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ATOS UNILATERAIS
Contrato unilateral é o contrato que confere obrigações, apenas para um dos contratantes onde uma parte tem a obrigação e a outra tem o benefício, mesmo envolvendo as duas partes e duas declarações de vontade, a dívida torna – se exclusivamente do devedor, sendo assim os efeitos do contrato submete-se todo de um lado.
PROMESSA DE RECOMPENSA
Promessa de recompensa é um ato unilateral aquele que se compromete por meio de anúncio público a recompensar, ou gratificar, a quem preencha os requisitos acertados, ou desempenhe determinado serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido, ou seja trata-se de uma obrigação assumida com a própria declaração de vontade, desde o momento em que ela se torna pública, independente da qualquer aceitação.
 Para que se torne obrigatória a promessa de recompensa deve se obedecer alguns requisitos: 
Que o anúncio seja público; 
Estar especificadamente a condição a ser preenchida ou o serviço a ser desempenhado;
 E a indicação da recompensa ou gratificação. 
No caso de a obrigação não ser cumprida, o devedor responde conforme a sua natureza, por ação de cobrança, de perdas e danos ou obrigação de fazer ou não fazer.
Além dos requisitos específicos, deve - se observar os requisitos de validade nos negócios jurídicos sejam eles unilaterais ou bilaterais no que dispõe o art. 104 do CC, na qual o promitente deve ser capaz, o objeto deve ser licito, possível determinado ou determinável, e forma não defesa e lei.
No caso de não haver cumprimento da obrigação, o promitente responde por meio de uma ação de cobrança, de perdas e danos ou de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz não examina a utilidade para o promitente do ato ou da conduta praticada pelo executante, analisa somente se a atividade consiste exatamente no que foi prometido recompensar, no entanto não se faz necessário averiguar o interesse do executor ou do seu conhecimento, a obrigação é exigível mesmo com o desconhecimento do executor, basta que os requisitos atendam as condições da promessa.
Na qual o executor tem a obrigação de pagar a recompensa seja quem for o executante de modo que se por acaso for um indivíduo que ainda não tem capacidade absoluta, a quitação será dada pelo seu representante legal.
Destarte se o ato comtemplado na promessa for encontrado por mais de uma pessoa, terá direito a recompensa a quem primeiro executou o ato, poderá ser paga a mais de uma pessoa se na hipótese do executor ter colocado no anuncio público, desse modo será paga para ambos os executantes.
Somente será possível a revogabilidade de uma promessa se o executor estabelecer um prazo no anúncio público, tornado a obrigação irrevogável para executor nesse período de tempo estabelecido na publicação do anúncio.
Paulo Henrique, entristecido com a perda de um relógio estimadíssimo relíquia de seu avô Geraldo, ao qual tinha grande carinho e zelo, promete uma boa recompensa para quem eventualmente viesse a encontrá-lo. Ocorre que, no mesmo dia em que coloca os avisos públicos da recompensa, ao conversar privadamente com sua irmã Maria Sofia, afirma que não irá, na realidade, dar a recompensa anunciada, embora assim o tenha prometido. Por coincidência, no dia seguinte, Maria Sofia diz que o relógio estava em sua casa que ele havia esquecido no quarto quando veio para passar o final de semana em sua casa, que quando fosse para a cidade dele levaria o relógio.
Diante disso a manifestação de vontade no sentido da recompensa subsiste em relação a Maria Sofia? Caso fosse outra pessoa que encontrasse o relógio? Justifique sua resposta.
R: Não, pois Maria Sofia já tinha conhecimento da alteração da vontade original de Paulo Henrique, de acordo com o Código Civil art. 110, parte geral, a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
fosse outra pessoa que encontrasse o relógio, a ideia de origem de Paulo Henrique seria indiferente e teria a obrigação de pagar a recompensa.
Gestão de negócios
 A gestão de negócio é uma forma de ato unilateral e acontece quando uma pessoa, sem autorização do interessado, resolve administrar negócio alheio, dirigindo-o segundo o interesse e a vontade presumível do seu dono.
 O primeiro dos requisitos é que o negócio seja alheio, mesmo que o gestor pense que o negócio seja seu, além disso temos a ausência de autorização, uma vez que o dono toma ciência da gestão, ele autoriza ou não, em caso de recusa o direito entende como autorização tácita. A atuação conforme a vontade presumida do dominus, é importante, uma vez que se o gestor atua contra a vontade do mesmo, responderá até pelos casos fortuitos, ainda, se em função dessa mesma gestão os prejuízos forem maiores que os lucros, o dono poderá exigir a restituição do valor.
Outro requisito da gestão é que os atos sejam de natureza patrimonial, não há gestão em assuntos públicos, da mesma forma é preciso que o ato ocorra por necessidade ou por utilidade, porém o gestor não fica autorizado a efetuar operações arriscadas, mesmo que o dono do negócio fizesse, se ele fizer e der errado, ele responderá por perdas e danos, ao contrário se der certo e o dono quiser ter a coisa melhorada, ele deverá indenizar o gestor.
 O gestor possui inúmeras obrigações que lhe são imputadas pelo código civil, uma delas é a de comunicar ao dono do negócio e esperar uma resposta se dá espera não resultar perigo, o dono do negócio ciente da gestão deverá: desaprovar a mesma; aprovar tácita ou expressamente; aprovar em parte; constituir procurador ou assumir o negócio.
O gestor deverá manter gerindo o negócio enquanto o dono não se pronunciar de uma opção, se o mesmo vier a falecer, o gestor então passará a esperar uma instrução dos herdeiros. O gesto não pode se fazer substituir por outro e deve gerir o negócio com todo o seu cuidado habitual, em caso de prejuízo resultante de sua culpa, o mesmo deverá indenizar o dono do negócio Art. 866 do CC/02. 
 Não realizar operações arriscadas, ainda que o dono tivesse o costume de fazê-las, se destas operações resultar prejuízo, o gestor deverá indenizar o dono, porém se o dono quiser se aproveitar da gestão, terá que indenizar o gestor por suas despesas necessárias e por eventuais prejuízos que tiver tido (Art. 868, CC/02).
 O dono do negócio também tem algumas obrigações em uma gestão de negócio, entre elas:
Indenizar o gestor das despesas necessárias e dos prejuízos sofridos, em caso de operações arriscadas, ele reembolsará também pelas benfeitorias úteis. 
Cumprir as obrigações contraídas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessárias ou úteis, se a gestão foi útil, porém essa utilidade não é apreciada pelo obtido, mas sim pelas circunstâncias da ocasião em que se fizeram.
Quando alguém prover alimento em nome de outro, ele terá direito a restituição, mesmo que este não ratifique tal ato, o mesmo ocorre para as despesas com enterro. Por fim, em se tratando de negócio conexo ao do gestor de tal forma que dele não possa gerir separadamente, o gestor será considerado sócio daquele negócio, porém o dono do negócio só é obrigado em razão das vantagens obtidas.
 Destarte ratificação é o ato pelo qual o dono do negócio valida tudo que foi feito pelo gestor, ela retroage ao dia que começou a gestão, produzindo efeito de mandato ex tunc.
Exercício:
Acerca da gestão de negócios de conceitue e aponte seus principais requisitos.
R: Ocorre quando uma pessoa, sem autorização do interessado, intervém na administração de negócio alheio, dirigindo-o segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar. São requisitos da gestão de negócios: o empenho no interesse de terceiro que trate de negócio alheio; a não autorização pelo dono, visto que é ato unilateral; a atuação do gestor a fim de alcançar o interesse e a vontade presumida do dono do negócio; a limitação da ação do gestor aos atos de natureza patrimonial e que talintervenção decorra de uma necessidade ou utilidade.
Dos pagamentos indevidos
O pagamento indevido consiste em um dos modos de enriquecimento sem causa. Sendo que aquele que recebeu o que não lhe era devido, fica obrigado a restituir art. 876, isso será possível com uma ação de repetição do indébito, com base na tese que o pagamento extingue a obrigação, mas o pagamento indevido cria uma outra obrigação.
Um dos requisitos para o pagamento indevido é a inexistência de causa para o pagamento, causa essa jurídica e lícita. Se a obrigação de restituir for oriunda de um pagamento condicional, a mesma deverá ser restituída se a condição ainda não se cumpri. O ônus da prova recai sobre aquele que indevidamente pagou, no entanto, a doutrina afasta a obrigatoriedade da prova do erro, quando não se podia exigir da solvente conduta diversa. 
O pagamento indevido pode ser feito por erro quando a existência e extensão da obrigação ou quanto pessoa que se paga, em se tratando do primeiro caso, dizemos que o indébito é ex re ou indébito objetivo, já no segundo, indébito ex persona ou subjetivo.
Já aquele que recebe de boa-fé é tratado como o que é disposto no código aos de boa-fé, nesse caso ele terá direito aos frutos; indenizações pelas benfeitorias; etc. Já os de má-fé ficam obrigado a restituir tudo, inclusive indenizar por qualquer dano causado.
Enquanto o recebimento indevido ocorre quando o indivíduo recebe um imóvel e tiver alienado em boa-fé, por título oneroso, responde somente pela quantia recebida; mas, se agiu de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos.
No pagamento indevido sem direito à repetição, existem alguns casos em que aquele que pagou indevidamente não terá direito à repetição, entre eles podemos citar, aquele que recebeu como parte de dívida verdadeira, ou seja, o credor recebe daquele que não devia receber, porém ele de boa-fé emite comprovante de pagamento e o título não existe mais, nesse caso ele não terá como cobrar do verdadeiro devedor, dessa forma o credor deverá entrar com ação regressa contra o verdadeiro o devedor.
Exercício 
O devedor capaz que pagar a dívida prescrita pode reaver o valor pago se alegar, na justiça, a ocorrência de pagamento indevido ao credor, estando o direito de reaver esse valor fundado no argumento de que o credor que receba o que lhe não seja devido enriquece às custas do devedor. Certo ou errado?
R: Errado. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível, é importante mencionar que o pagamento é indevido quando alguém recebe algo que não lhe era devido além da prescrição incidir sobre a pretensão, ou seja, o direito de exigir judicialmente o cumprimento da obrigação. Assim, o credor de dívida prescrita não poderá exigir judicialmente o pagamento da dívida. Contudo, o direito em si continua existindo configurando como obrigação natural e, se o devedor paga a dívida, o credor recebe algo que lhe era devido e aquele não terá sucesso em eventual ação em que busque obter o ressarcimento dos valores pagos.
Enriquecimento sem causa
   Enriquecimento ilícito ou sem causa, também denominado enriquecimento indevido é, de modo geral, todo aumento patrimonial que ocorre sem causa jurídica, mas também tudo o que se deixa de perder sem causa legítima.
Podem ser citadas entre as principais, a condictio indebiti, utilizada nos pagamentos por erro; a condictio causa data non secuta, para repetição de coisa dada por causa futura que não se verifica como a restituição de dote quando o casamento não se realiza; e as condctines sine causa, previstas para as hipóteses de pagamento efetuado sem causa e que se dividiam em várias espécies, onde diversas ações que tem essa intenção como a de repetição de indébito, e a de locupletamento ilícito, de indenização, tais espécies compõem das ações in rem verso.
Disposto no art. 884 do Código Civil:
“Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem,será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido”.
O código de 2002, supriu a omissão do legislador de 1916, desenvolvendo os princípios básicos do enriquecimento sem causa em capítulo próprio, tal como o fez o Código Civil português de 1966. Para Caio Mario toda aquisição patrimonial deve decorrer de uma causa, mesmo que seja apenas um ato de apropriação por parte do agente, ou de um ato de liberalidade de uma parte em favor de outra, sendo assim ninguém enriquece do nada, pois sistema jurídico não admite que alguém obtenha um proveito econômico às custas de outrem, sem que esse proveito decorra de uma causa juridicamente reconhecida. A causa para todo e qualquer enriquecimento não só deve existir originariamente, como também deve subsistir, já que o desaparecimento superveniente da causa do enriquecimento de uma pessoa, às custas de outra.
A determinação para que a restituição do indevidamente recebido seja feita com os ajustes dos valores monetários se deve ao fato de a jurisprudência vir-se manifestando no decorrer do tempo, no sentido de que a correção monetária constitui mera recomposição do valor da moeda corroído pela inflação, devendo ser computada desde o momento em que foi feito o desembolso, para se evitar o enriquecimento sem causa do devedor, sendo irrelevante a demora havida na propositura da demanda.
São requisitos da ação de in rem verso: 
a) enriquecimento do accipiens (daquele que recebe ou lucra); 
b) empobrecimento do solvens (daquele que paga ou sofre o prejuízo);
c) relação de causalidade entre os dois fatos; 
d) ausência de causa jurídica seja, contrato ou lei que os justifique; 
e) inexistência de ação específica.
O enriquecimento compreende não só o aumento patrimonial, como também qualquer vantagem obtida pelo accipiens, como, por exemplo, a decorrente da omissão de uma despesa.
	
Exercício
Aponte os principais requisitos da ação de restituição por enriquecimento sem causa. 
 R: Os requisitos de enriquecimento sem causa é o enriquecimento do accipiens, empobrecimento do solvens, relação de causalidade entre os dois fatos; ausência de causa jurídica seja, contrato ou lei que os justifique; inexistência de ação específica

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