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Leitura e tipos de resumo

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Metodologia científica
Profa. Fabiana Dantas
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Unidade II
	PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
 Leitura;
Técnicas de Sublinhar;
Procedimentos de estudo e aprendizado (esquema, resumo, resenha, fichamento);
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Leitura
A leitura é um fator decisivo no estudo porque permite sistematizar e ampliar o conhecimento, enriquecer o vocabulário. A maior parte dos conhecimentos são adquiridos com a leitura.
Ler significa conhecer, interpretar, decifrar e distinguir os elementos mais importantes dos secundários.
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Leitura
A leitura só tem valor se o leitor for capaz de entender, avaliar, discutir, explicar, comentar e aplicar o que leu (SANTOS, 2012).
Envolve reconhecimento, organização, elaboração e a atribuição de um valor que varia de acordo com cada leitor e o material lido.
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Leitura com objetivo determinado
Lakatos e Marconi (2010) orientam que o aluno deve iniciar a leitura:
OBRAS CLÁSSICAS TEXTOS ESPECÍFICOS E ATUAIS
A leitura varia de acordo com as informações contidas no texto.
A LEITURA TEM UM OBJETIVO DETERMINADO.
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Fases da leitura
Leitura de reconhecimento ou prévia: “Leitura rápida para procurar o assunto de interesse” (LAKATOS, 2010, p.4);
Exploratória ou pré-leitura
Seletiva
Reflexiva
Crítica
Interpretativa
Explicativa
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Leitura de reconhecimento ou prévia:
COMO SELECIONAR UM TEXTO QUE SE RELACIONE COM A SUA ÁREA DE INTERESSE?
Título: Estabelece o assunto e, às vezes, até a intenção do autor;
Data de publicação: Verificar a atualidade e aceitação da obra;
Contracapa: Qualificações do autor;
Sumário ou índice: Tópicos abordados;
Introdução: Objetivos e metodologia empregada;
Bibliografia: Ideia das obras consultadas;
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Leitura exploratória 
Precisamos saber se a problemática abordada nos interessa;
É uma leitura de sondagem. O capítulo traz um assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto diretamente relacionado com o problema que nos preocupa (LAKATOS, 2010).
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Leitura seletiva
Seleciona-se o melhor (as informações mais importantes) de acordo com o problema do seu trabalho (SANTOS, 2012).
“A seleção consiste na eliminação do supérfluo e a concentração em informações verdadeiramente pertinentes ao nosso trabalho” (LAKATOS, 2010, p.4).
Visa a seleção das informações mais importantes;
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Leitura reflexiva
“É mais profunda do que as anteriores porque há o reconhecimento e à avaliação das intenções e dos propósitos do autor. Procede-se à identificação das frases-chaves para saber o que o afirma e por que o faz” (LAKATOS, 2010, p.4).
Avaliação das informação;
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Leitura crítica
“Avalia as informações do autor. Implica em saber diferenciar as ideias principais das secundárias, hierarquizando-as segundo a ordem de importância” LAKATOS, 2010, p.4).
“...deve-se entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a analise e o julgamento das ideias dele devem ser feitos em função dos seus próprios propósitos, e não dos do pesquisador” (LAKATOS, 2010, p.4).
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Leitura interpretativa
O leitor “relaciona as informações do autor com os problemas para os quais está-se buscando uma solução” (LAKATOS, p.4).
“...trata-se de uma associação de ideias onde o leitor seleciona apenas o que é útil e pertinente para resolver os problemas propostos por quem realiza a leitura” (LAKATOS, 2010, p. 5).
Busca-se interpretar as intenções do autor e criticá-las em função dos objetivos propostos (SANTOS, 2012).
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Leitura explicativa
“Leitura com o intuito de verificar os fundamentos da verdade enfocados pelo autor (geralmente necessária para a redação de monografias ou teses)” (LAKATOS, 2010, p.5).
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Exemplo das fases da leitura informativa
PROBLEMA: O que é ciência?
ENCONTREI UM LIVRO: Pesquisa científica (Santos, 2012)
ENCONTREI NO SUMÁRIO DO LIVRO UM CAPÍTULO INTITULADO “CIÊNCIA” (LEITURA DE RECONHECIMENTO).
EXAMINEI AS PÁGINAS 65 A 101 (LEITURA EXPLORATÓRIA).
SUBLINHEI OS PARÁGRAFOS PERTINENTES (LEITURA SELETIVA)
EXAMINEI AS AFIRMAÇÕES DO AUTOR NAS PASSAGENS DESTACADAS (LEITURA REFLEXIVA)
DETERMINEI AS IDEIAS PRINCIPAIS RELACIONANDO-AS COM O PROBLEMA QUE PESQUISAMOS (LEITURA INTERPERTATIVA)
ANALISAMOS OS FUNDAMENTOS DA VERDADE NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO DO AUTOR (LEITURA EXPLICATIVA)
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Tipos de leitura
Segundo Andrade (2010), existem quatro tipos de leitura:
1. Verbal: Baseia-se na comunicação de sinais gráficos.
2. Icônica: Através de imagens e símbolos;
3. Gestual: Baseada na compreensão de gestos.
4. Sonora: Baseada na compreensão de sinais sonoros.
 
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Finalidades da leitura
1.LEITURA CASUAL: Anúncios, cartazes, outdoors);
2. LEITURA DE LAZER: busca-se entretenimento e distração;
3. LEITURA INFORMATIVA: busca-se a informação sobre fatos ou notícias, com ou sem o objetivo da aquisição de conhecimentos;
4. LEITURA FORMATIVA: relacionada com a aquisição ou ampliação de conhecimentos
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Importância da leitura 
Para que a leitura seja proveitosa é preciso:
Atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese.
Aprender a ler não é uma questão tão simples, pois exige uma postura crítica e posição ativa. Nunca se deve realizar uma leitura sem entender parte do que se lê, sem avaliar, discutir, então, uma boa leitura só é adquirida através da prática.
Fazer leitura não é apenas a decodificação de códigos, mas um mecanismos de construção de realidades, onde ler torna-se um ato de conhecimento e de descoberta de “novos mundos”. O sistema político-social estruturado insiste em manter “analfabetos intelectuais” para que estes sejam apenas “massas manipuláveis”.
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Técnicas metodológicas:
1. SUBLINHAR: Indispensável para elaborar esquemas e resumos e para ressaltar as ideias importantes de um texto;
Noções básicas para sublinhar um texto:
 Evitar sublinhar parágrafos ou frases inteiras, mas apenas palavras-chave, pois não se resumem palavras, mas as ideias contidas no texto;
Nunca assinalar na primeira leitura;
Sublinhar apenas as ideias principais, usando dois traços para as palavras-chaves. As ideias secundárias são sublinhadas com um traço.
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Técnicas metodológicas:
Noções básicas para sublinhar um texto (continuação):
 Quando aparecem parágrafos que se configuram relevantes para a ideia desenvolvida no texto, eles devem ser assinalados com uma linha na vertical, à margem;
As passagens que despertam dúvidas. Devem ser assinaladas com um ponto de interrogação;
Cada parágrafo deve ser reconstruído a partir das palavras sublinhadas e sua leitura tem de apresentar continuidade de um texto.
Cada palavra não compreendida deve ser entendida mediante a consulta a dicionários e, se necessário, seu sentido anotado no espaço intermediário, para facilitar a leitura.
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Técnicas metodológicas:
Noções básicas para sublinhar um texto (continuação):
 Dependendo do gosto pessoal, usa-se caneta hidrocor, em várias cores, podendo-se estabelecer um código particular: - Vermelho (ou verde) = ideias principais; - Azul (ou amarelo) = ideias secundárias; detalhes mais importantes; 
OBS: Cada um pode adotar uma simbologia arbitrária e pessoal para sublinhar e fazer anotações à margem do texto. Basta que a simbologia adotada mantenha uma significação bem definida e constante (RUIZ, 1990, p. 40).
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Técnicas metodológicas:
Usando a técnica de sublinhar:
Em relação ao papel da gerência no setor público, Tohá e Solari (1997) afirmam que ele tem sido reformulado ao longo do tempo, tendo em vista as mudanças ocorridas nas instituições em diversos países na atualidade. Esta reformulação da gerência pública tem como objetivo a otimização dos recursos públicos, aumentando a eficiência da máquina estatal, sem o esquecimento do princípio da equidade, que também norteia as decisões nessas organizações. O setor público possui algumas especificidades, que devem ser observadas para
que haja uma melhor distinção quando confrontado com o setor privado.
 
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Técnicas metodológicas:
2. ESQUEMA: 
É a elaboração de um plano de trabalho; É um mapa, um guia, a radiografia do texto, “o esqueleto”; É um registro dos principais pontos de um texto.
 
Exemplo:
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Esquema
Para ser útil deve conter:
a)Fidelidade ao assunto original: Deve conter a idéia do autor;
b)Estrutura lógica do assunto: Elaborar a organização das idéias mais importantes das secundárias;
c)Adequação ao assunto estudado e funcionalidade: Deve-se se adequar a matéria que se estudar/ esquemas com maiores indicações são referentes à assuntos mais profundos;
d)Utilidade do seu emprego: Deve ajudar, facilitando a revisão
e) Cunho pessoal: É construído de acordo com os hábitos, recursos e experiências pessoais. O esquema de uma pessoa raramente é útil para outra pessoa.
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Técnicas metodológicas:
3. RESUMO: Permite a quem o lê, resolver sobre a conveniência ou não de consultar o texto completo;
É colocar em poucas palavras o que o autor expressou em um texto mais longo.
Apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, ou seja, as principais ideias do autor da obra.
Só são válidos quando contiverem, de forma sintética e clara, tanto a natureza da pesquisa realizada quanto os resultados e conclusões mais importantes;
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Técnicas metodológicas:
Exemplo de resumo:
O papel da gerência no setor público tem sido reformulado ao longo do tempo, em função das mudanças que ocorrem nas organizações. Os motivos ou objetivos dessa reformulação são: otimização de recursos públicos, aumento da eficiência da máquina estatal e o princípio da equidade.
OBS: COM BASE NAS PALAVRAS SUBLINHAS, ELABORA-SE O RESUMO.
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Resumo: regras básicas
Escrito em parágrafo único;
As palavras-chaves finalizam o resumo e devem ser representativas no texto, devendo ser bem selecionadas para possibilitar que o texto seja bem visualizado, lendo-se o resumo.
O tamanho do resumo: Nas dissertações, teses e monografias, ele deve conter entre 150 e 500 palavras; Nos artigos de periódicos seu tamanho deve ter entre 100 e 250 palavras. 
Evitar símbolos e gírias; O uso de fórmulas, diagramas e equações somente deve ser usado quando for indispensável.
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Resumo: regras básicas
Apresentar de maneira sucinta o assunto de interesse;
Respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados;
Empregar a linguagem clara e objetiva;
Evitar a transcrição de frases do original;
Apontar as conclusões do autor;
Dispensa a consulta ao texto original para a compreensão do assunto (exceto o resumo indicativo ou descritivo).
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Etapas do resumo
1. Eleição do tema;
2. Explicitar o problema;
3. Estabelecer os objetivos;
4.Dimensionamento dos aspectos que irá estudar;
5. Escolha o tipo do resumo;
6. Levantamento dos materiais de pesquisa;
7. Ler, anotar, analisar, interpretar;
8. Organizar graficamente o trabalho (introdução, discussão, conclusão, bibliografia consultada);
9. Digitar, revisar e apresentar;
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Resumo 
1- Primeiro ler o texto todo;
2- Captar o plano geral da obra e seu desenvolvimento;
3- De que trata o texto? O que pretende demonstrar? IDEIA CENTRAL E O PROPÓSITO.
Tipos: 
1- RESUMO INDICATIVO OU DESCRITIVO: 
	- Quando faz referência às partes mais importantes, componentes do texto;
	- Com frases curtas, cada uma correspondendo a um elemento importante da obra;
 - Não dispensa a leitura do texto original, pois descreve apenas a natureza e o propósito do trabalho.
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Resumo 
1-EXEMPLO DE RESUMO INDICATIVO OU DESCRITIVO: 
	
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143.
Estudar significa o ato de enfrentar a realidade. O enfrentamento da realidade pode ocorrer pelo contato direto ou indireto do sujeito que conhece com o objeto que é conhecido. As duas formas de estudar (direta ou indireta), podem ser classificadas como críticas ou acríticas. O leitor poderá ser sujeito ou objeto, dependendo da postura que assume frente ao texto. 
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Resumo 
2- RESUMO INFORMATIVO OU ANALÍTICO:
 	- Quando contém todas as informações principais apresentadas no texto e permite dispensar a leitura desse último, portanto, é mais amplo do que o indicativo. Informa os objetivos, a metodologia, os métodos, os resultados e as conclusões.
	- Sem comentários pessoais nem juízos de valor;
	- Deve ser seletivo e não mera repetição sintetizada de todas as ideias do autor.
	Evitar: O autor disse, o autor falou, segundo o autor, segundo ele. 
3- RESUMO CRÍTICO: 
	- Quando se formula um julgamento sobre o trabalho.
	-Crítica aos aspectos metodológicos, do conteúdo, do desenvolvimento, da técnica de apresentação. 
	- Não pode haver citações.
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Resenha crítica (opinativa)
A resenha consiste em um texto de análise crítica sobre determinada obra (um livro, um artigo etc.) que exigirá em sua elaboração um conhecimento completo da obra e do assunto de que ela trata, além de fidelidade ao pensamento do autor e capacidade de juízo de valor. Segundo Lakatos e Marconi (1996, p. 243), “a resenha crítica consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista”. Portanto, é necessário pesquisar sobre o assunto tratado na obra lida para se elaborar uma visão crítica mais consistente.
Consiste na formulação de um conceito de valor de um objeto de qualquer natureza: um livro, um documento, um romance, um álbum, uma peça de teatro, uma poesia, um filme, um jogo de futebol etc.; 
Finalidade: Informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, conhecimentos, teorias e etc.
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Resenha crítica (opinativa)
 É aquela cujo objetivo é julgar o valor do texto, a sua beleza, a sua relevância. Responde basicamente à pergunta: O texto é bom?
Exigências  de conteúdo
a) Toda resenha deve conter uma síntese, um resumo do texto resenhado, com a apresentação das principais ideias do autor;
b) Toda resenha deve conter uma análise aprofundada de pelo menos um ponto relevante do texto, escolhido pelo resenhista; 
c) Toda resenha deve conter um julgamento do texto.
 Exigências de forma
d) A resenha deve ser pequena, ocupando geralmente até três laudas de papel A4 com espaçamento duplo;
e) A resenha é um texto corrido, isto é, não devem ser feitas separações físicas entre as partes da resenha (com a subdivisão do texto em resumo, análise e julgamento, por exemplo);
f) A resenha deve sempre indicar a obra que está sendo resenhada.
OBS: Toda resenha deve conter um resumo, uma análise e um julgamento.
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Estrutura da resenha
Referência bibliográfica (Autor, título, local de edição, editora e data);
Credenciais do Autor (informações gerais sobre o autor, quem fez o estudo? Quando? Por quê? Onde?);
Conhecimento (Resumo detalhado das ideias principais);
Conclusão do Autor (O autor faz conclusões? Quais foram?
Quadro de referência do Autor (Que teoria serviu de embasamento? Qual o método utilizado?)
Apreciação (julgamento da obra, indicação da obra)
OBS: Segundo Ronaldo Martins a resenha deve conter citação.
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Tipos de resumo (continuação)
4. SINOPSE: É um resumo, uma síntese de obra literária, científica etc. Ela é essencial para fazer com que o indivíduo se interesse pelo resto da obra; é uma espécie de chamariz. Por exemplo: Sinopse do livro “A cabana”:
A filha mais nova de Mackenzie foi raptada durante as férias em famí­lia e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar aquela cabana para passar o fim de semana. "A Cabana" invoca a pergunta:
"Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.
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Técnicas metodológicas: (continuação)
FICHAMENTO: Elaboração de fichas de leitura onde consta informação relevante sobre o texto. É o ato de registrar os estudos de um livro ou texto; É um procedimento para armazenar informações de um determinado livro ou documento.
Classificação do fichamento:
a) Fichamento de citação;
b) Fichamento de conteúdo;
c) Fichamento bibliográfico;
Estrutura do fichamento: cabeçalho (título do livro), referência bibliográfica, corpo ou texto , indicação da obra e local.
  
 
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REFERÊNCIAS
-ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
-MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
-SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de métodos e técnicas de pesquisa científica. 9 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2012.
-MARTINS, Ronaldo. Resenha: O que é e como se faz?. Disponível em:< http://www.ronaldomartins.pro.br/materiais/resenha.htm>. Acesso em: 28 set. 2013.
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