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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICEX DEPARTAMENTO DE FÍSICA BELO HORIZONTE, MG, BRASIL Física Experimental Básica: Mecânica Relatório nº9 Momento de Inércia Autores: Leonardo Almeida Matos Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel Belo Horizonte, 04 de Novembro de 2020 Momento de Inércia: Turma: PU9A Autores: Leonardo Almeida Matos; Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel Data: 04/11/2020 Resultados: Os dados experimentais coletados pelas cinco observações mostram os tempos de rolamento do aro e da esfera em relação às distâncias das quais foram soltos os objetos, pode-se observar os valores a partir das Tabelas 1 e 2: Tabela 1 - Tempos de rolamento do aro em função da distância percorrida: Tabela 2 - Tempos de rolamento da esfera em função da distância percorrida: Observação: incerteza da distância = ( , 05 m)± 0 0 Faz-se necessário o cálculo do desvio padrão do tempo para cada distância apresentada, sendo assim, tem-se a incerteza dele determinada por: Aro x1 = 0,300 m x2 = 0,600 m x3 = 0,900 m x4 = 1,200 m x5 = 1,500 m t1(s) 1,27 1,71 2,04 2,44 2,66 t2(s) 1,25 1,66 1,98 2,36 2,61 t3(s) 1,15 1,63 1,97 2,35 2,60 t4(s) 1,14 1,73 1,96 2,38 2,55 t5(s) 1,12 1,61 2,07 2,45 2,73 Esfera x1 = 0,300 m x2 = 0,600 m x3 = 0,900 m x4 = 1,200 m x5 = 1,500 m t1(s) 1,00 1,44 1,69 1,93 2,23 t2(s) 0,97 1,47 1,70 1,96 2,19 t3(s) 0,95 1,39 1,64 1,98 2,26 t4(s) 0,94 1,30 1,66 1,91 2,17 t5(s) 0,93 1,40 1,67 1,99 2,16 Δt = √ . (t )15.(5−1) ∑ 5 i=1 i − tmédio Para o desenvolvimento dos cálculos e do gráfico respectivo ao fenômeno observado no experimento, distendeu-se os dados para uma tabela que contemple as distâncias de soltura de cada objeto, seja o aro ou a esfera, assim como suas respectivas velocidades. Contudo, primeiro fez-se necessária a compreensão de como chegar à velocidade, introduzindo-a aos parâmetros do experimento. A partir das equações cinemáticas de velocidade e deslocamento em função da aceleração, obteve-se: v = a.t Equação (I) e x = a.t² Equação (II)2 1 Substituindo-se, através da aceleração, (I) na equação (II): x = . t² → v = 2t 1v t 2.x Desvios Padrões para o Aro: Δt (0,300) = 0,02482 s Δt (0,600) = 0,04578 s Δt (0,900) = 0,04317 s Δt (1,200) = 0,04128 s Δt (1,400) = 0,06099 s Desvios Padrões para a Esfera: Δt (0,300) = 0,02482 s Δt (0,600) = 0,05762 s Δt (0,900) = 0,02135 s Δt (1,200) = 0,03007 s Δt (1,400) = 0,03763 s Com a equação em mãos, pode-se atribuir às Tabelas 3 e 4 os valores de velocidades calculados em relação a cada distância para o aro e para a esfera: Tabela 3 - Distância percorrida do aro relacionada a sua velocidade: Tabela 4 - Distância percorrida da esfera relacionada a sua velocidade: Sendo a incerteza relativa dada por: v . Δ = v √( xΔx)2 + −( tΔt)2 Distância ( 0,005 m)± Velocidade (m/s) 0,3 0,50 0,6 0,72 0,9 0,90 1,2 1,00 1,5 1,14 Distância ( 0,005 m)± Velocidade (m/s) 0,3 0,63 0,6 0,86 0,9 1,08 1,2 1,23 1,5 1,36 Incerteza das velocidades para o Aro: Δv (0,300) = 0,013 m/s Δv (0,600) = 0,021 m/s Para um objeto cuja sua simetria é cilíndrica ou esférica, a velocidade de rolamento é dada em função de seu momento de inércia, definida por: I = Equação (III).M .Rβ 2 Tal que é determinado pela simetria e pela repartição da massa do objeto, sendo R oβ raio do deste e M a sua massa. Com isso, para a situação descrita no experimento, ilustrada na Imagem 1, é imprescindível o uso da Equação (III) para a relação do parâmetro com aβ velocidade: Imagem 1: Esfera se deslocando em uma rampa de ângulo θ. (Fonte:) A ilustração mostra uma esfera que realiza um movimento de rotação sobre seu próprio eixo e um movimento de translação deslocando seu centro de massa no sentido do rolamento, em cima de uma superfície inclinada a qual faz um ângulo com a horizontal. A esfera parteθ do repouso e tem um deslocamento ‘x’ a partir de onde esta é solta, sendo a velocidade do corpo determinada pelo princípio de conservação da energia mecânica: Δv (0,900) = 0,020 m/s Δv (1,200) = 0,018 m/s Δv (1,400) = 0,027 m/s Incerteza das velocidades para a Esfera: Δv (0,300) = 0,019 m/s Δv (0,600) = 0,036 m/s Δv (0,900) = 0,015 m/s Δv (1,200) = 0,020 m/s Δv (1,400) = 0,024 m/s Emecânica = Ecinética + Epotencial Como existem dois tipos de movimento que compõe o rolamento do corpo (rotação e translação), a energia cinética será definida pela soma deles, enquanto a energia potencial está em função da altura de soltura: Energia Cinética de rotação (ECR) = , sendo = , ECR = .I .ω 2 1 2 ω2 v2 R2 I2 1 v2 R2 Energia Cinética de translação (ECT) = M .v 2 1 2 Energia Potencial Gravitacional = M.g.h Somando-se todas as energias do sistema, a velocidade ‘v’ pode ser determinada, para que o cálculo mostre a dependência desta e , substitui-se a Equação (III) em ECR, assim:β Emecânica = ( . + ) + (M.g.h ) Equação (IV).β.M .R21 2 v2 R2 M .v 2 1 2 Como a energia mecânica se conserva, a energia potencial se converte em cinética, dessa forma a energia cinética inicial é igual a zero e a potencial final também igual a zero, evoluindo a Equação (IV) da seguinte forma: ( . + )final = (M.g.h )inicial.β.M .R21 2 v2 R2 M .v 2 1 2 Sabendo-se que a altura pode ser substituída por uma relação entre o ângulo e o comprimento da superfície inclinada: sen = → h = sen . xθ x h θ Isolando-se a velocidade, tem-se: v² = Equação (V).x1+β 2.g.senθ Com a Equação (V) é possível desenvolver o Gráfico 1 que representa a relação linear entre o quadrado da velocidade e a distância percorrida pelo aro e pela esfera: Gráfico 1 - Velocidade ao quadrado em função da distância: Correlacionando-se a Equação (V) com a equação geral das retas, determina-se beta com os valores do seno de teta e da gravidade em mãos, pois, sendo a equação geral da reta determinada por: y = Ax + B: Se em (V): y = v² e x = xequação Então: A = e B = 01+β 2.g.senθ Desenvolvendo-se a equação em ‘A’, isolando o termo : β = - 1 β ( A2.g.senθ) Agora basta substituir os respectivos valores de ‘A’ para o aro e para a esfera, assim como o valor de sen e da gravidade:θ Para o Aro: = - 1 → → = 0,9712 β ( AAro2.g.senθ) ( 2.g.hA xAro. ) β Para a Esfera: = - 1 → → = 0,3671 β ( AEsfera2.g.senθ) ( 2.g.hA xEsfera. ) β Por fim, calcula-se a incerteza respectiva a cada parâmetro: Para o Aro: → = 0,0364β Δ = β√( gΔg)2 + ( hΔh)2 + −( AAroΔAAro )2 + −( xΔx)2 β Δ Para a Esfera: → = 0,00814β Δ = β√( gΔg)2 + ( hΔh)2 + −( AEsferaΔAEsfera)2 + −( xΔx)2 β Δ Com isso, os valores finais com suas respectivas incertezas são: , 7 , 4 βAro = 0 9 ± 0 0 , 67 , 08βEsfera = 0 3 ± 0 0 Discussão: O valor do momento de inércia representa o nível de dificuldade em se alterar o estado de movimento de um corpo em rotação. Ou seja, quanto maior o momento de inércia, maior será a força exigida para colocar o corpo em rotação. A Equação (III) demonstra que, para corpos circulares, o momento de inércia depende da massa do corpo, de seu raio e de sua constante β. Esta constante β, está relacionada à distribuição simétrica da massa do corpo em torno do eixo de rotação. Sabe-se que, para um aro perfeito, βaro = 1. Nos cálculos expostos acima, para o aro do experimento, encontra-se βaro,exp = 0,97 +/- 0,04. Ao se comparar os dois valores, pode se afirmar que o aro usado no experimento possuía uma boa distribuição de sua massa em torno do eixo de rotação. Ademais, devido à incertezacalculada, também pode-se afirmar que o aro é aproximadamente ou é de fato um aro 100% simétrico. Sabe-se que, para uma esfera perfeita, βesfera = ⅖ = 0,4 . Nos cálculos expostos acima, para a esfera do experimento, encontra-se βesfera,exp = 0,367 +/- 0,008. Ao se comparar os dois valores, percebe-se que a esfera do experimento, apesar de ter βesfera,exp relativamente próximo à βefera, não é 100% simétrica. Essa percepção se torna mais verdadeira ainda ao analisar a incerteza de βesfera,exp, que demonstra que, mesmo dentro dos limites de incerteza, o valor de βesfera,exp não se atinge o valor de βesfera. Diante das análises feitas, pode-se afirmar que entre o aro e a esfera do experimento, o objeto que possui uma distribuição de massa em torno do eixo de rotação, de maneira mais simétrica, é o aro Contribuições: Para a realização deste relatório, a contribuição foi oriunda de ambas partes da dupla. Separação da Escrita: Resultados (Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel); Discussão (Leonardo Almeida Matos); Análise Gráfica e Cálculos de incerteza: Análise e Cálculos (Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel); Cálculos (Leonardo Almeida Matos). Referências: Movimento Retilíneo com Aceleração Constante. Departamento de Física UFMG, Ciclo Básico. Disponível em: <https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Movimento_ret ilineo_com_aceleracao_constante.pdf>. Acesso: 26 de Outubro de 2020.
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