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Crimes Contra o Patrimônio 
 
FURTO 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
~> Objeto Jurídico: Patrimônio 
~> Estrutura típica: 
SUBTRAIR É inverter a posse. Troca de titularidade. 
PARA SI OU PARA OUTREM Ânimo de assenhoramento definitivo. 
COISA(cadáver ou partes de?) Se houver conotação patrimonial 
sim.(Pertencer a Universidade). 
COISA ALHEIA(DOLO) Se a pessoa furtar o que já era seu, será o 
artigo Art. 345 - Fazer justiça pelas 
próprias mãos, para satisfazer pretensão, 
embora legítima, salvo quando a lei o 
permite. 
MÓVEL O conceito de mobilidade diverge do 
direito civil. Aqui, é tudo que pode ser 
deslocado. 
 
OBS!: FURTO DE USO NÃO é crime, uma vez que não possui a intenção de 
assenhoramento. Tem um ânimo inicial de devolver a coisa, nas exatas condições da 
subtração. DEVE SER COISA NÃO CONSUMÍVEL 
OBS!: Admite-se violência contra a coisa, e não contra a pessoa. Basta a violência 
moral para ser roubo(anunciar). Se a lesão for culposa será furto c/c lesão corporal 
culposa. 
 
FURTO E O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
C=FT+I+C 
~> A tipicidade formar é a previsão, a material é o grau de lesividade; 
~> O furto admite a aplicação do Princípio da Insignificância. Logo, afastaria a tipicade 
com sua aplicação. 
~> Para sua aplicabilidade, deve analisar as condições da vítima e do réu, e não só o 
valor da coisa; 
NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL, 
É CONSTRUIÇÃO JURISPRUDENCIAL 
 
É DIFERENTE DE FURTO DE 
PEQUENO VALOR 
~> Requisitos: 
 1) mínima ofensividade da conduta do agente; 
 2) nenhuma periculosidade social da ação; 
 3)reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
 4)inexpressividade da lesão jurídica provocada; 
 
FURTO FAMÉLICO 
~> Afasta a ILICITUDE(estado de necessidade), por isso não é crime; 
~> Admite-se roupa, medicamento e pela doutrina diz que deveria aplicar para droga e 
alcoolismo; 
~> Elemento Subjetivo: Dolo de tornar sua coisa alheia; 
~> Sujeitos: 
 Ativo: crime comum. Exceto o dono da coisa; 
 Passivo: o proprietário ou o possuidor da coisa; 
FORMA MAJORADA 
§1º- FURTO NOTURNO 
~> Será considerado noturno, o horário de repouso da sociedade, com ausência de luz 
solar. Já que a intenção é punir o aproveitamento do estado de vulnerabilidade; 
~> NÃO há majorante se o estabelecimento funciona 24h; 
~> Casa desabitada por todo o tempo, será aplicada. Já que considera a vulnerabilidade 
dos vizinhos; 
MINORANTE 
§ 2º- FURTO DE PEQUENO VALOR 
~> Estrutura típica: 
PRIMÁRIO Aquele que não é reincidente. Art 63 e 64 
CP 
PEQUENO VALOR O valor do salário mínimo vigente na 
época do fato(jurisprudência) 
 
~> Diferença entre furto de pequeno valor e furto insignificante: 
FURTO DE PEQUENO VALOR. 
ARTIGO 155, §2 
FURTO INSIGNIFICANTE. 
SEM PREVISÃO LEGAL 
É crime de furto minorado; Não é crime por falta de tipicidade; 
Não cabe para reincidente; Em tese, cabe para reincidente; 
Importa o pequeno valor da coisa; Importa a conduta como um todo; 
 
FURTO QUALIFICADO 
Art. 155, § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o 
crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
Súmula 511 STJ 
É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do 
art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se 
estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor 
da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. 
 
I- rompimento é o dano parcial, a destruição é destruição. A qualificadora só incidirá no 
rompimento do obstáculo. É qualificadora material, é causadora de resultado 
naturalístico. NECESSITA PERÍCIA. Deslocar ou arrastar não enseja a qualificadora; 
 
II- 
destreza é a habilidade física ou manual com a qual o sujeito retira o objeto da vítima 
sem que esta perceba. Prevalece que não cabe tentativa na forma qualificada(faltará a 
habilidade?). Para haver destreza, só se a vítima trouxer o objeto junto ao corpo; 
escalada é qualquer meio anormal de acesso ao bem, inclusive túneis; 
mediante emprego de fraude: fraude é engano, ludibriar a vítima. Pode ser moral ou 
material; 
abuso de confiança - relação empregatícia, por si só, não configura a relação de 
confiança. O sujeito só furta aquele bem devido à confiança.; 
 
III- 
chave falsa é todo objeto, com ou sem formato de chave, capaz de abrir fechadura sem 
danificá-la. OBS!: Dispositivo que impede o fechamento não é chave, se captar o 
código e abrir depois, sim. A chave verdadeira subtraída, NÃO é chave falsa. A cópia 
AUTORIZADA abuso de confiança, a sem autorização é qualificadora. 
 
IV- NÃO é necessariamente a punição das duas pessoas. Nem se quer a identificação 
dos demais indivíduos. Além disso, não é necessária a imputabilidade de todos os 
sujeitos. A consumação do fato de UM, alcança os DEMAIS. 
 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
Furto -> qualificadora 
Roubo -> majorante 
 
§5º- Haveriam dois requisitos para esta qualificadora: 
 1º) necessário que exista, no momento da subtração, intenção de transportar o 
 veículo para FORA do Estado ou para o Exterior; 
 2º) o agente efetivamente transpõe a divisa com outro Estado ou País; 
 
§6º- Embora crime essencialmente patrimonial(produção-$), também tutela o bem 
jurídico saúde pública, uma vez que o produto poderá ser consumido sem a devida 
procedência. Em relação ao furto qualificado, é lei penal mais benéfica, logo, retroage. 
Diz respeito ao objeto material do crime. NOVATIO LEGIS IN MELIUS 
OBS!: Furtar sêmen não é abigeato; 
 
CONSUMAÇÃO DO FURTO 
 
~>Teoria da inversão da posse 
 O furto se consuma com a inversão da posse da coisa. Esta inversão ocorre 
quando existe posse tranquila. Isto é. quando o agente ainda esteve sob o risco de lhe 
serem retirados os bens subtraídos, quer por não ter havido perseguição imediata, quer 
porque a perseguição interrompeu-se momentaneamente. 
OBS!: bem perdido/estragado pelo agente ainda que sem posse tranquila 
 
TENTATIVA 
 
Circunstância alheias à vontade do agente; 
~> Tentativa x. Crime Impossível 
Existência de crime de vigilância ou conduta vigiada. Não basta a prova da existência 
do sistema, tem que provar que a conduta foi, desde o início, vigiada. 
 
ROUBO 
 
Objeto Jurídico: É um crime complexo. Já que tutela mais de um objeto jurídico. 
Tutela o PATRIMÔNIO, a LIBERDADE INDIVIDUAL(integridade física) a 
INTEGRIDADE FÍSICA(vida) e a VIDA(§3º) 
 
Sujeitos: 
 Ativo: qualquer pessoa 
 Passivo: são a vítima, o titular do bem, bem com aquele(s) que sofre(m) a 
violência/grave ameaça. 
Estrutura Típica: FURTO + Violência ou grave ameaça 
VIOLÊNCIA É SEMPRE CONTRA A PESSOA 
 
 
 
 
 
1ª Parte caput: 
 
O anúncio do assalto é considerado como grave ameaça; 
Simulação de arma de fogo configura grave ameaça, PORÉM não majora o crime. 
VIOLÊNCIA PRÓPRIA 
 
2ª Parte Caput: 
Tira a capacidade de resistência; 
VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA 
O agente provocará a redução da capacidade. 
Em AMBAS as situações inseridas no caput denominam-se ROUBO PRÓPRIO 
 
§1º Roubo Impróprio 
É figura equiparada ao roubo. 
''Saiu de casa como furto, deu merda e teve que usar violência e grave ameaça para 
assegurar o bem.'' 
MOMENTO DA VIOLÊNCIA 
ROUBO PRÓPRIO ROUBO IMPRÓPRIO 
Antes ou durante a subtração Após a subtração 
 
CUIDADO! O roubo impróprio só admite violência própria. 
 
MAJORANTES 
I- se a violência ou ameaça é cometida com empregode arma, isto é, todo objeto com 
poder lesivo(própria e imprópria) 
Arma própria é aquela feita para ataque e defesa. Arma imprópria é o objeto feito para 
outros fins que tem potencial lesivo. A ARMA DEVE PARTICIPAR DO CRIME 
 
Súmula 174 STJ 
CANCELADA 
Autorizava o aumento da pena no caso de utilização de arma de brinquedo. A vítima 
não sofre, de fato, risco. A arma estragada também não tem potencial lesivo. 
 
Apreensão da arma: A potencialidade lesiva da arma pode ser aferida por qualquer 
meio. NÃO precisa perícia(STF). Para provar o contrário, deverá entregar a arma para a 
perícia. 
Arma descarregada: Se houver facilidade para municiar a arma, cai na majorante. 
 
II- concurso de duas ou mais pessoa 
Haverá incidência, mesmo que a outra pessoa for menor ou se não for identificado 
 
Grave Ameaça é 
mal 
futuro ou 
imediato 
grave 
determinado 
individual 
depende da 
vontade do 
agente 
Roubo Próprio 
Violência Própria. 
1ª Parte do caput 
Violência 
Impríópria. 2ª 
parte co caput 
III- Se a vítima está em serviço de transporte de valores. Ninguém presta serviço para si 
mesmo. 
 
IV- mesmas considerações do roubo 
 
V- a restrição é diferente de privação. A restrição é passageira, e a privação é mais 
duradoura. A restrição, para configurar a majorante, deve ser por tempo ALÉM DO 
NECESSÁRIO para a prática do roubo. 
SEQUESTRO RELÂMPAGO É FORMA DE EXTORSÃO 
 
CONSUMAÇÃO 
Súmula 582 STJ 
Se dá no momento em que o agente se faz possuidor da coisa subtraída com violência 
ou grave ameaça, independente da posse mansa e pacífica. 
ROUBO IMPRÓPRIO se dá com o emprego da violência/grave ameaça após a 
subtração da coisa. 
ROUBO QUALIFICADO 
Art 157, §3º 
 
 
Para que haja a qualificadora, o roubo e a lesão devem ter relação fática. 
LATROCÍNIO NÃO VAI A JURI, EXCETO SE CONEXO COM OUTRO QUE VÁ. 
S603STF 
OBS!: se o roubo está sendo qualificado pela lesão grave e pela morte, a lesão leve é 
absorvida pelo caput, a ser levada em consideração no cálculo da pena base de um 
roubo NÃO qualificado. 
OBS!: lesão grave e a morte podem ser praticados com a vítima do patrimônio ou contra 
outra pessoa neste contexto. 
 
SÚMULA 610 STF 
SUBTRAÇÃO MORTE LATROCÍNIO 
Consumada Consumada Consumada 
Consumada Tentada Tentado 
Tentada Consumada Consumada 
Tentado Tentada Tentado 
 
SÚMULA 582 STJ 
OBS!: A pluralidade de mortes NÃO implica na pluralidade de latrocínios. 
 
EXTORSÃO 
~> É MUITO parecida com roubo. Maior parte da doutrina diz que roubo e exorsão 
deveriam ser a mesma coisa. 
~> A extorsão pressupõe ato da vítima. 
 
Objeto Jurídico: é complexo. 
a) patrimônio b) liberdade individual c)integridade física d)vida 
 
Roubo 
(dolo) 
Lesã grave. art. 129 § 
1º e 2º 
Morte - LATROCÍNIO 
Dolo 
Culpa(preterdoloso) 
Sujeitos: mesmas considerações do roubo 
 
Estrutura típica: 
 
CONSTRANGER ALGUÉM Constranger é obrigar, coagir. Alguém é 
pessoa humana viva. 
MEDIANTE VIOLÊNCIA OU GRAVE 
AMEAÇA 
Mesmas considerações do roubo. 
COM INTUITO DE OBTER Basta a finalidade. É DIFERENTE de, de 
fato, obter. Súmula 96 STJ 
PARA SI OU PARA OUTREM Mesmas considerações do roubo. 
INDEVIDA VANTAGEM¹ 
ECONÔMICA² 
²: tem conotação patrimonial, não sendo, 
pode ser outro crime(146). Está no rol dos 
crimes contra o patrimônio 
¹: sendo devida, não há extorsão, poderá 
haver outro crime(345) 
FAZER¹, TOLERAR QUE SE FAÇA², 
DEIXAR DE FAZER ³ ALGUMA 
COISA. 
¹: depositar, sacar valor. 
²: obrigar a vítima que tolere que explore 
seu estabelecimento. Usar o imóvel sem 
pagar aluguel. 
³: o devedor constrange para que a vítima 
deixe de cobrar algo devido. 
 
Elemento Subjetivo: dolo. Com a finalidade de obter vantagem patrimonial 
INDEVIDA. 
 
MAJORANTES E QUALIFICADORAS 
ROUBO EXTORSÃO 
Sem ato necessário da vítima Com ato necessário da vítima 
Subtração Entrega 
Sem opção para a vítima acatar. mal é 
iminente 
Com opção para a vítima acatar: mal é 
futuro. 
Prejuízo atual Prejuízo futuro 
Só bens móveis Bens móveis e imóveis 
 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 
 
Sujeitos: mesmas considerações do roubo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura típica: 
Sequestrar Reter a liberdade, tirar a pessoa de 
circulação. QUANTO TEMPO? não há 
prazo no artigo. Só há qualificadora no 
caso de o sequestro dure mais de 24h. No 
caput, conclui-se que o sequestro dura 
menos de 24h. Pela doutrina, a duração 
pode ser breve ou longa, desde que com 
capacidade de produzir na vítima certeza 
que a restrição à liberdade não é 
passageira. 
Pessoa Pessoa humana viva 
Com o fim de obter Diferente de, de fato, obter 
Qualquer vantagem Patrimonial? Prevalece que por estar no 
rol dos crimes contra o patrimônio, 
precisa ser patrimonial. Seja devida ou 
indevida. 
OBS!: na extorsão é INVEVIDA vantagem econômica. 
É crime PERMANENTE, ou seja, tem consumação renovada no tempo. 
O FLAGRANTE PODE OCORRER A QUALQUER HORA 
S711 STF 
QUALIFICADORAS 
I- Mais de 24 horas. 
II- sequestrado menor de 18 e maior de 60. 
III- cometido por quadrilha ou bando. 
 
OBS! §2º E §3º: Podem se dar tanto em relação à vítima do sequestro, quanto da 
extorsão. Contemplam resultados dolosos e culposos 
 
É crime com maior mínima pena do direito brasileiro 
 
§4º Delação premiada não existe em lei. Está esparsa na lei. 
 
CRÍTICA em relação À delação: 
O estado estaria premiando a traição. O que seria um atestado de falência do Estado. 
A delação precisa ser com outros elementos de prova. Ela precisa ser efetiva na ajuda da libertação da vítima. 
Mesmo que o delator esteja de total boa-fé, ele não receberá o benefício se da sua informação não ajudar efetivamente na libertação da 
vítima. 
 
OBS!: Pra qualificar é necessário ter associação criminosa. Pra ter a concessão do 
benefício basta o concurso de pessoas. 
 
Consumação: Com a retirada da liberdade da vítima, independente do pedido de 
resgate ou do recebimento do valor 
 
Exaurimento: Se dá com o recebimento do resgate 
 
Tentativa: Na prática, é difícil provar. Com a finalidade de obter vantagem, não 
retina a liberdade por circunstâncias alheias à vontade. 
 
 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
Objeto Jurídico: é o patrimônio ou a posse. 
 
Requisitos: 
1) vítima entrega o bem de forma LIVRE, ESPONTÂNEA, e CONSCIENTE. 
2) agente recebe a coisa de boa-fé 
3) posse desvigiada da coisa por parte do agente. 
4) a inversão do ânimo do agente em relação a coisa=pessoa se comportar como se fosse 
sua. 
 
Para a doutrina, inversão seria evidenciada por duas situações: 
1) prática de ato de disposição do bem, ou seja, vender, comer, doar. 
2) ato de recusa de devolução do bem à vitima. 
 
Consumação: consuma no momento da inversão do ânimo. Consuma na 
exteriorização da vontade de não restituir 
 
Tentativa: inadmissível 
 
MAJORANTES 
I- é lei penal em branco. Art. 647 CC 
também o depósito necessário

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