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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO Queda livre Roteiro de Física Experimental 1 Experimento 5 Maceió 2016 2 1 Introdução Teórica Um corpo abandonado de certa altura h (com relação ao solo) está sujeito a uma aceleração. Tal aceleração é chamada de aceleração gravitacional terrestre (g). Ela varia ligeiramente com a latitude e com altitude. O movimento do corpo sob a ação da gravidade é descrito pelas equações clássicas da cinemática. Tomando a posição inicial yi = h , a posição y num momento posterior é menor que a inicial e a aceleração da gravidade aponta para baixo (sinal negativo). Uma vez que o corpo parte do repouso, a expressão ty para a posição vertical do corpo que é abandonado é dada por: 2 2gt yty i (1) Sendo a altura h a diferença entre as posições verticais inicial e final, tem-se que: 2 2gt thtyyi (2) Para entender o comportamento desta expressão, tomemos por exemplo a altura ℎ0 = 1 2 𝑔(𝑡0) 2 como a distância atravessada após um tempo 𝑡0. No tempo 𝑡0 2⁄ a esfera cai uma altura de ℎ(𝑡0 2⁄ ) = (1/2)𝑔(𝑡0 2⁄ ) 2 = ( 1 4 ) (1/2)𝑔(𝑡0) 2 = ℎ0 4⁄ . E no tempo 𝑡0 4⁄ a esfera cai de uma altura ℎ0 16⁄ . Se selecionarmos as distâncias de queda na razão 1 : 1/4 : 1/16:, os tempos de queda correspondentes serão 1: ½ : ¼. De acordo com a expressão (2) temos: 𝑔 = 2ℎ 𝑡2 (3) Para cada distância ℎ, a aceleração da gravidade efetiva pode ser calculada. A expressão de velocidade x tempo pode também ser verificada com os valores medidos, se assumirmos que a velocidade média é: 𝑣 = 1 2 𝑔𝑡 = 𝑔𝑡′ → 𝑡 𝑡′ = 2𝑔 𝑔 = 2 (4) Correspondendo a velocidade instantânea 𝑣 após um tempo de queda 𝑡′ = 𝑡 2 . 2 Objetivos 3 Estudar o comportamento de um corpo em queda livre Obter o valor da aceleração da gravidade local. 3 Materiais Utilizados Material Quantidade Tripé de ferro 3 kg com sapatas niveladoras 1 Haste de alumínio 90 cm, escala milimetrada e fixador plástico 1 Eletroímã com dois bornes e haste 1 Esferas de aço: Ø10 mm, Ø15 mm, Ø20 mm e Ø25 mm 4 Cabos de ligação conjugado 1 Chave liga-desliga 1 Sensores infravermelhos com fixadores corrediços 2 Cabo de ligação com conector 5 pinos para chave liga-desliga 1 Saquinho para contenção da esfera 1 Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V 1 Cabo de ligação para chave liga-desliga com pino P10 1 Trena 1 4 Procedimentos Experimentais Parte I – Posição inicial igual zero 1. Montar o equipamento conforme as figuras 1 e 2. 2. Fixar o eletroímã na haste de alumínio com escala milimetrada e presilha (ver detalhes a e b da figura 1). 3. Conectar o eletroímã à unidade de controle de tensão variável deixando em série a chave liga-desliga segundo o esquema da figura 2. Conecte também o sensor à entrada correspondente. 4. Colocar a esfera de aço de menor diâmetro em contato com o eletroímã e regular a tensão elétrica para que a esfera fique na iminência de cair. 5. Ajustar o sensor S1 a 10 cm abaixo da esfera. Esta medida deve ser efetuada a partir da parte inferior da esfera até o centro do sensor (Figura 3). 4 6. Ajustar as sapatas do tripé para que a haste fique vertical. 7. No cronômetro escolher a função F2 e zerar (reset). 8. Desligar o eletroímã através da chave liga-desliga, liberando a esfera, e anotar na tabela 1 o intervalo de tempo indicado pelo cronômetro. Repetir o procedimento 3 vezes. 9. Repetir o procedimento acima para os deslocamentos de 20cm, 30cm, 40cm, 50cm e 60cm, 3 vezes para cada distância. 10. Calcular a aceleração da gravidade e preencher a tabela 1. Figura 1: Equipamento montado - Fonte: Referência [2] Figura 2: Cronômetro conectado com a chave liga-desliga e com o sensor - Fonte: Referência [2] 5 Nº y0 (m) y (m) Δy (m) t1 (s) t2 (s) t3 (s) g (m/s2) 1 0,000 0,100 0,100 2 0,200 0,200 3 0,300 0,300 4 0,400 0,400 5 0,500 0,500 6 0,600 0,600 𝑔= Tabela 1: Aceleração da gravidade 11. Com base no tempo médio, calcular a velocidade final de cada percurso e preencher a tabela 2. 𝑡 (s) g (m/s2) v0 (m/s) v (m/s) Tabela 2: Velocidade final 12. Repetir os procedimentos para a massa de maior diâmetro. 13. Considerando a margem de erro adotada pelo fabricante (5%), pode-se afirmar que a Figura 1: Sensor sendo ajustado abaixo da esfera - Fonte: Referência [2] 6 aceleração da gravidade permaneceu constante? 14. Construir o gráfico y = f(t) usando os dados do experimento. Qual a sua forma? 15. Linearizar o gráfico y = f(t). Para linearizar, formar a tabela t²(s²) versus ∆y (m). 16. O gráfico mostra que as grandezas deslocamento e intervalo de tempo ao quadrado são: _________________________. (diretamente / inversamente proporcionais) 17. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico y = f(t²). Coeficiente angular A = ________ Coeficiente linear B = ________ 18. Comparar o coeficiente linear do gráfico y = f(t²) com o valor da posição inicial. Qual é o significado físico do coeficiente linear? 19. Comparar o coeficiente angular do gráfico y = f(t²) com o valor da aceleração média da tabela. Qual é o significado físico do coeficiente angular? 20. Obter a equação horária do movimento em queda livre. 21. Construir o gráfico de v = f(t). Qual é a sua forma? 22. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico de v = f(t). Coeficiente angular A = ________ Coeficiente linear B = ________ 23. Comparar o valor do coeficiente angular com o valor da aceleração média da tabela. 24. Qual é o significado físico do coeficiente angular do gráfico v = f(t)? 25. Qual é o significado físico do coeficiente linear do gráfico v = f(t)? 26. Obter a equação da velocidade do movimento em queda livre. As análises devem ser feitas para ambas as massas, comparando e verificando se massas diferentes influenciam no movimento observado. Parte II – Posição inicial igual 10 cm 27. Montar o equipamento conforme a figura 1. 28. Fixar o eletroímã na haste de alumínio com escala milimétrica e presilha. 29. Ligar o eletroímã à fonte de tensão variável deixando em série a chave liga-desliga (Figura 5). 30. Conectar os sensores conforme o esquema da figura 4. 31. Ligar o eletroímã à fonte de tensão variável deixando em série a chave liga-desliga (Figura 5). 32. Conectar os sensores conforme o esquema da figura 4. 7 33. Colocar a esfera de aço de menor diâmetro em contato com o eletroímã e regular a tensão elétrica para que a esfera fique na iminência de cair. 34. Colocar o sensor S1, 10 cm abaixo da esfera (prestar atenção no diâmetro da esfera e na posição em que a esfera em queda livre interrompe a contagem do tempo, ou seja, o cronômetro interrompe a contagem quando a esfera passar pelo centro do sensor – Figura 5). Medir com uma trena o primeiro deslocamento 10 cm. 35. Colocar o sensor na função F2 e repetir o procedimento como na parte 1 (3 vezes) a fim de calcular a média da velocidade com que o corpo passa pelo primeiro sensor.Figura 5: Sensor sendo ajustado abaixo da esfera Figura 2: Cronômetro conectado com a chave liga-desliga e com sensores - Fonte: Referência [2] 8 36. Colocar o sensor S2, 20 cm abaixo da esfera. 37. Ajustar as sapatas no tripé para que a haste de queda livre fique vertical. 38. No cronômetro escolher a função F1 e zerar (reset). 39. Desligar o eletroímã através da chave liga-desliga, liberando a esfera, e anotar na tabela 3 o intervalo de tempo indicado pelo cronômetro. 40. Repetir o procedimento 3 vezes para fins estatísticos. 41. Repetir os procedimentos acima para os deslocamentos de 30cm, 40cm, 50cm e 60cm. 42. Repetir os procedimentos para a massa de maior diâmetro. 43. Calcular a aceleração da gravidade e preencher a tabela 3. 44. Utilizando os dados da primeira parte, é possível calcular a velocidade inicial com que o corpo passa pelo primeiro sensor. Utilizando esse valor, calcular a aceleração da gravidade com a equação (5): ∆y = 𝑣0𝑡 + 𝑔𝑡2 2 (5) Nº y0 (m) y (m) Δy (m) t1 (s) t2 (s) t3 (s) 𝑡 (s) g (m/s2) 1 0,100 0,200 0,100 2 0,300 0,200 3 0,400 0,300 4 0,500 0,400 5 0,600 0,500 𝑔= Tabela 3: Aceleração da gravidade 45. Considerando a margem de erro adotada pelo fabricante (5%), pode-se afirmar que a aceleração da gravidade permaneceu constante? As análises devem ser feitas para ambas as massas, comparando e verificando se massas diferentes influenciam no movimento observado. Referências Bibliográficas 1. KELLER, Frederick. Física Volume 1. São Paulo: Pearson Makron Books, 2004. 2. Manual de instruções e guia de experimentos Azeheb, Queda Livre.
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