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FICHAMENTO - GOMES, Paulo Cesar da Costa. As contracorrentes.

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1/7 
 
Nome: Patrick Giuliano Taranti 
Nº matrícula: 11711GEO232 
Disciplina: História do Pensamento Geográfico 
Turma: Noturno ☐ Diurno ☐ 
Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza 
 
Referências Bibliográficas 
 
GOMES, Paulo Cesar da Costa. As contracorrentes. In: _____. Geografia e Modernidade. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. p. 93–124. Nota: capítulo 4. 
 
 As contracorrentes surgiram para se oporem ao único pensamento filosófico vigente a 
partir do século XVII. São, as contracorrentes, no entanto, uma espécie de forma alternativa 
na produção do conhecimento. Algumas dessas contracorrentes são: Filosofia da natureza, 
Romantismo, Hermenêutica e Fenomenologia. 
 É difícil diferenciar entre correntes, mas, como elas tem seus pontos em comum, também 
tem seus pontos deconvergências. 
 A primeira das contracorrentes é a filosofia da natureza, ela recebe em seu nome 
“filosofia” porque eramais racional do que os outros (materialistas). Aqui, a natureza é vista 
como autônoma e independente, etambém como energia universal e como uma força viva. 
Na filosofia da natureza, todo, aqui também a evitaconceitos abstratos. Os pensadores mais 
importantes dessa corrente foram: Schelling, Fitchte, Hegel, entreoutros. 
 O romantismo nasce normalmente , com a publicação de texto de Sturn Und Dragon, 
obra precisa destemovimento além de ser muito exemplar e verdadeiro, o observador da 
natureza, aqui é visto como um artista,esta corrente o mundo é visto como um aglomerado 
geocultural, nela também aparece algo chamado deElipse romântica que o sujeito e o objeto 
são os focos dessa elipse. O romantismo redefinia o conceito demundo meio ambiente , 
para eles, a natureza se reproduz de diversas formas, inclusive na forma humana, já a 
ciência é construída a partir de uma razão que confere lugar a diversidade e contemplação 
mística 
 
• Filosofia da natureza (p.95-101) 
o A natureza é a força motriz universal e se realiza em entidades vivas que 
variam das mais simples às mais complexas. 
 “É fundamental, o conjunto, questionar o lugar reservado às ciências humanas dentro 
deste quadro.” ; “[...] Trata-se de traduzir, em uma linguagem clara, objetiva e geral, o 
movimento do real.” (p.93) 
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 “O tempo e o espaço são categorias abstratas.” ; “[...] a explicação é então normativa, 
visto que ela faz da realidade uma representação com rigor eforça de verdade.” ; “[...] Estas 
críticas, no entanto, as vezes sugeriram verdadeiros sistemas alternativos para a 
produçãodo saber.” (p.94) 
 “[...] Por um lado, certos personagens-chave são identificados como tendo feito parte de 
mais de umadestas tradições.” ; “[...] A razão não é uma faculdade, um instrumento, ela não 
se utiliza, de uma maneira geral não háuma razão que nós possuíamos. [...]” (p.95) 
 “[...] A natureza é “um todo que regula a ação das forças opostas que tendem à mútua 
destruição.” (p.95-96) 
 “[...] Todas as partes do conhecimento devem ser reenviadas à consciência.” ; “A 
natureza é, no sistema de Schelling, e ‘a face da Terra esconde a verdade tão bem quanto 
a revela’ ”. (p.96) 
 “[...] Estas idéias mantêm ligações estreitas com o desenvolvimento da ciência da 
época.” ; “[...] O princípio e a finalidade de todas as coisas, em suma, a totalidade.” (p.97) 
 
 “[...] O organismo é a síntese superior da atividade e da coesão, ‘onde o ideal encontra 
o real’ ”. (p.97-98) 
 “A operacionalização deste saber se faz pela observação direta. ; “O método da filosofia 
da natureza é a rejeição da análise como meio de alcançar um verdadeiroconhecimento.” 
(p.98) 
 “Durante os anos seguintes, o sistema de Schelling foi se orientando cada vez mais em 
direção a um plano teológico e, segundo Bréhier.” (p.99) 
 “[...] Este fato não é sem imporância, pois a biologia no Séc. XIX substitui em grande 
parte o papel exemplar da física como modelo da ciência.” (p.99-100) 
 “[...] Os diversos elementos da natureza são importantes para a experiência da 
alteridade, mas sua percepção é somente uma exteriorização da idéia.” (p.100) 
 “Trata-se de uma concepção que encontrará eco nas diversas obras geográficas do Séc. 
XIX e doinício do Séc. XX. (p.101) 
 
• Romantismo (p.101-110) 
o Foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas 
do século XVIII na Europa e que perdurou por grande parte do século XIX. 
Caracterizou-se racionalismo como uma visão de mundo contrária ao 
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iluminismo e buscou-se um nacionalismo que viria a consolidar os Estados 
nacionais na Europa 
o Romantismo designa uma tendência geral da vida e da arte; portanto, nomeia 
um sistema, um estilo delimitado no tempo. 
 “ [...] Romantismo, a análise é mais controvertida, sobretudo quando se trata de definir 
os limites e aimportância deste movimento.” (p.101) 
 “É sempre difícil estabelecer os traços fundamentais do romantismo e um lugar-comum 
entrecomentadores é dizer que há tantos romantismos, quando românticos.” (p.101-102) 
 “Há aí uma exaltação do gênio, personagem que sintetiza o talento da expressão e da 
singularidade.” (p.102) 
 “[...] Toda a influência da concepção romântica da história a Edgar Quinet.” (p.102-103) 
 “[...] O mundo é então composto de aglomerados geoculturais, integrados a grandes 
comunidades.” ; “[...] Levado ao extremo, este tipo de nacionalismo pode desembocar em 
um messianismo idealista,agressivo e perigoso.” (p.103) 
 “Os ecos desta concepção na geografia são também visíveis e vieram seja diretamente 
pelainfluência de Herder.” (p.104-105) 
 “O tempo é visto como uma rede de inter-relações que é necessário compreender e 
interpretar.” (p.105) 
 “A análise e a interpretação de um fato devem sempre considerá-lo dentro da rede de 
inter-relações no centro da qual ele evolui.” (p.105-106) 
 “Estas significações não são, portanto jamais absolutas.” ; “Junto com a história, a 
natureza constitui um tema de predileção romântica.” (p.106) 
 “A história, impregnada de relativismo, faz do homem um ser livre.” (p.106-107) 
 “ ‘O homem fala – O universo fala também – Tudo fala – Linguagens infinitas’ ”. ; “A idéia 
de uma natureza dividida em duas ordens, orgânica e inorgânica, lhes parecia 
definitivamentecaduca: a natureza devia ser concebida como um só organismo.” (p.107) 
 “O culto da natureza, enquanto elemento da atmosfera romântica, também impregnou 
certasobras literárias da época.” (p.107-108) 
 “A reflexão romântica se desdobrou sobre os outros planos que são importantes de 
assinalar rapidamente.” (p.108) 
 “A ciência destas formas é dada pelo conhecimento de suas expressões particulares.” 
(p.108-109) 
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 “O romantismo e a filosofia da natureza constituem, assim, uma outra maneira de 
conceber a ciência ese diferenciam das correntes racionalistas pelo método, os temas e a 
finalidade do conhecimento.” ; “Para construir essa concepção de ciência, tais correntes 
apelaram para uma razão total que confereum lugar à divindade, à contemplação mística, à 
poesia e à religião.” (p.109) 
 “A característica fundamental deste pólo epistemológico é seu caráter de oposição e 
desimetria em relação às correntes racionalistas.” (p.109-110) 
 
• Hermenêutica (p.110-116) 
o É um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação. 
o Não se pode interpretar sem o uso da ciência da hermenêutica, pois a 
interpretação é apenas uma sistematização, enquanto que a hermenêutica é 
ciência filosófica. 
 “A origem da hermenêutica se situa na Antiguidade, inspirada na mitologia grega de 
Hermes, Deus dacomunicação, encarregado de trazer asmensagens do Olimpo.” (p.110) 
 “[...] Houve um conflito com os talmudistas a respeito das mensagens da revelação, entre 
o Novo e o Velho Testamento.” (p.110-111) 
 “[...] A interpretação permitiria liberar a mensagem contida em um texto que é 
impenetrável e obscuraao profano.” (p.111) 
 “A dimensão religiosa da hermenêutica não é acessória.” (p.111-112) 
 “Mais tarde, a hermenêutica se constitui em método.” ; “[...] A natureza não se pode 
jamais ser definida por sua exterioridade.” (p.112) 
 “ ‘É do maior interesse científico saber como o homem chega a operar constituindo e 
utilizandoa linguagem’.” (p.112-113) 
 “A compreensão foi, então, promovida a nível de instrumento epistemológico.” (p.113) 
 “[...] Compreender é o ato de encontrar nos fatos a intenção dos outros, de se colocar 
emcomunicação com eles.” (p.113-114) 
 “É preciso notar que a compreensão é o instrumento de um novo pólo da produção do 
saber.” ; “[...] Modelo clássico de um saber sistemático, a hermenêutica representou uma 
oposição radical.” (p.114) 
 “Os fatos são experiências vividas e as totalidades são compostas pelo que expresso 
nocontato com a vida.” (p.114-115) 
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 “O estudo da linguagem é fundamental, pois é a partir da comunicação, do diálogo, que 
se trocamsignificações e que a expressividade pode ser entendida.” ; “[...] O ser humano 
tem um projeto de compreensão inerente que substitui a universalidade da racionalidade.” 
(p.115) 
 “Esta cadeia está longe de ser interrompida, pois , nos tempos atuais em que o pós-
modernismo se estabelece com uma nova corrente de pensamento. [...]” (p.115-116) 
 
• Fenomenologia (p.116-124) 
o A Fenomenologia, nascida na segunda metade do século XIX, a partir análises 
de Franz Brentano sobre a intencionalidade da consciência humana, trata de 
descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à 
percepção. Propõe a extinção da separação entre "sujeito" e "objeto", opondo-
se ao pensamento positivista do século XIX. 
 “A importância e o verdadeiro sentido da fenomenologia no pensamento filosófico são 
objeto degrandes discussões.” ; “[...] O conhecimento é, portanto função da intuição sensível 
e das categorias gerais do conhecimentofrente à diversidade fenomenal.” (p.116) 
 “[...] A fenomenologia é o caminho científico construído pela consciência, de acordo com 
o própriosubtítulo de sua obra A Fenomenologia do Espírito.” ; “[...] A fenomenologia de 
Husserl se define pela intuição pura, capaz de identificar a essência dascoisas através de 
reduções fenomenológicas. [...]” ; “A racionalidade é, para Husserl, um elemento 
fundamental da ciência.” (p.117) 
 “Assim, a descrição dos fenômenos substitui a pretensão explicativa do racionalismo.” 
(p.117-118) 
 “[...] A partir de experiências parciais, um sentido universal que só pode ser contestado 
por outras experiências.” ; “O problema metodológico é para ele, antes de tudo, ontológico.” 
(p.118) 
 “O rigor buscado por Husserl não se prende, portanto, à atitude objetiva recomendada 
pelo positivismo.” (p.118-119) 
 “[...] O grande debate da época se situava entre uma posição cientificista.” ; “[...] Husserl 
nos responde que a consciência é intencional e que visa um objeto sem recorrer 
àsubjetividade.” (p.119) 
 “A diferença fundamental é consciência se constitui por a sua relação com o mundo.” 
(p.119-120) 
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 “A intencionalidade consiste então em visar alguma coisa, uma intenção em direção em 
a umfenômeno.” ; “A consciência é sempre consciência de alguma coisa, e como visa um 
objeto. [...]” (p.120) 
 “Em primeiro lugar, o subjetivismo confunde o sujeito do conhecimento e o sujeito 
psicológico.” (p.120-121) 
 “O segundo argumento de Husserl baseia-se no fato de que a consciência se orienta em 
um mundo deexperiências vividas.” (p.121) 
 “O mundo vivido é definido, portanto, pelas experiências fenomenais e pelas 
comunicaçõesintersubjetivas.” (p.121-122) 
 “O vivido não é um sentimento, pois, segundo Husserl, esse último não oferece nenhuma 
garantiacontra o mundo imaginário.” (p.122) 
 “[...] Um dos combates fundamentais da fenomenologia foi dirigido justamente contra 
orelativismo científico. [...]” (p.122-123) 
 “[...] A questão sobre a significação resta sem resposta ou, simplesmente, é objeto de 
conjecturascontingente.” (p.123) 
 “O mundo é constituído por uma troca de significações, por uma interação de 
mensagens, quedefinem o ser em sociedade.” (p.123-124) 
 
 
Comentários 
• Localização na Biblioteca Digital Particular “Patrick Giuliano Taranti” 
o Chamada / Tombo: TD-002.148 
Obs: obra completa 
 
Sobre o livro 
 Este livro percorre momentos fundamentais da relação entre o projeto da modernidade 
e a construção de uma ciência geográfica. Seu objetivo é, antes de mais nada, mostrar que 
o moderno se fundamenta através de um discurso e que sua estrutura é recorrente não só 
na interpretação dos fatos, como também na forma como a geografia apresenta seus 
principais debates epistemológicos. A identidade geral da modernidade é vista sob um novo 
ângulo, e diversos autores clássicos da geografia são reexaminados à luz dessa nova 
interpretação. 
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7/7 
 
Sobre o autor 
 Paulo Cesar da Costa Gomes é um geógrafo humano Brasileiro da área de história do 
pensamento geográfico, de epistemologia e de geografia política. 
 Gomes é conhecido por reconstruir “a história do pensamento geográfico a partir dos 
polos epistemológicos da ciência moderna”. É também conhecido por mapear novas 
possibilidades de interação disciplinar para a geografia cultural. O seu livro Geografia e 
Modernidade de 1996 é uma crítica ao determinismo geográfico e pode ser como 
contribuição pós-moderna para o pensamento geográfico. (fonte: Wikipédia) 
• Currículo: 
o Plataforma Lattes: <http://lattes.cnpq.br/8018472707325963> 
o UERJ: <http://www.somos.ufrj.br/professores/view/2414> 
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Principais obras do autor 
 As principais obras do autor podem ser consultadas no currículo disponibilizado na UERJ 
e Wikipédia.

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