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Relações Étnicos Raciais no Brasil- Prova e Resumo

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Relações Étnicos- Raciais no Brasil
• Somos uma população racista>> afinal porque precisamos de uma lei que afirme que “o racismo é crime inafiançável?”
• Lei 10.639/2003- inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira” alterou a lei da LDB.
• Lei 11.645 de 10 de março de 2008, inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”.
• Estatuto da Igualdade Racial > Lei 12.288/2010
• 2011: ONU cria o Ano internacional dos afrodescendentes>>> para se refletir em politicas públicas de ações afirmativas para a inserção na sociedade abrangente dos afrodescendentes que estão em uma situação de minorizados.
• Conceito Raça: no século XVI foi criado um conceito para justificar a diferenciação biológica entre os seres humanos> as características genótipos (exteriores) caracterizam a diferenciação entre as pessoas> ao longo dos séculos foi se observar que essas características genótipos não diferenciam a população, pois somos todos iguais biologicamente por isso fala-se atualmente de raça humana, uma única raça.
• Raça e etnia não são sinônimos: raça significa uma relação social, ou melhor um conflito social, forjada nas tensas relações entre brancos e negros muitas vezes simuladas como harmoniosas.Termo utilizado com frequência nas relações sociais brasileiras para informar como determinadas características físicas- como cor de pele, tipo de cabelo, entre outras- influenciam, interferem e, até mesmo, determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira.
• Aprendemos a ser negros ou brancos, são introjetados em nossa forma de ser e ver o outro, na nossa subjetividade, nas relações sociais mais amplas.>>> ao longo da vida aprendemos a ter uma posição social, independente de suas características físicas (ex: dos escravos que embora libertos eram dependentes de determinado grupo, aprenderam a ter uma posição social)
• Etnia> significa pertencimento, posicionamento, identificação a determinado grupo> o conceito passa pelo pensamento simbólico, pois eu me identifico com o grupo e compartilho os hábitos e costumes de determinado grupo> essa relação é endógena, quando eu me identifico, e exógena quando o outro diz que eu faço parte de determinado grupo.
“Um grupo possuidor de algum grau de coerência e solidariedade, composto por pessoas conscientes, pelo menos em forma latente, de terem origens e interesses comuns. Um grupo étnico não é mero agrupamento de pessoas ou de um setor da população, mas uma agregação consciente de pessoas unidas ou proximamente relacionadas por experiências compartilhadas.” Implica posicionamento, pertencimento, opção, escolha, autodenominação do sujeito, tendo por referência determinado grupo étnico. Portanto, a atribuição de pertencer a determinado grupo étnico pode ser:
• endógena – parte do próprio sujeito, devendo ser necessariamente a decisão de pertencimento dele;
• exógena – quando os significados atribuídos partem de outros grupos.
• Atribuição categorial: (processo sócio-histórico): os atores identificam-se ou são identificados pelos outros (endógena ou exógena).
•Origem comum: (processo simbólico): necessidade dos atores de demonstrarem uma ancestralidade com o seu grupo étnico por meio de símbolos identitários.
>Raça é um conceito político e etnia implica a escolha, pertencimento a determinado grupo étnico.
• No Brasil temos várias etnias, pois entre os índios temos mais de 200 etnias, não é um processo simplista dividido entre brancos, negros e índios. Pois etnia vai além, pois tem a ver com o pertencimento, que vai além das caracteristicas físicas.
• Histórico: No século XVI foi criado o conceito raça para justificar a supremacia de um grupo sobre o outro, já no século XVIII/ XIX o positivismo justificativa da organização social a partir das capacidades intelectuais de um determinado grupo, num planeta que teve a mesma origem (Lei evolucionista de Darwin), E O DESENVOLVIMENTO FOI DIFERENCIADO, segundo os países e continentes, as sociedades que melhor se organizaram justificam sua capacidade superior, daí justifica sua supremacia.
No século XX, o Nazismo utilizava tal conceito para justificar a superioridade da raça humana.
• O pensamento eugenista formado por muitos médicos justificavam a necessidade da não miscigenação, pois afirmavam que as mazelas sociais do Brasil eram consequências desse processo de miscigenação. 
>>> Esses conceitos são base para o Racismo Científico mais a Teoria Racionalista vai em contraponto a Identidade Nacional, ao Mito da Democracia Racial dão base a Ideologia da alienação.
• Racismo Científico: Doutrina científica que sustentou, ideologicamente, durante os séculos XIX e XX, as políticas racistas e de exclusão comandadas pelos europeus. Todo esse empenho de exclusão é uma questão ECONÔMICA. 
Caracterização do Racismo Científico
• Naturalização – redução do cultural ao biológico. Grupo étnico tem uma cultura minorizada “isso é comum”, por isso naturalizada
•Determinismos – status social explicado por características naturais. “Se você pertence a determinado grupo étnico, não terá naturalmente capacidade para fazer algo diferente” ex: Um escravo nunca poderá ser senhor de engenho, governar. Fica determinado a determinados grupos fazerem o que sua raça foi determinada a fazer.
• Justificação – missão justificadora das diferenças sociais, a fim de esconder suas causas reais e as relações de poder. Ex: Missão dos Jesuítas, que queriam salvar os índios de irem para o inferno, da visão politeísta. Mas por trás o objetivo era a relação de poder
•Hierarquização – diferenças entre as raças colocam as pessoas, naturalmente, como umas superiores às outras. 
• Racismo à brasileira: historicamente nossa sociedade sempre foi hierarquizada e autoritária. Nossa Herança do Brasil colonial>>>brancos como colonizadores; índios como população original; negros como escravos (visão reproduzida pela escola, devido a necessidade de formação das relações inter étnicas)
• Processo de estigmatização* das raças na construção da identidade nacional>>> *determinar a partir daquelas características do Racismo Cientifico, a situação de determinado grupo e dessa forma eu reconhecer que essa identidade do nosso pais em que cada grupo étnico tem o seu lugar sem a possibilidade de mudanças.
• A mistura de raças no Brasil era vista como um elemento negativo que explicaria, inclusive, o porquê de nossas mazelas sociais, de nosso fracasso político e de nossa dependência econômica.
• O mito da democracia racial em oposição ao Racismo Científico: 1933 tem a publicação do livro “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freire> A partir de então, o racismo no Brasil toma outra configuração: bases para a construção do mito da democracia racial é visto como uma proposta positiva provando para os grupos eugenistas que a miscigenação é positiva. A Miscigenação ganha contornos positivos, com ênfase nas qualidades do povo brasileiro miscigenado e mestiço. Suposta “convivência harmoniosa” entre as três raças: força e estatuto de uma ideologia dominante.
• Contraponto: com o tempo passamos a ter o racismo a brasileira, pois como vivemos num pai de miscigenação não temos racismo, se não temos racismo não precisamos discutir sobre ele, por isso falar sobre cotas, e ações choca as pessoas, pois é um racismo velado.
 
• Biologicamente, não existem “raças”, somos uma só raça humana
“Raça” é um conceito político.
O racismo pressupõe: • hierarquização; • inferiorização; • preconceito; • discriminação; e desigualdade;
Pressupostos do racismo
• Hierarquização: existência de raças humanas com diferentes qualidades e habilidades.
• Inferiorização: da hierarquização decorre em que uns são considerados superiores aos outros.
• Preconceito: crenças e expectativas de ação que não estão formalizadas. (não é verbalmente manifesto)
• Discriminação: ações concretas que diferenciamgrupos ou pessoas segundo critérios raciais.
• Desigualdade: desigualdade de oportunidades.
• A condição dos afrodescendentes na sociedade brasileira
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):
• Censos – a cada 10 anos, um levantamento completo sobre cada família brasileira.
• PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) – anualmente, seleciona apenas uma amostra dos domicílios brasileiros para um levantamento parcial.
• Ambos trazem uma visão bastante representativa de nosso país e são importantes recursos para que sejam elaboradas políticas públicas que encontrem as melhores soluções para nossos principais problemas sociais.
• Dados do IBGE
• Autodenominação de cor/raça nos levantamentos censitários brasileiros, o próprio entrevistado escolhe entre branco, preto, pardo, amarelo ou indígena. São considerados negros os entrevistados que se denominam como pretos e pardos.
• Pelos dados preliminares do Censo 2010, já somos mais de 190 milhões de brasileiros.
• Entretanto, quando o assunto é a igualdade social entre brancos e negros, os números são bastante desoladores e o país ainda precisa melhorar muito em distribuição equitativa de direitos e oportunidades.
• A questão de gênero e a condição feminina da mulher negra: experimenta situações de exclusão, marginalidade e/ou discriminação socioeconômica maiores que as mulheres brancas e que os homens brancos e negros.
• Quanto mais pobre, piores as condições de vida, menor o acesso aos serviços de saúde, assim como ao pré-natal (6% brancas, 12,8% negras – não realizaram); consequentemente, maior o risco de doenças durante a gravidez e, portanto, maior a incidência de mortalidade materna.
• A função dos movimento negros é lutar pela oportunidade de direitos a todos, o sentimento preconceituoso e discriminatório que caracteriza o racismo não pode permitir que o outro tenha oportunidades. A aceitação ou não do outro que é diferente não pode impedir que esse outro tenha acesso a essas oportunidades.
• O movimento negro sempre existiu desde que os afrodescendentes chegaram ao Brasil, os escravizados nunca foram passivos, pacíficos e acomodados. Sempre houve resistência.
	
• Consequências após a Lei 10.639/2003
• As crianças precisam aprender outra História do Brasil. Esta lei torna obrigatório que a perspectiva africana e afro-brasileira seja considerada no ensino de História. Temos que apagar o estigma do negro apenas como “escravo”, sempre houve escravizados e não escravos.
• Após a lei, grande incentivo à produção de material didático e pedagógico sobre a História da África e dos negros no Brasil.
Principais consequências do movimento negro
• Legislação penal: pune todo ato discriminatório, considerando o racismo como “crime inafiançável”.
• Ações afirmativas* (garantir que determinado grupo tenha acesso a determinadas situações que lhe garantam a oportunidade de igualdade) que visam promover a igualdade de oportunidades a grupos desfavorecidos socialmente. Essas ações visam “reparar” das perdas de oportunidades vividas pelos negros em consequências de políticas segregacionistas> pq diferente de outros países que tiveram uma organização social de escravização, após o rompimento houve uma oportunidade deles se reestruturarem, ao contrário do Brasil>>> logo, essas ações afirmativas reparar as perdas é permitir que essa população que não teve a oportunidade de recomeçar sua vida, e teve consequência na sua situação atual na sociedade brasileira possa ter essa oportunidade que lhe é de direito.
• Ação afirmativas são medidas paliativas, transitórias e portanto temporárias (exemplo de sistema de cotas). É para reparar um dano e é um processo de aceleração.
• Por que as ações afirmativas são realmente necessárias?
• Acelerar um processo histórico.
• Combater a “inércia histórica”.
• Assumir o “racismo institucional” presente no sistema social.
• Desmontar o “mito da democracia racial”.
Promover uma “discriminação positiva” – facilidade temporária para um acesso mais rápido aos direitos sociais básicos que lhes foram, por tanto tempo, sistematicamente negados.
• Temos as leis mais modernas e avançadas do mundo:
• Constituição de 1988.>>> A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da Lei
• ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente,
Lei 8069 de 1990.
• LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394 de 1996.
• E tantas outras...
• Mas o grande problema é que nossas leis não têm correspondência com nossa vida cotidiana, o que dificulta, e muito, que sejam colocadas em prática.
• Brasil foi o primeiro país em todo o continente americano a regular práticas racistas através de legislação específica.
• Nos anos 90 novos atores na luta antirracista emergiram. Começam a se constituir nas favelas e periferias urbanas brasileiras grupos de jovens ligados a iniciativas de cultura e arte, com um discurso de enfrentamento da violência, afirmação de pertencimento...orgulho racial.”= Movimento Hip Rop.
• Estatuto da Igualdade Racial, Lei 12288 de 20 de julho de 2010
• Em maio de 2003, o senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou o projeto de lei do Senado que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial.
• No dia 20 de julho de 2010, o projeto foi aprovado com emendas validando através da Lei 12288, o Estatuto da Igualdade Racial.
• O documento versa sobre os principais direitos garantidos à população afrodescendente no Brasil, bem como busca combater toda forma de discriminação e intolerância étnica.
Principais pontos do Estatuto da Igualdade Racial
• Pena de até três anos para quem praticar racismo pela internet.
• Incentivo à contratação de negros pelas empresas.
• Reconhecimento da capoeira como esporte.
• Reserva, nos partidos políticos, de 10% das vagas para candidatos negros (atualmente, só há reserva para mulheres).
• Retira a obrigatoriedade de cotas nas universidades públicas para alunos negros.
• Leis e diretrizes educacionais
• Grande influência do ECA sobre os debates educacionais a partir de sua publicação em 1990.
• Processos sociais de conquistas de direitos são lentos, graduais e integrados.
• Resultado de amplo e longo debate entre grupos e movimentos.
•A igualdade racial não pode ser encarada como uma necessidade apenas do movimento negro, mas de todos os brasileiros que buscam encontrar suas verdadeiras raízes históricas e culturais e querem viver em uma sociedade mais justa e igualitária.
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9394 de 1996
• Art. 26 do Cap. 2 § 4º- “O Ensino de História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia”.
• Daí a aprovação da Lei 10639 de 2003 foi um passo, garantindo a afirmação, o reconhecimento e a valorização dos negros no quadro da diversidade da cultura brasileira Lei 10639 de 2003
• Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afrobrasileira”.
• Essa legislação consegue chamar a atenção de autoridades, educadores e da sociedade para a importância da inclusão no currículo escolar da perspectiva étnico-racial.
• Institui o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra.
•Parecer no. 003/2004
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana de 2004 – Parecer CNE (Conselho Nacional de Educação) nº 003/2004 .
• Traz orientações, informações e estratégias para a implantação da Lei nº 10639.
• Busca identificar as contribuições da Lei 10639 para o reconhecimento e a valorização da diversidade étnico-racial brasileira, passo fundamental para uma sociedade de fato igualitária e livre do racismo.
• Plano Nacional de Implementação do Parecer 003/2004
•Plano Nacional de Implementaçãodas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana, de 13 de maio de 2009.
• Após 6 anos, o MEC, juntamente com a Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR (SubAA), toma a iniciativa de publicar este Plano, visando a facilitar o processo de implantação da Lei 10639/2003 em todas as escolas brasileiras
Sendo o Brasil o primeiro país do continente americano a criar leis específicas no combate ao racismo, indique quais leis efetivamente se referem ao racismo como crime> Constituição Federal de 1988, Lei 7.716/89 e o Código Penal, artigo 140.
• Estatuto do Índio: Lei 6001/73: dispõe sobre as relações do Estado e da sociedade brasileira com os índios e os coloca como sendo relativamente incapazes e devem ser tutelados (A União entendia que a população específica dos índios com hábitos diferentes precisavam ser amparados pelo Estado e pelo Governo).
• Constituição Federal de 1988: reconhece o direito do índio de manter e preservar sua própria cultura.
• Novo Código Civil (2003): retira os índios da condição de relativamente incapazes, estipula legislação própria.
• Estatuto está em construção.
• Africanidades: processo de valorização e resgate da história e cultura africana e afro-brasileira, a fim de desfazer os estereótipos raciais construídos pelos grupos dominantes> a medida que eu estudo a realidade de um grupo étnico eu passo a permitir que esse grupo seja valorizado no imaginário coletivo, e diante dessa valorização eu promovo a educação de igualdade na diversidade> a africanidade é fundamental para que se cumpra a Legislação.
• Alguns mitos sobre a formação do Brasil
• Nossos problemas atuais estão diretamente ligados ao tipo de população que foi enviada pra cá naquele momento.
• Para povoar um país-continente como o nosso, foram mandados para cá os “piores cidadãos” portugueses, indesejados na Europa, como ladrões, bandidos, vagabundos, prostitutas e desocupados de todo tipo. É por isso que nosso país “não deu certo”.
• Os livros de história do Brasil também colaboraram para “apagar” esse passado africano: ausência da perspectiva africana e afrobrasileira.
• Importância de uma lei que obrigue esse resgate histórico e cultural> Lei 10.639/2003> promoção da igualdade racial nas escolas e na sociedade.
Vamos destacar apenas 3 aspectos:
1. No campo econômico: os negros como força de trabalho não remunerada, ajudando a construir as riquezas do país.
2. No campo demográfico: o elevado número de africanos fizeram parte da população brasileira.
3. No campo cultural: influência linguística, religiosa e no campo das artes, seja através de instrumentos musicais, ritmos, danças.
• Alguns exemplos de resistência negra durante a escravidão
As revoltas urbanas:
• Revolta dos Alfaiates (Bahia, 1798).
•Revolta dos Malês (Bahia, 1835)> reforma feita com mulçumanos que se organizaram que se não fossem denunciados seria uma grande revolução.
•Cabanagem (Pará, 1835-1840).
• Sabinada (Bahia, 1837-1838).
• Balaiada (Maranhão, 1838-1841).
• Os Quilombos:
• Seu principal objetivo era a implantação de uma nova forma de vida e organização social, diferente da estrutura política colonial e escravista.
Foram centenas de quilombos espalhados por todos os estados do país, que tiveram duração mais curtas ou continuam ativos até os dias de hoje.
O abolicionismo como um movimento conservador
• Movimento organizado pela classe política da ocasião, que procurou trazer poucos ou nenhum prejuízo aos senhores de escravo nesse processo de “libertação”.
• A preocupação da elite da época era que a abolição se desse de forma pacífica, sem sustos e nem revoluções.
• Daí as três grandes leis abolicionistas: Ventre Livre (1871), Sexagenários (as pessoas acima dos 60 anos não seriam mais escravizadas) (1885) e Áurea (1888) terem tido muito mais benefícios aos próprios senhores do que uma nova condição à população negra.
• A abolição como dissimulação de qualquer processo de confronto. Entretanto, a abolição foi-nos passada como um presente, uma dádiva: imagem de superação lenta, ordenada, gradual e controlada pelo Estado.
Base para o “mito da democracia racial”: como se o processo abolicionista tivesse sido capaz de acabar com todos os conflitos anteriores existentes entre senhores e escravos e, a partir da abolição, o país passasse a experimentar uma relação cordial e amistosa entre essas classes. 
• Ideologia da igualdade racial e da oportunidade igual para todos.
• O projeto nacional de branqueamento
• Falta de planejamento do poder público no sentido de incorporar a mão de obra negra recém-liberta ao novo mercado de trabalho nacional naquele momento.
• O projeto nacional de branqueamento: a Guerra do Paraguai como estratégica sucção de mão de obra negra (cerca de 90.000 negros morreram nessa guerra).
• Tática para branquear a população brasileira e também justificar a política imigrantista, que trouxe para o Brasil cerca de 4 milhões de imigrantes brancos a partir de 1808.
• Movimentos negros pós-abolição
• 1888: Lei Áurea.
•Desigualdades sociais entre brancos e negros continuaram a existir, mesmo após a “libertação” dos escravos.
• Libertação “na força da lei”: efeitos diretos na continuidade da condição do negro.
• O processo de marginalização do negro
• Sem possibilidade de trabalho remunerado, os negros “recém-libertos” acabaram se instalando nas periferias das cidades, nas regiões mais pobres do Brasil.
• Somando-se a essa “periferização” das populações negras, outras formas de exclusão se impuseram, devido a processos discriminatórios e racistas.
• Esses e outros dados ainda são confirmados pelos levantamentos estatísticos atuais.
• As ideologias raciais: o alcance das políticas de branqueamento no Brasil A ideologia racial do branco: “consciência social de dominação, em que o próprio branco se representa superior aos outros, isto é, com direito de dispor dos outros.”
• A ideologia racial do negro: “fundada numa relação de inferioridade em face do branco, que detém presumivelmente o poder, exprime uma consciência de submissão.”
• Pedagogia da exclusão: imagens e representações do negro no Brasil> Projeto nacional de branqueamento (incentivo a imigrantes, guerra do Paraguai) > Era preciso apagar tudo o que remetia ao nosso passado negro; Mito da democracia racial (alimente que todos somos iguais por ser um pais de miscigenação> Racismo à brasileira: uma ideologia cada vez mais difícil de se detectar, desvendar e decodificar>>>> Todos esses processos sociais continuam a marcar as imagens e representações feitas sobre o negro, seja por parte da mídia, na literatura ou no ambiente escolar >>> 
• A violência simbólica é uma das formas de dominação mais profundas e cruéis que se pode conceber: mecanismos sutis de dominação social, utilizados por indivíduos, grupos ou instituições, e impostos sobre outros.
• A construção da identidade brasileira se enraíza na interiorização por todos os brasileiros (todos mestiços, afinal) de normas enunciadas pelos discursos dos estrangeiros que nos colonizaram.
• Assumir o universo simbólico de um outro, sem perceber que essa “transferência” foi feita na forma de uma dominação no plano simbólico.
Para Bourdieu, na escola também se realiza a violência simbólica, quando esta passa a tratar como iguais indivíduos que são desiguais.
• A escola procura encobrir as diferenças de raça, cor, classe, origem etc., dando a todos os alunos um único tratamento e favorecendo, assim, aqueles que já estão na condição de favorecidos.
• A eficácia da violência simbólica: esta só triunfa se aquele(a) que a sofre contribui para a sua eficácia.
• Trata-se de um longo processo de aprendizado, capaz de manter “cada coisa em seu lugar e cada lugar com sua coisa”.
Imagens e representações que, muitas vezes, o professor traz de maneira inconsciente para sua prática cotidiana em sala de aula e que colabora para a reproduçãode estereótipos.
• Outra dificuldade: professoras afrodescendentes que não reconhecem sua origem étnico-racial.
• Os estereótipos vão sendo assimilados como verdades pela criança, que é vítima dessa violência simbólica.
• O processo de construção da identidade afrodescente na infância e na juventude: 
 
• A identidade é construída no plano simbólico, no conjunto de significações, valores, crenças, gostos, que o indivíduo vai assumindo na sua relação com o outro.
>Sociedade paradoxal: leis garantem igualdade de direitos e oportunidades para brancos e negros, mas as relações sociais revelam uma estrutura claramente hierarquizada 
e encharcada com um racismo às escondidas
Construção da identidade: 
• Herança cultural ou socialização primária: que é transmitida pelo grupo familiar ou social.
• Socialização ou socialização secundária: processo de formar um novo membro da sociedade, apto a viver naquela determinada cultura (educação informal ou formal).
• Construção de si: seleção de aspectos da cultura com os quais o sujeito se identifica (relação eu-outro/ troca simbólica)
• Cultura: dinâmica, diálogo e inter-relação entre os sujeitos.
Tarefa difícil à escola:
1. desconstruir estereótipos de raça/cor;
2. desmistificar os mitos raciais existentes na sociedade brasileira;
3. ter atitudes com os alunos em relações não discriminatórias e equitativas em sala de aula.
• Importância da diversidade na construção identitária
• As nossas noções de igualdade e diferença: podem ser valorizadas, codificadas, trocadas e ressignificadas nesse complexo processo que é a formação do sujeito autônomo.
• Respeito às diferenças, necessário à construção identitária e às trocas simbólicas realizadas.
• A construção da identidade brasileira precisa passar necessariamente pela realidade da miscigenação e da constituição de nossa cultura a partir de nossas raízes negras, indígenas e europeias, ao mesmo tempo e em igual relevância.
Resumindo: a identidade é um processo construído a partir da interação entre os sujeitos, que na contraposição de suas diferenças e no respeito a essa diversidade, atribuem significados ao universo simbólico que passa a compor sua visão de mundo, influindo em suas escolhas e nos
caminhos que irá percorrer.
• A prática educativa precisa ser desenvolvida com intencionalidade e persistência, com vistas à promoção da igualdade racial> A desconstrução do mito da democracia raciaI>. A simplificação excessiva de fatos históricos apresentados nos livros didáticos> A ausência da perspectiva étnico-racial na definição dos currículos e conteúdos.
• Escola e a promoção da igualdade racial: estratégias e possibilidades>>> Lei 10.639/2003: todos os envolvidos na instituição escolar estão convocados a promover mudanças estruturais no ensino: reformulação dos currículos, dos projetos pedagógicos,
dos planos de aula, de materiais didáticos e paradidáticos, enfim, de toda a prática educativa de modo geral; promover o reconhecimento, o respeito e a garantia das diversidades culturais e, de forma especial, da população afrodescendente no Brasil.
•Três pontos dos princípios da pedagogia antirracista, a saber:
1. respeito às africanidades;
2. reconstrução do discurso pedagógico;
3. estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileira.
 Questões
• A presença africana na formação do Brasil e na construção da identidade cultural brasileira é fato relevante não evidenciado na literatura didática no processo de escolarização. A influência africana revela-se: No campo econômico pela construção de riquezas que deram sustentação econômica à empresa colonial portuguesa; No campo demográfico, pelo trabalho de povoamento do novo país; No campo cultural pela influencia linguística e pelas religiões de matriz religiosa; No campo das artes, por meio de instrumentos musicais, ritmos e danças.
• O conceito de raça, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnicos- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, aprovadas em junho de 2004 pelo Ministério da Educação, significa: A construção social forjada nas tensas relações entre brancos e negros. Informar como as características físicas influenciam, interferem e determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira; Demonstrar que a genética indica as diferenças biológicas, portanto a diversidade biológica determina as diferenças raciais.
• A força do movimento negro contra todas as formas de discriminação por raça ou cor e pela garantia de direitos sociais fundamentais da população afro- brasileira acabou se traduzindo de duas formas: legislação penal e ações afirmativas. De acordo com o propósito de promoção de igualdade de oportunidades a grupos desfavorecidos socialmente, indique as especificidades da política de ações afirmativas: Garantir cotas para afrodescendentes em universidades e empresas, visando à inclusão justa desse segmento populacional; Políticas públicas que pretendem corrigir desigualdades socioeconômicas procedentes de discriminação, atual ou histórica, sofrida por algum grupo de pessoas; Medida paliativa, transitória e portanto temporária, devendo ser extinta assim que as condições sociais estiverem mais equilibradas para os grupos minorizados negros, índios, mulheres, etc.; Denomina-se discriminação positiva, no sentido de proporcionar algumas vantagens aos grupos historicamente em desvantagem.
 • Pierre Bourdieu, sociólogo francês, denominou violência simbólica os mecanismos sutis de denominação social utilizados por indivíduos, grupos ou instituições e impostos sobre outros. Diante de pesquisas acadêmicas, como a realização por Eliane Cavaleiro na obra Do silencio do lar ao silencio escolar, sabe-se que na escola também ocorre a violência simbólica quando: Trata-se indivíduos que são desiguais, procurando encobrir as difereças de raça, cor, classe, origem, etc.
• Os grupos eugenistas afirmavam que as mazelas sociais, o fracasso político e a dependência econômica brasileira eram resultados do processo de miscigenação entre as etnias branca, negra e indígena. No entanto, Gilberto Freyre, em sua obra clássica Casa Grande e Senzala , contrapõem-se a essa concepção ao apresentar a miscigenação como grande alavanca de formação da cultura brasileira. A obra referida trouxe fundamentos para a criação: Do mito da democracia racial.
• O racismo cientifico empregou o conceito de raça como base de justificação das desigualdades, bem como de naturalização das hierarquias sociais. Esta concepção racialista representada, por exemplo, pela teoria positivista, defendia que: A diferença entre as raças explicava naturalmente a organização social, com a superioridade de uns sobre outros.
• Com o objetivo de incentivas e promover a implantação da Lei Nº 10.639/2003, o Ministério da Educação publicou no Diário Oficial da União, para ciência, acompanhamento e execução de toda comunidade educacional: As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
• Quando se discute a qualidade do ensino oferecido à população, observa-se um grave problema chamado de analfabetismo funcional, onde o aluno aprende os códigos linguísticos e numéricos mas não consegue compreender textos ou mesmo produzi-los. Tendo em vista que os brancos tem em média 8 anos de estudo contra 6 anos dos negros, podemos afirmar que: O alfabetismo funcional ocorre em sua maioria entre a população negra e parda, tendo em vista o tempo reduzido de escolarização.
• O poder público brasileiro tem reconhecido que há uma necessidade urgente de incluir no currículo da educação básica a problemática das relações étnicos-raciais, inclusive na formação dos professores. Esse reconhecimento político tem sua representatividade: Nos documentos obrigatórios como as Diretrizes Curriculares Nacionais para as Relações Étnicos- Raciais e para o Ensino deHistória e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
• A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º determina “A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescindível, sujeito a pena de reclusão nos termos da lei”. Sendo assim, a prática do racismo é um crime que não é passível de fiança, ou seja, só pode ser punido por prisão, não prescreve, quer dizer, pode ser punido mesmo depois de passados muitos anos do ocorrido.
• Para que a educação pela igualdade das relações étnicos- raciais seja uma realidade no processo educacional brasileiro, faz-se necessário que os agentes envolvidos- professores, coordenadores, diretores, administradores, tomem uma decisão política e realizam mudanças estruturais, reformulando: Os currículos, os projetos pedagógicos, os planos de aula, os materiais didáticos e paradidáticos.
• A Lei nº 11.645/2008 insere no contexto curricular a matriz indígena, estabelecendo os conteúdos referentes á história e cultura afro- brasileira, bem como dos povos indígenas brasileiros, que serão ministrados no âmbito de todo currículo escolar, em especial nas áreas de: História, Literatura e Educação Artística.
• Os resultados demonstram que a maioria dos livros didáticos traz uma representação muito simplista dos fatos históricos, acabando por estigmatizar ou caricaturar segmentos sociais como mulheres, negros, idosos, e trabalhadores (...)
• Um trabalho pedagógico que leve em conta a diversidade étnico-racial e cultural é uma das tarefas mais difíceis a serem enfrentadas pela escola e pelas instituições brasileiras. Todos os envolvidos no processo educacional devem: Estar atentos à desconstrução de estereótipos raça/ cor; Desmistificar os mitos raciais existentes na sociedade brasileira; Demonstrar relações não discriminatórias; Ter atitudes equitativas em sala de aula.
• Passados 6 anos de criação da Lei nº 10.639/2013, poucas escolas incluíram em seus currículos a temáticas da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Sendo assim, em 2009, o Ministério da Educação publicou um Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos- Raciais. Este documento enfatizou problemáticas que justificavam a implementação da Lei como : Formação dos professores para o trabalho em sala de aula na perspectiva das relações étnicos-raciais.; Produção de material didático adequado, que desfaça os estereótipos de raça/cor/ gênero.; Sensibilização de todos os agentes envolvidos nesse processo de implantação da igualdade racial na escola.
• Em se tratando da constituição dos livros e dos saber produzido no fazer pedagógico da escola, podemos afirmar que: os livros didáticos apresentam uma convivência pacífica e colaborativa entre os brancos e índios no processo de colonização, omitindo as formas de luta dos povos indígenas que levou ao extermínio de diversos grupos.
• Nos estudos sobre a construção da identidade, alguns conceitos são de fundamental entendimento para a formação e reflexão do professor. O processo de construção da ideologia do branqueamento continua presente nas imagens e representações feitas sobre os negros e índios, seja na mídia, na literatura ou no ambiente escolar.; Estereótipos são assimilados como verdade pela criança, garantindo a eficácia da dominação social pela violência simbólica; A identidade se constrói no plano simbólico, no conjunto de significações, valores, crenças e gostos que vão sendo assumidos em relação aos outros.; 
• Os pressupostos do racismo são as perspectivas, pensamentos e atitudes que mantém intactas as estruturas de desigualdades sociais e econômicas no Brasil. São pressupostos do racismo: Hierarquização- doutrina racialista que prevê a existência de raças humanas com diferentes qualidades e habilidades; Inferiorização- inferiorização de certos grupos dentro da ordem social; Preconceito- crença internalizada que nem sempre é formalizada ou expressa logicamente; Discriminação- atitudes ou ações individuais concretas que diferenciam grupos ou pessoas segundo critérios raciais; Desigualdade- sistema de desigualdade de oportunidades
Discursivas
• As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas, aprovadas em junho de 2004 pelo Ministério da Educação, preconizam que o conceito de raça deve ser entendido como uma construção social forjada nas tensas relações entre brancos e negros, muitas vezes simuladas como harmoniosas, nada tendo a ver com o conceito biológico. Sendo assim, podemos definir raça simplesmente como um grupo de pessoas com características físicas semelhantes? Comente a indagação, a partir das orientações das Diretrizes sobre Relações Étnicos- Raciais. 
• A Lei 10.639/2003 determinou a obrigatoriedade da inclusão no currículo escolar do estudo da história e da cultura afro-brasileira. Da mesma forma, a Lei 11.645/2008 reafirmou a obrigatoriedade no currículo escolar do estudo da história e cultura afro-brasileira, incluindo o estudo dos povos indígenas. Essas leis podem ser entendidas como medidas politicamente necessárias à implantação da igualdade racial?
• Nilma Bentes, militante do movimento negro, afirma que “É no contexto da cultura que nós aprendemos a enxergar as raças. Isso significa que aprendemos a ver negros e brancos como diferentes na forma como somos educados e socializados, a ponto de essas ditas diferenças serem introjetadas em nossa forma de ser e ver o outro, na nossa subjetividade, nas relações sociais mais amplas.”. Nesse cenário, podemos entender o contexto escolar como um campo articulado tanto para o incentivo como para a amenização das práticas discriminatórias?
• O Código Civil retirou dos índios a condição de serem considerados “relativamente incapazes”. Essa condição legal limitava a população indígena à tutoria plena do Estado. Sendo assim, atualmente os índios são considerados cidadão de direitos, tendo legitimado quais benefícios? Cite apenas um deles.
• Dentre os pressupostos do racismo estão: preconceito e a discriminação. Entretanto, somente as práticas discriminatórias é que são consideradas crime de racismo ou de injúria racial. Explique a diferença entre os pressupostos citados.
• Kabenguele Munanga (2006) apresenta três aspectos da forte presença africana na formação do Brasil no campo econômico, no campo demográfico e no campo cultural. Escolha um desses campos e indique referidas influências.
• Africanidades brasileiras é um processo de valorização e resgate da história e cultura africana e afo-brasileira a fim de desfazer os estereótipos raciais construídos pelos grupos dominantes. Aponte as possibilidades de se trabalhar com o conceito de africanidades no processo de escolarização (pg 77/78
• A pedagogia antirracista requer para sua funcionalidade: respeito, reconstrução do discurso pedagógico e estudo da reacriação das diferentes raízes da cultura brasileira. Comente a operacionalização na escola destes princípios de pedagogia antirracista (pg110/111)
• Após aprofundar seus estudos no campo das relações énicos- raciais, que analises você faria a partir da intersecção desses dois aspectos os dados estatísticos oficiais levantados anualmente pelo IBGE e outros órgãos de pesquisas, e o conjunto de leis e diretrizes nacionais antirracistas existentes em nosso pais. Em outras palavras, apresente um texto dissertativo que discuta como esses dois aspectos se relacionam e revelam o teor das relações étnicas no Brasil, bem como a condição do negro na sociedade brasileira.
• Conforme estudamos em nossa disciplina, a etnicidade é um conceito importante na definição das indentidades e é explicada por alguns aspectos entre eles a questão do realce. A partir de suas leituras apresente uma definição para o aspecto da realidade na construção da etnicidade.
• Para a implementação das escolas bilíngues nas terras indígenas, é necessária a produção de material específico garantindo respeito, valorizaçãoe manutenção de sua diversidade. Explique como efetivar uma educação que atenda esta concepção (pg 112)
• De acordo com Bernardino, as ações afirmativas “são entendidas como políticas públicas que pretendem corrigir desigualdades socioeconômicas procedentes de discriminação atual ou histórica, sofrida por alguns grupos de pessoas”. No Brasil as políticas de ações afirmativas tem se formalizados em garantias as minorias étnicas. Comente esta formalização.

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