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PROCESSO CIVIL II. CASO CONCRETO. SEMANA 12. ESTÁCIO. FIC. 2017

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PROCESSO CIVIL II
CASO 12
Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a orientação do advogado ?
	Sim, tendo em vista que somente a parte dispositiva da sentença é que serão abarcados pelo manto da coisa julgada, não se operando, deste modo, seus efeitos na fundamentação do julgado, que poderá ser novamente proposta em nova ação com novos fundamentos jurídicos. Nos termos do artigo 504 do CPC.
Art. 504.  Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença. (CPC)
	Ademais, se faz necessário mencionar a possibilidade da questão prejudicial ser decidida incidentalmente na parte dispositiva da sentença, devendo para isso ser requerida como forma incidental na peça pela parte interessada afim de que assim seja abarcada pelo manto da coisa julgada material, sempre em atenção ao que dispõe o artigo 503 do CPC. Nesse sentido
Art. 503.  A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial. (CPC)
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal?
	No caso em tela houve a coisa julgada em sua espécie formal, visto que a decisão é de caráter definitivo, não resolvendo assim o mérito da lide, mas tão somente decidiu a questão prejudicial do reclame. A coisa julgada material existe quando a sentença julga de forma definitiva a questão principal de mérito. O que não houve no caso em questão. 
Art. 502.  Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. (CPC)
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual?
	Não há qualquer afetação do julgado a terceiros que não participaram da relação processual em tela, visto mandamento expresso no artigo 506 do CPC:
Art. 506.  A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
De todo modo, torna-se oportuno destacar uma possibilidade de terceiro ser atingido pelos efeitos da coisa julgada, que se dará na hipótese da substituição processual de ação individual, quando ainda que o substituído não seja mais parte no feito, sofrerá os efeitos da coisa julgada. 
Questões objetivas
1ª Questão
Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública( Lei 7347/85)
Xa) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado.
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande.
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido.
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral.
2ª Questão
A coisa julgada é oponível:
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão.
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo.
Xc) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais. Correto. Pelo fato de ser questão de ordem pública, não há que se falar em preclusão temporal.
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância,

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