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Universidade Federal de Goiás Instituto de Física Laboratório de Física MEDIÇÃO DO MOMENTO DE INÉRCIA DE SÓLIDOS REGULARES EM ROTAÇÃO Alunos: Gabriel Lopes Camilo Karine Silva Freitas Marcos Estevão Cardoso Professor: Antônio Alonso Goiânia 09/06/17 1. INTRODUÇÃO O momento de inércia mede a distribuição da massa de um sistema em torno de um eixo de rotação, ou seja, envolve não apenas a massa, mas também a forma como esta massa está distribuída. Quanto maior for o momento de inércia do sistema, maior será a resistência imposta ao movimento a fazê-lo girar. Nesse experimento utilizou-se uma barra de material uniforme, uma mesa giratória com uma polia em sua base, um fio , passando por uma roldana, com uma de suas extremidades fixadas na polia da mesa e a outra fixada à um suporte para massas e três massas diferentes. O experimento tem o objetivo de calcular o momento de inércia da barra através do tempo de queda da massa o qual é retardado pela tensão no fio gerada pela massa na mesa giratória. Foi calculado o momento de inércia da barra utilizando três massas distintas, utilizado um método para rejeição de dados e feito a média ponderada com os resultados compatíveis a fim de garantir maior precisão no resultado final. 2. TEORIA Considerando o movimento de rotação mais simples de um corpo rígido, a rotação uniforme em torno de um eixo fixo. Todas as partículas do corpo terão movimento circular uniforme em torno do referido eixo, com a mesma velocidade angular ω. O momento angular total será a soma dos momentos angulares de suas partículas e será dado por: O momento angular é na rotação a grandeza análoga à equação P = mv, que exprime o momento linear do corpo em termos de sua massa e da velocidade do seu centro de massa. Portanto, o somatório da equação acima desempenha na rotação um papel análogo ao da massa na translação. Ele é uma propriedade fixa do corpo para o referido eixo de rotação. Portanto atribuímos um símbolo distinto a essa propriedade (I) e a nomeamos de momento de inércia do corpo e relação ao eixo: Se o corpo for tratado como um contínuo podemos escrever o momento de inércia como: Usando-se o símbolo I para o momento de inércia a equação do momento linear assume a forma compacta: 3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL 1 Figura 1- Arranjo experimental O arranjo experimental necessário para esse experimento é semelhante ao da figura. Com um paquímetro, mediu-se o raio da base giratória do arranjo experimental e as dimensões de uma barra. Os pesos dos três discos foram medidos com uma balança. Coma uma trena, mediu-se a altura a partir de onde as massas serão abandonadas. Assim, fez-se 6 repetições de 25 quedas. Sendo três repetições, cada uma com uma massa diferente e com a barra sobre a base giratória. O tempo de cada queda foi medido com um cronômetro. 4. RESULTADO E ANÁLISE DE DADOS Foi realizado previamente o cálculo das massas utilizadas no experimento, a altura, o raio e as dimensões da barra, presentes nas tabelas 1, 2 e 3 respectivamente: Massas (kg) M1 σM1 M2 σM2 M3 σM3 Barra σB 0,0559 ±0,0006 0,0759 ±0,0006 0,0959 ±0,0006 0,7047 ±0,0006 Tabela 1: Valores constantes das massas Altura(m) Raio(m) 0,8420 ±0,0006 0,0206 ±0,0006 Tabela 2: valores utilizados durante todos os experimentos Dimensões da Barra(m) Largura σL Compriment o σC 0,0510 ±0,0006 0,2260 ±0,0006 Tabela 3: Largura L1 e comprimento L2 da barra. Os primeiros três experimentos realizados, consistiram em aferir o tempo de queda, de cada massa, sem a barra compondo o sistema: 1º Experimento - M1 2º Experimento - M2 3º Experimento - M3 Repetição Tempo(s) σT(s) Tempo σT Tempo σT 1º 10,00 ±0,21 8,62 ±0,15 7,75 ±0,17 2º 9,88 ±0,21 8,38 ±0,15 7,56 ±0,17 3º 10,06 ±0,21 8,44 ±0,15 7,31 ±0,17 4º 9,91 ±0,21 8,25 ±0,15 7,88 ±0,17 5º 9,96 ±0,21 8,47 ±0,15 7,63 ±0,17 6º 9,75 ±0,21 8,31 ±0,15 7,50 ±0,17 2 7º 9,84 ±0,21 8,59 ±0,15 7,59 ±0,1664 8º 9,69 ±0,21 8,53 ±0,15 7,50 ±0,17 9º 9,78 ±0,21 8,62 ±0,15 7,60 ±0,17 10º 9,63 ±0,21 8,68 ±0,15 7,56 ±0,17 11º 9,59 ±0,21 8,29 ±0,15 7,35 ±0,17 12º 9,44 ±0,21 8,16 ±0,15 7,31 ±0,17 13º 9,88 ±0,21 8,06 ±0,15 7,94 ±0,17 14º 9,56 ±0,21 8,41 ±0,15 7,62 ±0,17 15º 9,90 ±0,21 8,34 ±0,15 7,28 ±0,17 16º 9,75 ±0,21 8,60 ±0,15 7,50 ±0,17 17º 9,88 ±0,21 8,28 ±0,15 7,50 ±0,17 18º 9,43 ±0,21 8,38 ±0,15 7,47 ±0,17 19º 10,12 ±0,21 8,37 ±0,15 7,41 ±0,17 20º 10,06 ±0,21 8,47 ±0,15 7,31 ±0,17 21º 9,94 ±0,21 8,47 ±0,15 7,47 ±0,17 22º 9,65 ±0,21 8,54 ±0,15 7,40 ±0,17 23º 10,06 ±0,21 8,31 ±0,15 7,53 ±0,17 24º 9,66 ±0,21 8,50 ±0,15 7,60 ±0,17 25º 10,29 ±0,21 8,40 ±0,15 7,63 ±0,17 Tabela 4: Tempo de queda realizados sem a barra Logo após os três primeiros, o experimento foi refeito com as mesmas massas e agora com a barra colocada em nossa sistema em rotação, medindo-se os tempos: 4º Experimento - M1 com Barra 5º Experimento - M2 com Barra 6º Experimento - M3 com Barra Repetição Tempo(s) σT(s) Tempo(s) σT(s) Tempo(s) σT(s) 1º 11,04 ±0,21 9,38 ±0,16 8,53 ±0,15 2º 10,94 ±0,21 9,47 ±0,16 8,38 ±0,15 3º 10,97 ±0,21 9,50 ±0,16 8,37 ±0,15 4º 11,12 ±0,21 9,43 ±0,16 8,50 ±0,15 5º 10,97 ±0,21 9,56 ±0,16 8,34 ±0,15 6º 11,22 ±0,21 9,41 ±0,16 8,35 ±0,15 7º 11,00 ±0,21 9,60 ±0,16 8,25 ±0,15 8º 11,12 ±0,21 9,25 ±0,16 8,56 ±0,15 9º 11,04 ±0,21 9,28 ±0,16 8,26 ±0,15 10º 11,06 ±0,21 9,60 ±0,16 8,28 ±0,15 11º 10,47 ±0,21 9,59 ±0,16 8,28 ±0,15 12º 11,22 ±0,21 9,40 ±0,16 8,60 ±0,15 13º 11,22 ±0,21 9,75 ±0,16 8,10 ±0,15 14º 11,35 ±0,21 9,38 ±0,16 8,06 ±0,15 3 15º 11,04 ±0,21 9,72 ±0,16 8,38 ±0,15 16º 11,31 ±0,21 9,41 ±0,16 8,50 ±0,15 17º 11,22 ±0,21 9,34 ±0,16 8,22 ±0,15 18º 11,43 ±0,21 9,37 ±0,16 8,25 ±0,15 19º 11,56 ±0,21 9,53 ±0,16 8,47 ±0,15 20º 11,44 ±0,21 9,47 ±0,16 8,35 ±0,15 21º 11,09 ±0,21 9,78 ±0,16 8,34 ±0,15 22º 11,09 ±0,21 9,63 ±0,16 8,16 ±0,15 23º 11,15 ±0,21 9,59 ±0,16 8,09 ±0,15 24º 11,12 ±0,21 9,09 ±0,16 8,34 ±0,15 25º 11,87 ±0,21 9,56 ±0,16 3,38 ±0,15 Tabela 5: Tempo de queda realizados com a barra. Efetuou-se os cálculos para o momento de inércia da barra em função da altura e dos tempos de queda sem a barra e com a barra por meio da fórmula: Alcançando-se os seguintes resultados: Momento de Inércia - Massa M1 Desvio da Inércia - M1 Momento de Inércia - Massa M2 Desvio da Inércia - M2 Momento de Inércia - Massa M3 Desvio da Inércia - M3 0,00364 ±0,00018 0,0035 ±0,0013 0,00303 ±0,00032 Tabela 6: Resultados da inércia para cada massa mi. Aplicando uma média ponderada para os resultados da tabela 6, foi-se encontrado: Média Ponderada Inércia Incerteza - MP. Inércia 0,00349 ±0,00015 Tabela 7: Momento de inércia da barra em função de h, t e tbarra. Devendo-se comparar o resultado obtido por meio deste outro cálculo: Que pode ser averiguado abaixo: Momento de Inércia - Barra Desvio da Inércia - Barra 0,003152 ±0,000016 Tabela 8: Momento de inércia da barra em função de M, L1 e L2 Demonstrando uma expressável aproximação entre os valores encontrados descritos na tabela 7 e 8, satisfazendo nosso experimento para o cálculo do momento de inércia da barra.4 5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Em relação a um eixo, momento de inércia é uma medida de resistência que opõe a variações de seu movimento de rotação em torno do eixo. A distância entre o eixo e a massa influencia no momento de inércia em relação ao eixo, então além de depender da massa, o momento de inércia depende também de como a massa é distribuída em relação ao eixo de rotação. O momento de inércia obtido foi de I mp= (0,00349 ± 0,00015)Kg.m2, que foi encontrado por meio dos recursos disponíveis e com os conceitos apresentados 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAVES, Alaor; SAMPAIO, José Francisco de. Física básica: mecânica. Grupo Gen-LTC, 2000. 5
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