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SÃO PAULO DIREITO DO TRABALHO Ricardo Resende 5.a edição revista, e atualizada Seguindo a proposta desta obra, revisei e atualizei todo o texto com vistas a mantê-lo superatualizado e em constante aperfeiçoamento. Nesse sentido, o objetivo é manter o diferencial do livro visando à preparação de alto rendimento para concursos: tratamento dos temas com objetividade, porém sem descuidar do aprofundamento teórico quando necessário, bem como atualização quase obsessiva. (PERUD� R� OLYUR� WHQKD� VLGR� HVFULWR� FRP� OLQJXDJHP� ³FRQFXUVHLUD´�� D� ¿�P�GH� ID� cilitar a preparação de candidatos a cargos públicos, é cada vez maior a aceitação da obra também pelos estudantes de graduação e demais operadores do direito, o que é para mim motivo de satisfação e, antes de tudo, indicativo de que o projeto tem sido bem-sucedido. Minha forma de agradecer pela grande aceitação do livro é oferecer ao leitor edições cada vez melhores, mediante a constante e cuidadosa revisão de todo o seu conteúdo. (QWUH� DV� DOWHUDo}HV� YHUL¿�FDGDV� GHVGH� R� ODQoDPHQWR� GD� ��� HGLomR� �DEULO� GH� �������GHVWDFDP�VH�DV� VHJXLQWHV�� �D�� LQFRUSRUDomR�DR� WH[WR�� FRP� UHÀ�H[R�HP�YiULRV� FDStWXORV��GDV�DOWHUDo}HV�SURPRYLGDV�SHOD�039�Q����������HP�GLVSRVLWLYRV�GD�/HL� Q� ������������ �E�� DMXVWH� GR� WH[WR� HP� UD]mR� GD� /HL� &RPSOHPHQWDU� Q� ���������� que estendeu a estabilidade da gestante ao guardião em caso de falecimento da JHQLWRUD�HPSUHJDGD�� �F�� LQFOXVmR�GD�DOWHUDomR�SURPRYLGD�SHOD�/HL�Q�������������� TXH� DFUHVFHQWRX� R� � �� DR� DUW�� ���� GD�&/7�� HVWHQGHQGR� R� DGLFLRQDO� GH� SHULFXORVL� dade ao trabalhador em motocicleta�� �G�� DWXDOL]DomR� GR� WySLFR� UHIHUHQWH� DR� SUD]R� GR�FRQWUDWR�GH� WUDEDOKR�WHPSRUiULR��FRQIRUPH�3RUWDULD�07(�Q������������H��DWXD� OL]DomR� GR� WH[WR� HP� IDFH� GD� /HL� Q� ������������� TXH� LQVWLWXLX�PXOWD� SRU� LQIUDomR� j� OHJLVODomR�GH�SURWHomR�DR� WUDEDOKR�GRPpVWLFR�� �I�� DWXDOL]DomR�GR� WySLFR� UHIHUHQWH� DR� VHJXUR�GHVHPSUHJR� FRP� DV� DOWHUDo}HV� SURPRYLGDV� SHOD�039� Q� ���������� �J�� DWXDOL]DomR�GH� WHPDV� LPSRUWDQWHV� MXOJDGRV� DR� ORQJR�GH� �����SHOR�67)�� FRPR�� SRU� exemplo, o prazo prescricional aplicável ao FGTS e a constitucionalidade do art. ���� GD� &/7�� �K�� UHYLVmR� H� DWXDOL]DomR� GR� HQWHQGLPHQWR� MXULVSUXGHQFLDO� GH� XPD� forma geral e, em especial, em relação à terceirização de serviços de telecomu- nicação, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, dispensa de empregados S~EOLFRV�� OLPLWHV� SDUD� D� ¿�[DomR� GH� WHPSR� PpGLR� SDUD� UHPXQHUDomR� GDV� KRUDV� in itinere� H� OLPLWHV� PDWHULDLV� j� QHJRFLDomR� FROHWLYD�� �L�� DWXDOL]DomR� GR� WH[WR�� FRP� UHÀ�H[R� HP� YiULRV� FDStWXORV�� HP� UD]mR� GD� 5HVROXomR� Q� ��������� GR� 767�� TXH� converteu várias orientações jurisprudenciais em súmulas, o que culminou com a edição das Súmulas nos� ���� D� ���� H� ����� H� �M�� LQFRUSRUDomR� DR� WH[WR�� FRP� UHÀ�H[R� em vários capítulos, de julgados relevantes publicados recentemente no Informativo de Jurisprudência do TST. A partir de incessante busca de novíssimos julgados e novos entendimentos do TST, algumas matérias foram objeto de revisão, de modo a manter a obra o mais atual possível sob o ponto de vista da evolução jurisprudencial. Uma vez mais, foram revistos e atualizados inclusive os arestos relativos às matérias con- trovertidas cuja tendência de entendimento do TST permaneceu inalterada, como forma de manter o leitor seguro acerca da atualidade das posições interpretativas mencionadas. Neste pormenor, mantive alguns julgados menos recentes, datados de dois ou três anos atrás, sempre que considerei os fundamentos do julgamento relevantes para o esclarecimento da matéria. $�¿�P�GH�IDFLOLWDU�D�LGHQWL¿�FDomR��SHOR�OHLWRU��GH�SRQWRV�WHyULFRV�PDLV�UHOHYDQWHV� visando à preparação para as provas discursivas, inseri nova ferramenta ao longo de todo o texto, sob a forma de dicas de estudo do assunto respectivo para a resolução de questões discursivas. Trata-se de ferramenta importante, notadamente para os candidatos ao cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho. 3RU� ¿�P�� R� &DGHUQR� GH� 4XHVW}HV� IRL� WRWDOPHQWH� UHYLVWR�� FRP� D� LQFOXVmR� GH� DSUR[LPDGDPHQWH� GX]HQWDV� TXHVW}HV� FREUDGDV� GHVGH� R� ODQoDPHQWR� GD� ��� HGLomR�� Como de costume, foram excluídas as questões que se tornaram obsoletas em face das alterações legislativas e jurisprudenciais. Agradeço, uma vez mais, a todos os leitores e alunos, os quais me instigam a buscar sempre a melhoria da obra e a mantê-la absolutamente atualizada. Forte abraço e bons estudos! Ricardo Resende ricardo@ricardoresende.com.br DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo ResendeX COMO TIRAR O MÁXIMO PROVEITO DESTE MANUAL Caro colega concurseiro, Este manual foi pensado em cada detalhe com vistas a catalisar sua preparação HP� 'LUHLWR� GR� 7UDEDOKR�� GH� IRUPD� TXH� YRFr� SRVVD� HQIUHQWDU� �H� YHQFHU�� TXDOTXHU� banca examinadora da matéria. 0LQKD� H[SHULrQFLD� GH� PDLV� GH� ��� DQRV� HVWXGDQGR� GLVFLSOLQDV� MXUtGLFDV�� SUH� SDUDQGR�PH� SDUD� FRQFXUVRV� �H� PH� VXEPHWHQGR� jV� UHVSHFWLYDV� SURYDV�� FODUR�� H� produzindo material preparatório para concursos públicos contribuiu para que eu pudesse reunir todos os elementos que considero importantes e que, no mais das vezes, não são encontrados nos manuais tradicionais. No tocante à seleção do conteúdo e à profundidade da abordagem dos temas, preferi pecar pelo excesso, de forma que este manual sirva como ferramenta de preparação para os candidatos aos mais diversos cargos públicos. Algumas facilidades foram adicionadas ao texto, e sobre elas faz-se importante WHFHU� DOJXPDV� FRQVLGHUDo}HV�� D� ¿�P� GH� TXH� YRFr� SRVVD� H[WUDLU� R� Pi[LPR� GHVVH� manual. a) “Marcadores” Em primeiro lugar, a nomenclatura dos capítulos seguiu de forma aproximada o padrão atual utilizado pelas principais bancas organizadoras de concursos da área WUDEDOKLVWD� �)&&�H�&HVSH���D�¿�P�GH� IDFLOLWDU�R�HVWDEHOHFLPHQWR�GD�FRUUHVSRQGrQFLD� entre os itens do edital e os capítulos do livro, notadamente para aqueles que ainda não têm familiaridade com o Direito do Trabalho. Não obstante, foi inserida, logo abaixo do título do capítulo, uma ferramenta denominada “marcadores”, a qual traz expressões sinônimas referentes ao assunto tratado no capítulo, bem como eventuais elementos normalmente encontrados nos editais e que estão também inseridos no capítulo. Funciona como se fossem “TAGs”, com o objetivo de facilitar a navegação pelos capítulos do livro. Para WDO�� DR� ¿�QDO�� LQWHJUDGRV� DR� tQGLFH� UHPLVVLYR�� FRQVWDP� WRGRV� RV� PDUFDGRUHV� HP� destaque. Veja um exemplo: CONTRATO DE TRABALHO – EFEITOS Marcadores�� ',5(,726� (� 2%5,*$d®(6� '(&255(17(6� '2� &2175$72� '(� 75$%$/+2��',5(,726�&21(;26�$2�&2175$72�'(�75$%$/+2��'$12�025$/� (�'$12�0$7(5,$/�'(9,'26�$2�(035(*$'2��32'(5�(035(*$7Ë&,2�� Estes marcadores do Capítulo 12 são um bom exemplo da ferramenta. Ocorre que este tópico “efeitos do contrato de trabalho” costuma aparecer também nos editais de concursos como “direitos e obrigações decorrentes do contrato”, ou ainda FRPR�³GLUHLWRV� FRQH[RV� DR� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR´� �FRPR�FRQVWRX�QR� HGLWDO� GR�757� GD� �� 5HJLmR� ±� �������$OpP� GLVVR�� VH� YRFr� TXLVHU� SURFXUDU�� SRU� H[HPSOR�� ³GDQR� moral”, encontrará o assunto em destaque no índice remissivo, com a indicação da página inicial do Capítulo 12. Ainda neste exemplo, o marcador “poder empregatício” facilita a vida do lei- tor, porque este tema normalmente é incluído nos editais dos concursos junto ao WySLFR� ³HPSUHJDGRU´�� HP� TXH� SHVH� VHMD� XP� HIHLWR� GR� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR� �UD]mR� SHOD� TXDO� IRL� GHVORFDGR� SDUD� R� FDStWXOR� UHVSHFWLYR��� b) Material de estudo Todos os capítulos contêm um campo, localizado logo abaixo dos “marcadores”, com a compilação do material de estudonecessário para a compreensão do assunto. Esta ferramenta tem por objetivo suprir a velha inquietude do candidato acerca de “quais artigos devo ler”, ou ainda “quais são as súmulas aplicáveis”... Para tal, há indicação, em relação ao assunto tratado em cada capítulo, de todos os dispositivos legais que reputo indispensáveis à preparação adequada, bem como RV� YHUEHWHV� GH� MXULVSUXGrQFLD� GR� 767�� 3RU� ¿P�� Ki� LQGLFDomR� VREUH� D� QHFHVVLGDGH� de conhecer a doutrina acerca daquele assunto. (VSHFL¿FDPHQWH� QR� WRFDQWH� j� GRXWULQD�� Ki� LQGLFDomR� GD� UHOHYkQFLD� GR� HVWXGR� GRXWULQiULR� VREUH� R� DVVXQWR�� FRP� D� DYDOLDomR� VRE� D� IRUPD� GH� ³�´� RX� ³±´� HQWUH� parênteses. Os assuntos cujo estudo da doutrina seja absolutamente imprescindível VmR�FODVVL¿FDGRV�FRP�D�QRWDomR�³�����´��1R�RXWUR�H[WUHPR��DVVXQWRV�FXMR�FRQKHFL- PHQWR�GRXWULQiULR�VHMD�GLVSHQViYHO�SDUD�¿QV�GH�FRQFXUVRV�S~EOLFRV�VmR�FODVVL¿FDGRV� FRP� D� QRWDomR� ³�±�´� Nos casos em que o capítulo contém aprofundamentos de determinados as- suntos, os quais normalmente não são cobrados na maioria dos concursos, há uma subdivisão entre “legislação básica” e “legislação para estudo avançado”. Exemplo: Material de estudo: 9 Legislação básica: CLT, arts. 2º, 3º, 4º, 157, 158, 373-A, 433, 469, 474, 482. 9 Legislação para estudo avançado: Lei nº 9.279/1996, arts. 8º, 9º, 10, 88/93; Lei nº 9.609/1998, art. 4º; Lei nº 9.610/1998. DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo ResendeXII 9 Jurisprudência: Súm. 43, TST. 9 Doutrina. c) Estratégia de estudo sugerida Sempre que cabível, há, logo abaixo da indicação do “material de estudo” referente ao capítulo, um campo denominado “estratégia de estudo sugerida”. Conforme o caso, são sugeridas estratégias de estudo seletivo do conteúdo do FDStWXOR��SRU�H[HPSOR��VH�GHWHUPLQDGR�SRQWR�QmR�p�FREUDGR�IUHTXHQWHPHQWH�H�RX�QmR� faz parte do conteúdo programático da maioria dos concursos. Advirta-se, entretan- to, que a estratégia de estudo seletivo importa em risco assumido pelo candidato, FDEHQGR� D� YRFr� DQDOLVDU� R� FXVWR�EHQHItFLR� GD� DGRomR� GDV� VXJHVW}HV� Exemplo: Estratégia de estudo sugerida: A maioria dos concursos não cobra conhecimentos do item 12.2 (efeitos conexos ao contrato de trabalho). Assim, sugiro a elaboração de programa seletivo de estudos, conforme o conteúdo programático constante do edital do seu concurso. No tocante ao item 12.3 (poder empregatício), tal assunto normalmente é encontrado nos editais de concurso no tópico referente à gura jurídica do empregador. Portanto, certi!que-se de que realmente seu concurso exige o conhecimento de tal assunto. d) Posição das bancas examinadoras A partir do planejamento de aulas visando à preparação de candidatos a con- FXUVRV� S~EOLFRV� SDVVHL� D� EXVFDU�� GH� IRUPD� REVWLQDGD�� D� SRVLomR� GDV� �SULQFLSDLV�� bancas examinadoras. E a maneira mais interessante que encontrei de incluí-la neste manual, sem desca- racterizar seu aspecto de obra teórica, foi mencionar, no corpo do texto, a posição da banca examinadora, citando a banca, o concurso e o ano, bem como a assertiva con- VLGHUDGD� FRUUHWD� �RX� LQFRUUHWD�� TXH� FRUURERUD� R� VHQWLGR� GR� TXDQWR� IRL�PHQFLRQDGR�� Assim, em vez de transcrever toda a questão, o que poluiria o texto e tor- naria o estudo entrecortado, optei por fazê-lo quanto à parte cabível no contexto da exposição teórica, como se fosse um precedente jurisprudencial, porém mais objetivo: um precedente da própria banca examinadora! Exemplo: $OJXQV� DXWRUHV� FKHJDP� D� GHIHQGHU� TXH� R� HPSUHJDGRU� UHDO� p� R� SUySULR� JUXSR��PDV� FRPR� OKH� IDOWD� SHUVRQDOLGDGH� MXUtGLFD�� D� SHVVRD� MXUtGLFD� �GHQWUH� DV� LQWHJUDQWHV� GR� JUXSR�� TXH� DQRWDU� R� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR� QD�&736� VHUi� D� HPSUHJDGRUD� DSDUHQWH�� 1HVWH� VHQWLGR�� R� &HVSH� �$QDOLVWD�� 757� GD� �� 5HJLmR�� ������ FRQVLGHURX� correta� D� VHJXLQWH� DVVHUWLYD�� &202�7,5$5�2�0È;,02�3529(,72�'(67(�0$18$/� XIII “A doutrina considera que, na hipótese de grupo econômico, em que todas as empresas são solidariamente responsáveis pelo adimplemento das obrigações trabalhistas, a anotação da carteira de trabalho e previdência social deverá ser feita somente pelo empregador direto do trabalhador e não por qualquer das empresas integrantes do grupo´� Esclareça-se, por oportuno, que a grande maioria dos “precedentes de bancas examinadoras” incluídos neste livro é da FCC, do Cespe e da ESAF, simplesmente porque são estas as principais bancas examinadoras da área trabalhista. Por seu turno, de uma forma geral não há menção a questões da Magistratura do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho pelo simples fato de que os concursos res- pectivos não são, em geral, organizados por bancas externas, e sim por comissões internas designadas especialmente para a realização daquele concurso. Desse modo, não há que se falar em “tendência da banca” em concursos da Magistratura do Trabalho ou do MPT, ao menos não em termos de precedentes, ao passo que os examinadores mudam a cada concurso. Registre-se, contudo, que este manual aborda de forma abrangente os posicio- namentos dominantes na doutrina e na jurisprudência, razão pela qual também será de grande valia para os candidatos aos concursos das carreiras trabalhistas, assim como para aqueles que se submetem a avaliações de outras bancas examinadoras em concursos de âmbito local ou regional. Ainda sobre a posição das bancas examinadoras, há vários assuntos que simplesmente não foram objeto de cobrança em concursos anteriores, razão pela qual não há como indicar a corrente a seguir. Na medida do possível, e utilizan- do critérios subsidiários, procuro indicar uma resposta para a eventualidade de aquele assunto ser cobrado em prova. Para tal, utilizo normalmente os seguintes critérios, nesta ordem: jurisprudência dominante, tendência jurisprudencial e doutrina majoritária. e) Jurisprudência Atualmente, a maioria dos concursos da área trabalhista exige do candidato o estudo da jurisprudência. De uma forma geral, basta conhecer os verbetes do TST �6~PXODV�H�2-V���(QWUHWDQWR��Ki�DOJXQV�DVVXQWRV�FXMD�SROrPLFD�p�DWXDO��RX�VHMD��DLQGD� não há um posicionamento jurisprudencial uniformizado. Nestes casos, transcrevo DUHVWRV� GH� MXULVSUXGrQFLD� �QmR� FRQVROLGDGD�� UHFHQWHV� TXH� LQGLFDP� D� WHQGrQFLD� GR� TST em relação àquele assunto. Ademais, normalmente os arestos colacionados têm conteúdo útil para o esclarecimento do tópico. f) Deixadinhas $R�¿QDO�GH�FDGD�FDStWXOR�YRFr�HQFRQWUDUi�DV�³GHL[DGLQKDV´�VREUH�DTXHOD�PDWp- ria. Tal ferramenta, inspirada no drop shot do tênis e nos tweets, tem por objetivo ¿[DU� FRQFHLWRV� EiVLFRV� VREUH� R� DVVXQWR� FRP� SRXFDV� SDODYUDV�� GH� IRUPD� TXH� YRFr� possa estudá-las em qualquer lugar. DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo ResendeXIV É necessário esclarecer, entretanto, que as deixadinhas não se prestam a resumir todos os pontos importantes do capítulo, pelo que se faz indispensável o estudo analítico do material como um todo. g) Quadros-resumo 7DPEpP�DR�¿QDO�GH� FDGD�FDStWXOR�� H� LPHGLDWDPHQWH�DQWHV�GDV�GHL[DGLQKDV��Ki� um quadro-resumo da matéria. 7DO� IHUUDPHQWD� VHUYH�SDUD� DX[LOLDU� QD�¿[DomR�GR� FRQWH~GR�� EHP�FRPR�SDUD�TXH� o leitor tenha uma visão geral do assunto. O quadro-resumo não substitui, entretanto, o estudo do texto de todo o capítulo, bem como do material de estudo indicado. h) Dicas para provas discursivas 1RYLGDGH� D� SDUWLU� GD� ��� HGLomR�� DV� GLFDV� SDUD� SURYDV� GLVFXUVLYDV�� GLVSRQLELOL- ]DGDV� DR� ORQJR� GH� WRGR� R� WH[WR�� WrP� D� ¿QDOLGDGH� GH� DX[LOLDU� R� OHLWRU� QR� SURFHVVR� GH�¿OWUDJHP�GRV� DVSHFWRV�PDLV� LPSRUWDQWHV�GD� WHRULD�SDUD� D� UHVROXomR�GH�TXHVW}HV� discursivas. Ao compartilhar parte de minha vasta experiência na preparação de candidatos visando às provas discursivas do concurso para ocargo de Auditor Fiscal do Trabalho, acredito que poderei auxiliá-lo na busca do estudo integral do Direito do Trabalho para concursos. Exemplo: Dicas para as provas discursivas: $�IOH[LELOL]DomR�H�D�GHVUHJXODPHQWDomR�GDV�UHODo}HV�GH�WUDEDOKR�FRQVWLWXHP�WHPD�LQWHUHVVDQWH�SDUD� HYHQWXDO� TXHVWmR� GLVFXUVLYD��$OpP� GH� FRQKHFHU� D� GLVWLQomR� HQWUH� DV� ILJXUDV�� FDEH� DR� FDQGLGDWR� FRQVHJXLU� HVWDEHOHFHU� D� UHODomR� HQWUH� HVWH� WHPD� H� RXWURV� DILQV�� FRPR�� SRU� H[HPSOR�� RV� OLPLWHV� PDWHULDLV� GD� QHJRFLDomR� FROHWLYD� �YHU� LWHP� ���������� RV� SULQFtSLRV� GR� 'LUHLWR� GR� 7UDEDOKR� �YHU� &DStWXOR� �� H� LWHP� �������� TXH� WUDWD� GR� SULQFtSLR� GD� DGHTXDomR� VHWRULDO� QHJRFLDGD��� DV�PD]HODV� GR� VLVWHPD�VLQGLFDO� EUDVLOHLUR� �YHU�&DStWXOR����� H�DV� UHJUDV�GH�DSOLFDomR�GR�'LUHLWR� GR�7UDEDOKR� QR� WHPSR� �YHU� LWHP� ������� %LEOLRJUDILD� FRPSOHPHQWDU�� Ki� YiULRV� DUWLJRV� VREUH� R� WHPD� GLVSRQtYHLV� JUDWXLWDPHQWH� QR� VLWH� GR� 767� ��KWWS���ZZZ�WVW�MXV�EU�ZHE�ELEOLRWHFD�UHYLVWD�GR�WVW!�� i) Questões de concursos anteriores Em separado é disponibilizado o caderno de questões, com mais de oitocen- WDV�TXHVW}HV� UHFHQWHV�GH�FRQFXUVRV�DQWHULRUHV��2�REMHWLYR�p�D�¿[DomR�GR�FRQWH~GR�� a simulação de condição de prova e a autoavaliação da assimilação do conteúdo pelo leitor. Observe-se que a resolução das questões propostas exige o estudo de todo R� FDStWXOR�� LQFOXLQGR� R� PDWHULDO� GH� HVWXGR� VXJHULGR� �QRWDGDPHQWH� SHOR� HVWXGR� GD� OHJLVODomR� H� GD� MXULVSUXGrQFLD�� &202�7,5$5�2�0È;,02�3529(,72�'(67(�0$18$/� XV j) Índice remissivo $R� ¿QDO� GR� OLYUR� YRFr� HQFRQWUDUi� XP� tQGLFH� DOIDEpWLFR�UHPLVVLYR� FRPSOHWR�� preparado cuidadosamente de forma a abranger o maior número possível de palavras- �FKDYH��$VVLP� VHUi� IiFLO� HQFRQWUDU� XP� DVVXQWR� HVSHFt¿FR� RX�PHVPR� RV� SRQWRV� GR� conteúdo programático de um determinado edital. Além disso, você encontra neste índice todos os verbetes do TST transcritos no livro, com a indicação da página respectiva, de forma que poderá, por exemplo, UHYLVDU� D� PDWpULD� SHOR� /LYUR� GH� 6~PXODV� GR� 767� H�� HP� FDVR� GH� G~YLGD�� VDQi�OD� rapidamente no contexto do assunto de que trata. Espero que você aproveite ao máximo todas estas ferramentas. Se quiser enviar críticas ou sugestões, utilize o e-mail ricardo@ricardoresende.com.br. Visite também o meu site�� KWWS���ZZZ�ULFDUGRUHVHQGH�FRP�EU� Abraço e bons estudos! Ricardo Resende DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo ResendeXVI PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO Sumário: ����� *HQHUDOLGDGHV� ±� ����� 3ULQFtSLRV� &RQVWLWXFLRQDLV� UHOHYDQWHV� SDUD� R� HVWXGR� GR� 'LUHLWR� GR� 7UDEDOKR�� ������� 3ULQFtSLR� GD� GLJQLGDGH� KXPDQD�� ������� 2XWURV� SULQFtSLRV� FRQVWLWXFLRQDLV� UHOHYDQWHV� ±� ����� 3ULQFtSLRV� JHUDLV� GR� GLUHLWR� UHOHYDQWHV�SDUD�R�UDPR�MXVWUDEDOKLVWD���������3ULQFtSLR�GD�ERD�Ip���������3ULQFtSLR�GD� UD]RDELOLGDGH�±������3ULQFtSLRV�GR�'LUHLWR�GR�7UDEDOKR���������3ULQFtSLR�GD�SURWHomR�� �������3ULQFtSLR�GD�SULPD]LD�GD�UHDOLGDGH���������3ULQFtSLR�GD�FRQWLQXLGDGH��������� 3ULQFtSLR� GD� LQDOWHUDELOLGDGH� FRQWUDWXDO� OHVLYD�� ������� 3ULQFtSLR� GD� LQWDQJLELOLGDGH� VDODULDO�� ������� 3ULQFtSLR� GD� LUUHQXQFLDELOLGDGH� ±� ����� 'HL[DGLQKDV� Marcadores: PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO ; RENÚNCIA E TRANSAÇÃO ; ACUMULAÇÃO E CONGLOBAMENTO . Material de estudo: 9�Legislação: CLT, arts. 9º, 10, 448, 468; CCB, art. 4229�Jurisprudência: Súms. 51, 212, 276 e 288, TST; OJ-SDC 31, TST 9 Doutrina (+++) Estratégia de estudo sugerida: Ainda que o conteúdo programático do seu concurso não contemple o assunto deste capítulo, sugiro seja o mesmo estudado atentamente, pois é inestimável a importância dos princípios na compreensão dos mais diversos institutos trabalhistas. Desse modo, você lançará mão de um pouco de seu (precioso) tempo de estudo, mas em troca estará adquirindo conhecimento que lhe ajudará a entender vários outros pontos do programa, e até mesmo a resolver algumas questões de prova que não exploram diretamente este tópico. Isso também é estudo seletivo! Eu chamaria de seletividade positiva. 71Cap. 5��5(/$d2�'(�75$%$/+2�(�5(/$d2�'(�(035(*2� 5.4.1.4. Onerosidade Dentre as características do contrato de trabalho estão o caráter bilateral, sina- lagmático e oneroso. Em resumo, isso quer dizer que, se de um lado a obrigação principal do empregado é fornecer sua força de trabalho, do outro a obrigação principal do empregador é remunerar o empregado pelos serviços prestados. Esquematicamente: (PSUHJDGR (PSUHJDGRU presta serviços SDJD� VDOiULR Dessa forma, a relação de emprego pressupõe a onerosidade da prestação, sob a forma de remuneração pelos serviços. É por isso que se os serviços são prestados a título gratuito não se pode falar em relação de emprego, mas antes em simples relação de WUDEDOKR��QR�FDVR�UHODomR�GH�WUDEDOKR�YROXQWiULR��UHJXODPHQWDGD�SHOD�/HL�Q������������� Frise-se, entretanto, que o caráter lucrativo ou não do empreendimento do empregador não é, por si só, determinante para definir o requisito. Com efeito, em uma instituição EHQHILFHQWH��SRU�H[HPSOR��SRGHP�H[LVWLU�WDQWR�HPSUHJDGRV��TXH�ODERUDP��SRUWDQWR��FRP� LQWHQomR� RQHURVD��� TXDQWR� YROXQWiULRV�� TXH� SUHVWDP� VHUYLoRV� GH� IRUPD�JUDFLRVD�� 1HVWH� VHQWLGR�� D� (6$)� �$)7� ±�07(� ±� ������ FRQVLGHURX� HPSUHJDGR�“o tra- balhador que presta serviços habituais, onerosos e subordinados a determinada instituição de beneficência, mantida com contribuições e doações de terceiros.” Uma última advertência: para caracterização da onerosidade basta a intenção onerosa� �WDPEpP� GHQRPLQDGD� animus contrahendi��� $QWH� R� H[SRVWR�� QmR� UHVWDP� dúvidas de que um determinado trabalhador que foi contratado sob a promessa de receber, a título de salários, R$ 1.000,00, e que ao final de três meses não tenha recebido um salário sequer, logicamente prestou trabalho oneroso. O não recebimento dos salários por mora ou inadimplemento do empregador não descaracteriza o caráter oneroso do ajuste, pois presente a intenção econômica ou onerosa. Da mesma forma, não resta qualquer dúvida de que um trabalhador reduzido à condição análoga à de escravo e que não tenha recebido salários também presta serviços de natureza onerosa. 5.4.1.5. Subordinação A subordinação é o requisito mais importante para a caracterização da relação de emprego. Constitui o grande elemento diferenciador entre a relação de empre- go e as demais relações de trabalho, apresentando inquestionável importância na fixação do vínculo jurídico empregatício. Se, do ponto de vista histórico, a natureza da subordinação foi sempre con- trovertida8, atualmente a doutrina e a jurisprudência adotam pacificamente a ideia �� (P�XP�SULPHLUR�PRPHQWR��GHIHQGHX�VH�D�QDWXUH]D�HFRQ{PLFD�GD�VXERUGLQDomR��VRE�R�DUJXPHQWR�GH�TXH�R� WUDEDOKDGRU� VHULD� HFRQRPLFDPHQWH� KLSRVVXILFLHQWH� HP� UHODomR� DR� HPSUHJDGRU�� 8PD� VHJXQGD� WHRULD� SURS{V� 72 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende de subordinação jurídica. Assim, a subordinação existente entre empregado e empregador é jurídica, tendo em vista que decorre do contrato estabelecido entre ambos �FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR��� De um lado, o empregador exerce o poder diretivo, do qual decorre o poder de direcionar objetivamente� a forma pela qual a energia de trabalho do obreiro será disponibilizada. Por sua vez, cabe ao empregado se submeter a tais ordens, donde nasce a subordinação jurídica. A contraposição à subordinação é a autonomia. 4XHP� p� VXERUGLQDGR� QmR� WUDEDOKD� SRU� FRQWD� SUySULD�� QmR� p� VHQKRU� GR� GHVWLQR� GH� sua energia de trabalho. Colaciono, neste sentido, a lição de Alice Monteiro de Barros, no sentido de que “Esse poder de comando do empregador não precisa ser exercido de forma constante, tampouco torna-se necessária a vigilância técnica contínua dos trabalhos efetuados,mesmo porque, em relação aos trabalhadores intelectuais, ela é difícil de ocorrer. O importante é que haja a possibilidade de o empregador dar ordens, comandar, dirigir e fiscalizar a atividade do empregado. Em linhas gerais, o que interessa é a possi- bilidade que assiste ao empregador de intervir na atividade do empregado. Por isso, nem sempre a subordinação jurídica se manifesta pela submissão a horário ou pelo controle direto do cumprimento de ordens”10. Exemplo clássico é o da costureira que trabalha em sua própria residência, o TXDO� Mi� IRL� H[SORUDGR� LQFOXVLYH� SHOD�(6$)� �$)7�±�07(�±� ������� TXH� FRQVLGHURX� empregada “A costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas”. Apesar da importância da lição da professora Alice Monteiro de Barros, aci- ma transcrita, e não obstante ser forçoso concordar que a submissão a horário e o controle direto do cumprimento de ordens não sejam imprescindíveis ao reco- nhecimento da subordinação, é importante mencionar que tais fatos não deixam de representar indícios fortes da existência de subordinação jurídica, o que muitas vezes será fundamental para identificar a existência de relação de emprego. Com HIHLWR�� D� VXEPLVVmR� D� FRQWUROH� GH� KRUiULR� �FRQWUROH� GH� SRQWR��� R� UHFHELPHQWR� GH� ordens pelo empregado e a direção do empregador quanto ao modo de produção configuram indícios relevantes para a caracterização da subordinação. 1HVWH� VHQWLGR�� R� &HVSH� �$GYRJDGR� GD� 8QLmR� ±� ������ FRQVLGHURX� errada a seguinte assertiva: D� LGHLD� GD� VXERUGLQDomR� WpFQLFD�� DR� SDVVR� TXH� HUD� R� HPSUHJDGRU� TXHP� GHWLQKD� RV�PHLRV� GH� SURGXomR� H�� FRQVHTXHQWHPHQWH�� R� FRQKHFLPHQWR� WHFQROyJLFR� QHFHVViULR�� �� $� VXERUGLQDomR� p� REMHWLYD�� LVWR� p�� UHIHUH�VH� DR� PRGR� GH� UHDOL]DomR� GD� SUHVWDomR� H� QmR� LQFLGH� VREUH� D� SHVVRD� GR� WUDEDOKDGRU�� 10� %$5526��$OLFH�0RQWHLUR� GH��Curso de Direito do Trabalho�� ��� HG��� S�� ���� 73Cap. 5��5(/$d2�'(�75$%$/+2�(�5(/$d2�'(�(035(*2� “A pessoa jurídica Beta, que atua no ramo da construção civil, contratou Maria para exercer a função de nutricionista na central de produção de alimentos da em- presa. Maria coordena todas as fases da elaboração dos alimentos, até a remessa das refeições individuais às frentes de trabalho, e não tem superior hierárquico ime- diato. Seu regime de trabalho é de 6 horas diárias. Nessa situação, inexiste vínculo empregatício entre Maria e Beta, por não haver subordinação.” Na hipótese enunciada pela questão, embora a trabalhadora não se sujeitasse a RUGHQV�GLUHWDV�� VXMHLWDYD�VH�D�FRQWUROH� �OHLD�VH�PDQLSXODomR�GD�HQHUJLD�GH� WUDEDOKR�� por parte do empregador, tanto pelo fato de ter a jornada controlada, quanto pela designação prévia, pelo empregador, do feixe de atribuições. Por fim, registre-se que há alguns anos surgiu no Brasil a ideia de alargar o sentido da relação de emprego pela ampliação do conceito de subordinação. Den- tre os defensores desta tese, Maurício Godinho Delgado11 propõe a subdivisão da subordinação em três dimensões distintas, a saber: D��Clássica ou tradicional: seria a subordinação jurídica tal qual a conhecí- amos até então, assim considerada aquela decorrente do contrato de trabalho, que se manifesta basicamente por meio das ordens do tomador dos serviços sobre o trabalhador. E� Objetiva: dimensão pela qual a subordinação emerge como a integração do trabalhador nos fins e objetivos do empreendimento tomador dos serviços. Neste caso, o que interessa é a integração do trabalhador aos objetivos empresariais, e não a sujeição a ordens relativas ao modo de prestação dos serviços. Em outras palavras, “o exercício do poder diretivo se revela também de maneira objetiva, quando o empregador conta permanentemente com o trabalho do indivíduo que participa das atividades da empresa”12. F��Estrutural: a subordinação “se manifesta pela inserção do trabalhador na GLQkPLFD� GR� WRPDGRU� GH� VHXV� VHUYLoRV�� LQGHSHQGHQWHPHQWH� GH� UHFHEHU� �RX� QmR�� suas ordens diretas, mas acolhendo, estruturalmente, sua dinâmica de organização e funcionamento”13. No caso, Godinho Delgado esclarece que ³QHVWD�GLPHQVmR�GD�VXERUGLQDomR�QmR� LPSRUWD�TXH�R� WUDEDOKDGRU�VH�KDUPRQL]H��RX� QmR�� DRV� REMHWLYRV� GR� HPSUHHQGLPHQWR�� QHP� TXH� UHFHED� RUGHQV� GLUHWDV� GDV� HVSHFtIL- cas chefias deste: o fundamental é que esteja estruturalmente vinculado à dinâmica operativa da atividade do tomador dos serviços”��. 11� '(/*$'2��0DXUtFLR�*RGLQKR��Curso de direito do trabalho�� ���� HG�� 6mR� 3DXOR�� /7U�� ������ S�� �������� 12� 32572�� /RUHQD� 9DVFRQFHORV�� $� VXERUGLQDomR� QR� FRQWUDWR� GH� HPSUHJR�� GHVFRQVWUXomR�� UHFRQVWUXomR� H� XQLYHUVDOL]DomR� GR� FRQFHLWR� MXUtGLFR�� %HOR� +RUL]RQWH�� ������ S�� ��� ��� '(/*$'2��0DXUtFLR� *RGLQKR�� 'LUHLWRV� IXQGDPHQWDLV� QD� UHODomR� GH� WUDEDOKR��Revista do Ministério Público do Trabalho,� Q�� ����PDU�� ������ S�� ���� ��� '(/*$'2��0DXUtFLR�*RGLQKR��Curso de direito do trabalho�� ���� HG�� 6mR� 3DXOR�� /7U�� ������ S�� ����� 74 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende Esquematicamente, teríamos o seguinte panorama: 'LPHQVmR� FOiVVLFD� GD� VXERUGLQDomR�ĺ�ordens diretas� GR� WRPDGRU� DR� WUDEDOKDGRU� 'LPHQVmR� REMHWLYD� GD� VXERUGLQDomR�ĺ�R� WUDEDOKDGRU� VH� LQWHJUD� DRV fins e objetivos� GR� HPSUHHQGLPHQWR� 'LPHQVmR� HVWUXWXUDO� GD� VXERUGLQDomR� ĺ� R� WUDEDOKDGRU� VH� LQVHUH� QD� dinâmica (estrutura) do tomador GRV� VHUYLoRV� Partindo-se do princípio de que, como faces distintas de um mesmo elemento, tais dimensões não se excluem, nós, operadores jurídicos, teríamos na tese acima uma ferramenta poderosa para enquadrar harmonicamente diversas das modernas formas de trabalho ao modelo celetista do liame empregatício. Observe-se que até bem pouco tempo atrás a tese das dimensões objetiva e es- trutural da subordinação, embora atraente, era ainda tímida na jurisprudência. Todavia, atualmente pode-se dizer que há uma tendência, ao menos em algumas Turmas do TST, em acolhê-la, notadamente após audiência pública sobre terceirização promovida pelo 767�HP�������������$�WtWXOR�GH�H[HPSOR��PHQFLRQHP�VH�RV�VHJXLQWHV�MXOJDGRV�UHFHQWHV�� ���������(QTXDGUDPHQWR�FRPR�EDQFiULR��$SOLFDomR�GH�LQVWUXPHQWRV�QRUPDWLYRV��6~PXOD� Q� ����767�� 'HFLVmR� GHQHJDWyULD� GH� VHJXLPHQWR� GRV� UHFXUVRV� GH� UHYLVWD��0DQXWHQomR�� As situações-tipo de terceirização lícita estão, hoje, claramente assentadas pelo texto GD� 6~PXOD� Q� ����767�� &RQVWLWXHP� TXDWUR� JUXSRV� GH� VLWXDo}HV� VRFLRMXUtGLFDV� GHOLPL- WDGDV�� D�� VLWXDo}HV� HPSUHVDULDLV� TXH� DXWRUL]HP� FRQWUDWDomR� GH� WUDEDOKR� WHPSRUiULR�� E�� DWLYLGDGHV�GH�YLJLOkQFLD� UHJLGDV�SHOD�/HL�Q������������� F�� DWLYLGDGHV�GH�FRQVHUYDomR�H� OLPSH]D��G��VHUYLoRV�HVSHFLDOL]DGRV�OLJDGRV�j�DWLYLGDGH�PHLR�GR�WRPDGRU��GHVGH�TXH��QDV� três últimas situações-tipo, inexista pessoalidade e subordinação direta entre trabalhador terceirizado e tomador de serviços. Destaca-se, ademais, que a subordinação jurídica, elemento cardeal da relação de emprego, pode se manifestar em qualquer das seguintes dimensões: a tradicional, de natureza subjetiva, por meio da intensidade de ordens do tomador de serviços sobre a pessoa física que os presta; a objetiva, pela correspondência GRV� VHUYLoRV� GHVWH� DRV� REMHWLYRV� SHUVHJXLGRV� SHOR� WRPDGRU� �KDUPRQL]DomR� GR� WUDEDOKR� GR� REUHLUR� DRV� ILQV� GR� HPSUHHQGLPHQWR��� D� HVWUXWXUDO��PHGLDQWH� D� LQWHJUDomR� GR� WUDED- lhador à dinâmica organizativa e operacional do tomador de serviços, incorporando e se submetendo à sua cultura corporativa dominante. A hipótese dos autos, contudo, não se DPROGD� jV� TXDWUR� VLWXDo}HV�WLSR� GH� WHUFHLUL]DomR� OtFLWD� DVVHQWDGDV� SHOD� 6~PXOD� Q� ����TST, pois a análise da prova evidencia que a parte Reclamante estava inserida no pro- FHVVR�SURGXWLYR�GR�5HFODPDGR�%DQFR�6DQWDQGHU��%UDVLO��6�$���QD�SUHVWDomR�GRV�VHUYLoRV�� dedicados essencialmente à atividade-fim do Banco. Portanto, configurada a ilicitude do contrato de fornecimento de mão de obra, determina a ordem jurídica que se considere GHVIHLWR�R�YtQFXOR�ODERUDO�FRP�R�HPSUHJDGRU�DSDUHQWH��HQWLGDGH�WHUFHLUL]DQWH���GHYHQGR- -se formar o vínculo justrabalhista do obreiro diretamente com o tomador de serviços �HPSUHJDGRU� RFXOWR� RX� GLVVLPXODGR��� &RQWXGR�� YHULILFD�VH� TXH� R� 757� QmR� GHFODURX� D� formação do vínculo empregatício diretamente com a empresa tomadora de serviços, tendo sido tão somente mantidos o enquadramento bancário do Reclamante, a aplicação dos mesmos benefícios e direitos aplicáveis aos empregados da empresa tomadora de serviços em decorrência do princípio da isonomia e a responsabilidade solidária entre as empresas. Dessa maneira, considerando-se que se trata de recurso interposto pelos Reclamados, e tendo em vista a impossibilidade de reforma do julgado nesse aspecto, 75Cap. 5��5(/$d2�'(�75$%$/+2�(�5(/$d2�'(�(035(*2� esta Turma mantém a decisão de origem, em observância ao princípio processual do non reformatio in pejus. Assim, não há como assegurar o processamento dos recursos de revista, uma vez que os agravos de instrumento interpostos não desconstituem os termos da decisão denegatória, que subsiste por seus próprios fundamentos. Agravo de LQVWUXPHQWR� GHVSURYLGR� ������ �767�� �� 7XUPD��$,55� ����������������������� 5HO�� 0LQ�� Mauricio Godinho Delgado, DEJT� ������������ Agravo de instrumento. Recurso de revista. Contrato individual de trabalho. Terceiriza- ção. Call center. Considerou, o Tribunal Regional, que a reclamante prestava seus serviços com subordinação estrutural, haja vista o desempenho de suas tarefas em um esquema relativo à atividade essencial da tomadora dos serviços, que ordena a produção, acentuando que o Banco tomador dos serviços mantinha um enclave nas dependências da empresa, no qual os trabalhadores que estavam a serviço do Banco desempenhavam atividades que constituem o cerne de seus objetivos e eram realizadas nos moldes determinados pelo Banco. Diante disso, a discussão tem em vista o reexame dos fatos, incidindo o óbice das 6~PXODV� QV� ���� H� ����� 767�� HP� IDFH� GDV� DOHJDo}HV� GD� SDUWH� GH� YLRODomR� OLWHUDO� GH� OHL� H� GLVVHQVR� MXULVSUXGHQFLDO� ������ �767�� �� 7XUPD��$,55� ����������������������� 5HO��0LQ�� Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro, DEJT� ������������ ������ ��� (PSUHVD� GH� WHOHFRPXQLFDo}HV�� 7HUFHLUL]DomR�� &DELPHQWR��$WLYLGDGH�ILP� H� DWLYLGDGH�PHLR��6~PXOD�����GR�767��&DOO�FHQWHU��,QVHUomR�QD�DWLYLGDGH�ILP�HPSUHVDULDO�� 5HODomR�GH� HPSUHJR��9LRODomR�GR� DUW�� ��� GD�/HL� Q� ����������1mR� FRQILJXUDomR�� ����� Resultado de bem-vinda evolução jurisprudencial, o Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula 331, que veda a contratação de trabalhadores por empresa inter- posta, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, ressalvados os casos de trabalho temporário, vigilância, conservação e limpeza, bem como de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a SHVVRDOLGDGH� H� D� VXERUGLQDomR� GLUHWD� �LWHQV� ,� H� ,,,��� �����2� YHUEHWH� GHOLPLWD�� H[DXVWL- vamente, os casos em que se tolera terceirização em atividade-fim. 2.3. Em função XQLIRUPL]DGRUD�� D� &RUWH� Mi� GHILQLX� TXH� R� DUW�� ��� GD� /HL� Q� ��������� H� R� DUW�� ���� LQFLVR� ,,�� GD� /HL� Q� ���������� YHLFXODP� QRUPDV� GH� 'LUHLWR�$GPLQLVWUDWLYR�� TXH� QmR� podem deixar de receber interpretação ponderada em relação ao Direito do Trabalho �3URFHVVR� (�('�55��������������������������� 5HGDWRU� GHVLJQDGR� 0LQ�� 9LHLUD� GH� 0HOOR� )LOKR�� 3URFHVVR� (�('�55������������������������ 5HGDWRU� GHVLJQDGR� 0LQ�� -RVp� 5REHUWR� )UHLUH� 3LPHQWD��� ����� 2� FRWHMR� HQWUH� HVVHV� SUHFHLWRV� GH� OHL�� GH� PRGR� a emprestar-lhes incidência adequada a cada caso concreto, não desafia a Súmula Vinculante nº 10, como, em casos pertinentes, vem decidindo o Supremo Tribunal )HGHUDO� �5FO� ������ 0&�3%�� 5HO�� 0LQ��$\UHV� %ULWWR�� 5FO� ������ 0&�52�� 5HO�� 0LQ�� 'LDV� 7RIIROL�� 5FO� ������ 0&�0*�� 5HO�� 0LQ�� 'LDV� 7RIIROL�� $5(� �������0*�� 5HO�� 0LQ�� 5LFDUGR� /HZDQGRZVNL�� $,� �������0*�� 5HO�� 0LQ�� 5LFDUGR� /HZDQGRZVNL�� $,� �������0*��5HO��0LQ��&iUPHQ�/~FLD��$,��������0*��5HO��0LQ��&iUPHQ�/~FLD��$5(� �������0*�� 5HO�� 0LQ�� -RDTXLP� %DUERVD�� $5(� �������0*�� 5HO�� 0LQ�� /XL]� )X[��� 2.5. É por intermédio do serviço de call center que o consumidor se relaciona com a empresa de telecomunicações, solicitando e adquirindo serviços, pleiteando reparos ou formulando reclamações. Trata-se de setor que viabiliza a atividade econômica H�� DVVLP�� VXVWHQWD�D�� ����� 7DO� FRQVWDWDomR�� GH� SURQWR�� DVVLPLOD�D� j� DWLYLGDGH�ILP�� ����� A vida contemporânea já não aceita o conceito monolítico de subordinação jurídica, calcado na submissão do empregado à direta influência do poder diretivo patronal. Com efeito, aderem ao instituto a visão objetiva, caracterizada pelo atrelamento do 76 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende trabalhador ao escopo empresarial, e a dimensão estrutural, pela qual há a inserção GR� WUDEDOKDGRU� QD� GLQkPLFD� GR� WRPDGRU� GH� VHUYLoRV� �0DXULFLR� *RGLQKR� 'HOJDGR��� �����/DERUDQGR� HP�FDOO� FHQWHU�� D� IDYRU� GD� HPSUHVD�GH� WHOHFRPXQLFDo}HV� WRPDGRUD�GH� serviços, o empregado se insere na relação jurídica a que aludem os arts. 2º e 3º da &/7�� DVVLP� VH� ID]HQGR� LPSRVLWLYD� D� LQFLGrQFLD� GD� FRPSUHHQVmR� GD� 6~PXOD� ����� ,�� GR�767�� ����� 6HQGR� HVWH� R� FHQiULR� TXH� VH� GLYLVD� QRV� DXWRV�� QmR� Ki� TXH� VH� FRJLWDU� GH� RIHQVD� DR� DUW�� ��� GD� /HL� Q� ���������� ������ �767�� 6',�,,�� 52������������������������ 5HO��0LQ��$OEHUWR�/XL]�%UHVFLDQL�GH�)RQWDQ�3HUHLUD��M��������������DEJT������������� Ainda conforme o Min. Godinho Delgado15, as dimensões objetiva e estrutu- ral da subordinação teriam sido implicitamente acolhidas pelo legislador na nova UHGDomR� GR� DUW�� �� GD�&/7�� GDGD� SHOD� /HL� Q� ������������� QRV� VHJXLQWHV� WHUPRV�� Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracteri- ]DGRV�RV�SUHVVXSRVWRV�GD�UHODomR�GH�HPSUHJR�� �5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Q���������GH������ Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio�� �JULIRV�PHXV� Com efeito, tal dispositivo alberga, para além da clássica noção de subordina- omR� �RUGHQV�GLUHWDV���D�SRVVLELOLGDGH�GH� UHFRQKHFLPHQWR�GD�VXERUGLQDomR� MXUtGLFD�D� partir de meios telemáticos e informatizados de comando, tais quais o e-mail, os FRPXQLFDGRUHV� LQVWDQWkQHRV� �skype, MSN� HWF���� D�webcam, entre outros, o que, de fato, revela o reconhecimento de outras dimensões da subordinação, além daquela clássica que conhecíamos até então. $� SHUJXQWD� TXH� ILFD� p�� GH� TXH� IRUPD� LVVR� SRGH� VHU� FREUDGR� HP� FRQFXUVRV" Na primeira edição deste livro observei que, para concursos da área trabalhis- ta em geral, a melhor interpretação me parecia ser a tradicional, tendo em vista que a tese da subordinação objetiva e da subordinação estrutural era ainda pouco acolhida pela jurisprudência. Hoje, entretanto, acredito que é perfeitamente viável a cobrança de tais conceitos em qualquer prova de Direito do Trabalho, tendo em vista o grande número de jul- gados recentes do TST neste sentido. Naturalmente o assunto é muito mais adequado SDUD� XPD�SURYD� VXEMHWLYD� �SRU� H[HPSOR�� QD� �� IDVH� GR� FRQFXUVR�SDUD�$XGLWRU�)LVFDO� GR� 7UDEDOKR� RX� GD� 0DJLVWUDWXUD�GR� 7UDEDOKR��� 3RUWDQWR�� Ki� TXH� VH� WRPDU� HVSHFLDO� cuidado com estes conceitos novos, pois as bancas examinadoras adoram novidades. 5.4.1.6. Alteridade Etimologicamente, alteridade significa “natureza ou condição do que é outro, do que é distinto”16. No âmbito do Direito do Trabalho, e mais especificamente 15� '(/*$'2��0DXUtFLR�*RGLQKR��Curso de direito do trabalho�� ���� HG�� 6mR� 3DXOR�� /7U�� ������ S�� ���� �� Dicionário Houaiss eletrônico da língua portuguesa�� 9HUVmR� ����� 6mR� 3DXOR�� 2EMHWLYD�� ������ 98 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende Dicas para as provas discursivas: 6mR�FRPXQV�TXHVW}HV�GLVFXUVLYDV�TXH�DERUGDP�R� WHPD�GHVWH�FDStWXOR��QRWDGDPHQWH�D�GLVWLQomR� HQWUH� D� UHODomR� GH� HPSUHJR� H� DV� PHUDV� UHODo}HV� GH� WUDEDOKR�� R� TXH� GHILQLUi�� DILQDO�� R� UHJLPH� MXUtGLFR� DSOLFiYHO� DR� WUDEDOKDGRU� 2�FDQGLGDWR�SUHFLVD�FRQKHFHU�EHP�WDO�GLVWLQomR��DVVLP�FRPR�DV�FDUDFWHUtVWLFDV�EiVLFDV�GH�FDGD�XPD� GHVWDV� UHODo}HV�GH� WUDEDOKR��1RUPDOPHQWH��DV�TXHVW}HV�GLVFXUVLYDV�VREUH�R� WHPD�SDUWHP�GH�XPD� VLWXDomR�KLSRWpWLFD��H[LJLQGR�VH�GR�FDQGLGDWR�D�VROXomR�FRQIRUPH�R�HQTXDGUDPHQWR�MXUtGLFR�FDEtYHO�� e� LPSRUWDQWtVVLPR�TXH�R�FDQGLGDWR�WHQKD�HP�PHQWH�TXH�D�FDUDFWHUL]DomR�GR� OLDPH�HPSUHJDWtFLR� p�REMHWLYD��UD]mR�SHOD�TXDO�p�IXQGDPHQWDO�FRQKHFHU�EHP�RV�UHTXLVLWRV�FDUDFWHUL]DGRUHV�GD�UHODomR� GH�HPSUHJR��LQFOXVLYH�QXDQFHV�UHODWLYDV�DR�GRPpVWLFR��DR�UXUtFROD�H�DR�WHPSRUiULR��HP�UHODomR�DR� GRPpVWLFR�H�DR� UXUtFROD�� YHU� WDPEpP�R�&DStWXOR���� VREUH�R� WUDEDOKR� WHPSRUiULR�� YHU� LWHP�������� 2XWUD� QHFHVVLGDGH� QD� PDLRULD� GDV� TXHVW}HV� VREUH� R� DVVXQWR� p� D� H[SORUDomR� GR� SULQFtSLR� GD� SULPD]LD�GD�UHDOLGDGH��YHU� LWHP���������SDVVDQGR��QDWXUDOPHQWH��SHOD�FLWDomR�GH�VHX� IXQGDPHQWR� OHJDO� �DUW�� �� GD� &/7�� RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO Relação de trabalho x relação de emprego:¾ �$� UHODomR� GH� WUDEDOKR� p� JrQHUR� �WRGD� HVSpFLH� GH� WUDEDOKR� KXPDQR��� GR� TXDO� D� UHODomR� GH� HPSUHJR� �UHODomR� GH� WUDEDOKR� VXERUGLQDGR�� p� HVSpFLH�� Principais modalidades de relação de trabalho: ¾ (PSUHJR¾ 7UDEDOKR� DXW{QRPR¾ 7UDEDOKR� HYHQWXDO¾ 7UDEDOKR� DYXOVR¾ 7UDEDOKR� YROXQWiULR¾ 7UDEDOKR� LQVWLWXFLRQDO¾ (VWiJLR¾ 7UDEDOKR� FRRSHUDWLYDGR Relação de emprego: ¾ �e�D�UHODomR�GH�WUDEDOKR�VXERUGLQDGR��TXDOLILFDGD�SHOD�SUHVWDomR�SHVVRDO�GH�VHUYLoRV��SHOD�RQHURVLGDGH� H� SHOD� QmR� HYHQWXDOLGDGH��¾ 6mR�� SRUWDQWR�� UHTXLVLWRV� FDUDFWHUL]DGRUHV� GD� UHODomR� GH� HPSUHJR�� exigidos cumulativamente�� � 7UDEDOKR� SUHVWDGR� SRU� SHVVRD� ItVLFD� � 3HVVRDOLGDGH� � 1mR� HYHQWXDOLGDGH� �RX� KDELWXDOLGDGH� RX� SHUPDQrQFLD�� � 2QHURVLGDGH� � 6XERUGLQDomR�� � $OWHULGDGH� �DSHQDV� SDUD� DOJXQV� DXWRUHV� H� DOJXPDV� EDQFDV� H[DPLQDGRUDV�� Natureza jurídica da relação de emprego: ¾ Teorias contratualistas tradicionais��D�UHODomR�GH�HPSUHJR�WHULD�QDWXUH]D�FRQWUDWXDO��SRUpP�VH�HQTXDGUDULD� HP� XPD� GDV� ILJXUDV� FRQWUDWXDLV� FLYLOLVWDV� FOiVVLFDV�� VH� GHVGREUDQGR� HP� RXWUDV� WHRULDV�� FRPR� WHRULD� GR� DUUHQGDPHQWR� RX� ORFDomR�� WHRULD� GD� FRPSUD� H� YHQGD�� WHRULD� GR�PDQGDWR� H� WHRULD� GD� VRFLHGDGH��¾ Teorias acontratualistas�� D� UHODomR� GH� HPSUHJR� QmR� WHULD� QDWXUH]D� FRQWUDWXDO�� YLVWR� TXH� DXVHQWHV� D� OLEHUGDGH�H�D� YRQWDGH�GH� FRQWUDWDU��$�QDWXUH]D�HVSHFLDO� DWULEXtGD�j� UHODomR�GH�HPSUHJR� IRL� H[SOLFDGD� SHOD�WHRULD�GD�UHODomR�GH�WUDEDOKR��D�VLPSOHV�SUHVWDomR�GH�VHUYLoRV�±�IDWR�REMHWLYR�±�JHUDULD�D�UHODomR� GH� WUDEDOKR�� H� SHOD� WHRULD� LQVWLWXFLRQDOLVWD� �D� HPSUHVD� p� WLGD� FRPR� LQVWLWXLomR� GH� RUGHP� S~EOLFD�� TXH� DWXD�HP�FRODERUDomR�FRP�R�(VWDGR�H��SRUWDQWR��DFLPD�GRV�LQWHUHVVHV�GR�HPSUHJDGRU�H�GR�HPSUHJDGR���¾ Teoria contratualista moderna�� UHFRQKHFH� D� QDWXUH]D� FRQWUDWXDO� GD� UHODomR� GH� HPSUHJR�� SRUpP� D� GLVWLQJXH� GDV� ILJXUDV� FOiVVLFDV� FLYLOLVWDV�� 7UDWD�VH� GH� UHODomR� FRQWUDWXDO� SHFXOLDU� 147Cap. 6��(035(*$'2 No caso de a aprendizagem ocorrer em uma entidade sem fins lucrativos que tenha por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, poderá esta entidade contratar o aprendiz e repassá-lo, mediante terceirização, à empresa tomadora dos serviços. (VWH�p�R�VHQWLGR�GR�DUW�������VHJXQGR�R�TXDO�³D�FRQWUDWDomR�GR�DSUHQGL]�SRGHUi� ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades PHQFLRQDGDV� QR� LQFLVR� ,,� GR� DUW�� ����� FDVR� HP� TXH� QmR� JHUD� YtQFXOR� GH� HPSUHJR� com a empresa tomadora dos serviços”. Neste caso, aplica-se a hipótese de responsabilização prevista para a terceiri- zação lícita, ou seja, a responsabilidade subsidiária do tomador. 6.2.5.5. Jornada de trabalho do aprendiz $� MRUQDGD� GH� WUDEDOKR� GR� DSUHQGL]� p� HVSHFLDO�� OLPLWDGD� SHOR� DUW�� ���� GD�&/7�� $UW�� �����$� GXUDomR� GR� WUDEDOKR� GR� DSUHQGL]� QmR� H[FHGHUi� GH� VHLV� KRUDV� GLiULDV�� sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. § 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem compu- tadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Há que se ter especial cuidado, em provas de concurso público, com as exceções. Vejamos a seguinte assertiva: “A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.” (PERUD� R� � �� GR� DUW�� ���� WRUQH� HVWD� DVVHUWLYD� DSHQDV� D� UHJUD� JHUDO�� YLVWR� TXH� SUHYHMD�H[FHomR�j�PHVPD��D�)&&��$QDOLVWD�±�757�GD����5HJLmR�±�������D�FRQVLGHURX� correta, sem fazer qualquer menção a ser regra ou ainda à existência de exceção. 1R�PHVPR� VHQWLGR�� D� )&&� �7pFQLFR� ±�757�GD� ��5HJLmR� ±� ������ FRQVLGHURX� correto que “o contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de GRLV� DQRV´�� EDVHDQGR�VH�� XPD� YH]�PDLV�� DSHQDV� QD� UHJUD� JHUDO�� ,VVR� SRUTXH�� FRPR� mencionado acima, este limite de dois anos não se aplica ao aprendiz portador de QHFHVVLGDGHV� HVSHFLDLV�� QRV� WHUPRV� GR� � �� GR� DUW�� ���� GD�&/7�� Desse modo, deve-se atentar para o fato de que as bancas examinadoras, e em especial a FCC, costumam utilizar, como sendo alternativas corretas, assertivas que comportam exceções. A jornada do aprendiz que não ultrapasse 25 horas semanais não configura trabalho a tempo parcial, nos termos do Decreto regulamentador. 6.2.5.6. Extinção do contrato de aprendizagem Normalmente, o contrato de aprendizagem extinguir-se-á naturalmente, seja pelo GHFXUVR� GR� SUD]R� �DWp� GRLV� DQRV��� VHMD� SHOR� WpUPLQR� GR� FXUVR�� RX� DLQGD� TXDQGR� R� 148 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende DSUHQGL]� FRPSOHWDU���� DQRV� �H[FHWR�QR� FDVR�GR�SRUWDGRU�GH�GHILFLrQFLD���6H� DVVLP� não ocorrer, entretanto, não é devida qualquer indenização. 1RV� WHUPRV� GR� DUW�� ���� GD�&/7�� R� FRQWUDWR� GH� DSUHQGL]DJHP�SRGH� VHU� UHVFLQ- dido antecipadamente nas seguintes hipóteses: � GHVHPSHQKR� LQVXILFLHQWH� RX� LQDGDSWDomR� GR� DSUHQGL]�� � IDOWD� GLVFLSOLQDU� JUDYH�� � DXVrQFLD� LQMXVWLILFDGD� j� HVFROD� TXH� LPSOLTXH� SHUGD� GR� DQR� OHWLYR�� RX� � D� SHGLGR� GR� DSUHQGL]� $� SURSyVLWR� GDV� IRUPDV� GH� H[WLQomR� GR� FRQWUDWR� GR� DSUHQGL]�� R� &HVSH� �$)7� ±� ������ FRQVLGHURX� correta a seguinte assertiva: “O contrato de aprendizagem, que pressupõe anotação na CTPS, será extinto por lei em várias hipóteses, incluindo aquela em que o aprendiz completa vinte e quatro anos de idade, exceto se portador de deficiência, situação em que a idade não será o fator determinante para o término do contrato.” Reitere-se que, em caso de rescisão antecipada do contrato de aprendizagem, não se aplicam as indenizações previstas em caso de rescisão antecipada de con- WUDWRV� SRU� SUD]R� GHWHUPLQDGR� �DUWV�� ���� H� ���� GD�&/7��� O desempenho insuficiente ou inadaptação deverão ser atestados pela entidade responsável pela qualificação, mediante laudo. &RQVLGHUD�VH� IDOWD� GLVFLSOLQDU�JUDYH�� SDUD� RV� HIHLWRV� GR� DUW�� ����� ,,�� GD� &/7�� TXDOTXHU� GDTXHODV� DUURODGDV� QR� DUW�� ���� GD�&/7�� 6.2.5.7. Férias As férias do aprendiz devem coincidir, preferencialmente, com o período de férias escolares, sendo que o período de férias deve ser estabelecido no programa de aprendizagem e observado pelo empregador. Especificamente no caso dos aprendizes menores de 18 anos, aplica-se o disposto QD�&/7�HP�UHODomR�jV� IpULDV�GR�PHQRU��RX� VHMD�� DV� IpULDV�GHYHUmR�QHFHVVDULDPHQWH� coincidir com as férias escolares, e é vedado o parcelamento. 6.2.5.8. Descumprimento das condições especiais para contratação do aprendiz 9HULILFDGR� R� GHVFXPSULPHQWR� GD� /HL� QR� TXH� GL]� UHVSHLWR� j� FRQWUDWDomR� GR� aprendiz, considerar-se-á a regra geral, que é o contrato por prazo indeterminado. 1HVWH� VHQWLGR�� R� DUW�� �� GR�'HFUHWR� Q� ����������� DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende196 8.1. CONCEITO Para a Ciência da Administração, terceirização “é a transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua DWLYLGDGH�¿P�� OLEHUDQGR� D� WRPDGRUD� SDUD� FRQFHQWUDU� VHXV� HVIRUoRV� JHUHQFLDLV� HP� VHX� negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e gerando competitividade”1. Assim, a terceirização constitui o fornecimento de atividade especializada, e não o fornecimento de trabalhadores. Exemplo de terceirização�� GHWHUPLQDGD� LQG~VWULD� PHWDO~UJLFD� �HPSUHVD� $�� fornece refeição para seus empregados e, para isso, necessita, obviamente, sejam produzidas estas refeições diariamente. Tendo em vista que a preparação de refeições não guarda qualquer similitude com sua atividade social, ou seja, constitui mera atividade-meio, esta indústria metalúrgica terceiriza tal atividade para uma empresa HVSHFLDOL]DGD� �HPSUHVD�%��HP�SUHSDUDU� UHIHLo}HV� LQGXVWULDLV��PHGLDQWH�XP�FRQWUDWR� de direito privado. Observe-se que, no caso, a “empresa B” atua autonomamente no desenvolvimento de seu mister, não sofrendo qualquer interferência da “empresa $´�� 2� FRQWUDWR� ¿UPDGR� HQWUH� DPEDV� QmR� p� GH� IRUQHFLPHQWR� GH� WUDEDOKDGRUHV�� H� VLP�GH�IRUQHFLPHQWR�GR�UHVXOWDGR�GH�XPD�DWLYLGDGH�HVSHFLDOL]DGD�GHVHQYROYLGD��GH� IRUPD�PDLV� H¿FLHQWH�� IULVH�VH��� SHOD� ³HPSUHVD�%´�� Outro exemplo são as atividades de contabilidade e controle de departamento de pessoal de pequenas empresas, normalmente desenvolvidas por escritórios de contabilidade especializados� QD� DWLYLGDGH�� ,PDJLQH�VH�� SRU� H[HPSOR�� XPD� SHTXH- na indústria de roupas que tenha dez empregados. Não seria necessário, e nem economicamente viável, a contratação de um empregado apenas para responder SHOD� HVFULWXUDomR� FRQWiELO� H� SHOD� RUJDQL]DomR� GR� GHSDUWDPHQWR� GH� SHVVRDO�� /RJR�� é razoável que esta indústria terceirize tal atividade de apoio para um prestador GH� VHUYLoRV�TXH� D� WHQKD� FRPR�¿P��GH� IRUPD�TXH�R� WRPDGRU�GRV� VHUYLoRV�SRVVD� VH� concentrar efetivamente em seu objetivo social. Desse modo, na terceirização desloca-se o foco da tradicional relação bilateral entre empregador e empregado, criando verdadeira relação trilateral, abrangendo em um dos vértices do triângulo o trabalhador, que mantém vínculo de emprego FRP� R� SUHVWDGRU� GH� VHUYLoRV� �WHUFHLUR� RX� HPSUHJDGRU� DSDUHQWH���PDV� GLVSRQLELOL]D� R�UHVXOWDGR�GH�VXD�HQHUJLD�GH�WUDEDOKR�D�XP�WRPDGRU�GH�VHUYLoRV��HPSUHJDGRU�UHDO�� GLYHUVR� GR� VHX� HPSUHJDGRU�� 3RU� ¿P�� HQWUH� R� SUHVWDGRU� GH� VHUYLoRV� H� R� WRPDGRU� GH� VHUYLoRV� Ki� XPD� UHODomR� GH� GLUHLWR� FLYLO� �FRQWUDWR� GH� SUHVWDomR� GH� VHUYLoRV��� RX� DLQGD� XPD� UHODomR� DGPLQLVWUDWLYD� �FRQWUDWR� DGPLQLVWUDWLYR��� VH� R� WRPDGRU� IRU� D� Administração Pública. 1� 6,/9$��&LUR� 3HUHLUD� GD��A terceirização responsável: modernidade e modismo�� 6mR�3DXOR�� /7U�� ������ S�� ���� 197&DS�����7(5&(,5,=$d2 Esquema da terceirização lícita: Tomador dos serviços �HPSUHJDGRU� UHDO� Prestador de serviços �HPSUHJDGRU� DSDUHQWH�Trabalhador FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR HQHUJLD� GH� WUDEDOKR contrato civil de prestação de serviços 8.2. TERCEIRIZAÇÃO VS. PRINCÍPIO DA NÃO MERCANTILIZAÇÃO DO TRABALHO 4XDQGR�GD�FRQVWLWXLomR�GD�2,7��SHOD�&RQYHQomR�GD�)LODGpO¿D�GH�������HVWDWXLX� -se, primeiramente, que “o trabalho humano não é uma mercadoria”. Neste diapasão, visando proteger a dignidade humana, adota-se a premissa de que o trabalho não é mercadoria, não é coisa que possa ser comercializada. 4XHU� GL]HU� TXH� QmR� VH� DGPLWH�� j� OX]� GRV� SULQFtSLRV� TXH� UHJHP� R� GLUHLWR� OD- boral e o direito fundamental do trabalhador à sua dignidade, a FRLVL¿FDomR do trabalhador, o aluguel da sua força de trabalho por outrem. No exemplo anterior, da indústria metalúrgica que fornece refeições, a histó- ria seria diferente, e a terceirização desvirtuada, caso a “empresa B” fornecesse à “empresa A” apenas os trabalhadores, os quais fossem a esta subordinados, e lhes prestassem serviços pessoais, em seu estabelecimento, utilizando as suas instalações etc. Neste caso, teríamos simples intermediação de mão de obra, hipótese vedada, como regra, pelos princípios norteadores do Direito do Trabalho. Tal vedação é facilmente explicada. Se existe um intermediário, alguém paga por este serviço de intermediação. Certamente não será o tomador quem pagará a FRQWD�� SRLV� HOH� WHUFHLUL]D� SULQFLSDOPHQWH� SDUD� UHGX]LU� FXVWRV�� /RJR�� R� WUDEDOKDGRU� é quem acaba arcando com a precarização de seus salários e demais direitos para remunerar o intermediário. 8.3. FUNDAMENTO LEGAL GENÉRICO PARA A TERCEIRIZAÇÃO A rigor não há, na área trabalhista, nenhuma norma jurídica que regule de forma ampla a questão da terceirização. Este é, aliás, o principal argumento da- queles que defendem a terceirização ilimitada da atividade produtiva: como não 267Cap. 10��&2175$72�'(�75$%$/+2 CONTRATO DE TRABALHO Conceito: ¾ �$FRUGR�GH�YRQWDGHV�� WiFLWR�RX�H[SUHVVR��SHOR�TXDO�XPD�SHVVRD� ItVLFD� �HPSUHJDGR��FRORFD�VHXV�VHUYL� oRV�j�GLVSRVLomR�GH�XPD�SHVVRD� ItVLFD�� MXUtGLFD�RX�HQWH�GHVSHUVRQDOL]DGR� �HPSUHJDGRU���VHQGR�HVWHV� VHUYLoRV� SHVVRDLV�� QmR� HYHQWXDLV�� RQHURVRV� H� VXERUGLQDGRV� Características: ¾ &RQWUDWR� GH� GLUHLWR� SULYDGR�¾ &RQWUDWR� VLQDODJPiWLFR�¾ &RQWUDWR� FRQVHQVXDO�¾ Contrato celebrado intuitu personae;¾ &RQWUDWR� GH� WUDWR� VXFHVVLYR�¾ &RQWUDWR� GH� DWLYLGDGH�¾ &RQWUDWR� RQHURVR�¾ &RQWUDWR� GRWDGR� GH� DOWHULGDGH�¾ &RQWUDWR� FRPSOH[R� Elementos essenciais: ¾ 5HTXLVLWRV� GR� DUW�� �� GD� &/7� �SHVVRDOLGDGH�� QmR� HYHQWXDOLGDGH�� RQHURVLGDGH� H� VXERUGLQDomR��¾ $JHQWH� FDSD]�¾ 2EMHWR� OtFLWR�� SRVVtYHO�� GHWHUPLQDGR� RX� GHWHUPLQiYHO�¾ )RUPD� SUHVFULWD� RX� QmR� GHIHVD� HP� OHL� �HP� UHJUD�� p� FRQVHQVXDO�� Nulidades: ¾ 5HJUD� JHUDO�� D� GHFODUDomR� GH� QXOLGDGH� SURYRFD� HIHLWRV� QmR� UHWURDWLYRV� �ex nunc��¾� �6H� KRXYHU� OHVmR� DR� LQWHUHVVH� FROHWLYR�� RV� HIHLWRV� GD� GHFODUDomR� GH� QXOLGDGH� VHUmR� UHWURDWLYRV� �ex tunc��¾ �'LDQWH�GH�XPD�KLSyWHVH�GH�DQXODELOLGDGH��GLUHLWR�DVVHJXUDGR�SRU�QRUPD�GH�RUGHP�SULYDGD��VLWXDGR�QR� kPELWR� GD� OLYUH� GLVSRVLomR� GDV� SDUWHV� FRQWUDWDQWHV�� D� GHFODUDomR� GH� QXOLGDGH� RSHUD� HIHLWRV� ex tunc.¾ �(P� FDVR� GH� QXOLGDGH� SDUFLDO�� D� FOiXVXOD� DQXODGD� VHUi� DXWRPDWLFDPHQWH� VXEVWLWXtGD� SHOR� FRPDQGR� QRUPDWLYR� YLRODGR�� 10.5. DEIXADINHAS 1. Contrato de trabalho é o acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa fí- VLFD� �HPSUHJDGR�� FRORFD� VHXV� VHUYLoRV� j� GLVSRVLomR� GH� XPD� SHVVRD� ItVLFD�� MXUtGLFD� RX� HQWH� GHVSHUVRQDOL]DGR� �HPSUHJDGRU��� VHQGR� HVWHV� VHUYLoRV� SHVVRDLV�� QmR� HYHQWXDLV�� RQHURVRV� H� subordinados. 2. �1RV� WHUPRV� GD� &/7�� R� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR� R� DFRUGR� WiFLWR� RX� H[SUHVVR�� FRUUHVSRQGHQWH� j� relação de emprego. 3. O contrato de trabalho é contrato de direito privado,sinalagmático, consensual, intuitu per- sonae, de trato sucessivo, de atividade, oneroso, dotado de alteridade e complexo. 4. Diz-se que o contrato de trabalho é sinalagmático porque dá origem a obrigações contrárias, FRQWUDSRVWDV�� $� HTXLYDOrQFLD� MXUtGLFD� HQWUH� DV� SUHVWDo}HV� �SUHVWDomR� GH� VHUYLoR� H� VDOiULR�� p� denominada comutatividade. 5. O contrato de trabalho é consensual porque depende apenas do consenso das partes, dispensando qualquer formalidade para que exista a relação de emprego. Desse modo, o contrato de trabalho SRGH� VHU� ILUPDGR�� FRPR� UHJUD�� GH� IRUPD� H[SUHVVD� �YHUEDOPHQWH� RX� SRU� HVFULWR�� RX� WiFLWD� 402 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço ex- traordinário, se acrescidos ao final da jornada. A razão de ser é simples: o tempo considerado necessário à recuperação do WUDEDOKDGRU� p� DTXHOH� GHILQLGR� HP� OHL� �LQWHUYDORV� REULJDWyULRV��� 2� TXH� IRU� FRQFHGLGR� além disso é benéfico apenas ao empregador, pois amplia o tempo em que o empre- JDGR�ILFD�j�VXD�GLVSRVLomR��WHPSR�GHFRUULGR�GHVGH�D�HQWUDGD�DWp�D�VDtGD�GR�WUDEDOKR��� 1D�OLQKD�GR�H[SRVWR��D�)&&��7pFQLFR�±�757�GD����5HJLmR�±�������FRQVLGHURX� correta a seguinte assertiva: “Maria é empregada da empresa KILO e Moisés é empregado da empresa LITRO. Ambos receberam um comunicado de suas empregadoras avisando que a partir do mês seguinte haverá, além do intervalo intrajornada para alimentação e repouso, um intervalo de quinze minutos para café da manhã e um intervalo de quinze minutos para o lanche da tarde. Considerando que a empresa KILO fornecerá gratuitamente a alimentação de todas as refeições e que a empresa LITRO cobrará R$ 50,00 pelas refeições, que Maria e Moisés terão um acréscimo de trinta minutos em sua jornada de trabalho, e que Moisés possui jornada de trabalho diária de seis horas, é correto afirmar que Maria e Moisés terão direito ao recebimento de trinta minutos remunerados como serviço extraordinário, porque representarão tempo à disposição da empresa.” �JULIRV�QRVVRV� 14.1.1.4. Efeitos jurídicos da não concessão do intervalo intrajornada A não concessão de qualquer dos intervalos devidos dá origem a duas con- sequências legais: � FRQILJXUDomR�GH� LQIUDomR�DGPLQLVWUDWLYD��SXQtYHO�FRP�DXWXDomR�SHOD� ILVFDOL]DomR�GR� WUDEDOKR� H� SRVWHULRU� LPSRVLomR� GH�PXOWD� DGPLQLVWUDWLYD�� FRQIRUPH� DUW�� ��� GD�&/7�� � SDJDPHQWR� GR� LQWHUYDOR� QmR� JR]DGR� FRPR� WHPSR� j� GLVSRVLomR� GR� HPSUHJDGRU�� LQFOXVLYH� FRP�R� DGLFLRQDO� SRU� VHUYLoR� H[WUDRUGLQiULR� �WUDWD�VH� GR� FKDPDGR� WHPSR� ILFWR� H[WUDRUGLQiULR�� 1HVWH� VHQWLGR�� R� DUW�� ���� � ��� GD�&/7�: ���4XDQGR�R� LQWHUYDOR�SDUD�UHSRXVR�H�DOLPHQWDomR��SUHYLVWR�QHVWH�DUWLJR��QmR�IRU� concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspon- GHQWH� FRP�XP� DFUpVFLPR� GH� QR�PtQLPR� ���� �FLQTXHQWD� SRU� FHQWR�� VREUH� R� YDORU� GD� remuneração da hora normal de trabalho. �� 5HJLVWUH�VH��SRU�RSRUWXQR��TXH�R�767�HGLWRX� UHFHQWHPHQWH�D�6~PXOD������QRV�VHJXLQWHV� WHUPRV��6Ò0������ 0DTXLQLVWD�IHUURYLiULR��,QWHUYDOR�LQWUDMRUQDGD��6XSUHVVmR�SDUFLDO�RX�WRWDO��+RUDV�H[WUDV�GHYLGDV��&RPSDWLELOLGDGH� HQWUH� RV� DUWV� ���� � ��� H� ����� � ��� GD� &/7� ±� 5HV�� ����������DEJT� GLYXOJDGR� HP� ���� ��� H� ������������ � $� JDUDQWLD� DR� LQWHUYDOR� LQWUDMRUQDGD�� SUHYLVWD� QR� DUW�� ��� GD�&/7�� SRU� FRQVWLWXLU�VH� HP�PHGLGD� GH� KLJLHQH�� VD~GH� H� VHJXUDQoD�GR�HPSUHJDGR��p�DSOLFiYHO� WDPEpP�DR�IHUURYLiULR�PDTXLQLVWD� LQWHJUDQWH�GD�FDWHJRULD�³F´��HTXLSDJHP�GH� WUHP�HP�JHUDO��� QmR�KDYHQGR� LQFRPSDWLELOLGDGH�HQWUH�DV� UHJUDV� LQVFULWDV�QRV�DUWV�� ���� ���� H������ ���� GD�&/7� 403Cap. 14��'85$d2�'2�75$%$/+2�±�'(6&$1626 Cuidado com esta questão do tempo ficto, a qual costuma causar confusões. Vejamos dois exemplos que esclarecem o sentido do dispositivo: Exemplo 1: 7HUH]D�WUDEDOKD�GDV��K�jV���K��FRP�XPD�KRUD�GH�LQWHUYDOR��PDV��HP�GHWHUPLQDGR� dia, trabalhou das 8h às 16h, sem que lhe fosse concedido o intervalo intrajornada. Neste caso não foram prestadas efetivamente horas extras, ou seja, Tereza prestou a jornada normal de 8h. Entretanto, o TST determina o pagamento do intervalo não concedido como hora extra. Por isso, a denominação hora extra ficta ou tempo ficto extraordinário�� /RJR��7HUH]D� UHFHEHUi� XPD� KRUD� H[WUD� QHVWH� GLD�� Exemplo 2: *HRYDQL� WUDEDOKD� GDV� �K� jV� ��K�� FRP� XPD� KRUD� GH� LQWHUYDOR�� PDV�� HP� GH- terminado dia, trabalhou das 8h às 18h, sem que lhe fosse concedido o intervalo intrajornada. Neste caso, há duas horas extras trabalhadas, mais a hora correspon- GHQWH�DR�LQWHUYDOR��TXH�WDPEpP�GHYHUi�VHU�UHPXQHUDGD�FRPR�H[WUD��/RJR��*HRYDQL� receberá três horas extras neste dia. Embora criticado pela doutrina, o TST reconheceu��DWUDYpV�GD�DQWLJD�2-������ UHFHQWHPHQWH� FRQYHUWLGD� QR� LWHP� ,,,� GD� 6~PXOD� ����� D� natureza salarial de tal pagamento, pelo que o mesmo repercute no cálculo de outras parcelas: 6~P������� ,QWHUYDOR� LQWUDMRUQDGD�SDUD� UHSRXVR�H�DOLPHQWDomR��$SOLFDomR�GR�DUW����� GD�&/7��FRQYHUVmR�GDV�2ULHQWDo}HV� -XULVSUXGHQFLDLV�QV��������������������H�����GD� 6%',���� ±� 5HV�� ����������'(-7� GLYXOJDGR� HP� ���� ��� H� ����������� ����� ,,,� ±� 3RVVXL� QDWXUH]D� VDODULDO� D� SDUFHOD� SUHYLVWD� QR� DUW�� ���� � ��� GD� &/7�� FRP� UHGDomR� LQWURGX]LGD� SHOD� /HL� Q� ������� GH� ��� GH� MXOKR� GH� ������ TXDQGR� QmR� FRQFH- dido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. ����� 1R�PHVPR� VHQWLGR�� R�&HVSH� �3URFXUDGRU� GR�(VWDGR� GH�$ODJRDV� ±� ������ FRQ- siderou correta a seguinte assertiva: “Acerca da situação de um trabalhador de determinado segmento, que labore em regime diário de mais de seis horas, com quinze minutos de intervalo e uma folga semanal, não concedendo o empregador intervalo na forma legal, seu pagamento, quando determinado, gerará reflexos em FGTS.” 5HIRUoDQGR� D� WHVH� DGRWDGD� SHOR� 767�� R� &HVSH� �3URFXUDGRU� GR� (VWDGR� GH� $ODJRDV� ±� ������ FRQVLGHURX� incorreta a seguinte assertiva: “segundo o TST, o horário de intervalo desrespeitado tem caráter indenizatório quando ressarcido em pagamento equivalente”. 415Cap. 14��'85$d2�'2�75$%$/+2�±�'(6&$1626 6~P�� �����5HSRXVR� UHPXQHUDGR��+RUDV� H[WUDV��&iOFXOR� �PDQWLGD���5HV�� ���������� DJ� ���� ��� H� ������������ Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas. Ocorre que o salário mensal do empregado já remunera os DSRs, porém o ID]� HP� UHODomR� j� MRUQDGD� QRUPDO� GH� WUDEDOKR� ��K�GLD�� ��K�VHPDQD�� ���K�PrV�� RX� RXWUD�IL[DGD�SRU� OHL�RX�FRQWUDWR���'HVVH�PRGR��VH�R� WUDEDOKDGRU�SUHVWD�KRUDV�H[WUDV� habitualmente, prática infelizmente tolerada no Brasil, deverá ocorrer a integração deste valor na remuneração dos DSRs, o que se faz mediante cálculo separado, tendo em vista que os DSRs relativos ao salário normal já estão embutidos neste. ([HPSOR�� 7tFLR� IRL� FRQWUDWDGR� SDUD� WUDEDOKDU� �� KRUDV� SRU� GLD� ����� SRU� PrV�� e, para tal, receberia R$1.100,00. Ocorre que, tão logo Tício firmou acordo de prorrogação de jornada com seu empregador, passou a laborar habitualmente em VREUHMRUQDGD��1R�PrV� GH� DJRVWR� GH� ������7tFLR� SUHVWRX����KRUDV� H[WUDV��4XDO� p� R� YDORU� GDV� KRUDV� H[WUDV� H� GH� VXD� LQWHJUDomR� QRV�'65V" 1Ro}HV� GH� FiOFXOR12� (P� SULPHLUR� OXJDU�� p� QHFHVViULR� VDEHU� R� YDORU� UHFHELGR� D� WtWXOR� GH� KRUDV� H[WUDV�� 3DUD� WDO�� GHYHPRV� LQLFLDU� FDOFXODQGR� R� YDORU� GD� KRUD� �VDOiULR�KRUD��� 6DOiULR�PHQVDO� � � � � � � � � � � � 5�� ��������� � � 5�� �����KRUD +RUDV� WUDEDOKDGDV�PrV� � � � � � � � ��� 6H�7tFLR�SUHVWRX����KRUDV�H[WUDV�QR�PrV�GH�DJRVWR�������TXHU�GL]HU�TXH�HOH�UHFHEHX��D�HVWH� WtWXOR�� 5�� ������� �KRUDV� H[WUDV� [� YDORU� GR� VDOiULR�KRUD� [� �������� 2FRUUH�TXH�RV�GHVFDQVRV�VHPDQDLV� Mi�HVWmR�UHPXQHUDGRV�SHOR�VDOiULR�GH�7tFLR��5������������ DSHQDV� HP� UHODomR� j� GXUDomR� QRUPDO� GR� WUDEDOKR�� +i� TXH� VH� FDOFXODU�� SRUWDQWR�� R� YDORU� GRV� '65V�HP�UHODomR�DR� WHPSR� WUDEDOKDGR�HP�VREUHMRUQDGD� �KRUDV�H[WUDV��� WDPEpP�GHQRPLQDGR� UHIOH[R�GDV�KRUDV�H[WUDV�QR�'65��$� LQWHJUDomR�GDV�KRUDV�H[WUDV�KDELWXDOPHQWH�SUHVWDGDV�QRV� '65V� p� REWLGD� D� SDUWLU� GD� VHJXLQWH� IyUPXOD�� 9DORU� GDV� KRUDV� H[WUDV� QR�PrV� � � � ;� � � 1� GH�'65V� GR�PrV � � � 1� GH� GLDV� ~WHLV� GR�PrV &DOFXODQGR�� � � R$ 150,00 � ;� �� '65V� � �R$ 28,85 � � � � � � ��� GLDV� ~WHLV 3RUWDQWR��7tFLR� UHFHEHUi��QR�PrV�GH�DJRVWR�������5���������D� WtWXOR�GH�KRUDV�H[WUDV��H�PDLV� 5�� ������ D� WtWXOR� GH� UHIOH[R� �LQWHJUDomR�� GDV� KRUDV� H[WUDV� QR�'65�� ��� $� JUDQGH�PDLRULD� GRV� FDQGLGDWRV� QmR� SUHFLVD� GRPLQDU� ³FiOFXORV� WUDEDOKLVWDV´�� SRLV� R� DVVXQWR� QRUPDOPHQWH� QmR� p� FREUDGR� HP� FRQFXUVRV�� 1mR� REVWDQWH�� HP� DOJXQV� WySLFRV� VHUmR� UHDOL]DGRV� FiOFXORV� FRPR� IRUPD� GH� LOXVWUDU� D� WHRULD� H�� DVVLP�� IDFLOLWDU� D� FRPSUHHQVmR� GD� PDWpULD�� 6H� YRFr� TXLVHU� VLPSOHVPHQWH� VDOWDU� HVWH� TXDGUR� H� SURVVHJXLU� QRV� VHXV� HVWXGRV�� QmR� Ki� SUREOHPDV� ��� ���� p� R�PHVPR� TXH� ����� RX�� DLQGD�� R� YDORU� GD� KRUD� QRUPDO�� DFUHVFLGR� GR� DGLFLRQDO� GH� ���� 624 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende 19.7.5. Licença-paternidade (art. 7º, XIX, da CRFB, c/c o art. 10, § 1º, do ADCT) $� OLFHQoD�SDWHUQLGDGH� LQVWLWXtGD� SHOD� &5)%���� VXEVWLWXLX� D� KLSyWHVH� SUHYLVWD� QR� DUW�� ����� ,,,�� GD� &/7�� 19.7.6. Primeiros 30 dias de afastamento por acidente de trabalho ou doença (art. 60, § 3º, da Lei nº 8.213/1991) 'LVS}H�D�OHL�SUHYLGHQFLiULD�TXH�RV�SULPHLURV�����WULQWD��GLDV�GH�DIDVWDPHQWR�GR� HPSUHJDGR�VmR�UHPXQHUDGRV�SHOR�HPSUHJDGRU��DUW����������GD�/HL�Q��������������. /RJR�� VH� QmR� Ki� SUHVWDomR� GH� VHUYLoRV��PDV� Ki� SDJDPHQWR� GH� VDOiULRV�� D� KLSyWHVH� é de interrupção contratual. Entretanto, se ocorrer um novo afastamento, resultante da mesma doença, dentro de um intervalo de 60 dias, o empregador não é obrigado a pagar novamente os 30 primeiros dias de afastamento, correndo todo o período do segundo afastamento SRU� FRQWD� GR� ,166� �DUW�� ���� � ��� GR�'HFUHWR� ������������� 19.7.7. Licenças remuneradas em geral e outras faltas justificadas 'LVS}H� R� DUW�� ����� ,9�� GD� &/7�� TXH� QmR� VHUi� FRQVLGHUDGD� IDOWD� DR� VHUYLoR� D� ausência do empregado justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário. Assim, se o empregado faltou e a empresa aceitou sua justificativa, ainda que não prevista em lei, a falta é considerada justificada, configurando hipótese de interrupção. (P� FRQVRQkQFLD� FRP� WDO� HQWHQGLPHQWR�� D� )&&� �7pFQLFR� ±�757� GD� ��5HJLmR� ±� ������ FRQVLGHURX� correta a seguinte assertiva: “A licença remunerada concedida espontaneamente pelo empregador ao empregado é hipótese de interrupção do contrato de trabalho.” 19.7.8. Atuação do empregado como conciliador em Comissão de Conciliação Prévia – CCP (art. 625-B, § 2º, da CLT) 'LVS}H� R� DUW�� ����%� GD�&/7�� WH[WXDOPHQWH�� Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: ����� § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como concilia- dor, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. 11 &RP� UHGDomR� GDGD� SHOD�039� Q� ��������� �DOU� ������������ H� YLJrQFLD� D� SDUWLU� GH� ����������� 639Cap. 20��(;7,1d2�'2�&2175$72�'(�75$%$/+2 As férias não gozadas ao longo do contrato de trabalho são indenizadas quando GD�H[WLQomR�FRQWUDWXDO��5HFRUGH�VH�TXH�QmR�H[LVWH�SDJDPHQWR�GH�IpULDV��JR]DGDV�RX� LQGHQL]DGDV�� VLPSOHV� RX� HP� GREUR�� VHP� R� UHVSHFWLYR� WHUoR� FRQVWLWXFLRQDO��$VVLP� dispõe a Súmula 328 do TST: Súm. 328�� )pULDV�� 7HUoR� FRQVWLWXFLRQDO� �PDQWLGD��� 5HV�� ���������� DJ� ���� ��� H� 21.11.2003. O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência GD�&)������� VXMHLWD�VH� DR� DFUpVFLPR� GR� WHUoR� SUHYLVWR� QR� UHVSHFWLYR� DUW�� ��� ;9,,� Existem três modalidades de férias que podem ser pagas na rescisão, conforme o caso: D�� férias vencidas, assim consideradas aquelas já adquiridas e não concedidas durante o período concessivo, as quais devem ser pagas em dobro quando da extinção contratual; E�� férias simples, que são aquelas já adquiridas, mas ainda não exigíveis, hipótese em que a extinção contratual se deu durante o período concessivo correspondente. 1HVWH� FDVR�� R� SDJDPHQWR� GDV� IpULDV� VHUi� VLPSOHV� �IpULDV� �� ����� VHP� D� GREUD��� F�� férias proporcionais�� RX� VHMD�� DLQGD� QmR� DGTXLULGDV� �D� H[WLQomR� RFRUUH� GXUDQWH� R� SHUtRGR� DTXLVLWLYR��� GHYLGDV� j� UD]mR� GH� ����� SDUD� FDGD� PrV� �RX� IUDomR� LJXDO� RX� VXSHULRU�D����GLDV�� WUDEDOKDGR�GXUDQWH�R�SHUtRGR�DTXLVLWLYR��As férias proporcio- nais são devidas em qualquer modalidade rescisória, exceto na dispensa por justa causa, como se verá adiante. ([HPSOR�� 'HQLVH� IRL� DGPLWLGD� QD� HPSUHVD� 0HUFDQWLO� /WGD�� HP� ������������ WHQGR�VH�GHVOLJDGR�GD�HPSUHVD��D�SHGLGR��HP�������������&RQVLGHUDQGR�TXH�'HQLVH� nunca gozou férias, bem como que sua remuneração, no mês do desligamento, era 5�� �������� HOD� WHUi� GLUHLWR� D� TXDO� YDORU�� D� WtWXOR� GH� IpULDV� LQGHQL]DGDV" Cálculo: $V� IpULDV� ����������� FXMR� SHUtRGR� FRQFHVVLYR� WHUPLQRX� HP� ������������ Mi� HVWDYDP� YHQFLGDV� TXDQGR� GD� UHVFLVmR�� SHOR� TXH� VmR� GHYLGDV� HP� GREUR�� /RJR�� �5�� ������� �� ����� [� �� � 5�� ���������� $V�IpULDV������������SRU�VXD�YH]��HPERUD�Mi�DGTXLULGDV��DLQGD�QmR�HVWDYDP�YHQFLGDV�QD�GDWD�GD� UHVFLVmR�� SHOR� TXH� VmR� GHYLGDV� GH� IRUPD� VLPSOHV�� /RJR�� 5�� ������� �� ���� � 5�� ���������� 2�SHUtRGR�DTXLVLWLYR�GH�IpULDV��FRQWDGR�GH������������D�������������HVWi�LQFRPSOHWR��SHOR�TXH� p� GHYLGR� SURSRUFLRQDOPHQWH�� /RJR�� �5�� ������� �� ����� ·� ���PHVHV� [� ��PHVHV� � 5�� �������� 3RUWDQWR��'HQLVH�GHYHUi� UHFHEHU��QR�H[HPSOR��5�������������5�������������5��������� �5�� ��������� D� WtWXOR� GH� IpULDV� LQGHQL]DGDV� 1D� OLQKD�GR� H[SRVWR�� R�&HVSH� �$GYRJDGR�±�&(785%�(6�±������� FRQVLGHURX� correta a seguinte assertiva: 926 DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO – Ricardo Resende $�SDUWLU�GR�PRPHQWR�HP�TXH�D�LPSRVLomR�GD�PXOWD�WRUQRX�VH�GHILQLWLYD��VHMD�SHOD� improcedência do recurso administrativo, seja pela inércia do infrator em recorrer ou HP�UHFROKHU�R�YDORU�QRWLILFDGR���FDEH�DR�(VWDGR�SURFHGHU�j�FREUDQoD�GR�GpELWR��(VWD� cobrança é feita normalmente via judicial, através da inscrição do débito em dívida ativa e posterior execução judicial. Não obstante, nada impede que a Administração WHQWH��XPD�YH]�PDLV��D�FREUDQoD�H[WUDMXGLFLDO� �DUW�������&/7���FRPR�PHGLGD�GH�HFR- nomia de tempo e de recursos, dado o alto custo da cobrança executiva. Restando infrutífera eventual tentativa de cobrança amigável, cabe à União proceder à inscrição do débito em dívida ativa, para posterior cobrança judicial. A certidão de inscrição em dívida ativa, no caso, vale como título executivo ex- WUDMXGLFLDO� �DUW�� ����� &/7�� 3RU� ILP�� D� H[HFXomR� MXGLFLDO� SDUD� HIHWLYDomR� GD� FREUDQoD� VHJXH� R� ULWR� GD� /HL� GH�([HFXomR�)LVFDO��/HL�Q�������������H��VXEVLGLDULDPHQWH��R�&yGLJR�GH�3URFHVVR� Civil26��$� FRPSHWrQFLD� p� GD� -XVWLoD� GR� 7UDEDOKR� �DUW�� �����9,�� &5)%����� H� D� FR- brança fica a cargo da Procuradoria da Fazenda Nacional. 27.9. COMBATE AO TRABALHO INFANTIL E ÀS CONDIÇÕES ANÁLOGAS À DE ESCRAVIDÃO27 Dica: material específico para estudo Considerando que estetema é específico para a preparação visando ao concurso de AFT, sugiro o estudo detalhado das seguintes fontes: � Instrução Normativa SIT/MTE nº 102/2013 (DOU 02.04.2013) � Instrução Normativa SIT/MTE nº 91/2011 (DOU 06.10.2011) � Manual de Combate ao Trabalho em Condições Análogas à de Escravo, disponível em:<www.mte.gov.br! (<INSPEÇÃO DO TRABALHO> <FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO> <PUBLICAÇÕES>) 27.9.1. Combate ao trabalho infantil ,QGLVFXWLYHOPHQWH� R� FRPEDWH� DR� WUDEDOKR� LQIDQWLO� p� XPD� GDV� PDLV� QREUHV� missões institucionais da Auditoria Fiscal do Trabalho. Com efeito, hoje se tem a noção clara, ao menos entre boa parte dos operadores do direito, de que a criança e o adolescente não devem ser inseridos precocemente no mercado de trabalho, a fim de ter assegurado seu perfeito desenvolvimento físico, mental e psicológico. A compreensão da dinâmica das ações de combate ao trabalho infantil pela fiscalização do trabalho não apresenta maiores dificuldades àqueles que se prepa- ram para concursos públicos, ao passo que tais ações consistem basicamente na verificação, in loco, do trabalho infantil proibido, bem como do trabalho proibido DRV� PHQRUHV� GH� ��� DQRV� �QRWXUQR�� SHULJRVR�� LQVDOXEUH� HWF���� FRP� D� FRQVHTXHQWH� ��� *$5&,$��*XVWDYR� )LOLSH� %DUERVD��Curso de Direito do Trabalho�� S�� ������� ��� (VWH� WySLFR�YLVD�HVSHFLILFDPHQWH�j�SUHSDUDomR�GRV�FDQGLGDWRV�DR�FDUJR�GH�$XGLWRU)LVFDO�GR�7UDEDOKR�� WHQGR� HP� YLVWD� TXH� IRL� LQFOXtGR� SHOR� &HVSH� QR� FRQWH~GR� SURJUDPiWLFR� GR� FRQFXUVR� GH� ����� SÃO PAULO CADERNO DE QUESTÕES QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS PARTE INTEGRANTE DA OBRA “DIREITO DO TRABALHO ESQUEMATIZADO” NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE DIREITO DO TRABALHO 5.a edição revista, e atualizada Ricardo Resende Capítulo 3 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO PERFIL ADVOCACIA PÚBLICA 1. (Procurador – PGE/RO – FCC – 2011) Em relação aos princípios do Direito do Trabalho, é INCORRETO afirmar: a) O princípio da aplicação da norma mais favorável aplica-se da seguinte forma: havendo normas válidas incidentes sobre a relação de emprego, deve-se aplicar aquela mais benéfica ao trabalha- dor. b) O princípio da continuidade da relação de emprego tem como finalidade a preservação do contrato de trabalho, de modo que haja presunção de que este seja por prazo indeterminado, permitindo-se a contratação por prazo certo apenas como exceção. c) O princípio da primazia da realidade indica que os fatos reais devem prevalecer sobre os docu- mentos assinados pelo empregado. d) O princípio da irrenunciabilidade significa a não admissão, em tese, que o empregado abra mão de seus direitos trabalhistas, em grande parte imantados de indisponibilidade absoluta. *e) O princípio protetor é representado pela tríplice vertente: in dubio pro societate, a aplicação da norma mais favorável e a condição mais benéfica. 2. (Procurador – PGDF – Cespe – 2013 – Adaptada) Julgue o seguinte item: O princípio da norma mais favorável, componente do núcleo basilar de princípios especiais do direito do trabalho, em sua visão mais ampla, opera em tríplice dimensão: informadora, interpre- tativa/normativa e hierarquizante. CERTO 3. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados – Cespe – 2014 – Adaptada) Julgue o seguinte item: Quando o empregador, na justiça do trabalho, negar a prestação do serviço e a despedida, deverá fazer a prova do término do contrato de trabalho. CERTO 4. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados – Cespe – 2014 – Adaptada) Julgue o seguinte item: Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo trabalhador. ERRADO 17Cap. 3��35,1&Ë3,26�'2�',5(,72�'2�75$%$/+2 PERFIL MAGISTRATURA/MPT 5. (Juiz do Trabalho – TRT 6ª Região – FCC – 2013) Considere as assertivas abaixo. I. Analisando o princípio da irrenunciabilidade, Américo Plá Rodriguez afirma que em matéria de trabalho importa o que ocorre na prática, mais do que aquilo que as partes hajam pactuado de forma mais ou menos solene, ou expressa, ou aquilo que conste em documentos, formulários e instrumentos de controle. II. Os princípios do Direito do Trabalho são as ideias fundamentais e informadoras do ordenamen- to jurídico trabalhista, ou seja, constituem postulados e diretrizes que inspiram as normas que regulam as relações de trabalho. III. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da primazia da realidade constitui presunção favorável ao empregado. IV. São princípios constitucionais aplicáveis ao Direito do Trabalho, entre outros, a dignidade huma- na, os valores sociais do trabalho, a justiça social e a busca do pleno emprego. V. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho podem, para sanar omissões legais, socorrerem-se da jurisprudência, da analogia, da equidade e dos princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho. Essa atividade integrativa não pode ser utilizada em caso de omissões contratuais. Estão corretas APENAS *a) II e IV. b) I e V. c) III e IV. d) II e V. e) I e III. 6. (Juiz do Trabalho – TRT 8ª Região – 2013) Quanto à aplicação da norma mais favorável ao trabalhador independente da posição hierárquica que tenha a norma, é CORRETO afirmar: *D�� $�/HL�������������TXH�GLVS{V�VREUH�D�VLWXDomR�GH�WUDEDOKDGRUHV�EUDVLOHLURV�FRQWUDWDGRV�RX�WUDQV- feridos para prestar serviços no exterior, socorreu-se da Teoria do Conglobamento no contraponto entre a lei territorial externa e a lei brasileira originária. b) Para se decidir qual das normas coletivas é a mais benéfica deve ser adotada a teoria da acu- mulação segundo a qual, havendo duas normas coletivas, aplica-se a que for mais favorável ao trabalhador em seu conjunto e não cláusula por cláusula. F�� 1R�%UDVLO��VRE�R�SRQWR�GH�YLVWD�GH�VXD�DSOLFDomR��D�FRQYHQomR�FROHWLYD�WHP�HILFiFLD�OLPLWDGD��DSOL- cável unicamente aos convenentes e, portanto, aos associados do sindicato. d) As regras do acordo coletivo do trabalho, por serem especiais, sempre prevalecem sobre as esti- puladas em Convenção Coletiva, que têm caráter geral. e) A teoria do conglobamento propõe, como procedimento de seleção, análise e classificação das normas cotejadas, o fracionamento do conteúdo dos textos normativos, retirando-se os preceitos e institutos singulares de cada um que se destaquem por seu sentido mais favorável ao trabalhador. 7. (Juiz do Trabalho – TRT 2ª Região – 2011) Considere as seguintes proposições referentes à renúncia no Direito do Trabalho: ,�±� 2�DUWLJR����GD�&RQYHQomR�Q������GD�2UJDQL]DomR� ,QWHUQDFLRQDO� GR�7UDEDOKR�� DGRWDGD�SHOR� %UDVLO�SRU�PHLR�GR�'HFUHWR��������GH��������SURtEH�D� UHQ~QFLD�DR�JR]R�GDV� IpULDV�PHGLDQWH� indenização. ',5(,72�'2�75$%$/+2�(648(0$7,=$'2��&DGHUQR�GH�4XHVW}HV��Ricardo Resende18 II – Em nenhuma hipótese será válido o pedido de demissão do empregado estável, conforme pre- Yr�R�DUW������GD�&/7�� III – Conforme entendimento sumulado pelo TST, havendo a coexistência de dois regulamentos de empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. IV – Também conforme entendimento sumulado pelo TST, o direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. 9�±�$�&RQVWLWXLomR�GD�5HS~EOLFD�GH������IOH[LELOL]RX�R�SULQFtSLR�GD� LUUHQXQFLDELOLGDGH�GR�VLVWHPD� WUDEDOKLVWD��FRQIRUPH�VH�H[WUDL�GH�VHX�DUW�����LQFLVRV�9,��;,,,�H�;,9��TXH�WUDWDP��UHVSHFWLYDPHQWH�� da irredutibilidade salarial, da duração normal do trabalho e da jornada em turnos ininterruptos de revezamento.
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