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NEURÔNIOS MOTORES E REFLEXO

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FUNÇÕES MOTORAS DA MEDULA ESPINHAL 
Organização das funções motoras da medula espinhal: 
 Substância cinzenta: área integrativa para os 
reflexos espinhais; 
 Os sinais sensoriais, entram pela medula quase 
que exclusivamente, pelas raízes sensoriais 
(posteriores); 
 Após entrar na medula, cada sinal sensorial 
trafega por duas vias separadas: 
1. Um ramo do nervo sensorial termina, 
quase imediatamente, na substância 
cinzenta da medula e provoca os reflexos 
espinhais segmentares locais e outros 
efeitos locais; 
2. Outro ramo transmite sinais para níveis 
superiores, na própria medula e para o 
tronco cerebral, ou, mesmo, para o córtex 
cerebral, como descrito nos capítulos 
anteriores. 
 Cada segmento da medula espinhal, ao nível de 
cada nervo espinhal, contém muitos milhões de 
neurônios em sua substância cinzenta. 
 Exceto os neurônios-relé sensoriais, os outros 
neurônios são de dois tipos: 
1. Neurônios motores anteriores; 
2. Interneurônios. 
 
Neurônios motores anteriores: 
 Milhares de neurônios, 50 a 100% maiores que a 
maioria dos outros neurônios, estão localizadas 
em cada segmento dos cornos anteriores da 
substância cinzenta medular: são os motores; 
 Eles são origem às fibras nervosas que deixam a 
medula pelas raízes ventrais e inervam, 
diretamente, as fibras musculares esqueléticas. 
 Os neurônios são de dois tipos: 
1. Motores alfa; 
2. Motores gama. 
 
 
 
Neurônios motores alfa: 
 Dão origem às fibras nervosas motoras grandes 
do tipo alfa (Aα), com aproximadamente 14 
micrômetros de diâmetro; 
 As fibras se ramificam várias vezes após 
chegarem ao músculo e inervam as grandes fibras 
musculares esqueléticas; 
 A estimulação de uma só fibra nervosa alfa excite 
de três a centenas de fibras musculares 
esqueléticas, e a esse conjunto se dá o nome de 
unidade motora; 
Neurônios motores gama: 
 Aprox. metade do tamanho dos alfas, se 
localizam nos cornos anteriores da medula 
espinhal; 
 Transmitem impulsos por fibras nervosas 
motoras muito menos calibrosas A gama (Aγ) 
com, aproximadamente, 5 micrômetros de 
diâmetro, que inervam as pequenas fibras 
musculares esqueléticas especiais, chamadas 
fibras intrafusais. 
 Essas fibras constituem o centro do fuso 
muscular, que auxiliar no controle do tônus 
muscular básico. 
Interneurônios: 
 Estão presentes em toda a substância cinzenta 
medular (cornos dorsais, cornos anteriores, áreas 
intermediárias entre eles); 
 São, aprox., 30 vezes mais numerosos que os 
neurônios alfa ou gama; 
 São muito pequenas e excitáveis, exibindo, 
frequentemente, atividade espontânea e sendo 
capaz de disparar tão rapidamente quanto 1500 
vezes por segundo; 
 Muitas interconexões entre si e muitas fazem 
sinapse, diretamente, com os neurônios motores 
anteriores; 
 Conexões entre os interneurônios e motores 
anteriores são responsáveis pela maioria das 
funções integrativas da medula espinhal; 
 Divergências, convergência, descargas 
competitivas: são encontrados no conjunto dos 
Interneurônios das células da medula espinhal, 
além de outros possíveis tipos; 
 Poucos sinais aferentes terminam nos neurônios 
motores. Quase todos esses sinais sã 
transmitidos, primeiro, para os Interneurônios, 
onde são adequadamente processados; 
 Exemplo: trato corticoespinhal, proveniente do 
encéfalo, terminando, quase exclusivamente, 
sobre os Interneurônios espinhais, onde os sinais 
desse trato são combinados com sinais de outros 
tratos espinhais ou de nervos espinhais de, por 
fim, convergir sobre os neurônios motores 
anteriores para controlar a função muscular; 
 Células de Renshaw: neurônios pequenos dos 
cornos anteriores da medula espinhal, que se 
associa com motores e transmitem sinais 
inibitórios para os neurônios motores 
circunjacentes. A estimulação de um neurônio 
motor tende a inibir os neurônios motores 
adjacentes, efeito que é chamado de inibição 
lateral. Importância desse efeito: o sistema motor 
usa essa inibição lateral para focalizar ou 
ressaltar, seus sinais, da mesma forma como os 
sistemas sensoriais utilizam esse mesmo 
princípio para possibilidade a transmissão não 
atenuada do sinal primário, na direção desejada, 
enquanto suprime a tendência dos sinais se 
espalharem lateralmente. 
 Conexões multissegmentares de nível da 
medula espinhal para outros níveis: fibras 
proprioespinhais. Mais da metade das 
ascendentes e descendentes são proprioespinhais. 
Trafegam de um segmento à outro da medula. 
Essas fibras são as vias utilizadas nos reflexos 
multissegmentares, incluindo os reflexos que 
coordenam os movimentos simultâneos dos 
membros inferiores e superiores. 
Receptores sensoriais musculares – fusos musculares e 
órgãos tendinosos de Golgi – e suas funções no controle 
muscular: 
 O controle adequado da função muscular 
depende do feedback contínuo da informação 
sensorial de cada músculo para a medula 
sensorial; 
 Para isso, os músculos e tendões são supridos, 
abundantemente, com dois tipos de receptores 
sensoriais: 
1. Fusos musculares: distribuídos no ventre 
do músculo, enviando informações para 
o sistema nervoso sobre o comprimento 
do músculo ou a velocidade de variação 
do seu comprimento; 
2. Órgãos tendinosos de Golgi: localizados 
nos tendões musculares e transmitem 
informação sobre a tensão do tensão ou a 
velocidade de alteração da tensão do 
músculo. 
 Os sinais desses dois receptores são inteira ou 
quase inteiramente direcionados para o controle 
intrínseco do músculo. Operam de forma quase 
completa, em nível subconsciente. 
 Transmitem uma grande quantidade de 
informação para a medula espinhal, cerebelo e 
córtex cerebral, auxiliando cada uma dessas 
regiões do sistema nervoso no controle da 
contração muscular. 
Função receptora do fuso muscular: 
 
 
 Cada fuso tem de 3 a 10 milímetros de 
comprimento; 
 É constituído por 3 à 12 fibras intrafusais muito 
delgadas que são pontiagudas em suas 
extremidades e ligadas ao glicocálice das fibras 
grandes e circunjacentes musculares esqueléticas 
extrafusais; 
 A fibra intrafusal é a fibra muscular esquelética 
muito pequena. Na região central tem quase ou 
nunca filamentos de actina e miosina, ou seja, não 
se contrai, quando as extremidades se contraem. 
Ela funciona como um receptor sensorial, como 
descrito adiante; 
 As porções terminais que se contraem são 
excitadas pelas pequenas fibras nervosas motoras 
gama (fibras eferentes gama, em contraposição às 
grandes fibras eferentes alfa), que se originam 
dos pequenos neurônios do tipo A gama, 
localizados no corno anterior da medula espinhal; 
 Fibras nervosas do tipo A alfa inervam os 
músculos esqueléticos extrafusais. 
Inervação sensorial do fuso muscular: 
 A porção receptora do fuso muscular é a central, 
já que não apresentam actina e miosina; 
 As fibras sensoriais se originam na região central 
do fuso muscular. São estimuladas pelo 
estiramento dessa região do fuso. Pode-se 
observar facilmente que o receptor do fuso 
muscular pode ser excitado de duas maneiras: 
1. Aumento do comprimento do músculo: 
ocorre o estiramento da região central do 
fuso e, portanto, excita o receptor; 
2. Sem alteração do comprimento do 
músculo: a contração das regiões 
terminais das fibras intrafusais do fuso 
provocam o estiramento da região central 
do fuso e, portanto, excitam o receptor. 
 Existem dois tipos de terminações sensoriais 
nessa região central do fuso muscular: 
1. Terminações ou receptoresprimários: no 
centro da área receptora, grande fibra 
nervosa sensorial envolve a parte central 
de cada fibra intrafusal, que é então o 
receptor primário ou também chamado 
de receptor anulospiral. É do tipo Ia com 
cerca de 17 micrômetros de diâmetro. 
Transmite sinais sensoriais para a medula 
espinhal na velocidade de 70 a 120 m/s; 
2. Terminações ou receptores secundários: 
em geral é uma fibra sensorial menor, 
algumas vezes são duas fibras, do tipo II, 
com diâmetro médio de 8 micrômetros, 
que inerva a área receptora em um ou em 
ambos os lados da terminação primária. 
As vezes envolve as fibras intrafusais do 
mesmo modo que as fibras tipo Ia, mas 
em geral ela se espalha como os ramos de 
um arbusto. 
Divisão das fibras intrafusais em fibras com cadeia 
nuclear e fibras com saco nuclear – respostas estáticas e 
dinâmicas do fuso muscular: 
 Existem dois tipos de fibras intrafusais no fuso 
muscular: 
1. Fibras musculares com saco nuclear (de 
uma a 3 em casa fuso): onde muitos 
núcleos da fibra muscular estão reunidos 
em “sacos” expandidos na regiçao 
central da área receptora; 
2. Fibras com cadeia nuclear (de 3 à 9), que 
tem metade do diâmetro e metade do 
comprimento das fibras com saco nuclear 
e têm os núcleos alinhados em cadeia 
pela área receptora. 
 As terminações nervosas sensoriais primárias 
(fibra de 17 micrômetros) são excitadas, tanto 
pelas fibras intrafusais com saco nuclear quanto 
pelas fibras com cadeia nuclear; 
 Já as terminações secundárias (fibra sensorial de 
8 micrômetros) são excitadas somente pelas 
fibras com cadeia nuclear. 
Resposta das terminações primárias e secundárias ao 
comprimento do receptor – “resposta estática”: 
 Quando a região receptora do fuso muscular é 
estirada lentamente, o número de impulsos, 
transmitidos pelas duas terminações, primária e 
secundária, aumenta quase em proporção direta 
em relação ao grau de estiramento, e as 
terminações continuam a transmitir esses 
impulsos por vários minutos. A esse efeito se dá 
o nome de resposta estática dos receptores do 
fuso. Significa basicamente, que ambas as 
terminações, primária e secundária, continuam a 
transmitir seus sinais por, no mínimo, vários 
minutos, se o fuso muscular permanecer estirado. 
Resposta da terminação primária (mas não da secundária) 
à velocidade de mudança do comprimento do receptor – 
resposta “dinâmica”. 
 Quando o comprimento do fuso aumenta 
rapidamente, a terminação primária, somente, é 
fortemente estimulada. Tal estímulo da 
terminação primária é chamada de resposta 
dinâmica, significando que a terminação primária 
responde, muito ativamente, à rápida velocidade 
de alteração do comprimento do fuso. 
 Somente enquanto o comprimento do fuso está 
realmente aumentando, mesmo que poucos 
micrômetros, há transmissão de impulsos em 
excesso para as grandes fibras sensoriais de 17 
micrômetros. 
 Comprimento para de aumentar = frequência de 
descarga extra de impulsos retorna para o nível 
muito menor da resposta estática que ainda está 
presente no sinal. 
 Quando encurta, há sinais exatamente opostos. 
Dessa forma, terminações primárias enviam 
sinais, bastante intensos, positivos ou negativos, 
para a medula espinhal, para informa-la de 
qualquer alteração no comprimento do fuso 
muscular. 
Controle da intensidade das respostas estática e dinâmica 
pelos neurônios motores gama: 
 NMG podem ser divididos em dois tipos: 
1. Gama-dinâmico ou gama-d: excita, em 
sua maioria, as fibras intrafusais com 
saco nuclear. 
2. Gama-estático ou gama-e: excita, 
principalmente, as fibras intrafusais com 
cadeia nuclear. 
 Quando fibras gama-d excitam as fibras com saco 
nuclear, a resposta dinâmica do fuso muscular 
fica muito aumentada, enquanto a resposta 
estática só é dificilmente afetada; 
 Estimulação das gama-e, aumenta a resposta 
estática e pouca influência sobre a dinâmica. 
Descarga contínua dos fusos musculares sob condições 
normais: 
 Quando ocorre alguma excitação gama, fusos 
musculares emitem impulsos nervosos sensoriais 
continuamente. 
 Estiramento: aumenta a frequência dos disparos. 
Os fusos enviam então para a medula espinhal: 
sinais positivos, ou seja, quantidades aumentadas 
de impulsos, indica estiramento do músculo; 
 Encurtamento dos fusos: reduz a frequência. 
Quantidade abaixo do normal de impulsos indica 
que o músculo não está estirado e recebe o nome 
de sinais negativos. 
Reflexo de estiramento muscular: 
 Sempre que um músculo é rapidamente 
estendido, a excitação dos fusos causa a 
contração reflexa das fibras musculares 
esqueléticas grandes (extrafusais) do próprio 
músculo estirado e, também, dos músculos 
sinérgicos estreitamente relacionados. 
Circuitos neuronais do reflexo de estiramento: 
 Circuito básico do reflexo de estiramento do fuso 
muscular: fibra nervosa proprioceptiva tipo Ia 
originando-se em fuso muscular e entrando pela 
raiz dorsal da medula espinhal; 
 Ramificação dessa fibra, então, segue para o 
corno anterior da substância cinzenta da medula, 
fazendo sinapse diretamente com os neurônios 
motores anteriores que enviam fibras nervosas 
motoras para o mesmo músculo, de onde as fibras 
do fuso muscular se originaram. É uma via 
monossináptica, possibilita que o sinal reflexo 
retorne ao músculo, com o menor atraso possível, 
após a excitação do fuso. 
 A maioria das fibras tipo II do fuso muscular 
termina em interneurônios múltiplos, na 
substância cinzenta da medula espinhal, e eles 
transmitem sinais, com retardo, para os neurônios 
motores anteriores, ou se prestam a outras 
funções. 
Reflexo de estiramento dinâmico e reflexos de 
estiramento estático: 
 Dividido em 2 componentes: 
1. Reflexo de estiramento dinâmico: 
provocado por sinal dinâmico potente, 
transmitido pelas terminações sensoriais 
primárias dos fusos musculares, 
causados pelo estiramento ou 
encurtamento rápidos. Quando o 
músculo é rapidamente estirado ou 
encurtado, forte sinal é transmitido para 
a medula espinhal, produz, então, 
contração reflexa forte e instantânea (ou 
redução da contração) do mesmo 
músculo no qual o sinal teve origem. O 
reflexo se opõe às alterações rápidas do 
comprimento do músculo. Termina em 
fração de segundo, após o músculo ter 
sido estendido (ou encurtado) para seu 
novo comprimento; 
2. Reflexo de estiramento estático: mais 
fraco, continua por período prolongado. 
É provocado pelos sinais contínuos dos 
receptores estativos, transmitidos por 
ambas as terminações, primária e 
secundária. Esse reflexo mantém o grau 
de contração muscular razoavelmente 
constante, exceto quando o sistema 
nervoso da pessoa determina que seja 
diferente. 
A função de “amortecimento” dos reflexos de estiramento 
dinâmico e estático: 
 Função importante do reflexo de estiramento: 
capacidade de impedir oscilações ou sacudidas 
nos movimentos do corpo = função de 
amortecimento ou alisamento. 
Mecanismos de amortecimento no alisamento da 
contração muscular: 
 Sinais da medula espinhal são transmitidos para 
o músculo em forma não uniforme, geralmente, 
aumentando em intensidade em poucos 
milissegundos e diminuindo em intensidade logo 
em seguida, mudando para outro nível de 
intensidade e assim por diante; 
 Quando o sistema do fuso muscular não está 
funcionando normalmente, a contração muscular 
é brusca durante o curso do sinal; 
 
 
 
Função do fuso muscular na atividade motora voluntária: 
 Importância do sistema eferente gama: 31% de 
todasas fibras nervosas motoras para o músculo 
são finas fibras motoras eferentes do tipo A gama, 
em vez de A alfa. 
 Coativação dos neurônios motores alfa e gama: 
fibras musculoesqueléticas extra e intrafusais do 
fuso muscular se contraiam ao mesmo tempo. 
Quando os sinais são transmitidos do córtex 
motor ou de qualquer área do encéfalo, para os 
neurônios motores alfa, os gama são quase 
sempre estimulados simultaneamente. 
1. Propósito: impedir alteração do 
comprimento da porção receptora do fuso 
muscular durante o curso de contração 
muscular. Impede que o reflexo se 
oponha à contração muscular; 
2. Para manter adequada a função de 
amortecimento do fuso muscular, 
independente de qualquer alteração no 
comprimento do músculo. 
Áreas encefálicas envolvidas no controle do sistema 
motor gama: 
 O sistema eferente gama é estimulado, de modo 
específico, por sinais provenientes da região 
facilitatória bulborreticular (relacionada às 
contrações antigravitacionais. Músculos 
antigravitacionais têm densidade especialmente 
alta de fusos musculares) do tronco cerebral e, 
secundariamente, por impulsos transmitidos para 
a área bulborreticular do: 
1. Cerebelo; 
2. Gânglios da base; 
3. Córtex cerebral. 
 Importância do mecanismo eferente gama: 
amortecimento dos movimentos de diferentes 
partes do corpo, durante a caminhada e corrida. 
Sistema do fuso muscular estabiliza a posição do corpo 
durante uma ação tensa: 
 Sistema do fuso: importante para estabilizar a 
posição do corpo durante qualquer ação motora 
tensa; 
 Região facilitatória bulborreticular e as áreas 
relacionadas do tronco cerebral transmitem sinais 
excitatórios pelas fibras nervosas gama para as 
fibras musculares intrafusais dos fusos 
musculares. Isso encurta as terminações dos fusos 
e estira as regiões receptoras centrais, 
aumentando, assim, seu sinal de saída. 
 Se os fusos de ambos os lados de cada articulação 
são ativados ao mesmo tempo, a excitação reflexa 
dos músculos esqueléticos de ambos os lados da 
articulação também aumenta, produzindo 
músculos tensos e firmes, opostos em cada lado 
da articulação. 
 Posição da articulação fica fortemente 
estabilizada e, em qualquer momento que uma 
pessoa necessite realizar função muscular que 
requeira posicionamento extremamente delicado 
e exato, a excitação dos fusos musculares 
apropriados, pelos sinais provenientes da região 
facilitatória bulborreticular do tronco cerebral, 
estabiliza as posições das principais articulações. 
Aplicações clínicas do reflexo de estiramento: 
Reflexo patelar e outros abalos musculares podem ser 
usados para avaliar a sensibilidade dos reflexos de 
estiramento: 
 O reflexo patelar pode ser induzido pela 
percussão do tensão patelar com martelo de 
reflexo. Instantaneamente, estira o músculo 
quadríceps e ativa o reflexo de estiramento 
dinâmico, que faz com que a perna “se lance” 
para a frente. 
 
 O estiramento rápido do fuso muscular é tudo que 
se necessita para induzir o reflexo de estiramento 
dinâmico; 
 Quando grande quantidade de impulsos 
facilitatórios está sendo transmitida de regiões 
superiores do SNC para a medula, os abalos 
musculares, resultantes dos reflexos pesquisados, 
são muito exagerados; 
 Se os impulsos facilitatórios estão deprimidos ou 
abolidos, os abalos musculares estarão, 
consideravelmente, enfraquecidos ou ausentes; 
 Grandes lesões nas áreas motoras corticais, mas 
não áreas inferiores de controle motor, provocam 
reflexos de estiramento muscular muito 
exagerados, nos músculos do lado oposto do 
corpo. 
Clônus: oscilações dos abalos musculares: 
A oscilação pode ser, particularmente, bem explicada em 
relação ao clônus do tornozelo: 
 Uma pessoa de pé na ponta dos dedos cai para a 
frente rapidamente = estira os músculos 
gastrocnêmicos = são gerados impulsos para o 
reflexo do estiramento = são transmitidos dos 
fusos musculares para a medula espinhal = 
impulsos excitam, reflexamente, o músculo 
estirado que levanta o corpo novamente = em 
fração de segundos, a contração reflexa do 
músculo se extingue e o corpo volta a cair, 
estirando, assim, os fusos pela segunda vez = 
assim o reflexo de estiramento do músculo 
gastrocnêmio continua a oscilar geralmente por 
longos períodos = isso é o clônus. 
 Geralmente ocorre quando o reflexo de 
estiramento está muito sensibilizado pelos 
impulsos facilitatórios provenientes do cérebro. 
Se ocorre o clônus, é certo que o grau de 
facilitação está alto. 
Reflexo tendinosos de Golgi: 
 
Órgão tendinosos de Golgi auxilia no controle da tensão 
muscular: 
 É um receptor sensorial encapsulado, pelo qual 
passam as fibras tendinosas musculares; 
 Aproximadamente 10 a 15 fibras musculares 
estão, em geral, conectadas a cada órgão 
tendinosos; 
 Ele é estimulado quando esse pequeno feixe de 
fibras musculares é tensionado pela contração ou 
pelo estiramento do músculo; 
 O fuso detecta o comprimento do músculo e as 
alterações do músculo, enquanto o órgão 
tendinosos detecta a tensão do músculo 
refletida no próprio tendão; 
 Possui resposta dinâmica e estática; 
 Órgãos tendinosos informam, de forma 
instantânea, o sistema nervoso sobre o grau de 
tensão de cada pequeno segmento de cada 
músculo. 
Transmissão de impulsos do órgão tendinosos para o 
SNC: 
 Os sinais do órgão tendinosos são transmitidos 
através de fibras nervosas tipo Ib, de condução 
rápida e grande diâmetro (cerca de 16 
micrômetros). Ligeiramente menores que as das 
terminações primárias do fuso muscular; 
 Transmitem sinais para áreas da medula espinhal, 
e também, após fazer sinapse no corno dorsal da 
medula espinhal, por vias de fibras longas, tais 
como os tratos espinocerebelares, para o cerebelo 
e, por outros tratos, para o córtex cerebral. 
 O sinal da medula espinhal excita interneurônio 
inibitório único que inibe o neurônio motor 
anterior. Nisso, inibe diretamente o próprio 
músculo, sem afetas os adjacentes. 
Natureza inibitória do reflexo tendinosos e sua 
importância: 
 Órgãos tendinosos do tensão muscular 
estimulados (por aumento da tensão no músculo) 
= sinais transmitidos para a medula espinhal = 
produz reflexo no respectivo músculo = reflexo 
inibitório (mecanismo de feedback negativo) = 
impede o desenvolvimento de tensão excessiva 
no músculo; 
 Reação de alongamento: quando a tensão no 
músculo e tendão são extremas, o efeito inibitório 
do órgão tendinosos pode ser tão grande que leva 
à reação rápida, na medula espinhal, que causa 
relaxamento instantâneo de todo o músculo. 
Preserva o rompimento do músculo. 
Possível função do reflexo tendinosos na equalização da 
força contrátil entre as fibras musculares: 
 As fibras que exercem tensão excessiva são 
inibidas pelo reflexo, enquanto as que exercem 
muito pouca tensão ficam mais excitadas, devido 
à ausência de inibição reflexa = resultado: carga 
do músculo se distribui por todas as fibras e 
previne a lesão em áreas isoladas do músculo, 
onde o número pequeno de fibras poderia ficar 
sobrecarregado. 
Função dos fusos musculares e dos órgãos tendinosos de 
Golgi em conjunto com o controle motor pelos centros 
encefálicos superiores: 
 Esses dois órgãos também informam os centros 
superiores de controle motor das alterações 
instantâneas que ocorrem nos músculos; 
 O trato espinocerebelar dorsal conduz 
informação instantânea dos fusos musculares e 
dos órgãos tendinosos de Golgi, diretamente para 
o cerebelo, com velocidades de condução 
próximasde 120 m/s (a mais rápida); 
 Vias adicionais transmitem informações 
semelhantes para as regiões reticulares do tronco 
cerebral e em menor extensão, para todas as áreas 
motoras do córtex cerebral. 
REFLEXO FLEXOR E REFLEXOS DE RETIRADA 
Reflexo flexor: 
 Provocado, mais fortemente, pela estimulação 
das terminações para dor, tais como alfinetada, 
calor, ferimento e, por essa razão, ele é, também, 
chamado de reflexo nociceptivo ou reflexo à dor; 
 Estimulação dos receptores para o tato também 
pode provocar reflexo flexor mais fraco e menos 
prolongado; 
 Se alguma parte do corpo, exceto os membros, é 
estimulada dolorosamente, essa parte será 
afastada do estímulo, são os reflexos de retirada. 
Mecanismo neuronal do reflexo flexor: 
 
 As vias que causam o reflexo flexor não passam 
diretamente para os neurônios motores 
anteriores, mas sim pelo conjunto de 
interneurônios da medula espinhal e, de forma 
secundária, para os neurônio motores; 
 O circuito mais curto possível é a via de 3 ou 4 
neurônios; 
 A maioria trafega por muitos neurônios e envolve 
os seguintes tipos básicos de circuitos: 
1. Circuitos divergentes: para propagar o 
reflexo para os músculos necessários 
para a retirada; 
2. Circuitos para a inibição dos músculos 
antagonistas, são circuitos de inibição 
recíproca; 
3. Circuitos que promovem a pós-descarga, 
com duração de muitas frações de 
segundo, após o estímulo ter terminado. 
 O reflexo flexor aparece em poucos 
milissegundos após o nervo relacionado a dor ter 
sido estimulado, em poucos segundos o reflexo 
começa a entrar em fadiga; 
 Após o estímulo terminar = músculo retorna ao 
nível basal = devido à pós descarga, demora 
muitos milissegundos para que isso ocorra; 
 Estímulo tátil fraco quase não provoca pós 
descarga; 
 Estímulo doloroso intenso provoca pós-descarga 
que pode durar por 1 segundo ou mais; 
 Devido à pós descarga, o reflexo pode manter a 
parte irritada distante do estímulo por 0,1 a 3 
segundos, após a irritação ter terminado. Durante 
esse tempo, outros reflexos e ações do sistema 
nervoso central podem mover todo o corpo para 
longe do estímulo doloroso. 
 
Padrão de retirada: 
 Depende do nervo sensorial que é estimulado; 
 Exemplo: estímulo na face interna do braço 
provoca a contração dos músculos flexores do 
braço e também a contração dos músculos 
abdutores, empurrando o braço para fora. 
REFLEXO EXTENSOR CRUZADO: 
Aprox.. 0,2 a 0,5 segundo após o estímulo provocar 
reflexo flexor no membro, o membro oposto começa a se 
estender. É chamado de reflexo extensor cruzado. A 
extensão do membro oposto pode empurras todo o corpo 
para longe do objeto que causa do estímulo doloroso. 
Mecanismo neuronal do reflexo extensor cruzado: 
 Os sinais dos nervos sensoriais cruzam para o 
lado oposto da medula espinhal para excitar os 
músculos extensores; 
 Após a remoção do estímulo doloroso, o reflexo 
extensor cruzado tem período mais longo de pós-
descarga do que o reflexo flexor. Presume-se que 
essa pós-descarga prolongada seja o resultado de 
circuitos reverberantes entre interneurônios; 
 Latência, relativamente longa, antes de o reflexo 
se iniciar e a longa pós descarga ao final do 
estímulo; 
 A pós descarga prolongada auxiliar na 
manutenção da área dolorida do corpo afastada 
do objeto que causou a dor, até que outras reações 
do sistema nervoso afastem todo o corpo do 
estímulo. 
 
INIBIÇÃO RECÍPROCA E INERVAÇÃO 
RECÍPROCA: 
 A excitação de um grupo de músculos pode estar 
associada à inibição de outros grupo = é o 
fenômeno de inibição recíproca; 
 Circuito neuronal responsável por essa relação 
recíproca = inervação recíproca; 
 
 Existem relações recíprocas entre os músculos 
dos dois lados do corpo, como um reflexo flexor, 
moderado e prolongado é provocado em um 
membro do corpo. Enquanto o reflexo pe 
provocado, reflexo flexor mais forte é induzido 
no membro equivalente do lado oposto do corpo. 
O reflexo mais forte envia sinais inibitórios 
recíprocos para o primeiro membro e reduz seu 
grau de flexão. A remoção do reflexo mais forte 
permite que o reflexo original reassuma sua 
intensidade prévia. 
REFLEXOS POSTURAIS E LOCOMOÇÃO 
Reflexos posturais e locomotores da medula espinhal. 
Reação de suporte positivo ou sustentação positiva: 
 O local da pressão no coxim do pé determina a 
direção na qual o membro irá se estender. A 
pressão de um lado causa a extensão nessa 
direção, efeito chamado de reação magnética = 
impede que se caia para o lado; 
Reflexos espinhais de endireitamento: 
 Quando um animal espinhal é deitado sobre um 
dos lados do corpo, fará movimentos, não 
coordenados, tentando assumir a postura em pé. 
Movimentos de andar e de marcha 
Movimentos de marcha rítmicos de um só membro: 
 A oscilação de flexão e extensão dos membros 
inferiores podem continuar mesmo que os nervos 
sensoriais tenham sido cortados. Resulta, 
principalmente, dos circuitos de inibição 
mutuamente recíprocos, dentro d matriz da 
medula espinhal, oscilando entre os neurônios 
que controlam os músculos agonistas e 
antagonistas; 
 Se o topo do pé encontra uma obstrução, durante 
um impulso para frente, este será interrompido 
por certo tempo, o pé será erguido mais alto e 
seguirá para a frente, para ser colocado sobre a 
obstrução. Esse é o reflexo de tropeço. A medula 
espinhal é controlador inteligente do andar. Tal 
fato acontece pois, os sinais sensoriais dos coxins 
plantares e dos sensores de posição em torno das 
articulações, têm papel importante no controle da 
pressão do pé e na frequência da marcha. 
Movimentos de marcha recíprocos dos membros opostos: 
 Quando um membro se move para frente, o 
oposto se moverá para trás = inervação recíproca 
entre os dois membros. 
Reflexos espinhais que provocam espasmo: 
 A causa do espasmo local é a dor localizada; 
 Tipos de espasmos: 
1. Muscular resultante de um osso 
quebrado: nos músculos que circundam 
um osso quebrado. Os estímulos fazem 
com que os músculos que revestem a área 
se contraiam tonicamente. Anestesia 
local ou geral diminuem o espasmo. 
2. Do músculo abdominal na peritonite: 
também causado por reflexos espinhais. 
É causado pela irritação do peritônio 
parietal pela peritonite. 
3. Cãibra muscular: frio intenso, ausência 
de fluxo sanguíneo e exercícios em 
excesso podem causar. Sinais 
transmitidos do músculo para a medula, 
causando contração do músculo por 
feedback reflexo. 
Reflexos autônomos da medula espinhal: 
1. Alterações do tônus muscular, resultante de 
alterações do aquecimento local da pele; 
2. Transpiração que resulta do aquecimento 
localizado na superfície do corpo; 
3. Reflexos intestino-intestinais que controlam 
algumas funções motoras do intestino; 
4. Reflexos peritônio-intestinais que inibem a 
motilidade gastrointestinal, em resposta à 
irritação peritoneal; 
5. Reflexos de evacuação do cólon ou esvaziamento 
da bexiga urinária. 
Reflexo em massa: 
 Envolve grandes porções ou mesmo toda a 
medula espinhal. Os efeitos são: 
1. Parte muito importante dos músculos 
esqueléticos do corpo apresenta forte 
espasmo flexor; 
2. Haverá evacuação do cólon e 
esvaziamento vesical; 
3. A pressão arterial aumenta, geralmente, 
para valores máximos, chegando à 
pressão sistólica acima de 200 mmHg; 
4. Grandes áreas do corpo irrompem em 
uma sudorese intensa. 
 Resulta da ativação de grande número de 
circuitos reverberantes que excitam em conjunto 
grande áreas da medula espinhal.Transecção da medula espinhal e choque espinhal: 
 Choque espinhal: quando é transeccionada nos 
níveis cervicais altos, de início, praticamente, 
todas as funções da medula espinhal, incluindo os 
reflexos espinhais, ficam, imediatamente, 
diminuídas, até o ponto de quase total silencia; 
 A perda de uma fonte de impulsos excitatórios 
para os neurônios faz com que aumente a 
excitabilidade própria de casa um deles, 
compensando, mesmo que parcialmente, a perda; 
 Algumas vezes a recuperação é excessiva, 
causando hiperexcitabilidade de algumas ou de 
todas as funções da medula espinhal; 
 Algumas funções afetadas durante ou após o 
choque espinhal: 
1. Queda da pressão arterial = devido à 
atividade do SNS que fica quase 
completamente bloqueada. Retorna ao 
normal em alguns dias; 
2. Reflexos musculares esqueléticos de 
integração são bloqueados durante os 
estágios iniciais do choque espinhal. 
Retorno de 2 semanas a 2 meses ao 
normal. Alguns reflexos acabam ficando 
hiperexcitáveis. Ordem de retorno dos 
reflexos: de estiramento, flexores, 
antigravitacionais posturais e 
remanescentes do reflexo da marcha; 
3. Reflexos sacrais, para o controle da 
evacuação do cólon e esvaziamento da 
bexiga são suprimidos, nas primeiras 
semanas após a transecção da medula, 
mas, na maioria dos casos, acabam 
retornando.

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