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Análises aula do dia 10.04

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Análises Clínicas - Aula do dia 10/04
Equilíbrio hidroeletrolítico é uma das principais funções renais. O rim que controla a retenção e a perda de água e o equilíbrio de alguns eletrólitos que contribuem para o bom funcionamento desse órgão. Se um paciente é encontrado totalmente desacordado e se desconhece sua história clínica, o médico precisa pedir um exame de sódio e potássio e gasometria (O2 e CO2), para saber qual conduta ele tomará. Caso os dois exames estejam alterados, o paciente corre risco de vida. Nesse caso, pode medir as enzimas hepáticas também. 
O nome clínico para o desequilíbrio de sódio e potássio é hiponatremia. Esse desequilíbrio pode causar lesão cerebral e quadro convulsivo. Durante uma cirurgia de longa duração, esse cálculo deve ser muito bem controlado, pois durante esse processo o metabolismo é acelerado pelo sistema nervoso autônomo. Na cirurgia, o paciente perde muito líquido e, por isso, deve ser injetado soro contendo água, sódio e potássio durante a cirurgia para repor o que foi perdido durante o procedimento. Se o cálculo for feito de forma errada e conter mais água do que eletrólito, por exemplo, causa um quadro de hiponatremia, podendo levar á óbito. 
Importante: qualquer caso clínico pode solicitar exame de sódio e potássio.
A composição da urina é água, uréia, creatinina e ácido úrico. Não têm glicose, nem proteína. A albumina é a proteína de maior quantidade no sangue e ela também não pode estar presente na urina. O rim é o único local que existem capilares fenestrados (do glomérulo). 
Exemplo: O paciente é diabético. Portanto, tem passagem de muita glicose, o que irá sobrecarregar o rim, o que causará lesão renal. O rim desse paciente está funcionando, mas de forma errada, pois substâncias que deveriam ser retidas, estão sendo filtradas. A lesão renal é reversível, caso o paciente diminua o nível de glicose no sangue, cuide da alimentação, tome medicamentos, faça algumas sessões de hemodiálise, por exemplo. Exame para avaliar lesão renal: exame de urina para pesquisa de glicose e proteína (principalmente albumina). Se houver proteína, a lesão é maior. 
Proteinúria é mais grave que glicosúria, pois as proteínas têm maior tamanho. 
O diabético com lesão renal terá hipertensão. Diabetes > glicose elevada > lesão renal > hipertensão. A vasopressina é o hormônio que controla a diurese (hormônio renal). O rim também tem um controle íntimo da pressão arterial – Quem faz esse controle é a renina. A renina é um hormônio que está em forma de grânulos na célula renal. Ela, quando liberada, converte o sistema renina-angiotensina, que é a conversão do angiotensinogênio em angiotensina. A angiotensina faz vasoconstrição para que o sangue flua perfeitamente. Se o paciente tiver lesão renal, as células renais morrerão e a renina é liberada. O aumento dela gera o aumento da conversão e, consequentemente, mais angiotensina, maior vasoconstrição, maior pressão arterial (fluxo de sangue dificultado). 
Importante: Para resolver um caso clínico de forma correta, é necessário resolver primeiro o quadro mais grave. Exemplo: O paciente chega ao hospital pois não se sente bem. O médico afere sua pressão e ela se encontra muito alta. O paciente diz que tem diabetes e o clínico faz o exame para avaliar sua função renal. Se for comprovado que a função renal dele está debilitada, talvez a pressão dele esteja alta por excesso de renina. A conduta deverá ser a seguinte: resolver o problema da pressão arterial elevada imediatamente, pois isso pode levar o indivíduo á óbito. Pode-se resolver esse problema (momentaneamente) injetando na veia do paciente um antihipertensivo que seja antagonista da renina; Depois, faz-se algumas sessões de hemodiálise para resolver a função renal dele; O último problema a resolver é o quadro de diabetes. O problema é essa lesão renal virar crônica, podendo causar a insuficiência renal (pior quadro). 
Na insuficiência renal, existem moléculas que mesmo sendo menores, não passam pela fenestra dos capilares do glomérulo, pois o rim não está funcionando. Para diagnóstico de insuficiência renal, é necessário fazer exame de sangue para dosagem de creatinina e uréia. Nesse caso, as duas estarão aumentadas. A creatinina é um produto específico renal. Já a uréia é produto final da quebra de proteína. Em caso de insuficiência, a única saída é hemodiálise ou transplante de rim. 
Fenótipo: Diabetes mal-controlada > lesão renal > permanece mal-controlada > lesão renal crônica > permanece mal-controlada > insuficiência renal. Existe a possibilidade de um paciente ter insuficiência renal sem ter tido uma lesão renal antes. 
Todo problema no rim é, no início, assintomático (lesão leve).
A lesão renal tem como sintoma a hipertensão arterial. Quando estiver no estágio crônico, o indivíduo começa a apresentar icterícia (lesão avançada). 
O fígado é importante porque ele acaba comunicando o sistema digestório e circulatório. 
A albumina é um bom marcador de função hepática porque ela é sintetizada exclusivamente pelo hepatócito. 
Ex: O indíviduo chega no hospital e o médico pede a dosagem das seguintes enzimas hepáticas: albumina, transaminases (TGO e TGP), gama-GT, bilirrubina e fosfatase alcalina. Após o resultado, o médico percebe que todas estas enzimas estão alteradas. Isso caracteriza uma lesão aguda ou crônica? R: A dosagem das enzimas de um paciente que tem lesão aguda é quase a mesma do que tem uma lesão crônica, mas a conduta médica é diferente nestes dois casos. O exame de PCR (proteína C reativa) é um marcador de processo infeccioso inflamatório agudo. Se tiver alto, o paciente teve o pico agudo da lesão agora. Se tiver baixo, o paciente já apresenta a lesão há mais tempo. Esse paciente pode ter esteatose hepática (acúmulo de gordura hepática - menos grave), cirrose (morte das células hepática), carcinoma hepato-celular ou hepatite. Conduta: Dosagem de imunoglobulinas para averiguar hepatite (IgM e IgG); exame de imagem (para ver o tamanho do órgão); biópsia. 
Por que a dosagem de bilirrubina é feita para verificar a função hepática?
R: A bilirrubina não é hidrossolúvel. Ela precisa ser conjugada, pois ela não circula sozinha. A conjugação é feita pela albumina. Se há problema hepático, a albumina não é sintetizada (está em pouca quantidade). A bilirrubina é liberada pelo catabolismo do heme da hemoglobina. A albumina conjuga a bilirrubina e a leva até o intestino para ser eliminada nas fezes. O indivíduo com problema hepático, além de não sintetizar muita albumina, a bilirrubina não será excretada, deixando a cor das fezes pálida. 
A gama-GT é um marcador importante, principalmente de cirrose alcóolica. O indivíduo alcoólatra crônico tem gama-GT em grande quantidade. Ex: Um alcoólatra crônico irá fazer um exame admissional em uma empresa. Com medo de uma possível alteração dos exames, ele resolver não ingerir bebida alcoólica no dia anterior. Se dosar TGO e TGP, estas enzimas estarão baixas, já que ele não ingeriu álcool, mas a gama-GT estará alta. Ao contrário, o indivíduo não é alcoólatra, mas bebeu no dia anterior ao exame. Sendo assim, a gama-GT estará baixa e TGO e TGP estarão altas.

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