Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IQ-USP – Instituto de Química da Universidade de São Paulo QFL2142 – Fundamentos da Química – Transformação Experimento Nº 7 – Solubilidade de Sólidos Grupo 01 Jackson Chu n. º USP: 7155962 Renato Hyun Jin Kim n. º USP: 7240050 � Objetivos: Observar, na prática, a solubilidade de substâncias em meios polares e/ou apolares. Construir uma curva de solubilidade em diferentes temperaturas para o nitrato de potássio (KNO3) e usá-la para determinar a pureza de uma mistura do mesmo composto, e purificar a mistura. Procedimento Experimental: I. Solubilidade x Polaridade: Numeraram-se três tubos de ensaio (A, B, C) quatro vezes. No tubo A colocou-se água destilada; no tubo B, álcool etílico (etanol); e no C, xilol. Em cada uma das vezes acrescentou-se uma pequena quantidade de substância em cada um dos tubos A, B e C: óleo, sal de cozinha (NaCl), parafina e iodo (I2). E agitou-se os tubos. Então se observou a solubilidade de cada substância nos diferentes solventes. II. Sempre cabe mais um? Preparou-se uma solução aquosa saturada de NaCl em tubo de ensaio. Depois se adicionaram alguns cristais de KMnO4 (permanganato de potássio), e observou-se o que ocorria com a solução. Preparou-se 10 mL de uma outra solução de NaCl saturado, tranferiu a mistura para uma béquer de pequeno, não deixando passar os cristais. Então adicionou-se álcool etílico aos poucos, agitando-se com um bastão de vidro, e observou-se as modificações. III. Curva de Solubilidade: Preparou-se diversas soluções em tubos de ensaio grandes (20x200mm) de nitrato de potássio (KNO3) de massas pré estabelecidas (3,0 g; 5,0 g; 8,0 g; 10,0 g; 12,0 g; 14,0 g) e 10,0 mL de água destilada medida em proveta. Quando o solvente não era totalmente solvatado, aqueceu-se a mistura em banho maria para aumentar a solubilidade do sal; e reesfriou-se lentamente. Utilizou-se um banho de gelo-água para as soluções que não cristalizavam à temperatura ambiente, misturando a solução com um termômetro; e anotaram-se as temperaturas de cristalização. Com tais temperaturas, criou-se um gráfico de temperatura de cristalização versus gramas de nitrato de potássio em 100g de H2O (°C x g/100g H2O). IV. Purificação de substâncias utilizando a variação de solubilidade com a temperatura: Coletou-se uma amostra de aproximadamente 10g de nitrato de potássio (KNO3) com impurezas de nitrato de cobre tri-hidratado (CuNO3.3H2O) e outras insolúveis a quente, e introduziu-se essa amostra em um béquer de 100mL, e calculou-se quanto de água seria necessária para dissolver todo nitrato de potássio a 80°C, considerando que esse continha no máximo 10% de impurezas (em massa), a essa quantia adicionou-se um excesso de 5 mL para assegurar que todo sal fosse dissolvido. Aqueceu-se o béquer com a mistura em tela de amianto até a dissolução do sal a aproximadamente 80°C, agitando-se constantemente. Para fazer uma filtração à quente, umideceu-se o papel de filtro pregueado com água destilada quente para fixação. Então despejou-se o conteúdo do béquer (quente) no filtro, recolhendo o filtrado em um outro béquer. Para uma filtração à pressão reduzida, primeiramente colocou-se o béquer com o filtrado em banho de água com gelo (≈ 0°C), e então se filtrou à baixa pressão, lavando o sólido com etanol gelado. Ainda pesou-se um vidro de relógio e colocou o resíduo sólido, pesando-se novamente para calcular o rendimento do processo. Resultados e Discussão: I. Solubilidade x Polaridade: Notou-se que a solubilidade do óleo, da parafina e do iodo são maior em solvente semelhante: o xilol, enquanto o NaCl foi mais facilmente dissolvido em água. O óleo se dissolveu totalmente em xilol, não se observando nada de óleo depois de misturar. No álcool percebeu-se que o óleo se dissolveu um pouco, mas ficou uma gota embaixo do tubo. Na água não se dissolveu nada: ficou o óleo por cima do solvente, e deixou as paredes “sujas”. Portanto pode concluir que o óleo é apolar, mais semelhante ao xilol, e menos ao etanol. Ao colocar o NaCl nos tubos, ele dissolveu totalmente em água e muito pouco em álcool etílico e xilol. Nesses dois últimos ficaram cristais de NaCl, corpo de fundo no tubo. Falta iodo!!! II. Sempre cabe mais um? Analisando a solução saturada de NaCl, pensa-se que não é possível dissolver mais nenhum outro sal nesse solvente, por estar totalmente saturado, mas experimentalmente percebemos que mesmo saturado, a solução ainda conseguia dissolver o sal de KMnO4, isso comprova o efeito do íon comum,onde íons de Na+ e Cl- não influenciam na dissolução de sais com íons diferentes deles, no caso: Na+ Cl‑. III. Curva de Solubilidade: Para o nosso grupo, foram dados as seguintes massa de nitrato de potássio a serem preparadas as soluções: 3,0 g e 14,0 g. Anotou-se os seguintes dados de massa e temperatura de cristalização do KNO3: Massas desejadas Massas pesadas (±0,001 g) / Temperatura de precipitação (±0,5 °C) 3,0 3,085 / 17 3,22 / 19 2,996 / 18 5,0 5,028 / 30,5 5,061 / 30 4,999 / 32 5,01 / 30 8,0 8,123 / 46 8,003 / 45 8,021 / 45,5 10,0 9,932 / 56 10,013 / 54,5 10,021 / 55 12,0 11,988 / 63,5 12,010 / 64 12,045 / 65 12,00 / 62 14,0 14,992 / 73 14,23 / 65 14,000 / 68 A partir desta tabela, calculou-se as médias das massas de nitrato de potássio para 100g de água e as médias das temperaturas abaixo: °C 18 30,6 45,5 55,1 63,6 68,7 g KNO3/100g H2O 31 50,2 80,49 99,89 120,1 144 E construiu-se o seguinte gráfico de temperatura de cristalização por gramas de KNO3/100g H20, considerando d(água) = 1,00g/mL. Comparou-se o gráfico acima com um gráfico feito a partir de dados da literatura (PEQ-Experiências de química): °C 0 20 40 60 80 100 g KNO3/100g H2O 19 31,8 64,2 111 169 246 IV. Purificação de substâncias utilizando a variação de solubilidade com a temperatura: !!!com isso restou apenas de corpo de fundo os resíduos provenientes do KNO3 impuro, e tal solução foi filtrada para separar a solução de KNO3 dos resíduos, porém um cuidado especial foi de molhar o filtro com água destilada quente para que quando se iniciasse a filtração com o papel frio, não esfriasse a solução fazendo que se cristalizasse parte da solução de cobre, diminuindo o rendimento da purificação. Após a filtração da solução de cobre, pegou a solução ainda quente e a resfriou em um béquer contendo água + gelo, diminuindo muito a solubilidade de KNO3, cristalizando quase todo nitrato de potássio da solução, em seguida foi adicionado essa solução com os cristais em um funil de buchner para uma filtração a vácuo, limpando o sal filtrado com etanol gelado, pois sendo o etanol mais volátil, aceleraria o processo de secagem do sal, e também utiliza-se o etanol para não ocorrer a dissolucão do sal durante a filtragem. Perguntas: Com os dados obtidos no item III da experiência, construa a curva de solubilidade do nitrato de potássio. Expresse a solubilidade em g/100g. Considere a densidade da água como sendo 1,00 g/mL. Compare a curva por você obtida com uma apresentada na literatura e explique as diferenças observadas (se houver). --Como você prepararia uma solução saturada à temperatura ambiente? Para se preparar uma solucão saturada, é necessario adicionar sal e agitar vigorosamente a solucão para que se dissolva todo sal introduzido, e adiciona sal até o ponto que forme corpo de fundo/precipitado, após isso deve-se separar o corpo de fundo da solucão, com isso a solucão resultante pode ser considerada saturada. --Com relação ao item b) da experiência: explique o uso de água como solvente. Por que no item c) fez-se uma filtração simples a quente e no item d) fez-se uma filtração a pressão reduzida? i) --Explique o uso do etanol para a lavagem de produto purificado.Utilizou-se etanol para a lavagem do produto purificado pois por o etanol ser muito mais volátil que a água, faz com que o produto torne purificado, sem resíduos de água muito mais rapidamente. E também devemos lembrar que no etanol, o sal é menos solúvel, fazendo que ocorra menos perdas durante a filtracão. --Calcule o rendimento do processo e justifique o valor encontrado. Para calcular o rendimento, pesamos a massa final de sal purificado e o comparamos a massa de KNO3 impuro inicial, que resultou na conta 5,465 g de KNO3 purificado 10,335g de KNO3 impuro que resultou no rendimento de aproximadamente 53%. Bibliografia: http://www.agamenonquimica.com/docs/experiencias/experiencias_2ano.pdf E. Giesbrecht , PEQ - Experiências de Química, técnicas e conceitos básicos. Ed Moderna, 1982, pág. 52-60; 234 N. Y. M. Iha, QFL-3101 – Introdução às Transformações Químicas – Livro de Experimentos, 2003, 2004
Compartilhar