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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I IZABELE ALVES LOPES SOEIRO MATRÍCULA: 201507485913 Fortaleza 2017 2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I sob a orientação do Professor Fellipe Fernandes Cavallero da Silva. Curso: Letras/Inglês Fortaleza 2017 3 “Desculpe por não escutado enquanto diziam que eu não iria conseguir. É que costumo deixar minha fé no último volume” Rafael Magalhães 4 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES.........................................................................05 LISTA DE ANEXOS ..................................................................................06 1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................07 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA ...................................08 2.1. Aspecto físico, humano e material da escola..............................08 2.2. Projeto Político Pedagógico da Escola.........................................11 2.3. A escola como grupo social ..........................................................12 3. ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS ...............14 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................19 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................20 6. ILUSTRAÇÕES............................................................................................21 7. ANEXOS .....................................................................................................28 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 1. Fachada da Escola 2. Equipe Pedagógica 3. Quadra Esportiva 4. Sala de aula 5. Observação no estágio 6. Participação no estágio 7. Sala de vídeo/Biblioteca 8. Coordenação 9. Planejamento de aula 10. Material pedagógico e apoio 11. Pátio Interno 12. Projeto Pedagógico 2017 6 LISTA DE ANEXOS 1. Termo de compromisso 2. Termo de responsabilidade 3. Apresentação do estagiário à UE 4. Aditivo do termo de compromisso 5. Ficha de registro de frequência - Anexos A, B, C e D. 6. Declaração da UE timbrada 7. Ficha de avaliação do estagiário – UE 8. Plano de atividades 9. Plano de aula 10. Ficha de observação e aula-atividade 11. Projeto Político Pedagógico 7 1. INTRODUÇÃO Este relatório contempla as formalidades diretamente na escola, da disciplina de Práticas de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I e apresenta o resultado de investigação teórica, observação e práticas realizadas ao longo do curso, por intermédio da experiência proveniente na atuação na disciplina de Língua Inglesa no Ensino Fundamental II, a fim de relacionar as teorias estudadas com a prática desenvolvida durante esse primeiro estágio. Assim sendo, este relatório está dividido em tópicos: inicialmente, abordando sobre o histórico da escola, como seu corpo administrativo e educacional, em seguida uma observação referente ao estágio em si, com as turmas que tive oportunidade de conhecer do 6º ao 9º ano, onde acompanhei a rotina diária da professora, da direção e demais funcionários ligados a escola. Realizando assim, uma análise das atividades observadas e realizadas embasando-me teoricamente e confrontando com o vivenciado na prática, e nas considerações finais, exponho o que aprendi, experimentando o papel de aluna que fica diante da sala, como educadora, e na parte pós-textual, constam as referências do material que foi usado de base neste trabalho, assim como anexos dos registros de imagens que pude fazer com devida autorização e documentações que me permitiram participar desta atividade. 8 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA A escola recebeu este nome em homenagem à professora já falecida, Marieta Guedes Martins. Nascida em 20 de fevereiro de 1889, em Fortaleza- CE, o maior sonho de Marieta era ver sua neta, cujo nome herdou em sua homenagem, um dia dirigir uma escola como o tradicional e conceituado Colégio da Imaculada Conceição. Escola que Marieta estudou a vida inteira e tinha muito apreço. Marieta faleceu em 28 de abril de 1978 e com o Decreto de nº 5.637, a prefeitura inaugurou a escola denominando-a como Escola de 1º Grau Profª. Terezinha Coelho de Araújo, em agosto de 1980, em homenagem à uma professora que havia falecido em uma sala de aula em Fortaleza. O local surgiu inspirado neste sonho de passar para seus sucessores o dom do ensino e presenciando a falta de recursos, localização e povo humilde, a Sra. Marieta solicitou ao pai Sr. José Guedes Martins que pudesse utilizar a área onde se localizava uma fábrica de cerâmica de sua propriedade denominada Santa Terezinha, e transformando-a em um local onde as crianças pudessem ter um momento de descente escolarização. Arcou com todas as despesas como pagamento dos professores, merenda escolar diária e material escolar para todas as crianças, sem contar com ajuda de nenhum órgão público ou partido político de 1970 a 1978 quando então doou à prefeitura. Em novembro de 1990, houve a reinauguração da escola, e nela a direção foi da neta de d. Marieta, Marieta Barroso Guedes Costa. A diretora se aposentou no final de 2005 e atualmente tem a direção de Juliana Lima Oliveira, formada em Pedagogia pela UECE, com lotação pela Prefeitura Municipal de Fortaleza desde 2016. A grande finalidade da escola é favorecer condições para a formação integral de seus alunos tendo por base os princípios da liberdade e solidariedade humana. 2.1 Aspecto físico, humano e material da escola A escola está localizada na Rua José Guedes Martins, nº 4701, no bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza-CE. Infraestrutura Água filtrada Lixo destinado à coleta periódica Água da rede pública Acesso à Internet Energia da rede pública Banda larga Esgoto da rede pública 9 Dependências 11 salas de aulas Banheiro fora do prédio 55 funcionários Banheiro dentro do prédio Sala de diretoria Banheiro com chuveiro Sala de professores Sala de secretaria Laboratório de informática Coordenação Quadra de esportes coberta Refeitório Alimentação escolar paraos alunos Despensa Cozinha Pátio coberto Biblioteca Pátio descoberto Sala de Leitura Almoxarifado Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida Equipamentos Computadores administrativos Aparelho de DVD Computadores para alunos Retroprojetor TV LCD 32” Projetor multimídia (datashow) Copiadoras Banner para projetor Equipamento de som Aparelho de FAX Impressoras Câmera Fotográfica Equipamentos de multimídia Filmadora TV de circuito fechado Telefone Videocassete Todos os equipamentos mencionados funcionando e em perfeito estado, espaço adequado para os professores, mobiliário adequado, e a realidade, em como toda escola pública, seu número de alunos em sala de aula é aproximadamente de 20 a 30 crianças. Possui oito turmas do 6º ano, divididas nos turnos manhã e tarde. Da mesma maneira, ocorre com as turmas do 7º ano, em quantidade e divisão. Do 8º ano, são quatro turmas divididas nos turnos e no 9º ano, uma turma para cada turno. Totalizando 596 alunos matriculados. São 55 funcionários, sendo que destes, 40 são os professores efetivos e substitutos. 10 A escola tem sua comunidade formada por estudantes oriundos de famílias de classe social baixa, caracterizadas pelo desestruturamento familiar, onde uma parcela considerável dessas famílias é sustentada financeiramente somente pela pessoa da mãe, que separada do marido ou companheiro, assume todas as despesas quando não volta para a casa de familiares. Outros casos, contemplam responsabilidade parental aos avós da criança ou apenas ao pai da mesma. Apesar de perceber que a sala fica lotada e inadequada para um bom acompanhamento, onde poderia ser de até 20 alunos, as professoras Fátima e Ruth conseguem passar seu conteúdo, sendo observado as orientações do projeto político-pedagógico do período, deixando assim de acordo com o padrão da prefeitura, que usa a média global para a aprovação de seus alunos. A Secretaria Municipal de Educação, proporciona formações para os professores. Que se realizam de acordo com o dia do planejamento de cada disciplina, orientado pela SME onde no caso da disciplina de Língua Inglesa, o dia da semana é quinta-feira. A escola participa também de avaliações externas como o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, onde anualmente identifica a qualidade do ensino. IDEB – 9º Ano IDEB 2009 2011 2013 2015 Projetado --- 2,6 2,9 3,3 Observado 2,2 2,4 2,7 3,7 Neste período do estágio, precisamente no mês de março/2017, acompanhei e fiscalizei a realização dessas provas cujas matérias são especialmente português e matemática. A escola também participa do Projeto Integração da prefeitura de Fortaleza, onde o aluno tem acompanhamento com equipes interdisciplinares, atendendo alunos do 9º ano do fundamental em atividades artísticas, culturais e esportivas no contra turno escolar. 11 2.1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA O primeiro registro de Projeto Político Pedagógico da escola data o ano de 2005, onde a direção era da neta de Marieta Guedes Martins. O PPP é anualmente atualizado e distribuído entre os funcionários da escola para que todos possam trabalhar com o mesmo objetivo. Os principais objetivos dos projetos são investir na Formação Continuada dos Docentes e Técnicos da Educação, investir em ações preventivas e remediativas nos casos de dificuldades de aprendizagem dos alunos, trabalhando com a consciência dos alunos e familiares sobre a disciplina na escola, contribuindo para um relacionamento saudável e respeitoso entre a comunidade escolar, além de envolver a família nas atividades realizadas na escola para que haja maior interatividade destes processos ligados aos educandos, esclarecendo aos pais e familiares os processos de trabalho e criando um sistema de acompanhamento aos alunos com dificuldades de socialização. Sob a orientação da legislação vigente que disciplina os processos educativos da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza, adota-se na Proposta Pedagógica da escola, o conceito de currículo que incorpora contribuições das teorias críticas e pós-criticas, as quais concebem o ser humano numa perspectiva holística, social e historicamente constituída. Passando assim, a enxergar a educação como um processo de ensino e aprendizagem numa perspectiva menos técnica e assumindo um caráter mais político e social. Nessa proposta, a escola também assume o compromisso de seguir as diretrizes da Educação Inclusiva, oriundas da Secretaria Municipal de Educação, de acordo com as orientações da atual Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva para garantir a matrícula do estudante com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, nas salas regulares, conforme as disponibilidades de vagas e obedecendo aos critérios do limite de alunos por sala, tendo adaptação e acessibilidade para o aluno, conforme as diretrizes da Secretaria Municipal. 12 A avaliação do ensino e da aprendizagem seguirá por uma forma de avaliação com orientações contidas nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Sistema Público Municipal de Ensino de Fortaleza de reflexão crítica sobre práticas e aprendizagens desenvolvidas em caráter diagnóstico, quando identifica os avanços e dificuldades do aluno em qualquer momento do seu percurso. Em caráter formativo, quando orienta o processo de elaboração do conhecimento, exigindo de professores e alunos a consolidação de uma relação dialógica entre ensinar e aprender, com foco na aprendizagem e construção da autonomia do aluno e em caráter normativo onde, obtém-se os importantes registros de desempenho do aluno, expressando o resultado de sua aprendizagem em sua vida escolar. Da mesma maneira ocorre para os alunos com necessidades educacionais especiais, além de produzir situações apropriadas para acompanhamentos da evolução da aprendizagem e elevação da autoestima, colaborando assim para um histórico escolar satisfatório. 2.3. A ESCOLA COMO GRUPO SOCIAL A escola participa mensalmente de uma avaliação institucional onde percebem os dados mais importantes para construção e efetivação da Proposta Pedagógica, definindo melhor sua identidade na comunidade, autonomia, missão e objetivos de maneira democrática e participativa. LIBÂNEO (2004, p.235) afirma que a "avaliação diz respeito a um conjunto de ações voltadas para o estudo sistemático de um fenômeno, uma situação, um processo, um evento, uma pessoa visando a emitir um juízo de valor.” Nesse aspecto, a avaliação propõe a coleta de informações, tendo diversos e diferentes meios de verificação dos aspectos avaliados para, com base nos valores, tomar as devidas decisões. Sendo assim, por meio de questionários e reuniões com a comunidade escolar, a escola busca coletar dados no sentido de promover melhorias em todo o contexto escolar. 13 A escola, na pessoa da diretora Juliana Lima considera muito importante esse recurso pois confere visibilidade dos aspectos positivos e as necessidades de melhoria da ação pedagógica.A diretora considera esse processo contínuo e sistemático de forma a detectar e corrigir possíveis distorções no percurso profissional, além de exaltar as ações que demonstraram pequenos ou grandes avanços propagados na comunidade escolar. 14 3.ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS O planejamento da professora, assim como seu plano de aula, conteúdos aplicados, estratégias didáticas, são baseadas tanto no material didático disponibilizado pela prefeitura aos alunos. A professora utiliza também outros meios para captar a atenção e engajamento da turma, estimulando os estudantes e mostrando para eles a importância em aprender inglês para sua vida futura, lembrando-lhes que a língua é utilizada mundialmente e sem ao menos perceber, seja na internet, nas propagandas das lojas e nas músicas de sucesso, deixando-os então, cientes da necessidade de sua total inclusão no meio digital na parte em que o inglês é utilizado. A postura das professoras é sempre firme porém simpática, cobrando disciplina de seus alunos e responsabilidade por parte dos mesmos. Elas fazem isso com o auxílio de um microfone portátil com caixa de som, que elas chamam de kit professor, exatamente para não forçar a voz. A avaliação acontece por meio de exercícios, que são verificados os que realizam em tempo hábil na sala de aula e os que se comprometem a fazer a tarefa de casa, trabalhos, testes e provas, que valem pontos para serem somados à média final. É também observado o comportamento do aluno, se ele conversa muito, se participa corretamente do mapeamento da sala de aula ou se está com celular ligado durante a aula. Meu estágio foi muito significativo como pessoa e profissional e fiquei muito otimista por alcançando, sem perceber exatamente o que estava sendo proposto nas aulas. As turmas que observei e participei num primeiro momento no turno da manhã, foram do 6º e 7º ano. Duas aulas de inglês para cada turma nas segundas, quartas e sextas-feiras. Num segundo momento, a partir de marco de 2017, passei para o turno da tarde, onde acompanhei durante todos os dias da semana as duas aulas que a professora ministrava, respeitando um dia da semana para planejamento. A primeira aula ocorre exatamente com a professora, e eu fico observando. A professora utiliza um método direto de ensino, focando na tradução, na gramática, dicionários e memorização. No segundo tempo, a professora inverte comigo os papeis e eu deixo a turma ficar mais a vontade. A 15 professora permanece em sala de aula, acompanhando e orientando caso eles questionem mais alguma coisa ou precise ir até onde eles estão. E dependendo do comportamento dos alunos, no final da aula é sorteado um aluno que escolherá uma música internacional à seu gosto. Cada aula seguinte, busquei inovar com algo e felizmente nós temos recursos para aproveitar ao máximo o tempo. Por essa razão, já foi possível ficar sozinha nas duas aulas porque a professora faltou, e nesse caso, foi colocado um filme com legenda para eles assistissem e depois, como tarefa para casa, uma redação para entregar na próxima aula à professora. Outras vezes, colocamos clipes com a tradução o que é muito apoiado pelos alunos. Mas o que mais os encantou foi levar revistas em quadrinho da Turma da Mônica em Inglês que eu resolvi assinar e assim fazê-los entender como até mesmo algo tão conhecido pode também ser traduzido para o inglês. Pensando também nos alunos com dificuldade na aprendizagem, foi perceptível que a professora busca deixar a aula mais divertida e convidativa possível de maneira que tire a ideia nunca irão usar inglês. A linguagem tanto dos livros quanto da didática definida é sempre atual e assim participativa. Em uma ocasião, a professora havia pedido emprestado à mim, um texto contido em uma das revistas da Turma da Mônica e valendo ponto, queria a tradução e a turma rapidamente, com o uso de dicionários em sala de aula se separaram em duplas. Nos revezamos para tirar dúvidas e não percebemos o tempo passar. Estávamos comparando culturas, numa conversa que envolveu sonhos de viajar pro exterior, conhecer Disney, Londres e o sinal bateu acusando o fim da aula. Essa nova abordagem chamou a atenção dos outros professores que mencionaram informalmente que muitos alunos solicitavam para que suas aulas fossem tão divertidas quanto o inglês. Acredito que por ter sido aluna a pouco tempo, talvez eu tenha me colocado mais no lugar dele do que do próprio professor. A prática pedagógica que observei foi que a professora cobra e anota numa ficha que fica na coordenação, caso o aluno não traga seu livro referente a matéria, e além dele, a escola disponibiliza dicionários visto que sem eles não há condições do aluno acompanhar as aulas. 16 O livro em uso pela professora Fátima fez parte da PNDL – Programa Nacional do Livro Didático, ANOS 2014, 2015 e 2016: VONTADE DE APRENDER INGLÊS, da Editora FTD, com autoria de Mariana Killner e Rosana Amancio. Já o livro utilizado pela professora Ruth, também faz parte da PNDL, mas atualizado: Anos 2017, 2018 e 2019. Ou seja, esses livros poderão ser reutilizados nos próximos anos. Os alunos podem utilizar o livro, escrevendo com lápis para responder em sala de aula, mas em casa, os mesmos devem copiar a questão do livro em caderno e responder em caderno. O título do livro para a professora Ruth é: WAY TO ENGLISH FOR BRAZILLIANS LEARNERS, da Editora Ática, de autoria de Cláudio Franco e Kátia Tavares. Ambos materiais são bastante ricos em imagens e exemplos, porém o considerei muito avançado para alunos que mui provavelmente nunca tiveram contato com a língua inglesa. Os alunos demonstram responsabilidade e sempre trazem seus livros e quando isso não acontece, o aluno é convidado a sentar com um colega que tenha trazido o livro. A participação deles é considerado dentro da normalidade, onde estes copiam as atividades propostas e a agenda e observam atentamente no quadro o que devem tomar nota em seus cadernos e após fazer essa atividade, a professora visita cada aluno em seu devido lugar e dá vistos nos cadernos e orienta caso necessário. Os alunos também são convidados a responder no quadro e assim poder participar da aula. Atividade que eles realizam de muito bom grado, e é perceptível o cuidado para não errar as palavras estrangeiras ao escrever. Já quando falam, a pronúncia é mais descontraída e a professora fica atenta para evitar que os alunos se distraiam. Segundo PAULO FREIRE: “O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada 17 pela segurança, do medo que, ao ser educado, vai gerando a coragem”. (FREIRE, 1996, p.26) Esse pensamento me inspira a ter sempre a ideia de uma didática que encante o aluno, que ele se interesse como eu, um dia enquanto aluna, também me interessei e ansiava para chegar logo determinado dia da semana para ter aquela aula porque era a mais legal, a mais divertida. O interesse é fazer o aluno entender o que o professor está passando. E sendo uma língua estrangeira, normalmente os alunos de escola pública não acreditam que possam aprender para utilizar num futuro próximo. Esse desafio propõe ao professor a necessidade de assumir suas convicções, de entender suas limitações para buscar superá-las de modo que possa fazer a diferença.Que possamos inspirar, facilitar o entendimento dando abertura do nosso ser para que eles possam também viver e perceber seu próprio desenvolvimento e amadurecimento intelectual. É compreensível que ensinar é algo que necessita de uma série de competências. O que mais me causou temor foi a possibilidade de encontrar um professor que tivesse a falta dessa competência profissional, pois isso o desqualifica e o mesmo perde toda sua autoridade como professor. Como PAULO FREIRE cita: “O clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador do espaço pedagógico” (FREIRE, 1996, p. 103). Essa concepção de Paulo Freire sobre a maneira como devemos realizar a avaliação do aluno é algo que considero muito pessoal. Procurar conhecer o aluno, saber a sua forma de pensar, como é sua vida visto que cada pessoa tem sua particularidade e a maneira como ele interage com a sociedade também influencia sua maneira de aprender. Cito o autor onde, “A avaliação é a mediação entre o ensino do professor e as aprendizagens do professor e as aprendizagens do aluno, é o fio da comunicação entre formas de ensinar e formas de aprender”. O professor só poderá avaliar a aprendizagem, se tiver clareza e percepção daquilo que pretende alcançar, isto é, os seus objetivos, os quais são hipóteses sobre o comportamento esperado dos alunos. Quanto mais 18 nítidos forem propostos, melhores orientadores se tornarão para a ação/reflexão/ação deste e para os seus procedimentos avaliativos, pois ao contrário, como afirma a autora JUSSARA HOFFMANN: “(...) conceber e nomear o ' fazer testes', o 'dar notas', por avaliação é uma atitude simplista e ingênua! Significa reduzir o processo avaliativo, de acompanhamento e ação com base na reflexão, a parcos instrumentos auxiliares desse processo, como se nomeássemos por bisturi um procedimento cirúrgico(...)”. (HOFFMANN, 2000, p.53) 19 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio foi uma experiência muito rica, algo que realmente não esperava passar quando me inscrevi no curso. Por ter limitações físicas, acreditava que seria muito difícil conseguir uma escola que me aceitasse. Felizmente fui feliz em três oportunidades, onde escolhi a escola pública mais próxima de minha residência. A realidade do ensino público é visto pela sociedade em geral de maneira muito preconceituosa e inferior, porém pude observar que a qualidade do ensino está cada vez mais rigoroso, acredito que os alunos em escola pública tenham mais regras que os de escola particular. Cito como exemplo, o fato de que o aluno não pode ter celular à vista de nenhum membro da escola, pois caso isso ocorra, ele pode receber solicitação para que pais ou responsáveis venham à escola e em último caso, suspensão. Os alunos obedecem rigorosamente essas recomendações, demonstram interesse em aprender e no seu comumente estado de espírito, costumam se distrair, havendo a necessidade do professor chamar atenção da turma para dar continuidade a aula. Mas nada que estresse ou cause alguma tensão entre os alunos e professores. Caso algo ocorra, é realmente uma situação impar que imediatamente fica a cargo da coordenação ou direção. Os alunos participam bastante das aulas e interagem com o professor, citando e comparando informações e tecnologias, enriquecendo a aula e sendo percebido uma troca de experiências entre professor e aluno. O referido estágio teve sua conclusão no dia 31/03/2017, totalizando 132h, conforme solicitado em Aditivo ao Termo de Compromisso assinado no dia 14/03/2017 pela instituição de ensino interveniente e pela direção da instituição concedente do estágio. Fez-se necessário o pedido de aumentar o período por motivo de recesso escolar, greve/paralisações e feriados. 20 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista. 29ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000. LIBÂNEO, J.C. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização Coleção docência em formação. Série saberes pedagógicos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2006. LIBÂNEO, J.C. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática, 5. ed. Goiânia, Alternativa, 2004. NAVARRO,I.P. et.al. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília: MEC, SEB, 2004. OLIVEIRA, M. A. M. (org) Gestão Educacional – Novos Olhares Novas abordagens, Petrópolis, RJ:Vozes, 2005. PARO, V. H.. Administração Escolar – Introdução Crítica. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2005. PARO, V.H. Gestão Democrática da Escola Pública, 8 ed. São Paulo: Editora Ática, 2004. 21 6. ILUSTRAÇÕES 1. Fachada da escola 2. Equipe Pedagógica 22 3. Quadra esportiva 4. Sala de aula 23 5. Observação no estágio 6. Participação no estágio 24 7. Sala de vídeo / Biblioteca 25 8. Coordenação 9. Planejamento de aula 26 10. Material pedagógico e apoio 27 11. Pátio interno 12. Projeto Pedagógico 2017 28 7. ANEXOS TERMO DE COMPROMISSO DO ESTÁGIO 29 30 31 TERMO DE RESPONSABILIDADE 32 APRESENTAÇÃO DO ESTAGIÁRIO À UE 33 TERMO ADITIVO DE ESTÁGIO 34 FICHA DE REGISTRODE FREQUÊNCIA - A 35 FICHA DE REGISTRO DE FREQUÊNCIA - B 36 FICHA DE REGISTRO DE FREQUÊNCIA - C 37 FICHA DE REGISTRO DE FREQUÊNCIA - D 38 DECLARACAO DA UE TIMBRADA 39 FICHA DE AVALIACAO DO ESTAGIÁRIO - UE 40 PLANO DE ATIVIDADES 41 PLANO DE AULA DISCIPLINA: INGLÊS TURMA: 7º Ano – A, TURNO: Tarde TEMA DE AULA: Tradução de música internacional OBJETIVOS ESPECÍFICOS: desenvolver com os alunos a percepção de palavras já conhecidas da língua inglesa OBJETIVO GERAL: trabalhar com a linguagem oral e pronúncia, atenção e confiança do aluno CONTEÚDO DE ENSINO: apresentação, listening, tradução METODOLOGIA: PRIMEIRO MOMENTO - são dedicados a uma roda de conversa informal com os alunos, favorecendo o diálogo a fim de interagir e despertar o interesse dos mesmos, apresentando-os a música Stan com participação de Dido, do cantor Eminem, conforme solicitado pelo aluno João Erick Sampaio Dias em sorteio realizado em sala de aula. Os alunos escutarão a música duas vezes na expectativa que não se intimidem e cantem o refrão. SEGUNDO MOMENTO - são destinados à leitura da letra da música em inglês, onde será solicitado aos mesmos a tradução da música, mediante o uso de dicionários para as palavras que não sejam conhecidas. Divisão da turma em duplas para maior objetividade da atividade. TERCEIRO MOMENTO - motivar aos alunos para realizarem a atividade até a segunda parte da aula, e logo em seguida passar a letra traduzida para correção e dirimir dúvidas que porventura ainda tivessem. RECURSOS DIDÁTICOS Aparelho de som Letra da música Stan – Eminem feat. Dido em Inglês – 30 cópias Letra da música Stan – Eminem feat. Dido traduzida – 30 cópias FORMAS DE AVALIAÇÃO Participação e interesse do aluno, pronúncia, listening. FONTE DE CONSULTA Dicionário Inglês – Português, 15 unidades 42 FICHA DE OBSERVAÇÃO DE AULA-ATIVIDADE 43 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67
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