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Personalidade e capacidade jurídica: Liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações. Sendo a pessoa natural o sujeito ‘das relações jurídicas e a personalidade, a possibilidade de ser sujeito, toda pessoa é dotada de personalidade. Capacidade de direito e capacidade de exercício: À aptidão oriunda da personalidade para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil dá-se o nome de capacidade de gozo ou de direito. CAPACIDADE: Capacidade de Direito: Trata-se da aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. Capacidade de Fato: Trata-se da aptidão para exercer por si, atos da vida civil. Capacidade de Direito + Capacidade de Fato = Capacidade Plena TEORIA DAS INCAPACIDADES ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (ART 3º I a III) Serão nulos os atos praticados, portanto precisam de representação total. 1. Menores de 16 anos 2. Os que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos. (Comprovado através de exame médico) 3. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (incapacidade incidental, como no caso das pessoas que ingeriram grande quantidade de álcool , não sendo acostumada a beber; ou em caso de vertigem por doença, etc.) Na falta dos pais → tutor ou curador (representantes) sob pena de nulidade Não corre prazo prescricional ou decadencial RELATIVAMENTE INCAPAZES (ART. 4º I a IV 1. Maiores de 16 anos e menores de 18. (Visto que o indivíduo só adquire capacidade plena ao completar 18 anos) 2. Ébrios habituais, toxicômanos, deficientes mentais com discernimento reduzido (Só poderá adquirir capacidade de fato quando a interdição for cancelada) 3. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. 4. Pródigos (aqueles que não possuem controle sobre dinheiro, bens e patrimônios) Na falta dos pais → tutor (assistente) Se precisar interdição → curador (assistente) Corre prazo prescricional ou decadencial, visto que a incapacidade pode ser cessada com parecer do juiz. Os relativamente incapazes podem realizar testamentos, casar-se, testemunhar, mandatórios. CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE Cessa a incapacidade desaparecendo os motivos que a determinaram. Assim, no caso da loucura e da surdo-mudez, por exemplo, desaparece a incapacidade, cessando a enfermidade físico-psíquica que as determinou. Quando a causa é a menoridade, desaparece pela maioridade e pela emancipação. DIREITOS DA PERSONALIDADE São direitos subjetivos, imprescritíveis, intransmissíveis e inalienáveis (regra) da pessoa humana e em alguns casos da pessoa jurídica. São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, sua integridade intelectual e sua integridade moral. (M. H. Diniz). ART. 11 a 21 DO C.C + ARTS 1º E 5º DA CF DIREITOS DA PERSONALIDADE → PODEM SER TRIPARTIDOS INTEGRIDADE FÍSICA VIDA (O Estado tenta zelar sempre pela vida, portanto não permite o suicídio, porém em caso de tentativa não o corre pena legal, apenas em caso de induzimento o u instigação e auxilio de terceiros). ALIMENTOS TUTELA SOBRE O PRÓPRIO CORPO, estando este, VIVO OU MORTO. (Referente a doação do corpo humano; são bens que não podem ser comercializados, apenas doados após a morte, ou seja, é preciso ser disponibilizado de forma gratuita, contanto que esteja declarado por escrito que a doação será para fins benéficos, como ciência e altruísmo. Em casos onde a pessoa está viva, pode- se doar apenas órgãos duplos ou células que se reproduzem, sendo assim, não pode-se doar qualquer membro). INTEGRIDADE MORAL HONRA RECATO SEGREDO PESSOAL, PROFISSIONAL E DOMÉSTICO IDENTIDADE PESSOAL, FAMILIAR E SOCIAL INTEGRIDADE INTELECTUAL LIBERADE DE PENSAMENTO AUTORIA CIENTÍFICA, ARTÍSTICA E LITERÁRIA CARACTERÍSTICAS DO DIREITOS DA PERSONALIDADE INALIENABILIDADE Os direitos da personalidade são irrenunciáveis, não podendo o seu titular deles dispor ou mesmo limitar voluntariamente o seu exercício, por razões de ordem pública e de segurança jurídica individual social O fato de o titular permitir a exploração econômica de aspectos personalíssimos que não comprometam a vida ou a saúde dele, não fere a idéia de irrenunciabilidade IMPRESCRITIBILIDADE Os direitos da personalidade são vitalícios e perduram até a morte do seu respectivo titular Há alguns direitos personalíssimos, contudo, que ultrapassam a própria existência física da pessoa: - Ex. Direito moral do autor, direito à imagem, direito à honra. OPONIBILIDADE ERGA OMNES Os direitos da personalidade podem ser defendidos contra qualquer pessoa, devendo a coletividade respeitá-los e o Estado assegurá-los. São direitos subjetivos absolutos, oponíveis erga omnes. ARTIGO 12 -Cláusula geral de tutela → São ilimitados ARTIGOS 13 a 15 -Proteção à integridade Física ARTIGOS 16 a 19 - Nome ARTIGO 20 - Honra e Imagem (face, corpo, voz, status) - Exceção: Pessoas famosas ARTIGO 21 - Proteção à privacidade (É inviolável a intimidade correspondente a casa da pessoa humana, exceto em casos de flagrante delito, eminente próximo, desastre na ocasião ou mandato judicial.) PESSOA JURÍDICA É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações (M. H. Diniz) Pode ser chamada de coletiva, pois são disponibilizados direitos e deveres a um determinado grupo, ou seja, para ser pessoa jurídica é necessário se unir em grupos para exercer algo licito e cumprir determinados requisitos. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO Têm seu início com fatos históricos, criação constitucional, lei especial e tratados internacionais. INTERNO Territórios Estados Autarquias Municípios União Distrito Federal Associações Públicas Fundações Públicas Concessionárias de serviços públicos. EXTERNO Estados Estrangeiros Organizações Internacionais. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO Fundações Organizações Religiosas Sociedades Partidos Políticos Associações Eireli RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO DO DIREITO INTERNO. (Art. 41 C.C) Referente à responsabilidade civil objetiva, por DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. O Órgão público responde pela ação na esfera civil quando o agente/funcionário público for CULPADO, por culpa estrito sensu ou por dolo. Depois que o município arcar com as despesas, ele tem o direito de mover uma ação chamada AÇÃO REGRESSIVA contra o seu agente, adquirindo o patrimônio do mesmo, caso ele o possua. Se houver casos onde o agente não tiver culpa ou dolo, o município responde pelos danos e o agente não tem necessidade de arcar com nada, inclusive no aspecto jurídico civil e penal; e tem a possibilidade de mover a ação regressiva contra o terceiro que causou o acidente. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO. Referente à responsabilidade civil objetiva, por DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO. Referente à responsabilidade civil objetiva, por DANOS CAUSADOS A TERCE IROS. A pessoa jurídica para qual o empregado/gerente/diretor/administrador/gestor trabalha, responde pela ação na esfera civil, arcando com as despesas, reparações e indenizações a terceiros, sempre que a ação for cometida por dolo ou culpa. Posteriormente, a empresa possui o direito de mover uma ação chamada AÇÃO DE REGRESSO contra seu colaborador, visando restituir os custos investidos. Se houver casos onde o funcionário não tiver culpa estrito sensu ou dolo, a instituição privada não precisa indenizar o terceiro; SALVO quando a pessoa jurídica de Direito Privado exercer profissão de risco, como atividades nucleares, de transporte aéreo e contato com explosivos, entre outros. Bens corpóreos e incorpóreos - São, respectivamente,os bens físicos (ex.: uma casa) e abstratos (ex.: um direito). Bens móveis, semoventes e imóveis - São, respectivamente, os que podem ser transportados por movimento próprio ou removidos por força alheia (ex.: um carro, um vaso), os animais e os que não podem ser transportados sem alteração de sua substância (ex.: um apartamento). Bens fungíveis e infungíveis - São, respectivamente, os bens móveis que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade (ex.: 5 sacos de feijão) e os insubstituíveis, por existirem somente se respeitada sua individualidade (ex.: determinada pintura ou escultura). Bens consumíveis e inconsumíveis -São, respectivamente, os bens móveis que se destroem pelo uso (ex.: alimentos em geral) e os duráveis (ex.: uma cadeira). Bens divisíveis e indivisíveis - São, respectivamente, aqueles que podem ser fracionados em porções reais (ex.: um terreno) e aqueles que não podem ser fracionados sem se lhes alterar a substância, ou que, mesmo divisíveis, são considerados indivisíveis pela lei ou pela vontade das partes (ex.: um livro, um imóvel rural de área inferior ao módulo rural). Bens singulares e coletivos - São, respectivamente, os que se consideram de per si (ex.: um livro) e os agrupados em um conjunto (ex.: uma coleção de moedas). Benfeitorias- São bens acessórios acrescentados ao imóvel, que é o bem principal. Quais os tipos de benfeitorias existentes: Necessárias - imprescindíveis à conservação do imóvel ou para evitar-lhe a deterioração. Úteis - aumentam ou facilitam o uso do imóvel. Voluptuárias - embelezam o imóvel, para mero deleite ou recreio.
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