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Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Curso: Graduação em Ciências Biológicas Disciplina: PPCC – Protozoa, Porífera, Cnidária e Ctenophora Professor (a): Bianca Sartini do Espirito Santo Aluna: Fernanda Rocha Vandanezi Alvim Matricula: 201301029 Morfologia e Fisiologia de algumas organelas em protistas ciliados. Introdução: Protistas são os organismos unicelulares eucariontes e, possuem núcleo verdadeiro com presença de material genético e organelas. Apesar de unicelulares, os protistas são completos e fazem a nutrição, respiração, excreção e locomoção por meio de organelas especializadas. Flagelos, cílios e pseudópodos, são organelas locomotoras e são importantes para definir os grupos de modo a classificá-los. Os núcleos são delimitados por um envoltório membranoso duplo com poros que permitem a troca de material entre o nucleoplasma e o citoplasma. A maioria dos ciliados possuem dois tipos de núcleos: os macronúcleos e os micronúcleos, associados ao o controle das atividades vegetativas dos organismos e reprodução, respectivamente. Vacúolos digestivos são encontrados em protozoários heterotróficos e seu número varia de acordo com a espécie e hábitos alimentares do organismo. São formados por duas camadas de lipídios, que podem ser sintetizadas ou removidas rapidamente e recicladas. O alimento atinge o vacúolo por meio de fagocitose, através do citóstomo e as partículas muito finas entram por pinocitose, que pode ocorrer em toda a superfície da célula. O vacúolo contrátil promove a osmorregulação do protozoário através de um transporte iônico ativo na membrana celular. Nos ciliados, um complexo de vesículas absorve o excesso de água do organismo, que é coletada pelo espongioma e entregue ao vacúolo contrátil, que por sua vez, expele o fluído para fora do organismo através de um poro temporário ou permanente. Esse sistema de organelas é chamado de complexo vacuolar contrátil. Nos ciliados, encontramos extrussomos, que em situações de perigo, expelem o seu conteúdo para fora da célula, os tricocistos. Objetivos: Observar a morfologia das organelas: vacúolo contrátil, vacúolo digestivo, núcleo e extrussomos (tricocistos). Associar as organelas com suas respectivas funções. Metodologia: Lâmina 1: Preparada com Azul de Metileno diluído (em 1/10000) adicionado de algumas gotas da amostra. Foi colocado também um pedaço bem pequeno de algodão na lâmina que então foi coberta pela lamínula. Lâmina 2: Preparada com a adição de uma pequena quantidade de Verde de Metila (+1% ácido acético) a uma pequena quantidade da amostra e coberta com lamínula. Lâmina 3: Preparada com 1 gota de Solução Lugol e adicionada logo depois de 1 gota da amostra e coberta com lamínula. Lâmina 4: Preparada com uma pequena quantidade de infusão de 2g de Fermento Biológico dissolvido em água destilada acrescentado de 3g de Vermelho Neutro, que foi adicionado a uma pequena quantidade da amostra e coberta com lamínula. Todos os experimentos foram realizados com amostra de água do lago da UFJF contendo protozoário ciliado Paramecium. Em todas as observações, foi utilizado o microscópio fotônico, com ampliação de 40x da lente objetiva e 10x das lentes oculares, logo, com um aumento de 400x da amostra. Resultados: Lâmina 1: O Azul de Metileno deu uma tonalidade bem clara ao Paramecium como um todo. O ciliado foi encontrado distante do algodão. Lâmina 2: O Verde de Metila, promoveu a evidenciação apenas do macronúcleo do Paramecium e se pôde observar tricocistos liberados. Lâmina 3: Foi observado que todo o Paramecium foi corado pela Solução Lugol, com seus cílios e tricocistos liberados bem evidenciados. Lâmina 4: Com a infusão de Fermento Biológico e Vermelho Neutro, foi possível observar três vacúolos digestivos relativamente grandes rodeados por vacúolos menores. Discussão: Lâmina 1: A tonalidade clara obtida pelo Azul de Meileno permitiu a visualização do funcionamento do vacúolo contrátil. O algodão foi colocado para que as suas fibras pudessem aprisionar o ciliado. Lâmina 2: O Verde de Metila promoveu a evidenciação do núcleo por ser um corante básico e ter afinidade pelo núcleo que é acido. Lãmina 3: A Soluação Lugol fez o papel de predador do Paramecium, fazendo-o sentir em situação de perigo e liberar os tricocistos. Lâmina 4: O Paramecium ingeriu o Fermento Biológico contido na infusão e então o Vermelho Neutro também contido na infusão, corou os vacúolos digestivos, o que nos leva a crer que o ciliado possui muitos hábitos alimentares. Referências Bibliográficas: BARNES, R. D. 1995. Zoologia dos Invertebrados. 4ª. Ed.,Roca, 1179p. UNIVERSIDADE FEREDAL DE PELOTAS. Citoesqueleto e Movimento Celular. Disponível em: http://www2.ufpel.edu.br/biotecnologia/gbiotec/site/content/paginadoprofessor/uploadsprofessor/6da4f6b4561dbdfd8b962fd2e054a7b3.pdf. Acesso em: 28 de mar. 2014