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Neuroplasticidade

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Neurofisiologia
G R U P O D A S A L V Ç Ã OG R U P O D A S A L V Ç Ã O
 
NEUROPLASTICIDADE 
 
De forma a compreendermos as potencialidades de adaptação do cérebro humano, importa apresentar o conceito de aprendizagem 
e plasticidade. Entenda-se por aprendizagem a “capacidade para adquirir novos conhecimentos ou capacidades através da instrução 
e da experiência” (Tortora & Grabowski, 1996). Do ponto de vista neurobiológico, o conceito de aprendizagem surge associado ao 
conceito de plasticidade - neste caso neuroplasticidade – que se pode definir como a capacidade do cérebro para reorganizar os seus 
circuitos neuronais quando confrontado com experiências novas. De uma forma geral, o conceito de neuroplasticidade abrange a 
capacidade que o sistema nervoso possui para modificar a sua organização na sequência de diversos acontecimentos, incluindo a 
maturação e desenvolvimento normal do organismo, a aquisição de novas capacidades (“aprendizagem”) e reorganização cognitiva 
após lesão do sistema nervoso central ou em resultado de privação sensorial (Bavelier & Neville, 2002). 
Conceito de neuroplasticidade na sua acepção mais comum: a capacidade do cérebro se modificar em função de mudanças 
ocorridas no ambiente – aprendizagem. 
Quando, no início do século XX, o anatomista Ramón y Cajal postulou que o processo de aprendizagem podia produzir mudanças 
morfológicas prolongadas na eficácia das conexões entre os neurónios, surgia pela primeira vez a ideia de que o cérebro podia 
modificar a sua organização. No entanto, foi apenas em 1948 que Jerzy Konorsky propôs o mecanismo fisiológico através do qual isto 
podia acontecer, sugerindo que os neurónios mudam a sua organização quando estão ativos. Para o autor, uma combinação 
apropriada de estímulos podia produzir dois tipos de mudança nos neurónios e suas conexões: 
(a) uma mudança invariante mas transitória na excitabilidade dos neurónios; e 
(b) uma mudança duradoura na plasticidade dos neurónios. 
A mudança transitória corresponde, por exemplo quando olhamos para um número de telefone e o esquecemos, e a duradoura, se o 
número de telefone for memorizado. 
A ideia de que os neurónios alteram a sua organização com o uso foi extremamente importante e a questão que se colocava era 
saber onde, no neurónio, se registava a mudança. Em 1949 Donald O. Hebb propôs ser a sinapse o lugar onde se verificariam as 
mudanças. Hebb sugeriu que as sinapses mudavam se as condições fossem adequadas, ou seja, se dois neurónios coincidissem estar 
ativos simultaneamente, a ligação entre eles ficaria fortalecida. Estas observações foram importantes por duas razões: (a) 
permitiram especificar as condições em que os fenómenos de plasticidade podiam ocorrer; e (b) enfatizaram o papel da membrana 
pré e pós-sináptica na plasticidade. 
No entanto, os resultados dos estudos sobre os efeitos da experiência em animais são difíceis de generalizar para os humanos uma 
vez que as experiências a que os humanos estão sujeitos são muito mais complexas e diversificadas do que as experiências vividas 
pelos animais, por mais sofisticados que possam ser os ambientes a que estes estejam expostos. 
De acordo com Oliveira (2011), o cérebro humano possui a habilidade de se moldar, de se reorganizar e se adaptar perante estímulos 
ambientais ou por necessidade e, por conseguinte, alterar sua função, perfil químico (quantidade e tipos de neurotransmissores 
produzidos) ou sua estrutura, temporária ou permanentemente. Este processo é conhecido como plasticidade neural ou 
neuroplasticidade e ocorre durante toda a vida, embora seja mais atuante na criança. Ele origina novas sinapses cerebrais que 
possibilitam novas aprendizagens e a construção de novos conhecimentos. 
O desenvolvimento das habilidades cognitivas depende da intensidade de estímulos que o cérebro recebe ao longo da vida. Importa 
salientar que o cérebro desfaz conexões neurais previamente estabelecidas quando estas param de ser utilizadas. Por outro lado, 
conexões neurais repetidamente estimuladas consolidam aprendizagens e memórias. Isto ressalta a importância dos estímulos para 
que evolução, melhorias e aprendizagens ocorram (DENNIS, 2000). 
Três exemplos da neuroplasticidade: (1) Em março de 2000, investigadores da Universidade de Londres descobriram que os taxistas 
desta cidade tinham uma parte do cérebro, o hipocampo (região importante da memória espacial), particularmente desenvolvida, 
muito mais que o resto das pessoas. "O cérebro muda de forma" segundo as áreas que mais utilizamos, segundo uma atividade 
mental maior. Os taxistas desenvolviam mais essa zona porque a exercitavam mais, memorizando cada dia ruas e rotas. (2) Em 2002, 
cientistas alemães encontraram os mesmos achados na circunvolução de Heschl de músicos (área importante para processar 
música). (3) Em 2004 os mesmos resultados foram obtidos no Instituto de Neurologia de Londres, na circunvolução angular esquerda 
no cérebro de pessoas bilíngues (estrutura cerebral importante para a linguagem). 
Todo o ser humano tem a habilidade de aprender e mudar com a reformatação e otimização do uso do cérebro. A forma mais 
adequada de expandir e aumentar a capacidade do cérebro é ter experiências novas e diferenciadas, ou seja, ir além do que nos é 
familiar e que já está consolidado. Sabendo isto, fica evidente que compreender o funcionamento do cérebro é uma vantagem, 
1 
 
sobretudo para educadores, como nos explica Morales (2011, p. 2): A precariedade dos saberes sobre o funcionamento básico do 
cérebro, bem como a falta de utilização dos seus vastos recursos na educação, faz com que seja permanente a inclusão deste tema 
interdisciplinar na formação científica do professor, buscando a relação entre a neuroplasticidade e os processos de aprendizado, 
com a finalidade de instrumentalizar o educador. 
O professor possui o papel de mediador dos conhecimentos em sala de aula, realizando as adequações necessárias perante as 
limitações e habilidades percebidas nesse ambiente. Segundo Oliveira (2011), é importante a elaboração de ações educativas com 
base no conhecimento do funcionamento do cérebro para potencializar o percurso da aprendizagem e, assim, se alcance o potencial 
individual de desenvolvimento e aprendizagem. Ou seja, o conhecimento do funcionamento cerebral e a utilização de 
conhecimentos teóricos e didático-pedagógicos sob uma nova perspectiva de educação viabilizam a reconstrução das práticas 
educativas docentes, além de ajudar a compreender como acontece o processo ensino-aprendizagem dos alunos: “O conhecimento, 
por parte do educador, do neurodesenvolvimento permite a utilização de teorias e práticas pedagógicas que levem em conta a base 
biológica e os mecanismos neurofuncionais, otimizando as capacidades do seu aluno” (OLIVEIRA, 2011, p. 26). I 
Para otimizar práticas pedagógicas ajustadas às especificidades do aluno é importante que o docente adquira formação específica 
para compreender a composição e o funcionamento do cérebro humano, mediante a aquisição dos conteúdos e na afetividade das 
relações professor-aluno e aluno-aluno.Desde o início do século XXI que se verifica uma intensificação da relação entre neurociências e educação, num movimento que 
defende que a prática pedagógica docente pode se tornar mais eficaz a partir do instante em que este conhece o funcionamento do 
cérebro. Isto não significa propriamente que o professor deva ter amplo conhecimento médico e fisiológico do cérebro, e sim, 
compreender que a educação engloba diversas áreas do conhecimento e deve considerar a diversidade da composição do indivíduo: 
a educação é o feixe central da interdisciplinaridade que engloba aspectos antropológicos, filosóficos, biológicos e psicológicos da 
espécie humana (MORALES, 2011, p. 6). 
Propiciar a estimulação pedagógica adequada para que os conhecimentos trabalhados em sala sejam assimilados e ocorra o 
desenvolvimento intelectual da criança requer ajuste de práticas pedagógicas, conforme explica Morales (2011, p. 10): “Se os 
estados mentais são provenientes de padrões de atividade neural, então a aprendizagem é alcançada através da estimulação das 
conexões neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção pedagógica”. 
Oliveira (2011, p. 64) acrescenta que: “maximizar a aprendizagem, aprender melhor, aprender a aprender, compreender como o ser 
humano aprende são temas que nos remetem ao professor, à sua formação acadêmica inicial e continuada, capacitando-o para o 
papel essencial na educação”. 
Na ótica do entendimento do funcionamento cerebral percebemos que aprender significa adquirir novos comportamentos que 
representam habilidades psicomotoras, atitudes e conhecimentos. Por conseguinte, compreendemos que comportamentos 
dependem da atividade do sistema nervoso e que aprendemos através da interação e da experiência. Ou seja, enquanto um 
processo ensino-aprendizagem pobre em interação e estímulos contribui desfavoravelmente para o desenvolvimento global do 
aluno, por outro lado, a aprendizagem depende da interação e de experiências enriquecedoras com o meio em que o sujeito vive. 
Isto equivale a dizer que um cérebro hábil, em um ambiente desfavorável, pode ter dificuldades para aprender e vice-versa. 
Em suma, conhecer o cérebro para compreender o processo ensino-aprendizagem na diversidade configura- se como uma condição 
sine qua non para o sucesso desse mesmo processo. É possível observar situações de fracasso do sistema educativo onde se aplica o 
“currículo uniforme pronto-a-vestir de tamanho único” (FORMOSINHO, 1987). Todavia, temos vindo a assistir ao surgimento de um 
novo conceito de currículo que coloca em evidência a necessidade de diversificar o ensino e as práticas pedagógicas em função da 
diversidade dos alunos (BARROSO, 2005). E como já vimos, a neurociência surge como uma possível aliada para a atuação docente. A 
partir das vivências em sala de aula, o professor percebe a necessidade de se buscar novos conhecimentos para melhorar ou 
solucionar os problemas por ele vivenciados. O contexto educacional em que o professor está envolvido não poderá ser considerado 
como parte distante de sua formação profissional (LIMA; BARRETO; LIMA, 2007). 
Além do mais, o professor da atualidade deve apreender a ideia de que o seu conhecimento não é imutável e que está relacionado 
às mudanças que ocorrem em sala de aula, um conhecimento que se ajusta às necessidades que surgem durante a prática educativa. 
Aqui se encontra o verdadeiro impacto que o estudo do funcionamento do cérebro tem, não só para compreender como pensamos, 
agimos e somos estimulados, mas também para decifrar modos de aprender e assimilar informações, bem como para construir 
memórias. 
Segundo Winick citado por Anderson et al (1988), a baixa ingestão de nutrientes durante o crescimento do cérebro, dependendo de 
quando ela ocorra, pode implicar em três efeitos diferentes: para a desnutrição grave da fase fetal ao primeiro ano de vida, há uma 
acentuada redução no número de células cerebrais; já em crianças que nascem com peso normal e a desnutrição ocorre no primeiro 
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ano de vida a diminuição do número de células cerebrais é moderada; quando a desnutrição acontece após o primeiro ano não 
ocorre redução do número de células cerebrais, porém há uma possível redução no tamanho das células. 
Dependendo do grau de desnutrição, as alterações neurais ocasionadas podem ser irrecuperáveis ou, em níveis menores, podem ser 
parcialmente revertidas, de tal forma que a privação nutricional pode tornar a criança menos capaz de receber informações e 
interagir com o ambiente, estando propícia a produzir comportamentos incompatíveis com os estímulos oferecidos pelo ambiente, 
fator negativo para o desempenho escolar, para o desenvolvimento das habilidades e da capacidade de absorção e incorporação de 
informações. 
Entendendo a plasticidade cerebral como um mecanismo de desenvolvimento e aprendizado do cérebro humano, diante de 
influências ambientais compactadas em mudanças de aspecto fisiológico, experiências vividas, aspectos sociais e psicológicos, 
percebemos que os hábitos dos seres humanos, mudanças de comportamento e, até mesmo, capacitação para desenvolvimento de 
habilidades motoras e mentais são resultado da neuroplasticidade estabelecida ao longo do tempo, e estando estes mecanismos em 
grande vigor na fase inicial da vida, dependem de sua boa formação em âmbito físico para que se desenvolvam em outros aspectos. 
Partindo de estudos sobre o desenvolvimento cerebral, a nutrição e a dependência direta que a plasticidade tem de sinapses neurais 
e reconstruções dendríticas, podemos afirmar que diante da situação de má nutrição nas fases iniciais da vida, a plasticidade neural 
ficará comprometida não só na infância, mas também em todas as outras fases, especialmente se esta privação, em termos 
nutricionais, for de proteínas. 
Esses aspectos devem ser considerados em especial na educação infantil, na qual o professor, ao observar alguma dificuldade no 
desenvolvimento de novas habilidades, dependendo do contexto no qual está inserido, poderá fazer o acompanhamento do aluno, 
considerando a possibilidade desta dificuldade ser decorrente de condições alimentares desfavoráveis, podendo este ser 
encaminhado a algum serviço social ou até mesmo ser dado a este atenção especial nas merendas escolares oferecidas nas escolas 
públicas. 
A neuroplasticidade é definida como qualquer modificação do sistema nervoso que não seja periódica e que tenha maior duração 
que poucos segundos. Ou ainda a capacidade de adaptação do Sistema Nervoso Central (SNC), especialmente a dos neurônios, às 
mudanças nas condições do ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos, um conceito amplo que se estende desde 
resposta a lesões traumáticas até sutis alterações resultantes dos processos de aprendizagem e memória (BORELLA; SACCHELLI, 
2008). 
Pode-se citar que ocorre processo de neuroplasticidade mais acentuado em crianças pequenas, nelas percebe- se que existe um 
processo de aprendizado mais acentuado que ocorre desde o nascimento e se dá de maneira grandiosanos primeiros anos de vida 
com maior crescimento neuronal, proporcionando uma grande capacidade de aprendizagem. (BALOD, 2004). 
A plasticidade neural é maior durante a infância, e declina gradativamente sem extinguir a vida adulta, e ocorre tanto no hemisfério 
intacto como no lesionado. Há várias formas de plasticidade, regenerativa, axônica, dendrítica, somática e habituação que é umas 
suas formas mais simples. (DINIZ; ABRANCHES, 2003). 
O SNC demonstra que existem capacidades adaptativas para modificar a sua organização estrutural própria e funcionamento. E suas 
propriedades permitem o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta às experiências, e como adaptações a condições 
mutantes e estímulos repetidos (BALOD, 2004). 
Controle motor é um processo no qual visa maximizar um estímulo inicial ou adquirido, tornando um aprendizado. A integração da 
neurociência demonstra que o SNC é adaptável não somente durante o desenvolvimento, mas também por toda vida. E pode ser 
melhorada com o enriquecimento do estudo da neuroplasticidade para melhora do controle motor que é estimulado por influências 
ambientais e comportamentais (UMPHRED,2004). 
Para Borella e Sacchelli (2008) a reorganização neural guiada pode ser uma facilitação a recuperação da função se tornando um 
objetivo essencial no controle motor. Essa reorganização pode ser estimulada incorporando treinamento repetitivo, prática de 
tarefas específicas, treinamento sensorial e prática mental, todas integradas às estratégias de reabilitação e auxílio na melhora do 
controle motor. 
O controle motor se desenvolve a partir de um conjunto complexo de processos neurais, físicos e comportamentais que governam a 
postura e o movimento. Durante muito tempo acreditou-se que a lesão cerebral seria permanente, com pouco reparo e recuperação 
cerebral limitando o controle motor, porém nos dias de hoje é possível verificar a influência do processo plástico na reabilitação do 
controle motor. (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010). 
Neuroplasticidade – Cap. 5 “Os neurônios de transformam ” 
• A transformação é chamada de ​plasticidade: ​Os neurônios podem se transformar de modo permanente ou pelo menos prolongado 
(a sua função e a sua forma) em resposta a ação do ambiente externo. 
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• É a capacidade de adaptação do sistema nervoso, especialmente os ​neurônios​, às mudanças nas condições ambientais que 
ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos. Ex: Uma pessoa vê que alguém bateu o carro e sofreu graves lesões por não estar 
usando o cinto de segurança. A partir daí ela muda seu comportamento e passa a usar. 
• A plasticidade é ​maior durante o desenvolvimento ​e declina gradativamente, sem se extinguir, na vida adulta. 
• Formas de neuroplasticidade: 
-​Regeneração: ​consiste no recrescimento de axônios lesados. Forte no SNP, facilitada pelo microambiente de células não neurais. No 
SNC os oligodendrócitos bloqueiam a regeneração 
-Plasticidade axônica: ​Máxima durante os períodos críticos do desenvolvimento, ocorrendo de modo limitado na vida adulta 
-Sináptica: ​Pode ser a base celular e molecular de certos tipos de memória. Consiste no aumento ou diminuição, prolongados ou 
permanentes, da eficácia da transmissão sináptica. 
-Dendrítica: ​Reorganizar sua morfologia em reposta a estímulos ambientais. Máxima durante os períodos de desenvolvimento que se 
manifestam no tronco, ramos e espinhas dendríticas. Nos adultos apenas limita-se as espinhas dendríticas 
-Somática: ​Capacidade de regular a proliferação ou a morte de células nervosas. Somente o SNC embrionário é dotado dessa 
capacidade e não sofre influência do ambiente. 
Obs: ​pode ter valor compensatório, mas nem sempre isso ocorre porque as transformações neurais que respondem ao ambiente 
nem sempre restauram funções perdidas. As vezes produzem funções mal adaptativas ou patológicas ** caso do problema 
A neuroplasticidade se estende desde a resposta a lesões traumáticas destrutivas até as sutis alterações resultantes dos processos de 
aprendizagem e memória. O seu grau varia de acordo com a idade do indivíduo, pois durante o desenvolvimento ontogênico o SN é 
mais plástico, tudo se molda de acordo com as informações do genoma e as influências do ambiente. 
Durante o desenvolvimento da criança há uma fase de grande plasticidade denominada de ​período crítico, ​depois que o organismo 
ultrapassa essa etapa e atinge a maturidade sua capacidade plástica diminui ou pelo menos modifica. 
Obs: ​Numa lesão, os neurônios que tiveram o corpo celular lesado provavelmente morrerão, mas as que tiveram apenas os 
prolongamentos danificados podem regenerar-se 
Regeneração axônica periférica: ​A sobrevida do corpo celular em uma transecção do axônio é fundamental, pois a soma que 
comanda o recrescimento axônico (além de um microambiente propício ao crescimento axônico). A transecção separa o axônio em 
dois cotos: 
-Coto distal​: Se degenera devido à ausência de aporte energético. Os macrófagos da corrente sanguínea fagocitam os restos e a 
mielina e começam a sintetizar o que irão compor a matriz extracelular 
-Coto proximal: ​Permanece ligado ao corpo celular. Regenera.--> A membrana lesada solda-se imediatamente após a lesão e a ponta 
do coto proximal se torna um cone de crescimento (que vai seguir o arcabouço criado pelo coto distal, mas se a lesão for muito 
distante dos alvos, o cone pode se perder e não ocorrer regeneração). 
Regeneração axônica central: ​Os axônios centrais são capazes de se regenerar através de longas distancias, desde que estejam em 
contato com o microambiente do SNP. Nessas condições são capazes de fazer sinapses funcionantes embora limitante. O 
microambiente do SNC não favorece o crescimento regenerativo dos axônios centrais pois os oligodendrocitos proliferam em torno 
de uma degeneração e produzem moléculas ativamente inibidoras da regeneração (​NI-250 e NI-35​) e os astrócitos sintetizam 
proteoglicanos que possuem ação anti-regenerativa. 
➔​ Plasticidade axônica ontogênica 
**Cromatólise: estágio de sofrimento 
Este tipo ocorre durante o período crítico, ou seja, dependem da idade, assim os mais jovens possuem maior plasticidade, pois seus 
axônios se desenvolvem sob controle e influência do ambiente. Os períodos críticos são aqueles em que ocorre maior plasticidade. 
No caso da linguagem, o período crítico pode estender-se até a adolescência, para a visão (circuitos binoculares) o período crítico vai 
até os 10 anos de idade. 
➔​ Plasticidade axônica adulta 
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Os neurônios adultos são capazes de alterar os circuitos axônicos, sendo assim o cérebro adulto seria dotado de plasticidade axônica. 
Isto pode ser explicado pela existência de brotamento colateral, ou seja, aparecimento de ramos colaterais dos axônios de regiões 
não lesadas com posterior crescimento para as regiões cerebrais vazias. 
➔​ Plasticidade Sináptica 
A transmissão de informações entre dois neurônios deve ser facilitada e tornar-se estável quando ocorre coincidência temporal 
(sincronia) entre os disparos do primeiro e do segundo neurônio. Entra o processo de habituação e sensibilização visto em 
aprendizagem: Habituação um estimulo que é fraco e acabadesaparecendo e sensibilização um estimulo que é forte e é duradouro. 
Potencial de longa duração: ​É considerado um dos mecanismos de memória dos invertebrados. Uma fase inicial (minutos), uma fase 
precoce (horas) e uma fase tardia (horas, semanas ou a vida inteira). 
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