chaperoninas”, que assessoram a proteína durante a montagem.
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