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FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 1 1.1. Introdução Fig. 1: Onda de comprimento de onda 𝜆 se propagando em uma corda. Imagine que você provoque uma oscilação brusca numa das extremidades de uma corda. Este movimento irá criar um pulso que se propagará pela corda. No entanto, se você deslocar continuamente sua mão para cima e para baixo de forma harmônica, este movimento criará uma onda contínua que se moverá com velocidade �⃗�. Se o comprimento de onda, ou seja, a distância entre dois picos ou vales, vale 𝜆 e a as oscilações são produzidas com frequência 𝑓 , a seguinte relação é válida: 𝑣 = 𝜆𝑓 (1) Esta expressão é válida não somente para ondas mecânicas em uma corda, mas também qualquer tipo de oscilações periódicas, como ondas na superfície de um lago, ondas acústicas, ondas eletromagnéticas, etc. Para uma onda se propagando em uma corda esticada, sua velocidade depende da densidade linear da corda 𝜇 e da tensão aplicada 𝜏, de acordo com a expressão: 1 Versão 01/2017. Elaborada por: Tiago Castro 𝑣 = √ 𝜏 𝜇 (2) Ondas estacionárias – se duas ondas senoidais de mesma amplitude e mesmo comprimento de onda se propagam em uma corda em sentidos opostos, divido ao fenômeno de interferência, ocorrerá a formação de uma onda estacionária, ou seja, uma perturbação que aparenta não se mover pelo material. Em uma onda estacionária, as posições de máximos (anti-nós) ou mínimos (nós) não variam com o tempo. Cada padrão corresponde a uma determinada frequência de vibração, a qual recebe o nome de harmônicos. A Fig. 2 mostra os três primeiros harmônicos formados em uma corda. Fig. 2: Três primeiros harmônicos de uma onda estacionária se propagando em uma corda. EXPERIMENTO 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS1 FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 2 A equação que descreve uma onda estacionária em um instante 𝑡 e em uma posição 𝑥 é dada por: 𝑦 (𝑥, 𝑡) = 2𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡) onde 𝑦𝑚 é a amplitude de vibração, 𝑘 é o número de onda e a 𝜔 frequência angular. Estas duas últimas grandezas são relacionadas com o comprimento de onda e com a frequência, respectivamente, por 𝑘 = 2𝜋 𝜆 e 𝜔 = 2𝜋𝑓. Como veremos neste experimento, pode ocorrer a formação de uma onda estacionária em outras situações que não envolvam ondas em cordas, como por exemplo, pela propagação de uma onda longitudinal em uma mola helicoidal. 1.2. Objetivo Estudar experimentalmente a propagação de ondas estacionárias em uma corda e em uma mola helicoidal. 1.3. Material Gerador de abalos (transdutor eletromagnético de deslocamento vertical); Haste longa com fixador métrico; Fio de prova; Mola de prova; Régua de 500 mm; Dinamômetro; Fig. 3 – Kit experimental mostrando mola helicoidal acoplada ao gerador de abalos. 1.4. Parte I - Onda estacionária em uma corda Fig. 4 – Onda estacionária em uma corda. O ponto central é um nó e as regiões com maior oscilação formam anti-nós. FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 3 1. Primeiramente, prenda uma extremidade da corda no anel na base do gerador de abalos e a outra extremidade no fixador metálico na parte superior da haste. 2. Meça a distância entre os dois pontos de fixação da corda. 3. Ligue o gerador de abalos e ajuste a frequência dentro da faixa F1 até a observação do primeiro harmônico. Aumente gradualmente a amplitude até que a onda na corda se torne visível. A onda formada é transversal ou longitudinal? 4. Em relação ao primeiro harmônico, onde se encontram os pontos da corda com oscilação mínima? Onde se encontram os pontos de oscilação máxima? Ou seja, identifique os anti- nós e nós da onda estacionária observada na corda. 5. Qual o comprimento de onda 𝜆 associado à vibração da corda quando esta se encontra no primeiro harmônico? 6. Qual a frequência 𝑓 da onda na corda no primeiro harmônico? Anote os valores de 𝑓 e 𝜆 na Tab. 1. 7. Aumente o valor da frequência e encontre o segundo harmônico (Fig. 4). Qual o valor do comprimento de onda 𝜆 do segundo harmônico? Qual o valor da frequência 𝑓 associada a este harmônico? Anote os valores da Tab. 1. Faça ajustes na amplitude para aumentar a intensidade das oscilações na corda. 8. Aumente a frequência e encontre os outros harmônicos. Anote os valores de 𝑓 e 𝜆 na Tab. 1. 9. Faça um gráfico 𝜆(𝑚) de em função de 1 𝑓 (s) . Qual a forma do gráfico obtido? 10. Faça um ajuste linear e encontre o valor da velocidade de propagação da onda na corda, em 𝑚/𝑠. 11. Escreva a expressão geral que relaciona o comprimento da corda 𝑙, o comprimento de onda 𝜆 associado a um certo harmônico e o número do harmônico 𝑛. 12. Use a régua para estimar valor da amplitude de oscilação 𝑦𝑚 associada ao terceiro harmônico. 13. Escreva a equação ( 𝑦 (𝑥, 𝑡) = 2𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡) ) que descreve a onda estacionária produzida no terceiro harmônico. 14. Em relação ao que você observou até agora, é possível dizer que todas as frequências irão produzir ondas estacionárias na corda? Qual o requisito (ou os requisitos) para que isso aconteça? 1.4.Parte II – Onda estacionária em uma mola. 15. Agora vamos visualizar ondas estacionárias em uma mola helicoidal. Primeiramente, solte a corda utilizada no experimento. Solte também o anel que está preso à base do gerador de abalos. Prenda a mola helicoidal diretamente sobre o sistema de acoplamento vertical do transdutor. 16. Ligue o gerador de abalos e ajuste a frequência dentro da faixa F1 até a observação do segundo harmônico. Aumente gradualmente a amplitude para que os pontos de máximo e mínimo de oscilação se tornem mais visíveis. Os nós serão os pontos que permanecem imóveis, de acordo com a Fig. 5. 17. Qual o comprimento de onda associado ao segundo harmônico? Qual o valor da frequência necessária para produzir o segundo harmônico FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 4 em seu sistema experimental? Anote os resultados na Tab. 2. 18. Aumente a frequência de oscilação e encontre o terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo harmônicos. Anote os respectivos valores de comprimento de onda e frequência na Tab. 2. 19. Faça um gráfico 𝜆(𝑚) de em função de 1 𝑓 (s) . Faça um ajuste linear e encontre o valor da velocidade de propagação da onda na mola, em 𝑚/𝑠. Fig. 5: Nó em uma onda estacionária se propagando em uma mola helicoidal. 1.5.Parte III – Relação entre tração e velocidade de uma onda estacionária. 20. Agora vamos analisar a relação entre a tensão (𝑇) e a velocidade de propagação de uma onda em uma corda ( 𝑣 ). Para isso, recoloque novamente o anel no sistema de acoplamento vertical do transdutor. Acrescente um segundo alinhador de aço e prenda o dinamômetro a este. Não esqueça de verificar se o dinamômetro está calibrado. Fixe também a corda ao anel e ao dinamômetro. Utilize um valor de 𝑙 de aproximadamente 35 cm. 21. Tracione a corda de forma que força marcadapelo dinamômetro seja de 0,5 N. Ajuste a frequência (e também a amplitude) de forma a encontrar o terceiro harmônico. Anote na Tab. 3 o valor da tensão (𝑇), do comprimento de onda (𝜆) e frequência (𝑓). 22. Mova o dinamômetro verticalmente para cima de modo a aumentar a tensão na corda. Faça isso de forma que o valor de 𝑇 seja de 1,0 N. Após essas modificações, meça novamente a frequência e o comprimento de onda do terceiro harmônico. Anote os resultados na Tab. 3. 23. Meça o valor de frequência e do comprimento de onda do terceiro harmônico para as tensões de 1,5 N, 2,0 N e 2,5 N. Anote os resultados na Tab. 3. 24. Calcule a velocidade de propagação da onda na corda para os diferentes valores de 𝑇. 25. Faça um gráfico da tensão na corda 𝑇 em função do quadrado da velocidade de propagação da onda na corda 𝑣2. Faça um ajuste linear dos resultados. 26. Estime o valor da densidade linear 𝜇 da corda. 27. Imagine que você repita este experimento usando uma corda maior valor de densidade linear. Os valores dos comprimentos de onda associados aos harmônicos iriam mudar? E as frequências? Aumentariam, diminuiriam ou não seriam alteradas? 1.6.Referências: 1. L.A.M. Ramos, Livro de atividades experimentais, CIDEPE, 2015. 2. Resnick, R.; Halliday, D.; Walker, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e termodinâmica. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. Vol 2. FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 5 l: n λ (m) f (Hz) 1/f (s) Tab. 1: Dados experimentais Parte I. l: n λ (m) f (Hz) 1/f (s) Tab. 2: Dados experimentais Parte II. FLUIDOS E O. EXPERIMENTAL – EXP. 4: ONDAS ESTACIONÁRIAS 6 n = 3 T (N) λ (m) f (Hz) v (m/s) Tab. 3: Dados experimentais Parte III.
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