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�PAGE � �PAGE �4� CEFET – BA CURSOS DE ENGENHARIA CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL TEMA: Séries de Potências Professora: Edmary Agradeço aos professores: Adelmo e Rachel Até agora só trabalhamos com séries numéricas. Vamos trabalhar agora com séries cujos termos são funções, em especial, potências de x ou de x (a . O nosso objetivo é representar funções como uma série de potências de x em algum intervalo Observação: Consideramos (x ( a)0 = 1 mesmo quando x = a por conveniência de notação. Exemplos: 1) ( an = 1 e a = 0 ) 2) ( an = 1 e a = 1 ) 3) ( e a = 0 ) 4) ( an = n + 1 e a = 0 ) Numa série de potências, cada soma parcial sn da série corresponde a um polinômio de grau n., que indicaremos sn(x). No caso de uma série de potências de x temos: s0(x) = a0 s1(x) = a0 + a1x s2(x) = a0 + a1x + a2x2 ..... sn(x) = a0 + a1x + a2x2 + ...+ a n(1 x n(1 + anxn ( polinômio de grau n em x ) As somas parciais podem servir para aproximar funções como as trigonométricas, exponenciais e logarítmicas através de polinômios, numa vizinhança de 0 ( se for potências de x) ou de a ( se tomamos potências de a ) Por exemplo, a função exponencial pode ser escrita através da série Mais precisamente, a série é convergente e converge para ex, para todo x . Isto pode ser visualizado graficamente. A seguir temos a representação gráfica das 4 primeiras somas parciais da série. Observemos que, numa vizinhança de 0 as somas parciais vão se aproximando cada vez mais de f(x). Vamos investigar sob que condições podemos escrever uma função como uma série de potências de x e em que domínio ela converge Dada uma série de potências para cada valor atribuído a x obtemos uma série numérica correspondente que pode convergir ou divergir. Exemplo: Dada a série de potências em x (an = 1 ) temos que Para a série numérica correspondente é que converge (série geométrica de razão ½). O mesmo acontece para qualquer valor de x tal que Para x = 1 e x = ( 1 as séries correspondentes divergem ( o termo geral não tende a zero!) Para x = 2 a série numérica correspondente é que diverge (série geométrica de razão 2) Esta série pode ser considerada uma série geométrica de razão x e portanto converge para e diverge para Vemos assim que uma série de potências pode convergir para determinados valores de x e divergir para outros. Podemos então usar os critérios de convergência para séries numéricas para determinar a região de convergência da série. Usaremos em especial os critérios da razão e da raiz para analisarmos o intervalo de convergência da série, a menos dos extremos que são os casos em que os limites nesses testes dão 1 e que portanto requerem outros critérios para serem analisados. Exemplo: Aplicando os testes de convergência vistos, verifique a região de convergência das seguintes séries: 1) Dc = [ –1, 1 [ Solução: Aplicando o teste da razão: Pelo teste da razão concluímos que a série é convergente para valores de x tais que . No caso em que analisamos separadamente. Assim, se x = 1 a série correspondente é a série harmônica que diverge e quando x = ( 1 a série correspondente é a série alternada que já vimos ser convergente pelo critério de Leibniz 2) Dc = R Solução: Usando o critério da razão: <1. a série é portanto convergente para todo valor de x. 3) ; Dc = { 1 } Solução: Usando o critério da raiz: Temos assim que a série só converge para x = 1. Os resultados observados nos exemplos anteriores podem ser generalizados e estão expressos no seguinte Teorema Observação: Quando a série é absolutamente convergente ( x ( R dizemos que r = ( e quando a série converge apenas para x = a dizemos que r = 0 Representação de Funções por uma Série de Potências Se uma série de potências tem um intervalo de convergência ]a – r, a + r[, onde r é o raio de convergência, podemos usar a série de potências para definir uma função cujo domínio é o intervalo de convergência da série ]a – r, a + r[ f: ]a – r, a + r[ ( R f(x) = ou seja, para cada valor de x pertencente ao intervalo ]a – r, a + r[ associamos o valor que corresponde à soma da série f(x) = = a0 + a1(x –a) + a2(x –a)2 + a3(x –a)3 +... Exemplos: A série geométrica tem região de convergência ]–1, 1[. Assim, neste intervalo ela define a função f(x) = A série é uma série geométrica de razão r = x – a. No intervalo ela define a função A partir da série geométrica, tanto como potência de x quanto como potência de ( x – a) podemos obter novas séries que definem outras funções. Reciprocamente, dada uma função f: D ( R podemos pensar em que situações existe uma série de potências que converge para f(x) e para que valores de x a série é convergente. Exemplos: 1) A partir da série geométrica se x ( ]–1, 1[ dê a representação em série de potências de x das seguintes funções, indicando a região de convergência de cada uma delas. A) Solução: Substituindo x por –x na série , obtemos para x ( ]–1, 1[. B) Solução: Substituindo x por –x2 na série , obtemos para x ( ]–1, 1 [. Multiplicando por x obtemos para x ( ]–1, 1[. C) Solução: Observe que o resultado acima está valendo para , ou seja, D) Solução: O resultado acima está valendo para que é a região de convergência da série. 2) A partir da série geométrica ( ) encontre uma série de potências em ( x – a ) para as seguintes funções: A) ; a = 2 Solução: se B) ; a = 1 Solução: se Derivação e Integração de Séries de Potências Consideremos a função f(x) representada por uma série de potências de x : Será que podemos através da série de potências encontrar a derivada da função ? E a sua integral? A resposta a essas questões é sim. Podemos simplesmente derivar a função termo a termo e a integral da função ( tanto a definida quanto a indefinida ) pode ser obtida integrando-se a série termo a termo O teorema a seguir nos garante esse fato. Observação: O raio de convergência das novas séries é o mesmo mas os extremos do intervalo de convergência podem ser alterados. Podemos usar esse fato para encontrar o desenvolvimento em série de outras funções a partir de funções conhecidas. Exemplos: 1) . Derivando termo a termo obtemos 2) Observemos que o índice do somatório se conserva se o 1o termo da série não é constante e muda se o 1o termo da série é constante. 3) . Integrando termo a termo obtemos e . Obtemos que . Encontramos o valor da constante de integração C = 0, substituindo x = 0 na igualdade acima Temos assim que a função = no intervalo ] (1, 1[ Aplicando diferenciação e integração termo a termo podemos a partir de funções obtermos a sua representação em série de potências e a partir de série de potências obtermos a função que representa a sua soma dentro da sua região de convergência. Exemplos: 1) A partir da série geométrica encontre uma série que represente as seguintes funções: a) f(x) = ln(1+x) Temos que a derivada da função f(x) = ln ( 1 + x ) é ( como vimos em exemplos anteriores ). Assim, integrando a função obtemos: no intervalo ] (1, 1 [ b) f(x) = arctgx A derivada de f(x) = arctgx é igual a ( como vimos em exemplos anteriores ) Integrando a função obtemos no intervalo [ (1, 1] ( Pode-se mostrar que a série correspondente é convergente para x = 1 e x = ( 1) 2) Aplicando diferenciação e integração termo a termo encontre a soma das seguintes séries ea região de convergência a) Seja . A idéia principal do processo é, a partir de derivação ou integração, chegarmos à série geométrica da qual conhecemos a soma, para, usando o processo inverso, obtermos a soma da série pedida. Neste exemplo, se derivarmos a série dada conhecemos a soma da série resultante. Vejamos: para x ( ] (1, 1 [. Integrando obtemos ; para x ( ] (1, 1 [. b) Neste caso integramos primeiro a série obtendo . Assim, derivando a série: = ; para x ( ] (1, 1 [. Séries de Taylor e Maclaurin Consideremos a função f(x) definida pela série de potências em ( x – a) ; com raio de convergência r > 0. A função f(x) tem todas as derivadas em ]a –r, a+r [. Temos assim que ................................ Continuando com esse processo obtemos Desta maneira a série de potências de f(x) pode ser escrita na forma , onde tomamos Esta série é chamada de série de Taylor da função f no ponto a. No caso particular em que a = 0, ou seja, a série é chamada de série de Maclaurin Observação: As séries de Taylor e Maclaurin são importantes pois servem para aproximar funções por polinômios numa vizinhança do ponto a O polinômio de grau n corresponde à n-ésima soma parcial da série de Taylor e é chamado de polinômio de Taylor Podemos escrever . Pode-se mostrar que se Rn(x) for tal que temos que Pn(x) é uma boa aproximação e f(x) no ponto a. Dada uma série de Taylor representando uma função em um intervalo I, a série de Taylor é uma série de potências. Duas perguntas surgem então: A série é convergente em I ? A soma da série corresponde a f(x) para todo x em I ? Para a maioria das funções elementares a resposta é afirmativa e exitem teoremas nos garantindo este fato para as funções com as quais trabalharemos. Exemplo: Vamos encontrar a série de Maclaurin para as funções 1) f(x) = ex; 2) f(x) = cosx; 3) f(x) = senx Solução: 1) Vamos escrever . Para isso precisamos da expressão . Sendo f(x) = ex temos que e portanto = 1. Logo, como já tínhamos visto anteriormente. Os polinômios de Taylor para essa função são ................................................... 2) f(x) = cosx ( f(0) = 1 f´(x) = – senx ( f´(0) = 0 f´´(x) = –cosx ( f’´ (0) = –1 f´´´(x) = senx ( f’´´(0) = 0 f(4)(x) = cosx ( f(4)(0) = 1 …………………….. Temos assim que ( Os polinômios de Taylor para cosx são ................................................... 3) Usando a série anterior e derivando temos Os polinômios de Taylor para senx são Observações: 1. Não necessariamente a série de Taylor de uma função tem que ser obtida através da fórmula . Qualquer série de potências em ( x – a) de uma função deve ser a série de Taylor da função. Assim, as séries de potências obtidas para as funções, arctgx, ln(1+x), etc, são as séries de Taylor das respectivas funções. 2. Isto significa que uma série de potências representando uma função é única. Referências Bibliográficas O Cálculo com Geometria Analítica vol II – Louis Leithold Cálculo – Um Novo Horizonte vol II – Howard Anton Cálculo – vol II – James Stewart Uma série de potências em (x– a) é uma série da forma � EMBED Equation.3 ��� Quando a = 0 temos uma série de potências em x. � EMBED Equation.3 ��� � Dada uma série de potências � EMBED Equation.3 ��� com raio de convergência r > 0, consideremos a função f(x) = � EMBED Equation.3 ���. Então f(x) é contínua em ] a ( r, a + r [ Existe � EMBED Equation.3 ��� ( x ( ] a ( r, a + r [ Se x(] a ( r, a + r [, então � EMBED Equation.3 ���; ( x ( ] a ( r, a + r [ Dada a série de potências � EMBED Equation.3 ��� apenas uma das seguintes condições é válida : A série é absolutamente convergente ( x ( R A série converge apenas para x = a ( r ( R tal que a série é absolutamente convergente para � EMBED Equation.3 ��� e divergente para � EMBED Equation.3 ��� O número r > 0 é chamado de raio de convergência da série � � EMBED Equation.3 ��� ( ( R Chamaremos de região ou domínio de convergência ( Dc) de uma série de potências ao conjunto dos números reais para os quais a série dada converge � EMBED Equation.3 ���( ( R � EMBED Equation.3 ��� � � _1069476870.unknown _1069515514.unknown _1069515566.unknown _1069515621.unknown _1069515644.unknown _1069515655.unknown _1069515665.unknown _1069515671.unknown _1069515668.unknown _1069515659.unknown _1069515650.unknown _1069515634.unknown _1069515639.unknown _1069515628.unknown _1069515596.unknown _1069515614.unknown _1069515618.unknown _1069515599.unknown _1069515590.unknown _1069515593.unknown _1069515574.unknown _1069515579.unknown _1069515584.unknown _1069515571.unknown _1069515538.unknown _1069515546.unknown _1069515559.unknown _1069515541.unknown _1069515529.unknown _1069515534.unknown _1069515522.unknown _1069513320.unknown _1069515468.unknown _1069515477.unknown _1069515495.unknown _1069515471.unknown _1069515441.unknown _1069515454.unknown _1069515457.unknown _1069515446.unknown _1069514374.unknown _1069514391.unknown _1069514388.unknown _1069514103.unknown _1069513213.unknown _1069513309.unknown _1069513316.unknown _1069513217.unknown _1069478972.unknown _1069513206.unknown _1069513209.unknown _1069479082.unknown _1069513195.unknown _1069513203.unknown _1069513190.unknown _1069479033.unknown _1069478163.unknown _1069478866.unknown _1069476922.unknown _1041685839.unknown _1069144388.unknown _1069402478.unknown _1069402801.unknown _1069402902.unknown _1069403140.unknown _1069409255.unknown _1069403017.unknown _1069402856.unknown _1069402750.unknown _1069145603.unknown _1069146260.unknown _1069402112.unknown _1069146216.unknown _1069144533.unknown _1042356476.unknown _1042375031.unknown _1042375847.unknown _1042375918.unknown _1042376217.unknown _1069143532.unknown _1042376015.unknown _1042376113.unknown _1042375877.unknown _1042375784.unknown _1042375680.unknown _1042357356.unknown _1042357842.unknown _1042358772.unknown _1042358815.unknown _1042359455.unknown _1042358545.unknown _1042358610.unknown _1042357718.unknown _1042357749.unknown _1042357664.unknown _1042356872.unknown _1042357175.unknown _1042356601.unknown _1042355524.unknown _1042356056.unknown _1042356276.unknown _1042356404.unknown _1042355926.unknown _1041686152.unknown _1042355248.unknown _1041685885.unknown _1041683764.unknown _1041685116.unknown _1041685420.unknown _1041685613.unknown _1041685144.unknown _1041684095.unknown _1041684484.unknown _1041685115.unknown _1041683796.unknown _1041572893.unknown _1041683627.unknown _1041572323.unknown _1041572824.unknown _1041572189.unknown _1041572018.unknown
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