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Calor Específico Molar, Transformações Adiabáticas e Expansão Livre BC0303 Aula 7 2N1 Maurício D. Coutinho Neto mauricio.neto@ufabc.edu.br Revisando • Deduzimos que a temperatura determina a energia cinética média (via a velocidade média). • O modelo de gás ideal não considera a interação entre os átomos de um gás. Kmed = 3kT 2 vrms = √ 3RT M = √ 3kT m Kmed = 3 2 kT p = nMv2med 3V Usando pV = nRT Da teoria cinética Calor Específico Molar • Modelo • Gás ideal. • Monoatomico (He, Ne, Ar). • Eint é a soma das energias cinéticas de cada átomo. Eint = (nNa) 3 2 kT Eint = 3 2 nRT Sabemos que: nC = dQ dT Q = nCv∆Tou ∆Eint = Q−W = nCv∆T −W Usando a 1a Lei Guarde esta expressão para depois! Calor Específico Molar: Cv ∆Eint = nCv∆T −W Considere duas expansões isotérmicas: PV = nRT PV = cte P ∝ 1 V W = 0 ∆Eint = nCv∆T Calor Específico Molar: Cv ∆Eint = nCv∆T ou Cv = ∆Eint n∆T Portanto a variação da energia interna de uma gás ideal depende SOMENTE da variação da temperatura (note que esta afirmação vem da 1a lei e não do nosso modelo). Eint = 3 2 nRTRetomando (agora do modelo): ∆Eint = 3 2 nR∆TUsando: Cv = 3 2 RSubstituindo acima temos: Modelo Calor Específico Molar: Cv ∆Eint = nCv∆T É importante entender a diferença entre as expressões derivadas a partir do modelo e a partir da 1a lei. A primeira é geral e se aplica a qualquer processo que produz variação de temperatura. O modelo possui limitações. Quais são ? Gás monoatômico. Somente energia cinética. Em quais sistemas estas suposições são validas ? Cv = 3 2 R = 12, 5J/molK Eint = 3 2 nRT Eint = nCvT Energia Interna ∆Eint = nCv∆T Portanto a variação da energia interna de uma gás ideal depende SOMENTE da variação da temperatura. Calor Específico Molar: Cv Molécula Exemplo Cv (J/mol.K) Monoatômica Ideal 3/2R = 12,5 Real He 12,5 Ar 12,6 Diatômico Ideal 5/2R = 20,8 Real N2 20,7 O2 20,8 Poliatômica Ideal 3R = 24,9 Real NH4 29,0 CO2 29,7 Calor Específico Molar: Cp • E se tivermos um processo a pressão constante ? (W≠0) dQ dT = nCp ∆Eint = Q−W = nCp∆T − nR∆T W = p∆V = nR∆T Como a energia interna de uma gás ideal depende somente da temperatura: ∆Eint = nCv∆T = nCp∆T − nR∆T Calor Específico Molar: Cp Cv = Cp −R∆Eint = nCv∆T= nCp∆T − nR∆T Graus de Liberdade • Correções ao modelo • As moléculas são capazes de armazenar energia interna em outras formas além da energia translacional! • Cv =3/2R é o valor de Cv para um sistema com três graus de liberdade! Translação em x, y e z. Quais são os outros graus de liberdade possíveis ? Graus de Liberdade Molécula Exemplo Cv (J/mol.K) Monoatômica Ideal 3/2R = 12,5 Real He 12,5 Ar 12,6 Diatômico Ideal 5/2R = 20,8 Real N2 20,7 O2 20,8 Poliatômica Ideal 3R = 24,9 Real NH4 29,0 CO2 29,7 Graus de Liberdade Translação 3 Translação 3 Rotação 2 Translação 3 Rotação 3 Todo tipo de molécula possui um certo número f de graus de liberdade, que são maneiras independentes de guardar energia. 1 2 RT Por grau de liberdade! Graus de Liberdade Cv = f 2 R Eint = f 2 nRTDe um modo geral: ou número de graus de liberdade = f Molécula Exemplo Cv (J/mol.K) Monoatômica Ideal 3/2R = 12,5 Real He 12,5 Ar 12,6 Diatômico Ideal 5/2R = 20,8 Real N2 20,7 O2 20,8 Poliatômica Ideal 3R = 24,9 Real NH4 29,0 CO2 29,7 Graus de Liberdade Vibrações Poderíamos melhorar ainda mais a concordância com os valores de Cv se incluíssemos graus de liberdade internos! Entretanto o mundo microscópico é regido pela teoria quântica! Esta teoria diz que certos graus de liberdade só se tornam disponíveis quando a temperatura é elevada, e depende da massa dos elementos constituintes do sistema. Quanto menor a massa, mais elevada deve ser a temperatura para ativar tais graus de liberdade. Graus de Liberdade Expansão Adiabática Queremos demonstrar que: γ = Cp Cv pV γ = cte Expansão Adiabática piV γ i = pfV γ f
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