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Instituto: ICSA Curso: Relações Públicas Disciplina: Teorias da Comunicação Professor: Humberto Ivan Keske Nome: Clarissa Adriana Stüker Resenha avaliativa do filme “O Quarto Poder” No século XIX surgiram vantajosas tecnologias que promoveram a comunicação entre pessoas afastadas por longas distâncias, permitindo assim a grande difusão de informações. Trilhando caminho para imprensa, tanto como indústria, quanto como instituição social, as mudanças sistemáticas na sociedade contribuíram para o aparecimento de agências, mais especialmente as de Jornalismo. A imprensa, com o passar dos anos, cresceu com tecnologia e força, adquirindo valor como representante da sociedade, sendo comparada aos poderes governamentais: Legislativo, Judiciário e Executivo. A imprensa seria o quarto poder desse esquema. E é disso que o filme com direção de Costa-Gravas trata. A grande abrangência das mídias, o comportamento das empresas de imprensa frente ao que acontece e o comportamento da sociedade frente ao que é apresentado pela imprensa. Um jornalista em decadência que faz o possível para readquirir posicionamento favorável em seu trabalho e um pai de família desesperado que acaba de perder o emprego de segurança em um museu formam o foco da trama “O Quarto Poder”. Sam, interpretado por John Travolta, é o segurança recém desempregado, que não aceita sua demissão e também não tem coragem de contar sobre a mesma para a sua família, diante dos fatos decide procurar sua ex chefe para uma possível readmissão. Mas para ter certeza que ganharia a atenção da Sra. Banks, leva consigo uma arma e vários explosivos para, em um momento de necessidade, intimidá-la. Já o jornalista Max Brackett, contrariado a sua vontade, foi designado para realizar uma reportagem sobre os problemas financeiros que atingem o museu e quais as consequências disso. A trama se desenrola a partir do momento em que Sam acidentalmente acerta um tiro no seu ex colega de trabalho, também segurança do museu, e Max está coincidentemente no banheiro do local pronto para cobrir esse acontecimento. O museu está recebendo uma excursão de alunos que acabam trancados junto com a professora, a diretora – Sra. Banks, o jornalista e o ex segurança. O filme põe em discussão o poder da mídia sobre a opinião pública, apresentando versões da história hora a favor, hora contra Sam, que foi intitulado como sequestrador. Pode-se perceber claramente a manipulação da informação por parte da imprensa quando, através de um jogo de emoções, Max convence Sam a dar uma entrevista expondo os reais motivos para estar naquela situação. Porém, com o crescimento da curiosidade alheia, outras mídias confirmam interesse pelo assunto e se deslocam até o museu. A partir deste momento o sensacionalismo aparece de uma forma mais enfática, pois todas as emissoras querem alavancar audiência e usam de linguagem simples para atingir a cultura de massa. O poder da imprensa é apresentado como uma arma para atemorizar a sociedade. O que antes era divulgação e atualização de informações se torna um caminho de condução para a imprensa que passa a reger o telespectador fazendo uso de cortes de gravações, seleção de imagens e omissão de discursos. As mídias não possuem limites para atingir seus objetivos. O filme termina com o desespero do jornalista Max ao ver que não conseguiu desencadear os fatos de forma positiva, deixando claro que a imprensa atravessa barreiras como a vida pelos seus interesses, que são frequentemente difusos e adversos. O jornalismo é o produtor e veiculador de sentidos, pois ainda é dentre as formas de atuação dos meios de massa o maior representante. E, infelizmente, como mostrado no filme, os espaços midiáticos são muito acirrados e estão sujeitos a conexões político ideológicas dos donos dos meios e muitos jornalistas que evitam discutir certos temas, principalmente em horários de maior audiência. Já o número de participantes, o tipo de público, quais as autoridades envolvidas, os apoios recebidos, possíveis reações na sociedade, são fatores que também determinam qual será o tratamento da mídia perante certo evento. Na cena atual,o que podemos perceber é o poder da mídia na condenação dos envolvidos no caso do Mensalão. A grande mídia os condena veementemente, enquanto que mídias alternativas como Carta Maior, Revista Fórum e Outras Palavras, fazem ponderações quanto a outros escândalos que não receberam o mesmo tratamento que esse vem recebendo, como o SIVAM e PROER na década 1990. Costa-Gravas já em 1997 nos faz refletir sobre o processo democrático da informação, onde a manipulação é louvável para o favorecimento de interesses de terceiros. Da maneira em que vivemos, a imprensa representa o primeiro poder, pois é a número um em apresentar leis sociais e julgamentos rasos. Uma nova perspectiva precisa ser alcançada, lançando novos horizontes para o processo de democratização na sociedade. Referências Acessado em 25/11: http://autografico.blogspot.com.br/2013/04/critica-do-filme-o-quarto-poder.html Acessado em 25/11: http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/cultura/setedicao/cultura4.htm Acessado em 25/11: http://vanessamarx.blogspot.com.br/2008/05/crtica-do-filme-o-quarto-poder.html Acessado em 25/11: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44502005000300009&script=sci_arttext
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