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1 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães A descrição que este resumo apresenta, foi baseada em aulas em sala e complementada com o livro de Histologia Básica de Junqueira & Carneiro. Todas as informações foram trabalhadas com objetivo de passar o mais fácil possível o assunto. 2 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães TECIDO EPITELIAL: REVESTIMENTO E GLA NDULAR 1. FUNÇÕES BÁSICAS 1.1. Revestimento ou cobertura, ou também localizado no interior de alguns órgãos (EX:. Ovário): Proteção, Transporte, secreção, absorção, permeabilidade seletiva e sensação. 1.2. Unidades Funcionais de secreção, que é representado pelo epitélio glandular. 2. ORIGEM EMBRIONÁRIA 2.1. Ectoderma: dar origem a todo epitélio externo do corpo. Ex:. Epiderme, mucosa anal e a córnea. 2.2. Endoderma: Responsável pelo epitélio do trato digestório, respiratório, assim como o fígado e o pâncreas. 2.3. Mesoderma: dar origem aos túbulos uriníferos, túbulos coletores e o sistema reprodutor feminino e o masculino. Também vai dar origem ao mesotélio é o epitélio que vai estar associado ao tecido conjuntivo, como por exemplo, o peritônio, pericárdio e a pleura e ao endotélio, é o epitélio que reveste o sistema cardiovascular. 3. CONSTITUIÇÃO As células epiteliais são: 3.1. Poliédricas, porque vão apresentar vários lados, para poder ligar a célula vizinha e justaposta porque vão se apresentar de maneira bem juntinha. 3.2. Possuem Laminas celulares coesas por que o epitélio tem que se organizar em laminas celulares presas, bem unidas umas as outras. 3.3. As células possuem pouco espaço entre elas, assim como pouca matriz intercelular. 3.4. A forma é bem variada, variam de uma morfologia alongada, cubica ou pavimentosa é bem difícil no epitélio identificar o limite de uma célula para outra, identifica-se o tipo de célula observando o seu núcleo. 4. LAMINA BASAL 3 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães A lamina basal nada mais é uma estrutura proteica, ela serve para delimitar e separar o tecido conjuntivo do tecido epitelial. Também serve como apoio para o tecido epitelial, sendo importante porque ela tem alguns fatores de crescimento, que regula a proliferação celular. Além de servir como fator de proliferação e diferenciação das células epiteliais, regula todo o metabolismo e fazem que alguns metabolitos sejam degradados no tecido conjuntivo. Regulando a nutrição e a oxigenação do tecido epitelial. 5. POLARIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE CÉLULAR 5.1. POLARIZAÇÃO 5.1.1 Polo apical: se encontra em epitélios que possui uma única camada, que vai estar relacionada com a luz dos órgãos ou para o meio externo e pode ter especializações (microvilosidades, esteriocílios). 5.1.2 Polo basolateral: em todas as células vai haver especializações no polo lateral e basal, porque algumas vão formar um complexo pra deixar as células mais juntas e também prendendo na lamina lateral. 5.1.2.1. Zônulas de oclusão ou junções oclusivas: Elas formam um cinturão em torno de toda a circunferência da célula, é a que está mais cranial na célula (próximo ao polo apical), formada pela aproximação das membranas das células vizinhas, tem concentração de algumas proteínas e algumas formam pontos que se prende entre si, isso impede que proteínas transmembranas do polo apical desçam para o polo lateral e assim vice-versa. Essas junções impede a perca do fluxo da matriz extracelular, como penetração de substancias toxica ou ácidas neste espaço. Quanto mais ponto de fusão, melhor vai ser a oclusão. Ex:. No estômago, por que o suco gástrico não digere o epitélio estomacal? Primeiro porque o estômago tem uma grande quantidade de células mucosas e também por causa da zona de oclusão, que é bem desenvolvido no epitélio e impede que o sulco penetre e provoque a digestão dessas células. 5.1.2.2. A zona de adesão também forma um cinturão em volta da célula contribui para a aderência entre as células adjacentes. Uma característica importante dessa junção é a inserção de numerosos filamentos de actina em placas de material elétron-denso contidas no citoplasma subjacente à membrana de junção. Os filamentos fazem parte da trama terminal, uma rede de filamentos de actina, filamentos intermediários e espectrina existente no citoplasma apical de muitas células epiteliais. Ao conjunto de zônula de adesão e zônula de oclusão que circunda toda a parede lateral da região apical de muitos tipos de células epiteliais se dá o nome de complexo unitivo. 5.1.2.3. Nos desmossomos é uma estrutura complexa, em forma de disco, contida na superfície de uma célula, e que é sobreposta a uma estrutura idêntica observada na superfície da célula adjacente. As membranas celulares nessa região são planas, paralelas e geralmente separadas por uma distancia um pouco maior que os habituais 20 nm. No lado interno da membrana do desmossomos de cada uma das células há uma placa circular chamada de placa de ancoragem, composta de pelo menos 12 proteínas. Em células epiteliais, filamentos intermediários de queratina presentes no citoplasma se inserem nas placas de ancoragem ou então formam alças que retornam ao citoplasma. Uma vez que esses filamentos 4 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães intermediários de queratina do citoesqueleto são muito fortes, os desmossomos promovem uma adesão bastante firme entre as células. 5.1.2.4. Várias estruturas associadas à membrana plasmática contribuem para a coesão e a comunicação entre as células. Elas são encontradas na maioria dos tecidos, mais são abundantes em epitélios. As células epiteliais apresentam uma intensa adesão mutua e, para separa-las, são necessárias forças mecânicas relativamente grandes. Essa coesão varia com o tipo de epitélio, mais é especialmente desenvolvida naqueles sujeitos a fortes trações e pressões, coo no caso da pele. A adesão entre as células é em parte devida à ação coesiva dos membros de uma família de glicoproteínas transmembranas chamadas de caderinas. As caderinas perdem a sua capacidade de promover a adesão na ausência de ca2+. Outra maneira de aumentar a adesão entre as células é por meio de dobras das membranas que se encaixam nas dobras das membranas adjacentes; são chamadas de interdigitações das membranas. 5.1.2.5. Junções comunicantes (Junções gap) podem existir praticamente em qualquer local das membranas laterais das células epiteliais. Essas junções são também encontradas em outros tecidos, sendo o musculo esquelético uma exceção. Observa-se que são formadas por porções de membrana plasmática nas quais há agregados de partículas intramembranosa reunidas em forma de placa. As junções comunicantes participam da coordenação da contração do músculo cardíaco. 5.1.2.6. Hemidesmossomos podem ser encontrados na região de contato entre alguns tipos de células epiteliais e sua membrana basal. Essas junções têm a estrutura de metade de um desmossomos e predem as células epiteliais à membrana basal. 6. ESPECIALIZAÇÕES (POLO APICAL). 6.1. Microvilos: são projeções da membrana plasmática, onde o citoplasma acompanha, ou seja, o aumento da superfície célular. Também vai haver alguns eixos proteicos segurando o microvilo. Encontra-se Microvilos em lugares de grande absorção, como por exemplo, células do intestino, as células dos túbulos contorcidos distal e proximal, aumentando a superfície de contato. 6.2. Cílios: não é um aumento da superfície célular; os cílios na verdade são projeções de microtubulos que a membrana acompanha. A função principal é a movimentação, sendo encontrado no epitélio respiratório, na tuba uterinae na tuba auditiva. 6.3. Esteriocílios: são prolongamentos longos e imóveis, que, na verdade, são microvilos longos e ramificados. Não devem ser confundidos com verdadeiros cílios, que são prolongamentos móveis. Os esteriocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. São comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo e do ducto deferente. 6.4. Flagelos: a estrutura dos flagelos, que no corpo humano são encontrados somente nos espermatozoides, é semelhante a dos cílios, os flagelos são mais longos e limitados a uma célula, são também projeções dos microtubulos que vão fornecer a mobilidade. 5 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 7. TIPOS DE EPITÉLIOS 7.1. Epitélio de revestimento: Nos epitélios de revestimento as células se dispõem em folhetos que cobrem a superfície externa do corpo ou revestem as cavidades internas, as grandes cavidades do corpo, o lúmen dos vasos sanguíneos, o lúmen dos órgãos ocos, tubos de diversos calibres. Esses epitélios são classificados de acordo com o numero de camadas de células que constituem esses folhetos epiteliais e conforme a característica morfológica das células. No epitélio simples o folheto epitelial é constituído por uma só camada de células e nos epitélios estratificados por mais de uma cama de células. O epitélio do tipo pseudoestratificado é colocado em uma categoria especial. 7.1.2. SIMPLES 7.1.3. ESTRATIFICADO 7.1.4. PSEUDOESTRATIFICADO Esses epitélios não acontecem por acaso. As células do epitélio simples vão ser encontradas em lugares onde a absorção de nutrientes é alta. Ex:. O endotélio, por causa das trocas gasosas e trocas de nutrientes entre o sangue e as células, também se encontra no trato digestório (estômago e intestino). O estratificado se encontra em locais de abrasão e atrito. Ex:. Epiderme, mucosas oral, esôfago, mucosa anal, vaginal etc. PAVIMENTOSO CÚBICO PRISMÁTICO OU COLUNAR PAVIMENTOSO QUERATINIZADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO CÚBICO TRANSIÇÃO PRISMÁTICO OU COLUNAR 6 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 7.2. O endotélio ele é simples e pavimentoso, porque nesta área a célula pavimentosa ela proporciona uma maior área para a circulação do sangue. O cúbico se encontra nos ductos das glândulas. 7.3. O tecido epitelial cubico esta localizado em lugares que precisam de uma estruturação maior, dar uma forma. Formando o folículo das glândulas, os túbulos contorcidos proximais e distais, na tireoide formando as vesículas. 7.4. Tecido epitelial simples prismático ou colunar é formado por células alongadas, núcleos alinhados e alongados. Encontra-se no sistema digestório, útero e estomago. Endotélio representado pela seta Tecido epitelial cubico indicado pela seta Tecido epitelial simples cubico mostrado pelos túbulos coletores no rim. Vesículas da tireoide formada por tecido epitelial simples cubico. 7 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 7.5. Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado e não queratinizado, nos estratificados observa-se a morfologia dar células superficiais. O não queratinizado se encontra nas mucosas, como por exemplo, no esôfago, anal e retal. O queratinizado possui uma camada córnea de células mortas que possui uma grande quantidade de citoqueratina. 7.6. Tecido epitelial estratificado de Transição, só encontra nas vias urinárias (bexiga, ureter, cálices). Esse nome de transição porque as células vão variar de acordo com o estado funcional do órgão, vai ter no máximo cinco camadas. Tecido epitelial simples prismático, sendo indicado pelas células internas no estômago. Tecido epitelial simples prismático, sendo representado pelo intestino delgado. Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, sendo representado pelo palato. Tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado, sendo representado pelo esôfago. 8 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 7.7. Tecido epitelial estratificado cúbico, se encontra nos folículos ovarianos e também nas glândulas submandibulares, sublingual e nos grandes ductos também. 7.8. Pseudo-estratificado é aquele em que as células vão variar de tamanho, mais todas vão estar na membrana basal, então é simples. Forma o epitélio respiratório ou o epidídimo. A diferença vai ser pela presença das células caliciformes (tem no epitélio respiratório) e outra é que no epitélio respiratório possui cílios e no epidídimo são esteriocílios. Tecido epitelial estratificado de transição, sendo representado pela bexiga (vazia) Tecido epitelial estratificado cúbico, representado pelo folículo ovariano. Tecido epitelial estratificado cúbico, sendo representado pela glândula sublingual. 9 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 8. TECIDO EPITELIAL GLÂNDULAR Os epitélios glandulares são constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As células epiteliais glandulares podem sintetizar armazenar e eliminar proteínas (p. ex., o pâncreas), lipídeos (p. ex., a adrenal e as glândulas sebáceas) ou complexo de carboidratos e proteínas (p. ex., as glândulas salivares). As glândulas mamarias secretam todos os três tipos de substancias. Menos comuns são as glândulas que têm baixa atividade sintética (p. ex., as glândulas sudoríparas), cuja secreção é constituída principalmente por substancias transportadas do sangue ao lúmen da glândula. As moléculas a serem secretadas são em geral temporariamente armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamados de grânulos de secreção. Cada glândula sem seu formato característico por causa do estroma, esse estroma não é formado por células epiteliais, sendo formado por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos. Esse estroma que dar formato a glândula não secreta ou produz algo. As células secretoras das glândulas é chamada de parênquima. 8.1. CLASSIFICAÇÃO: 8.1.1. Número de células 8.1.1.2. Unicelulares: Ex:. Células caliciformes 8.1.1.3. Multicelular: Ex:. Hipófise. 8.1.2. Local onde a secreção é liberada 8.1.2.1. Exócrina: quando a secreção é lançada no meio externo ou no interior de uma cavidade, e são portadores de um ducto. Ex:. Glândula mamária, glândula sebácea. 8.1.2.2. Endócrina: a secreção produzida é lançada na corrente sanguínea, e são desprovidas de ducto. Ex:. Hipófise, tireoide etc. As glândulas endócrinas ainda se dividem em cordonal quando as células produzem a secreção e se dispõe em forma de cordões celulares, a maioria é Tecido epitelial pseudoestratificado com cílios, encontrado na traqueia como mostra a imagem. Tecido epitelial pseudoestratificado com esteriocílios, sendo representado pelo epidídimo. 10 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães classificada como cordonal. A outra classificação é vesicular, quando a glândula forma uma vesícula e joga a secreção no interior de uma cavidade e só depois a secreção é jogada na corrente sanguínea. 8.1.2. DE ACORODO COM O DUCTO 8.1.2.1. Simples: quando apresenta um ducto central e não ramificado. 8.1.2.2. Composto: quando apresenta vários ductos e é ramificado. 8.1.3. PORÇÃO SECRETORA 8.1.3.1. Tubular: quando a porção secretora tem formato de tubo. 8.1.3.2. Acinosa ou alveolar: quando a porção secretora tem formato de cacho de uva. 8.1.4. MODO DE SECREÇÃO8.1.4.1. Holócrina: Neste tipo de glândula ela produz a secreção no interior do citoplasma onde é armazenado. Quando ela chega ao máximo de armazenamento, a célula entra em apoptose e se desprende da glândula e explode. Ex:. Glândula sebácea. 8.1.4.2. Apócrina: As células produzem a secreção, quando essa secreção está pronta ela joga para a superfície apical, lá o produto é empacotado com um pedaço do citoplasma. Ex:. Glândula mamária. 8.1.4.3. Merócrina: A célula produz a secreção e joga para fora por meio de um ducto. Ex:. Glândula sudorípara. 8.1.5. TIPO DE SECREÇÃO 8.1.5.1. Mucosa: A secreção mucosa é rica em carboidratos, quando misturado com água, formam um gel, então a secreção é muito viscosa. As células não se coram facilmente. 8.1.5.2. Serosa: A secreção não é tão viscosa e é rica em proteínas, e as células são bastante coradas. Ex:. Parótida. CORDONAL VESICULAR 11 Histologia: Tecido Epitelial – Renan Guimarães 8.1.5.3. Tem glândulas que possuem uma parte serosa e outra mucosa e assim são chamadas de mistas. Ex:. Sublingual e submandibular..
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