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Sinais Vitais (SSVV) profjr@unp.br Parte I O que são? São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença (MOZACHI, 2005, p. 28). Os principais sinais vitais, monitorados rotineiramente são: •Pulso (P) •Pressão sanguínea – Pressão Arterial (PA) •Temperatura (T) •Frequência Respiratória (FR) Visão geral da Circulação Algumas considerações importantes: • A intensidade do fluxo sanguíneo que passa por muitos tecidos é controlada, sobretudo, em resposta às suas necessidades de nutrientes; • O coração e os vasos sanguíneos, por sua vez, são controlados para produzir o débito cardíaco e a pressão arterial necessários para gerar o fluxo sanguíneo tecidual requerido. • As áreas de secção transversa muito maiores das veias em relação às artérias, em média de 4x maiores que suas correspondentes; v = F/A Onde: v: velocidade do fluxo sanguíneo; F: fluxo de volume de sangue; A: área de secção transversa vascular. (GUYTON & HALL, 2011) • A velocidade de fluxo depende da área de secção total dos vasos. Princípios básicos da função circulatória: 1. A intensidade (ou velocidade) do fluxo sanguíneo para cada tecido corporal é quase sempre controlada precisamente em relação às necessidades teciduais. (GUYTON & HALL, 2011) 2. O débito cardíaco é controlado principalmente pela soma de todos os fluxos teciduais totais. Princípios básicos da função circulatória: (GUYTON & HALL, 2011) 3. A regulação da pressão arterial é geralmente independente do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco. Princípios básicos da função circulatória: (GUYTON & HALL, 2011) (GUYTON & HALL, 2011) (GUYTON & HALL, 2011) Inter-relações entre pressão, resistência e fluxo sanguíneo: O fluxo sanguíneo pelo vaso é determinado por dois fatores: 1. A diferença de pressão sanguínea entre as duas extremidades do vaso (gradiente de pressão); 2. Impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso (resistência vascular). F = ∆ P/ R Onde: F: fluxo sanguíneo; ∆ P: diferença de pressão entre as duas extremidades do vaso; R: Resistência vascular. (GUYTON & HALL, 2011) Os diversos mecanismos de controle da Pressão Arterial (P.A.): Mecanismos a curto prazo: Mecanismos a médio prazo: Mecanismos a longo prazo: Pulso (P) A pressão e o volume resultantes dos batimentos cardíacos provocam oscilações rítmicas em toda a extensão da parede arterial. A esta onda denominamos PULSO. FREQUÊNCIA: Adulto: 60 – 100 bpm Recém-nascido: 120 bpm Se < 60bpm: bradisfigmia Se > 100bpm: taquisfigmia (PORTO, 2017). RITMO: É dado pela sequência das pulsações. Se em intervalos iguais: pulso regular Se em intervalos variáveis: pulso irregular - ARRITMIA (PORTO, 2017). AMPLITUDE: relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e esvaziamento durante a diástole. Pode ser: amplo, mediano e pequeno. (PORTO, 2017). TIPOS DE ONDA DE PULSO •Onda de pulso normal •Pulso filiforme: ao mesmo tempo de pequena amplitude e mole. •Pulso dicrótico: quando se percebe uma dupla onda em cada pulsação. •Pulso em martelo d’agua: aparece e some com rapidez. •Taquisfigmia •bradisfigmia (PORTO, 2017) Locais de verificação do pulso Carotídeo: sentido com a polpa do polegar que afasta a borda anterior do m. esternoclidomastóideo. Os dedos indicador e médio repousam sobre as vértebras cervicais. braquial: a mão esq. do examinador abarca a parte média do braço D. logo abaixo do m. deltóide. Radial: empregam-se as polpas dos dedos indicador e médio sobre a artéria radial. O polegar do examinador se fixa sobre o dorso do punho. Femoral: palpado logo abaixo do ligamento inguinal. Poplíteo: paciente em DD ou DV com perna semi-fletida.Uma das mãos do examinador segura a perna do paciente, o polegar da outra mão se aprofunda no oco poplíteo. Pedioso: examinador fixa polegar na planta do pé, enquanto que a polpa dos outros dedos (indicador, médio e anular) procuram a artéria pediosa. Material: • relógio • Papel e caneta Procedimento: 1) Explicar o procedimento ao paciente; 2) A pulsação deve ser contada por um minuto, posicionando os dedos médio e indicador sobre a artéria, exercendo pressão sufuciente para sentir a pulsação; 3) Estar atento às características do pulso 4) Registrar o procedimento destacando as características observadas. OBS.: antes da verificação de quaisquer sinais vitais é recomendável a higienização simples das mãos (obedecendo a técnica correta) assim como o uso de luvas (caso sejam necessárias). Pressão Arterial (P.A.) É a função do produto: débito cardíaco x resistência vascular periférica, ou seja, a P.A. reflete a pressão que o sangue exerce contra a parede dos vasos , quando é lançado na corrente sanguínea pelo VE, sendo esta pressão depedente de 05 fatores: 1) Força contrátil do coração (VE); 2) Resistência Vascular Periférica; 3) Volume de sangue circulante(volemia); 4) Viscosidade sanguínea; 5) Elasticidade da parede dos vasos. COMPONENTES DA P.A. • Pressão máxima ou sistólica (P.S.) • Pressão mínima ou diastólica(P.D.) P.A. = D.C X R.V.P. Técnicas e materiais O esfigmomanômetro: pêra válvula manômetro manguito (Fonte: SBC, 2016) Manômetro aneróide Manômetro de mercúrio Material: • Bandeja • Esfigmomanômetro calibrado • Estetoscópio clínico • Papel e caneta Procedimento: Preparo do paciente: 1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento. 2. Certificar-se de que o paciente NÃO: • está com a bexiga cheia; • praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; • ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; • fumou nos 30 minutos anteriores. 3. Posicionamento do paciente: Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4o espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, em idosos, diabéticos e em outras situações onde se comprove hipotensão ortostática. Para a medida propriamente: 1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço*. 2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital. 3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial. 4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à PA sistólica. 5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva. 6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação. 7. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo). 8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. 9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff). 10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 11. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons(fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero. 12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto seja controverso. 13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente. 14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial foi medida. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão arterial como referência. (Fonte: SBC, 2016) (Fonte: SBC, 2016) (POTTER,PERRY; 2009)
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