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Behaviorismo e Condicionamento Clássico

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UNISINOS
PROF. MARTHA WALLIG BRUSIUS LUDWIG
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EX: soldados americanos no Vietnã.
É UMA MUDANÇA RELATIVAMENTE DURADOURA DE COMPORTAMENTO RESULTANTE DA EXPERIÊNCIA.
ELA OCORRE QUANDO OS ORGANISMOS SE BENEFICIAM DA EXPERIÊNCIA PARA QUE SEUS FUTUROS COMPORTAMENTOS SEJAM MAIS BEM ADAPTADOS AO AMBIENTE.
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Os teóricos da aprendizagem costumam focar o comportamento observável e não os estados internos ou os processos mentais.
Esta abordagem é referida como sendo o Behaviorismo.
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Ambas se referem a mudanças duradouras que se seguem de uma exposição ao ambiente.
Aprendizagem  aquisição. Estudos tipicamente com sujeitos não humanos.
Memória  retenção e recuperação. Estudos tipicamente com sujeitos humanos.
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JOHN B. WATSON (1878-1968)
Fundador do Behaviorismo
Desprezava qualquer forma de empreendimento psicológico centrado em coisas que não podiam ser observadas diretamente (tais como eventos mentais)
Os humanos nascem com potencial de aprender qualquer coisa
“Dê-me uma dúzia de bebês sadios, bem-formados e o meu próprio mundo especificado para criá-los, e eu garanto que poderei tomar qualquer um deles, aleatoriamente, e treiná-lo para se tornar um especialista em algo que eu escolher – médico, advogado, artista, comerciante, e sim, inclusive um mendigo pedinte ou um ladrão, independente de seus talentos, inclinações, tendências, capacidades, vocação e raça de seus ancestrais” (Watson, 1924).
Reconhecia a existência de pensamentos e crenças, mas negava que pudessem ser estudados por métodos científicos.
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JOHN B. WATSON (1878-1968)
Baseava-se nas idéias de John Locke “tábula rasa”
Os humanos nascem com capacidade de aprender qualquer coisa;
O ambiente e seus efeitos sobre os organismos eram os únicos determinantes da aprendizagem
Seus estudos foram inspirados nos do fisiologista Ivan Pavlov.
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IVAN PAVLOV (1849-1936)
Fisiologista russo, pesquisador do aparelho digestivo
Prêmio Nobel por seu trabalho a respeito do sistema digestivo
Criou o aparelho que coletava saliva de cães para pesquisar o Reflexo Salivar
Sua genialidade foi reconhecer que a resposta comportamental em seus experimentos era uma janela para a mente em funcionamento
Diferentemente dos reflexos inatos, a salivação ao ver uma tigela não é automática, e portanto deve ter sido aprendida por meio da experiência.
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CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
ESTÍMULO INCONDICIONADO (EI)
RESPOSTA INCONDICIONADA (RI)
ESTÍMULO CONDICIONADO (EC)
RESPOSTA CONDICIONADA (RC)
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Profundamente influenciado pela obra “A origem das espécies” de Darwin: o condicionamento era a base de como os animais aprendiam a se adaptar ao ambiente.
AQUISIÇÃO
A formação gradual de uma associação entre estímulos condicionados e incondicionados. EX: chuva e planta gostosa.
EXTINÇÃO
A resposta condicionada é extinta quando o estímulo condicionado deixa de predizer o estímulo incondicionado. Ex: chover e não ter a fruta, ou ter a campainha e não ter a carne. 
RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA
Um processo em que a resposta previamente extinta ressurge após a apresentação do estímulo condicionado. 
Ou seja, a extinção existe, mas não rompe o vínculo associativo. 
Aprende-se, então, que a associação original já não é verdadeira.
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GENERALIZAÇÃO
É adaptativa, pois na natureza o EC raramente é repetido de modo idêntico. Ocorre quando estímulos semelhantes, mas não idênticos, ao estímulo condicionado produzem a resposta condicionada. Ex: pêlos brancos. Ex: cão saliva ao ouvir um som x. 
DISCRIMINAÇÃO
Há limites para a generalização. Uma tendência aprendida de diferenciar entre dois estímulos semelhantes se um estiver consistentemente associado ao estímulo incondicionado e outro não. Ex: diferenciar a planta venenosa da não venenosa. 
CONDICIONAMENTO DE 2ª ORDEM
Às vezes, um estímulo condicionado não se torna diretamente associado a um estímulo incondicionado, mas, sim, a outros estímulos que já estão associados ao EI. Ajuda a explicar a complexidade das associações aprendidas. Um estímulo prediz o outro, até que cheguem ao que provoca a resposta de medo (Ex: broca)
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São medos adquiridos desproporcionais à ameaça real.
Generalização de uma experiência de medo
Picada de abelha  medo de insetos que voam
Soldados americanos  língua vietnamita
Respostas emocionais condicionadas
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Técnica de Condicionamento Clássico -Contracondicionamento
Expor a pessoa a pequenas doses do estímulo temido ao mesmo tempo em que ela é envolvida em uma tarefa agradável.
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA (WOLPE, 1997)
É um tratamento formal baseado no contracondicionamento.
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Condicionamento clássico e o potencial de problemas
Abstinência
Abstinência condicionada (fora dos centros de tratamento, quando retorna ao ambiente condicionante)
Melhora dos estados adictos fora do ambiente condicionante
Tolerância e riscos da mudança de ambiente
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A idéia de que os animais estão biologicamente programados para aprender a temer objetos específicos.
Fobias: associadas a perigos potenciais (altura, cobra) e não à flores, sapatos ou bebês
Isto põe abaixo a tese da equipotencialidade (= todos os estímulos são igualmente capazes de produzir condicionamento)
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Papel da predição e da expectativa: perspectiva cognitiva da aprendizagem (últimas 3 décadas)
EC precisa ser um preditor acurado do EI
Um estímulo (som = EC) que ocorre antes do EI (soprar os olhos) é mais facilmente condicionado que um que ocorre depois dele.
Alguma demora entre o EC e o EI é ótima para a aprendizagem.
EFEITO BLOQUEADOR: depois de aprendido, um EC pode impedir a aquisição de um novo EC.
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Um modelo cognitivo de condicionamento clássico, que afirma que a força da associação EC-EI é determinada pela extensão em que o estímulo incondicionado é inesperado ou surpreendente.
Ex: o cachorrinho ouve o abridor elétrico e sabe que vai ser alimentado (representação mental). Surpresa: não ouve o barulho e ganha o alimento
	(quando o EI ocorre inesperadamente, o animal atenta para quais estímulos do ambiente podem tê-lo produzido)
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Quando as expectativas são contrariadas, nós automaticamente buscamos explicações para o EI. 
A aprendizagem exige fazer ajustes nas expectativas do EI até que a predição seja acurada. 
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É um processo de aprendizagem em que as conseqüências de uma ação determinam a probabilidade de ela ser realizada no futuro.
Os comportamentos representam um meio para um fim.
Ações instrumentais = têm um propósito
Comportamento vai gerar recompensa.
B. F. Skinner
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Thorndike e a Lei do Efeito – qualquer comportamento que leve a um “estado de coisas satisfatório” tem maior probabilidade de ocorrer novamente (e o inverso também é verdadeiro)
Experimento para verificar se animais não-humanos mostravam sinais de inteligência (puxar cordão para abrir a porta e sair da caixa)
Skinner (1904-1990) – desenvolveu uma teoria mais formal de aprendizagem, baseada na lei do efeito.
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REFORÇO = é um estímulo que ocorre após uma resposta e aumenta a probabilidade dessa resposta ser repetida.
MODELAGEM = um processo de condicionamento operante que envolve reforçar comportamentos cada vez mais semelhantes ao comportamento desejado.
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PRIMÁRIOS – satisfazem necessidades biológicas (água, comida)
SECUNDÁRIOS – não satisfazem necessidades biológicas, mas servem como reforço (dinheiro)
‘PRINCÍPIO DE PREMACK’ – uma atividade mais valorizada pode ser usada para reforçar o desempenho de uma atividade menos valorizada
“Termine seu tema de casa e depois você poderá sair”
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É um estímulo que se segue a uma resposta e diminui a probabilidade de a resposta ser repetida.
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POSITIVO – aumenta a probabilidade de um comportamento ser repetido ao administrar (+) um estímulo agradável (referido como recompensa).
NEGATIVO – aumenta o comportamento pela remoção (-)
de um estímulo aversivo.
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O REFORÇO – seja positivo ou negativo – AUMENTA probabilidade de um comportamento, enquanto a PUNIÇÃO DIMINUI essa probabilidade.
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POSITIVA – diminui a probabilidade de um comportamento ocorrer de novo ao administrar um estímulo aversivo.
NEGATIVA - diminui a probabilidade de um comportamento ocorrer de novo ao retirar um estímulo agradável.
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Para que ela seja efetiva, ela deve ser aplicada imediatamente, de modo a ficar clara a relação entre comportamento indesejado e punição.
PUNIÇÃO – presta-se muito a confusões e pode levar a emoções negativas.
É quase sempre melhor o REFORÇO que a PUNIÇÃO.
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APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL – quando comportamentos são adquiridos ou modificados após exposição a outras pessoas que estão realizando o comportamento.
Albert Bandura (1961) – estudos clássicos com o boneco Bobo e comportamento agressivo
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A imitação do comportamento por meio da aprendizagem observacional.
Fatores influentes (em humanos):
Modelos atraentes;
Com status elevado;
E um tanto parecidos conosco;
Capacidade física do observador em imitar o comportamento.
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A aprendizagem que ocorre quando as pessoas aprendem as conseqüências de uma ação ao observar outros sendo recompensados ou punidos por executar uma ação.
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Neurônios do córtex pré-motor que são ativados quando se observa outro executar a ação.
Sempre que você observa outra pessoa executando uma ação, circuitos neurais similares estão descarregando nos cérebros de ambos! (estudos utilizando imagens de PET)
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AUTO-ESTIMULAÇÃO INTRACRANIANA (ICSS) – procedimento em que os animais conseguem se auto-administrar choques elétricos a áreas específicas do cérebro.
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SISTEMA MESOLÍMBICO DA DOPAMINA – é o importante sistema cerebral envolvido na recompensa, que conecta a área tegumentar ventral (ATV) ao núcleo accumbens.
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FEIXE PROSENCEFÁLICO MEDIAL (FPM)
SISTEMA MESOLÍMBICO DA DOPAMINA – é o mecanismo cerebral mais importante por trás da recompensa
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O prazer que sentimos resulta da ativação de neurônios de dopamina no núcleo accumbens.
No condicionamento operante, a liberação de dopamina estabelece o valor de um reforço.
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TEM COMPONENTES APRENDIDOS E BIOLÓGICOS
DEPENDÊNCIA FÍSICA (tolerância)
DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
REFORÇO POSITIVO E NEGATIVO
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EXPOSIÇÃO A EVENTOS AMBIENTAIS
↓
ENGRAMAS=
Armazenagem de material apreendido
(APRENDIZAGEM)
↓
ALTERAÇÕES NA CONEXÕES SINÁPTICAS
↓
MUDANÇAS NO SNC
↓
MEMÓRIAS
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Armazenagem de material apreendido.
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A aprendizagem resulta de alterações nas conexões sinápticas.
Quando um neurônio excita o outro, acontece um processo de crescimento ou mudança metabólica que fortalece a sinapse entre os dois.
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A descarga de um torna muito mais provável a descarga do outro.
“Células que descarregam juntas formam rede neural juntas”.
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O cérebro é bastante plástico.
Em função da aprendizagem, novas conexões neurais se desenvolvem.
Portanto, a aprendizagem deve estar associada a um número aumentado de conexões sinápticas no cérebro.
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Ratos criados em ambientes diferentes
Ambiente enriquecido em estímulos
Ambiente pobre em estímulos
Cérebro - 
Dos ratos do ambiente enriquecido
Maior quantidade de córtex
Maior número de sinapses
Funcionamento maior de Acetilcolina
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As condições ambientais durante os anos formativos têm uma profunda influência sobre a capacidade posterior de aprendizagem.
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O que acontece nas sinapses que leva à aprendizagem?
Aplysia
Pequeno caracol marinho que come algas
Tem um número relativamente pequeno de neurônios
Eric Kandel
Psicólogo Fisiologista
Descreveu a base neural da HABITUAÇÃO e da SENSIBLIZAÇÃO
PRÊMIO Nobel de medicina em 2000
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É um decréscimo na resposta comportamental após repetida exposição a estímulos não-ameaçadores.
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É um aumento na resposta comportamental após exposição a um estímulo ameaçador.
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Na HABITUAÇÃO e SENSIBILIZAÇÃO a liberação dos neurotransmissores dos neurônios é alterada.
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É o fortalecimento da conexão sináptica para que os neurônios pós-sinápticos sejam ativados mais facilmente.
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HABITUAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
↓
Mudanças na liberação de 
NEUROTRANSMISSORES 
no neurônio
PRÉ-SINÁPTICO
PLP
↓
Mudanças 
no 
Neurônio
PÓS-SINÁPTICO
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Pode ser a base celular da APRENDIZAGEM e MEMÓRIA.
EVIDÊNCIAS:
Seus efeitos são mais facilmente observados em locais no cérebro que sabemos estarem envolvidos na aprendizagem e na memória, como o HIPOCAMPO.
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DROGAS que melhoram a memória levam à maior PLP.
DROGAS que bloqueiam a memória bloqueiam a PLP.
A PLP apóia a afirmação de Hebb (fortalecimento das conexões sinápticas)
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A PLP pode ser o processo responsável pela aprendizagem complexa no cérebro.
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OUTPUT de acordo com o INPUT
Quanto maior o desvio em relação à expectativa, mais ocorre a aprendizagem.
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Conexões neurais ricamente distribuídas por todo o cérebro que envolvem um processamento paralelo, em que tudo acontece ao mesmo tempo.
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