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Fisiopatologia da Reprodução II 02

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
www.veterinariandocs.com.br 
 
 
 
 
1 
www.veterinariandocs.com.br 
Fisiopatologia da Reprodução II 
 
 
Avaliação Andrológica 
Introdução 
 A realização do exame andrológico tem como princípio fundamental caracterizar 
o potencial reprodutivo dos touros e deve atender ao diagnóstico da saúde sexual, saúde 
hereditária e saúde reprodutiva tanto no aspecto da capacidade de monta (potentia 
coeundi) quanto na capacidade fecundante (potentia generandi). O exame andrológico 
deve ser indicado nos casos de histórico de infertilidade individual bem como nos de 
seleção e preparação de touros antes da estação de monta. 
Métodos de Coleta de Sêmen 
01-Vagina Artificial 
 Utilização: para ruminantes, eqüídeos, felinos, coelhos e aves (aquáticas); 
 Tamanho: condizente com a espécie em questão; 
 Composição: tubo rígido externo (PVC ou borracha) revestido por borracha 
maleável. No tubo rígido há a presença de uma válvula para colocação e retirada da 
água (morna) que fica alojada entre o tubo rígido e a borracha maleável. Também são 
necessárias amarrações nas extremidades da vagina artificial (amarração feita com tirar 
de borracha, anéis de borracha ou fios). 
*Em equinos geralmente é necessário que a válvula fique aberta no momento da 
penetração do pênis na vagina artificial para que haja expulsão do excedente de água, 
pois o pênis do eqüino sofre grande dilatação. 
 Características Gerais: a água no interior da vagina artificial deve ser colocada 
a temperatura de cerca de 40 a 45ºC que, além de expandir a mucosa de borracha, 
garante a formação de um microclima semelhante ao apresentado no interior da vagina 
‘natural’, e deve-se ter pressão suficiente para causar atrito e estimular o macho. 
 
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 Como Utilizar: primeiramente deve-se ter um manequim para que se mimetize uma 
cópula e quando houver o salto, deve-se desviar o pênis do animal em questão e auxiliar a 
penetração na vagina artificial. Antes da coleta, deve-se aferir a temperatura interna da VA 
(em torno de 42
º
 C) e lubrificar o interior da mucosa (geralmente só lubrifica-se a 
extremidade anterior da vagina artificial). 
*O pênis deve ser sempre lavado com solução fisiológica antes da introdução na vagina 
artificial. 
 Tipos de Manequim: 
 -Vivos: 
 -Fêmeas em cio; 
 -Fêmeas sem cio (macho se acostuma a saltar); 
*Centrais de coleta geralmente não fazem o uso de fêmeas para a coleta de machos, pois 
algumas vezes não se consegue desviar o pênis e tem-se penetração com ejaculação na 
própria fêmea. Quando utiliza-se fêmeas, elas devem ser castradas preferencialmente. 
 -Macho inteiro; 
 -Macho castrado; 
*Os machos utilizados para coleta devem ser calmos e condicionados. Machos novos 
devem permanecer um certo tempo assistindo os outros, para se acostumarem com a 
situação. 
 -Mecânicos: 
 -Fixos (não se movimentam, estão chumbados/presos ao chão); 
 -Móveis; 
*Não é o formato, mas sim a curvatura do manequim que estimula o macho; 
 Vantagens da VA: tem-se ejaculado completo (pois tem-se todas as fases da 
cópula) e pode-se fazer a avaliação da funcionalidade no momento da cópula. 
 Desvantagens da VA: deve-se ter manequim (mecânicos ou fixos). 
02-Eletroejaculador 
 Utilização: ruminantes, aves e animais silvestres (ursos, macacos, grandes 
felinos e outros); 
*Não utiliza-se em eqüinos e suínos devido ao estresse gerado, inviabilizando a coleta. 
 Calibragem: aparelho ligado à energia elétrica, geralmente 12 V e trabalha-se 
com a regulagem de freqüência e amperagem. 
 
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 Tamanho: de acordo com a espécie em questão. Carneiros utiliza-se eletrodos de 
3 cm de diâmetro por exemplo. 
 Como Utilizar: a técnica consiste em induzir a passagem de uma corrente 
alternada pela medula ao nível da 4ª vértebra lombar, com a qual se produz ejaculação. O 
eletrodo é inserido no ânus e posicionado no assoalho da ampola retal, este eletrodo possui 
dois pólos, um negativo e outro positivo, nos quais passa a corrente elétrica estimulando a 
contração regional, incluindo a via espermática e glândulas anexas. A voltagem é aumentada 
gradativamente com períodos de estimulação rítmica repetida, alternando com períodos de 
descanso (cerca de 5 segundos). 
*É comum que o ejaculado possua mais líquido (plasma) devido a estimulação das 
glândulas; 
**Deve-se sempre esvaziar a ampola retal; 
 Vantagens: método involuntário, funciona sem grandes complicações, não é caro 
e pode ser usado em animais sedados, 
 Desvantagens: não pode-se avaliar a funcionalidade do animal, não tem-se o 
ejaculado completo, há dias que tem-se boa resposta e há dias que não há boa resposta 
do eletroejaculador e deve-se lavar o prepúcio (pois há a possibilidade de ejaculação 
dentro do prepúcio). 
03-Técnica da Mão Enluvada 
 Utilização: suínos 
 Como Utilizar: necessita-se de um manequim e após o salto do macho, segura-se 
o pênis logo após a glânde, pressiona-se e traciona-se até ejacular totalmente. O 
ejaculado do cachaço apresenta fases (pobre/rica/pobre), para exame andrológico não 
necessita a separação, mas para inseminação artificial necessita separação, descartando 
a fase pobre. 
04-Massagem das Ampolas 
 Utilização: somente para bovinos 
 Como Utilizar: deve-se espremer as ampolas na região cranial da bacia. 
05-Masturbação 
 Utilização: geralmente caninos; 
 Como Utilizar: deve-se estimular o cão e quando o cão começar a ajudar 
(durante movimentos masturbatórios) tem-se que afastar o prepúcio para o animal não 
ejacular neste. Neste momento o frasco coletor deve estar próximo à glande. Por 
natureza, o cão passa a perna por cima do braço e deve-se então segurar o bulbo na mão. 
 
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 Inseminação Artificial em Cadela: deve-se fazer duas vezes com intervalo de 48 
horas, pois não ovula em um só momento. 
06-Massagem no Dorso Abdominal 
 Utilização: aves 
 Como Utilizar: primeiramente deve-se fazer a higienização do local da coleta, da 
região da cloaca, limpando e cortando as penas. Contém-se o galo no colo e pressiona-
se com os dedos na região dorsal. Quando o falo for ejacular, este levanta o rabo e então 
deve-se pressionar a cloaca para a retirada do sêmen juntamente ao frasco coletor. 
*Em aves aquáticas utiliza-se uma fêmea junto. Então o macho sobe sobre a fêmea e 
expõe o falo e então acopla-se o tubo coletor. 
07-Lavagem da Cauda do Epidídimo 
 Utilização: para animais de boa genética e bom sêmen que por algum motivo 
não podem mais exercer sua função. Pode-se então sacrificar o animal e castrar 
(retirando o epidídimo) ou castra e sacrifica. 
*70% do sêmen da cauda do epidídimo é viável. 
 Como Utilizar: separa-se a cauda do epidídimo e também o ducto deferente, 
então, injeta-se solução na cauda do epidídimo e coleta-se na saída do ducto deferente. 
*Quando castrar o animal, deve-se manter viável a maior porção do ducto deferente 
possível, pois pode-se coletar mais sêmen. 
Local de Coleta de Sêmen 
01-Campo; 
02-Área Coberta: quando é rotina, fixa-se o manequim não vivo ao lado de um 
laboratório. O ambiente deve ser fechado (em formato de ‘U’ ou ‘L’) com pé direito 
alto. Se for congelar o sêmen, necessita de duas salas, uma para a manipulação e outra 
para os botijões de congelamento. O piso da sala de coleta deve ser não abrasivo, sem 
sujidades e pode-se utilizar grama desde que possa mudar o manequim de lugar. Para o 
piso pode-se utilizar concreto/asfalto, mas não podem ser lisos e nem abrasivos de mais. 
O ideal é utilizar manto de borracha ou caixa de areia grossa. 
 Deve-se ter água disponívele perto do local para higienização adequada do 
local. 
 O local deve ser longe de outros locais movimentados, para se ter um ambiente 
calmo para o macho. 
 É necessário tronco de contenção dentro da sala de coleta, alguns machos são de 
difícil manuseio e necessitam certa contenção. 
 
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Características Particulares por Espécie 
01-Bovinos: 
 -Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas. 
 -Deve-se estimular o salto e esperar para coletar. Pode-se fazer com que o 
animal salte 2/3 vezes (saltos cegos/falsos) para melhorar a qualidade do sêmen. 
 -Após o salto deve-se fazer o desvio do pênis, segurando o prepúcio e não 
propriamente o pênis. 
 -O ejaculado tem cerca de 7 a 8 mL de volume, com máximo de 12 mL. 
02-Equinos: 
 -Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas. 
 -Pode-se utilizar protetor de pescoço para éguas, pois os machos podem morder 
as fêmeas nesta região no momento da cópula. 
 -Ejaculado tem cerca de 80 a 100mL de volume. 
*Jumento: cerca de 40mL (menor volume e maior concentração do que de cavalos). 
**Égua no cio: aumenta o quadrilátero de sustentação, deixa pernas abertas, mantém a 
cauda em posição lateral e apresenta vulva edemaciada; 
03-Carneiro: 
 -Agacha o posterior e começa a exteriorizar o pênis. 
 -Apêndice vermiforme não altera a fertildiade e é um prolongamento da uretra. 
 -O ejaculado tem cerca de 0,5 a 2 mL e é 2/3 vezes mais concentrado que de 
bovinos. 
04-Búfalo: 
 -Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas. 
 -Ejaculam em menor volume e em maior concentração que bovinos. 
05-Características Gerais para Todas Espécies 
 -Cuidado para não perder o sêmen na descida do macho, sempre deve-se 
acompanhar a descida com a vagina artificial. 
 -Após a coleta, deve-se esvaziar a vagina artificial para descer todo o sêmen no 
tubo coletor. 
 
 
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Avaliação do Sêmen 
01-Avaliação Microbiológica: pesquisa de bactérias e parasitas. Não é feito de rotina, 
apenas em centrais e quando se tem suspeita de alguma enfermidade venérea. 
02-Avaliação Físico-Química: aferição do pH (cerca de 6,8) e osmolaridade. Também 
não é feito de rotina. 
03-Avaliação Macroscópica: 
 03.1-Coloração: 
 -Normal: branco, branco-amarelado e amarelo-cítrico. 
 -Anormal: presença de sangue no ejaculado (sangue pode ser proveniente 
de regiões mais iniciais do trato reprodutor, como epidídimo, glândulas acessórias ou da 
parede da uretra, e esta diferença de local, altera a forma como sangue se apresenta no 
sêmen). 
 03.2-Volume: 
Espécie Volume (mL) Tempo de Ejaculação Local de Deposição 
Touro 2 a 10 1 s Vagina 
Carneiro 0,7 a 2 1 s Vagina 
Varrão 150 a 500 10 a 20 min Útero 
Garanhão 20 a 250 10 a 15 s Útero 
Cão 2 a 16 30 a 40 min Vagina 
Gato 0,01 a 0,2 1 s Vagina 
Fonte: DERIVAUX, 1980. 
 03.3-Aspecto: avalia a viscosidade. Deve-se agitar o observar contra a luz. 
 A) Aquoso; 
 B) Opalescente/Soroso 
 C) Leitoso 
 D) Cremoso 
 E) Super Cremoso 
 03.4-Odor; 
 03.5-Presença de substâncias estranhas: como sujidades e outros. 
Fisiológico 
 
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04-Avaliação Microscópica 
 04.1-Motilidade/Mobilidade: é uma avaliação microscópica em lâmina aquecida 
com mesa do microscópio aquecida. 
*O calor é importante, pois ao diminuir a temperatura, diminui também a motilidade. 
Utilizam-se placas de platina aquecedoras para controle de temperatura durante a 
visualização em microscópio comum. A lâmina em que o sêmen vai ser colocado já 
deve estar pré aquecida também. Não utilizar isqueiro, pois nunca se sabe o quanto 
esquentou e a temperatura que a lâmina se encontra. 
 04.1.1-Turbilhão: utiliza-se uma lâmina limpa/desengordurada e coloca-
se uma gota de sêmen. Observa-se em aumento 100x e a objetiva é posicionada no canto 
da gota. Deve-se observar os espermatozóides em conjunto, observa-se o ‘redemoinho’. 
*Apenas ruminantes possuem turbilhão e é classificado em graus que variam de 1 a 5; 
**Sinonimos: motilidade massal ou movimento de massa. 
 04.1.2-Porcentagem de Células Móveis: utiliza-se aparelhagem 
específica (eletrônica) ou avaliação subjetiva (estimativa dos que estão em movimento 
em relação aos que estão parados). Utiliza-se uma lâmina/lamínula limpa e aquecida 
juntamente a uma gota de sêmen. Observa-se em aumento 200/250x, então percorre-se 
alguns campos e faz-se a estimativa. 
*Ruminantes: no mínimo 70% devem estar móveis; 
**Equinos: entre 50 e 60%; 
***Não deve-se avaliar onde há presença de bolha de ar; 
 04.1.3-Tipo de Movimentação 
-Progressiva: para frente (típico de ruminantes); 
-Circular: ocorre em eqüinos (circular e progressivo). Admite-se até 30% em equinos. 
* Em qualquer espécie o choque térmico origina a movimentação circular. 
-Local: movimenta-se, mas está parado no mesmo lugar. 
-Retrógrado: para trás. Comum quando há contato com água. 
 04.1.4-Intensidade do Movimento/Vigor: avalia a força com que os 
espermatozóides se movimentam. Classificado de 0 a 5 (melhor) e não deve ser inferior 
a 3. 
 04.2-Concentração: avaliação de número de células por unidade de medida. 
Importante para se saber quantas doses irá se fazer. 
 
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 Formas de Avaliação: 
 -Aspecto: subjetivo; 
 -Câmara de Neubauer/Câmara de Thoma; 
 -Espermodensímetro: diluí-se o sêmen e avalia-se em uma 
escala pela translucidez do sêmen. É feita uma pré diluição e multiplica o valor por uma 
tabela padronizada. É importante que o material esteja limpo; 
 -Contadores de Células Eletrônico: o sêmen é diluído 
(diluente 0,1mL/50mL). A solução é colocada em um Becker, onde através de uma 
fístula em um cano do equipamento contador, será sugada e contada por meio de células 
foto-elétricas, sendo o volume sugado é sempre o mesmo, é padronizado; 
 
 04.2.1-Câmara de Neubauer: 
 
 
 
 
 
 
*A contagem entre as duas câmaras (1 e 2) deve ser semelhante. Cada câmara contém 
25 quadrados. 
**Câmara de Thoma há 16 quadrados, mas conta-se os 5 quadrados em cada lado. 
 
 Como fazer a contagem: conta-se 5 quadrados em cada câmara (10 no total) 
sempre na diagonal. 
 
 
 
 
 
 
 
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Deve-se diluir o sêmen para conseguir fazer a contagem. Deve-se utilizar formol citrato 
(com 4mL de formol 40% e 96mL de citrato de sódio 3%), pode-se utilizar NaCl 10% 
ou HCl. 
 A forma de contagem deve ser padrão, deve-se contar o que está dentro do 
quadrado e o que está em cima de 2 linhas, sempre seguir orientação em forma de ‘L’. 
 Concentração: 
[ ] = nº de células contadas 
Altura x Área x Diluição 
 
*Área: número de quadrados ÷ 25. 
 
Fator X = nº de espermatozóides 
 10/25 x 1/10 x 1/grau de diluição (ver tabela) 
 
 Diluição à utilizar: 
 -Eqüino/Suíno: diluição de 1/40 ou 1/50 (estas espécies possuem sêmens 
mais diluídos); 
 -Touro/Carneiro: diluição de 1/100 para leitoso ou 1/200 para cremoso 
*Sêmen bom é de animal em repouso sexual de 3 dias (longe de fêmeas – sem qualquer 
estímulo); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo: 
 Volume: 5 mL 
 Aspecto: leitoso 
 Diluição: 1/100 
 Contagem: lado 1 em 5 quadrados 92 espermatozóides e lado 2 em 5 quadrados 
102 espermatozóides, totalizando 194 espermatozóides. 
194 x 2.500 (fator X de diluição – tabela) = 485.000 sptz/mm³. Então se 1cm³ (1 mL) é 
igual a 1.000 mm³ multiplica-se 485.000 com 1000 e 5 totalizando 2.425.000.000 
espermatozóidesneste sêmen. 
04.3-Patologias (alterações morfológicas das células espermáticas): 
 04.3.1-Técnica do Esfregaço Corado: faz-se o esfregaço, fixa, cora e 
observa-se no microscópio com aumento de 1000x. Dependendo do diluente utilizado 
no sêmen, o corante não funciona e nestes casos deve-se utilizar um microscópio de 
fases. 
*O esfregaço deve ocupar 2/3 da lâmina, sempre fixar a lâmina antes de corá-la (formol 
citrato também fixa), lavar lâmina na parte de trás para tirar excesso de corante e pode 
utilizar mais de um corante. 
 04.3.2-Lâminas Coradas: lâminas específicas já coradas. 
Corantes Utilizados: violeta de metila, cristal violeta 0,5%, vermelho congo e corante 
de Willians. 
 04.3.3-Avaliação Patológica 
Espermatozóide Normal 
 
 
 
 
 
 
04.3.3.1-Defeitos de Acrossoma 
 -Acrossoma edemaciado: acontece o desprendimento e pode ocorrer pelo 
congelamento e descongelamento. 
 
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 -Grânulos acrossomais; 
 -Acrossomos rudimentares; 
 -Acrossomos desprendidos; 
*Não precisa informar que tipo de defeito, apenas a sua localização (Ex.: acrossoma). 
04.3.3.2-Defeitos de Cabeça 
 -Cabeça alongada; 
 -Cabeça arredondada; 
 -Cabeça de espátula 
*São menos comuns; 
04.3.3.3-Defeitos de Base: 
 -Defeito de forma: estreita ou larga; 
 -Defeito de implantação: axial, abaxial (faz o espermatozóide girar – em equinos 
pode não ser considerado defeito), oblíqua, retroaxial e cabeça solta (sem cauda); 
04.3.3.4-Defeito da Peça Intermediária: 
 Defeitos: curto, magra, estreita, com intersecção e com fratura da cauda. 
*Defeito de cauda: fortemente dobrada ou simplesmente dobrada (envolvendo a peça 
intermediária); 
04.3.3.5-Defeitos de Cauda e Gota: 
*Gota: gota plasmática (‘lixo’ da formação da célula). São resíduos de citoplasma e 
organelas e esta ‘limpeza’ ocorre no epidídimo onde é reunido todo o material no colo 
(gota proximal). Conforme a célula vai maturando a gota vai migrando e na célula 
maturada não deve haver gota. 
 -Defeito da Gota: posicionada antes da metade da peça intermediária ou distal 
(depois da peça intermediária); 
*A gota proximal não influencia na motilidade, somente a distal; 
 -Defeito de Cauda: cauda enrolada, fortemente enrolada, rudimentar e enrolada 
sobre a cabeça. 
04.3.3.6-Aumento no Número de Cabeças/Caudas (Forma de Medusa): 
 -Defeito: presença de duas caudas ou duas cabeças; 
04.3.3.7-Outros: 
 
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 -Impotência Degenerante sem Causa Específica: ocorre geralmente na raça 
Jersey e não se sabe a causa. Animal é normal reprodutivamente. 
 
Certificado de Exame Andrológico 
Passos 
 01-Identificação: HBB (Bovinos), FBB (Ovinos) e SBB (Equinos) é a 
identificação de registro nas associações criadoras. 
 02-Anamnese: deve-se informar ‘sem alteração’ caso o animal não apresente 
alteração significante e deve-se informar o motivo (Ex.: exposição); 
 03-Exame Clínico Geral: verifica-se e informa-se estado nutritivo, arcada 
dentária, aprumos, articulações, cascos e outros. 
 04-Exame Clínico Específico: verifica-se e informa-se prepúcio, pênis, escroto, 
testículos (dimensões, consistência, mobilidade e sensibilidade), epidídimo (cabeça, 
corpo e cauda), cordão espermático, ampolas, vesículas seminais, próstata e perímetro 
de cada lado (direito e esquerdo). 
*Próstata não se palpa, apenas por ultrassonografia. 
 05-Exame Sanitário: em anexo; 
 06-Exame Funcional e de Sêmen: informar método de coleta, nota do libido, 
observar e informar como se dá o salto (com dificuldade ou normal, faz movimentos de 
procura ou não), volume (mL), aspecto (aquoso à cremoso), pH (não é necessário), 
turbilhão (0 a 5), motilidade e vigor e concentração espermática. No espermograma 
deve-se constar a ocorrência de defeitos como: subdesenvolvimento, formas duplas, 
defeitos no acrossomo, defeitos de cabeça, defeitos de peça intermediária, presença de 
gota e localização e defeitos de cauda. 
Quantificação de Defeitos (Patologias) 
 Deve-se utilizar aumento de 400x e gota de imersão. Conta-se da metade em 
diante do esfregaço e contabiliza-se cerca de 400 células (é o ideal), mas pode-se contar 
200 e 100 células é pouco. 
 Percorre-se a lâmina em direção zigue-zague e em um esfregaço bom 
encontram-se cerca de 5 células por campo (ótimo é 10 células/campo). 
 Contabiliza-se somente os espermatozóides que estão completamente inseridos 
no campo e anota-se os que estão normais e defeituosos por campo. Após isto calcular 
porcentagem final de defeituoso/normais. 
 
 
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Parâmetros de Avaliação de Sêmen (CBRA) 
Parâmentro Valor 
Motilidade Espermática Progressiva* – Mínimo (%) 30 
Vigor de Motilidade – Mínimo (1 a 5) 3 
Sptz com Motilidade Progressiva – Mínimo (x106/dose) 10 
Motilidade Após Teste de Termoresistência – Mínimo (%) 20 
Defeitos Maiores Totais*** – Máximo (%) 20 
Defeitos Totais** – Maiores e Menores – Máximo (%) 30 
Fonte: CBRA, 1998. 
*Busca-se 70% em carneiros e touros. 
**Valor para touros, o valor para carneiros é de 20%. Defeitos totais para eqüinos é de cerca de 40%. 
***Valores referentes à bovinos, para eqüinos utiliza-se 20%; 
****Em suínos os principais defeitos são observados em acrossomas e não deve-se ultrapassar os 20%; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
C.P. Freitas-Dell’Aqua., A.M. Crespilho, F.O. Papa, J.A. Dell’Aqua Junior. 
Metodologia de Avaliação Laboratorial do Sêmen Congelado Bovino. Faculdade de 
Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu, SP, Brasil, 2009. 
N. C. Severo. Influência da Qualidade do Sêmen Bovino Congelado Sobre a 
Fertilidade. A Hora Veterinária – Ano 28, nº 167, janeiro/fevereiro/2009. 
Colégio Brasileiro de Reprodução Animal – CBRA 
Disponível em: http://www.cbra.org.br/portal/index.htm 
C.E. Peña Alfar. Importância da Avaliação Andrológica na Seleção de 
Reprodutores a Campo. Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, 
Patos, PB, Brasil. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.2, p.152-153, 
abr./jun. 2011. Disponível em www.cbra.org.br 
Aulas de Fisiopatologia da Reprodução II: CAV/UDESC. Professor Guenther Klug.

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