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Caso Concreto Aula 1 Questão 1 O Sindicato dos Empregados de Bares e R estaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva estabeleceu que, para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profi ssional, a hora noturna, assim considerada aquela compreendida entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do o utro dia, teria adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre a hora diurna. Finalm ente, as partes estabeleceram um prazo de vigência de 1(um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto apresentado, esclareça se esta norma coletiva poderia ser caracterizada como fonte material do direito do trabalho? Justifique. Não. É uma fonte formal autônoma, estabelecida entre empregados e empregadores, através da convenção coletiva SEMANA 2 Descrição CASO CONCRETO: 1- Ana Maria foi convidada pelo hospital para constituir uma pessoa jurídica e, nessa qualidade, prestar serviços médicos em 2 plantões semanais de 24 horas, nos dias determinados pelo hospital percebendo valor de R$ 8.000,00 mensais por estes serviços. Ana aceitou o convite, e durante o contrato tinha seu trabalho dirigido pe lo Diretor Médico do hospital e trabalhava com total subordinação. Sempre que necessitou fazer-se substituir a médica pediu permissão ao hospital para fazê - lo, tendo o seu chefe im ediato d esautorizado, e sclarecendo que sua p restação de serviços era pessoal. Em janeiro do corrente ano, o hospital resolveu, por iniciativa própria e sem qualquer motivo aparente, encerrar o contrato de prestação de serviços com a empresa de Ana Maria, oportunidade em que a mesma, insatisfeita com a situ ação, entrou com Reclamação Trabalhista na Justiça do Trabalho buscando ver reconhecida sua relação de emprego com o hospital. Ana Maria terá êxito em sua pretensão? Justifique a sua resposta. DESENVOLVIMENTO Do conceito de empregado previsto na CLT, podemos, especificar os requisitos que caracterizam uma relação de emprego, sendo estes: Subordinação Habitualidade Onerosidade Pessoa física Pessoalidade Segundo a primazia da realidade, mesmo que tenha sido criada uma pessoa jurídica, configura-se o vínculo empregatício pleiteado por Ana Maria. Semana 3 Josenilda foi contratada para trabalhar como cozinheira na residência da família Silva em março de 2013. Ficou ajustado entre as partes que Josenilda trabalharia pessoalmente de segunda a sábado iniciando seu trabalho às 07:00 e terminando às 17:00 com duas horas de almoço, recendo como contraprestação pelos serviços o valor de um salário mínimo. Passados dois anos, ou seja, em março de 2015, o empregador já não conseguia manter sozinho o sustento da casa e em face disso decidiu ampliar a renda familiar iniciando um negócio próprio de venda de doces e salgados na residência da família, a partir de abril. Como não tinha prática na cozinha, os serviços de Josenilda eram utilizados para preparação das encomendas. Tal situação perdurou até fevereiro do corrente ano, quando Josenilda foi demitida sem justa causa e recebeu os valores do extinto contrato de trabalho como se fosse empregada doméstica. Fundamente sua resposta. R: Empregada Domestica: Serviço não eventual no âmbito de residência, sem finalidade lucrativa. De acordo com o conceito acima, a partir do momento em que josenilda passou a trabalhar na preparação de doces para a venda, ou seja, a residência passou a ter fins lucrativos, torna-se funcionaria regida pela CLT. Semana 4 A empresa Veronick S/A, em processo falimentar, teve seus bens alienados a empresa Belonig S/A. No entanto a Veronick S/A, antes da alienação de seus ativos, figurava no polo passivo de inúmeras ações trabalhistas em todo território nacional. Há uma dúvida acerca da responsabilidade da sucessora Belonig S/A nos passivos da empresa Veronick S/A. Analisando a situação concreta apresentada em função do instituto da sucessão trabalhista e com base na legislação vigente, esclareça se há ou não responsabilidade da sucessora? R: Não, se caracteriza a sucessão trabalhista quando há venda nos bens da empresa falida, tendo em vista que , por disposição legal o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus, incluindo os derivados da legislação trabalhista. Semana 5 1- Em 2010, Platão foi contratado p elo Mun icípio do Belo Horizonte para prestar serviços int ernos ligados à administração pública. Em meados de 2016, por meio de uma ação civil pública intentada pelo Ministério Público, a administração pública teve que rom per com os serviços prestados por todos aqueles que não ingressaram em seus quadros por concurso público. Platão, indignado, procurou um advogado e entrou com uma Reclamação Trabalhista, pleiteando o reconhecimento do vínculo com o Município d e Belo Horizonte e o consequente pagamento das verbas decorrente deste vínculo. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: a) Platão terá êxito na Recla mação Trabalhista no que concerne ao reconhecimento do vínculo empregatício? Justif ique indicando a posição jurisprudencial sobre a matéria. Não terá êxito na solicitação do reconhecimento do vinculo empregatício já que o art. 37, II da CF/88 define que a investidura em cargo ou emprego publico depende de aprovação em concurso público. b) Plat ão faz jus a o pagamento de a lguma parcela em de corrência da prestação de serviços acima referida? Súmula nº 363 do TST CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Semana 6 Antonio foi contratado por experiência pela prazo de 30(trinta) dias. Findo o prazo o empregador resolveu extinguir o contrato de trabalho, mas Sr. Arthur colega de Antonio pediu mais uma chance para que ele pudesse mostrar seu trabalho. O empregador então prorrogou por mais 30(trinta) dias o contrato de trabalho. Extinta a primeira prorrogação, Antonio foi comunicado que seu contrato estava extinto e ele não continuaria na empresa. Desesperado, pediu ao empregador uma nova oportunidade e informou que estava com sua mãe muito doente e o dinheiro do salário seria utilizado para custear os medicamentos. Ponderou que o prazo máximo de experiência é de 90 (noventa) dias e com isso conseguiu uma nova prorrogação pelo prazo de 30 (trinta) dias. Após 90 (noventa) dias de prestação de serviços, o empregador extinguiu o contrato de trabalho e efetuou o pagamento das verbas trabalhistas considerando que a extinção contratual a termo. Pergunta-se: Agiu corretamente o empregador? Fundamente. Não, embora o prazo de experiência seja no Maximo de 90 d ias só poderá ser prorrogado uma única ve z. Caso seja prorrogado mais de uma vez passa rá a vigorar como contrato de trabalho sem determinação de prazo. Art. 455, parágrafo único c/c art. 451 da CLT. Semana 7 CASO CONCRETO: (FGV 2011 ADAPTADO) Paulo, empregado da empresa Alegria Ltda., trabalha para a empresa Boa Sorte Ltda., em decorrência de contrato de prestação de serviços celebrado entre as respectivas empresas. As atribuições por ele exercidas inserem-sena atividade-meio da tomadora, a qual efetua o controle de sua jornada de trabalho e dirige a prestação pessoal dos serviços, emitindo ordens diretas ao trabalhador no desempenho de suas tarefas. Diante dessa situação hipotética apresentada e com base no entendimento Sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho esclareça se esta terceirização é lícita ou ilícita e consequentemente se existe a possibilidade de Paulo ter o vínculo de emprego reconhecido com a empresa Boa Sorte Ltda.? Resposta: A terceirização é ilicita tendo em vista que existe a subordinação direta entre o empregado e a tomadora. (Súmula 331 TST) Conforme decisões do TST - Tribunal Superior do Trabalho, existindo a terceirização ilícita ou ilegal é configurado o vínculo trabalhista, sendo a Tomadora responsável solidária. Exixste vínculo entre o tomador e o empregado. Semana 8 Luciano, chefe de departamento de uma grande rede de supermercados, após quatro anos e meio de vínculo de em prego, f oi promovido ao posto de gerente, sendo designado para atuar em outra filial da empresa, instalada na periferia da mesma cidade onde possui domicílio, com plenos poderes de gestão e representação. Com a promoção, ele passou a perceber gratif icação adicional de função, equivalente a 80% de sua anterior remuneração. Passados onze anos de vigência dessa situação, resolveu a em presa destituir Luciano do p osto gerencial, revertendo -o ao se u cargo efetivo sem justo motivo e suprimindo a gratificação de função. Em seguida, após cinco meses de trabalho, Luciano é dispensado sem justa causa, percebendo as verbas resultantes da rescisão do contrato de trabalho. Com base na situação hipotética apresentada e à luz do direito vigente, responda fundamentadamente: a) L uciano faz jus ao pagamento do adicional de tran sferência previsto no §3º do art.469 da CLT? Por quê? Luciano não terá direito ao adicional de t ransferência porque o cargo que ele ocupará será de confiança que está excluso desse benefício. b) Deveria ser mantido o pagamento da gratificação de função ao Luciano, referente aos últimos 5 meses do pacto laboral, após a sua destituição do posto de gerente? Justifique, apontando o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho sobre o tema. O pagamento da gratificação referente aos últimos 5 meses é devido, visto que essa gratificação deverá ser incorporada ao salario, direito adquirido, porque o trabalhador a recebeu, initerruptamente, durante mais de 10 anos Semana 9 João, empregado da empresa Beta, sentiu-se mal durante o exercício da sua atividade e procurou o departamento médico do empr egador, que l he concedeu 15 (quinze) dias de afastamento do trabalho para o devido t ratamento. Após o decurso do prazo, J oão retornou ao seu mister mas, 10 ( dez) dias depois, voltou a sentir o mesmo problema d e s aúde, t endo sido encaminhado ao INSS, ond e o bteve benefício de auxílio doença comum. Diante da situação, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A quem com petirá o pagament o do salário em relação aos primeiros 15 dias de afastamento? Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segu rado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no c aso do s d emais s egurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto e le permanecer incapaz. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) § 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 ( trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do req uerimento. § 2º O dispo sto no § 1º não se aplica q uando o auxílio-doença for decorrida de acidente do trabalho. Portanto, nos primeiros 15 dias de afastamento, quando por motivo de doença a empregadora deverá pagar o salário. Também conforme o Art. 476 da CLT e o Decreto n. 3.048/99, Art. 75 b) Caso o INSS concedesse de pl ano a J oão, dada a gravi dade da situação, a aposentadoria por invalidez comum, qu e efeito jurídico o benefício previdenciário teria sobre o contrato de trabalho? Art. 475 - O empre gado que for aposenta do por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo f ixado pelas lei s de previdên cia social para a efetivação do benefício. § 1º Recuperando o empregado a capa cidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- á assegurado o direito à função que o cupava ao t empo da aposentadoria, facultado, porem, ao empregador o direito de indeni zá-lo por recisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478. § 1º - Recuper ando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- á assegurado o direito à função que ocupava ao t empo da aposentadoria, f acultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos t ermos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. (Redação dada pela Lei nº 4.824, de 5.11.196 5) § 2º - Se o empregador houver admitido su bstituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contr ato. De acordo com o arti go acima, portanto, o contrat o ficará suspenso até que haja a Recuperação. Semana 10 A empresa Loja Veste Bem comercializa confecções no varejo e criou um cartão de crédito próprio para propiciar aos seus clientes o pagamento parcelado das compras efetuadas exclusivamente nas suas lojas, mediante parcelamento. Aos empregados da empresa é oferecido este cartão de crédito, para pagamento parcelado nas mesmas condições oferecidas aos clientes em geral. No contrato individual de trabalho, consta cláusula específica, autorizando a empresa a descontar o valor d as compras efetuadas com o cartão VESTE BEM nos salários dos empregados, sem limite de desconto. Considerando a legislação em vigor e o entendimento pacífico do TST, esclareça se o procedimento da empresa é correto quanto ao desconto? Resposta: A Prática é lícita, “o Tribunal Superior do Trabalho firmou sua jurisprudência no sentido de que não viola o art. 462 da CLT a realização, pelas empresas, de descontos nos salários dos empregados, para integrá-los em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa, sendo possível, por interpretação analógica, considerar-se lícitas outras espécies de descontos” Súmula 342 TST- Também não inclui este tipo de desconto. Semana 11 FCC 2011 ADAPTADA - Magali, Kátia e Cíntia são empregadas da empresa "Dourada". Todas as empregadas realizam viagens de trabalho. Magali recebe diária de viagem que excede em 52% o valor de seu salário. Kátia recebe diária de viagem que excede em 33% o valor de seu salário e Cíntia recebe diária de viagem que excede em 61% o valor de seu salário. Com base nos dados apresentados esclareça com base na legislação em vigor e no entendimento sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, quais as empregadas que terão as diárias de viagem incorporadas em seu salário? Integram o salário pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagens recebidas apenas por Magali e Cíntia, pois u ltrapassaram 50% do salário.art 457, 2 CLT Semana 12 O empregado João prestou serviços para a empresa A lfa na unidade fabril do município de São Paulo por cinco anos, ingressando como ajudante geral. Após seis meses de sua admissão, passou a exercer as funções de operador de empilhadeira, embora continuasse registrado como auxiliar de produção. Mário ingressou na empresa Alfa um ano antes de João, trabalhando na unidade fabril do município de Osasco, que pertence à mesma região metropolitana de São Paulo. João sempre recebeu salário superior aquele percebido por Mário. Inconformado com esta situação, Mário i ngressou com ação trabalhista objetivando equiparação salarial e nomeou com paradigma João. Em sua defesa, a empresa suscitou que João obteve aumento salarial através de decisão judicial em decorrência de vantagem pessoal e comprova através de documentos as alegações. Conforme previsão legal e entendimento sumulado do TST, no caso em análise, encontram-se presentes os requisitos para a equiparação salarial entre Mário e João, devendo haver a condenação da empresa Alfa por diferenças salariais? Não, Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma,exceto se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior - súmula 6, VI, TST Semana 13 João Cuiabano é empregado de uma empresa que presta serviços de informática e tecnologia para uma rede de supermercados que funciona 24 horas, todos os dias. Por essa razão, a empresa onde João Trabalha faz uma escala de plantões. A escala de trabalho de João Cuiabano é de 12X36. O empregado foi questionar junto ao empregador sobre o recebimento dos feriados trabalhados, em dobro, bem como o adicional de 50% (cinqu enta por cento) sobre as horas excedentes a oitava diária. O empregador esclareceu que nada era devido, tendo em vista que João Cuiabano trabalhava em regime de 12X36. Analisando o caso concreto e com base no entendimento Sumulado pelo TST sobre a matéria, informe se o empregado tem direito ou não a sua pretensão? Resposta – Súmula 444 TST, vai ter direito ao feriado, mas não receberá as horas acima da oitava, pois seu regime é de 12 horas por 36. Semana 14 Paulo José foi admitido para trabalhar na Empresa XYZ Ltda. na função de atendente no período de 01/03/2014 até 04/04/2016. Seu horário de trabalho era das 8:00h às 17:00h de segunda à sexta-feira e das 8:00h às 12:00h nos sábados. De segunda-feira até sexta-feira, Paulo José usufruía de intervalo para refeição e descanso de apenas 20 (vinte) minutos diariamente. Após o término do contrato de trabalho, Paulo José, ingressou com ação trabalhista, objetivando o pagamento do intervalo intrajornada em sua integralidade. Pergunta-se: com base no entendimento sumulado pelo TST, Paulo José terá êxito em sua pretensão? Resposta – Sim. súmula 437 I, A não concessão mesmo parcial gera direito ao pagamento integral ( a hora + 50 %)
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