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Ramos do direito

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UNIDADE Nº 3: RAMOS DO DIREITO 
Introdução 
O Direito é dividido de forma clássica em Direito Público e Direito Privado. Tal 
classificação é considerada equívoca por alguns doutrinadores. Analisando que 
em muitos casos não é possível identificar a natureza jurídica do interesse em 
questão, uma vez que todos estão interligados. 
Para entender melhor o que significa essa classificação e qual é o seu alcance 
vamos verificar a seguir a definição de Direito Público e de Direito Privado. 
CLASSIFICAÇÃO 
 
A classificação que segue tem como critério basilar a antiga divisão do direito 
em público e privado: 
Diz-se público quando predomina o interesse público sobre o particular, embora 
este seja visado de maneira secundária. E privado aquele no qual predomina o 
interesse imediato do particular e mediato do Estado, vez que, mesmo 
indiretamente, há vinculação aos anseios estatais. 
 
I- O QUE É DIREITO PÚBLICO 
 
O Direito Público é o ramo do direito composto pelas normas que tem por 
matéria interesse do Estado, tais como a função e organização, a ordem e 
segurança, a paz social, etc. 
Tais normas regulam as relações entre o Estado e os particulares, visando 
sempre a concretização do interesse público, conforme as previsões da lei. 
O interesse público se concretiza por meio da atuação da Administração 
Pública, com a organização e prestação dos serviços públicos e utilização de 
recursos financeiros públicos. 
Na definição de Celso Ribeiro Bastos Direito Público é: 
“Conjunto de normas e princípios que regem a atividade do Estado, a relação 
deste com os particulares, assim como o atuar recíproco dos cidadãos.” 
 
O DIREITO PÚBLICO SE DIVIDE EM: 
 
 O Direito Público Interno - O Direito Público Interno rege os interesses 
estatais e sociais. Suas normas encontram-se no direito constitucional, 
administrativo, processual, tributário, penal e eleitoral. 
 Direito Público Externo - Tem a função de tratar das relações 
internacionais entre Estados soberanos, as normas utilizadas para tanto são as 
de Direito Internacional Público, ou seja, convenções e tratados que os chefes 
de estado ou do governo firmam com organizações internacionais e direito 
Internacional privado que rege as chamadas matérias conexas 
 
CARACTERÍSTICAS DIREITO PÚBLICO 
 No direito público as relações envolvem o Estado e muitas vezes os 
particulares, visando o interesse público. São relações desiguais pois o 
interesse público mantem posição de soberania em relação ao interesse 
particular. 
 As normas são imperativas, também denominadas normas de ordem 
pública ou cogentes, tais normas mandam ou proíbem e tem caráter 
obrigatório. 
 As normas sempre objetivam a consecução do interesse público. 
 Já no direito público temos a verticalidade que impõe ao Poder Público 
uma posição de superioridade frente aos particulares em função da 
manutenção do interesse público. 
 
 
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO 
O estudo em análise tem por objetivo oferecer a perspectiva de estuda das 
diversas disciplinas especiais abarcadas pelo direito. O Ordenamento Jurídico é 
um conjunto harmônico de regras que não impõe qualquer divisão em seu 
campo normativo. Ao estudarmos as características específicas a cada ramo, não 
se deve perder de vista que se trata de ramo do DIREITO e que, portanto, 
participa das mesmas propriedades inerentes à árvore jurídica, quais sejam: 
processo de adaptação social; normas coercitivas sob o comando do Estado; 
sujeição à variação histórica e submissão aos princípios do direito natural; 
fórmula de realização dos valores segurança e justiça, amplamente perseguidos. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
O Direito Constitucional é a lei maior do Estado, subordinando todas as demais 
normas aos seus comandos e aos seus princípios. 
Sob o prisma material, a constituição representa a organização dos poderes e 
órgãos do Estado, assim como as normas que protegem os indivíduos. 
Formalmente, a constituição vem a ser o documento legal que define a estrutura 
estatal. A existência do Estado pressupõe a de organização interna, o que faz 
com que todos possuam constituição em sentido material. Contudo, nem todos 
os Estados soberanos estão alicerçados em uma constituição formal, como se dá 
com a Inglaterra, em que as normas são consuetudinárias. 
Com efeito, pode-se dizer que o Direito Constitucional é o ramo do direito 
público que dispõe sobre a estrutura do Estado, define a função de seus órgãos e 
estabelece as garantias fundamentais da pessoa. 
Direito Constitucional limita a ação do governo, estabelecendo as faixas de 
competência de cada poder, assim como também prevê as garantias das pessoas, 
uma vez que estabelece em seu bojo uma série de garantias fundamentais ao 
homem. 
O estudo do constitucionalismo eclodiu da teoria da divisão dos poderes de 
Montesquieu, vindo a encorpar-se com a promulgação das primeiras 
constituições (norte-americana, francesa e a Declaração Universal dos Direitos 
do Homem). 
Por fixar os princípios e as coordenadas da vida jurídica do Estado, a 
constituição está acima de todas as demais normas jurídicas do ordenamento, 
em uma verdadeira hierarquia. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 O direito administrativo é relativo às relações entre a Administração Pública e 
os cidadãos, denominados respectivamente de administrador e administrados. 
Seus assuntos são relacionados com o interesse público, tais como 
responsabilidade civil, poder de polícia, processos administrativos, fiscalização, 
conservação de bens públicos, etc. 
O fim maior do Estado é promover o bem-estar social. Para isso, deve 
primeiramente apresentar uma estrutura de poder definida pelo Direito 
Constitucional e, secundariamente, desenvolver a prestação de serviços públicos 
(atividade estatal dirigida à satisfação das necessidades coletivas fundamentais, 
como energia elétrica, transporte coletivo, etc). É o direito administrativo que 
estabelece a fórmula jurídica para a realização desses serviços, através do 
trabalho de funcionários qualificados admitidos para esse fim específico. 
Assim, o direito administrativo compreende o conjunto de normas e princípios 
que regulam o funcionamento das atividades do Estado, a organização e 
funcionamento dos serviços públicos e as relações da administração com os 
indivíduos. 
 
DIREITO PENAL 
É o ramo do direito público que define os crimes, as penalidades 
correspondentes e as medidas de segurança aplicáveis. Numa acepção mais 
aprofundada, pode-se dizer que o direito penal é o conjunto de normas jurídica 
que regula o poder punitivo do Estado (ius puniendi), ligando ao delito a pena 
como consequência. 
 
Primitivamente, a vítima ou seus familiares reagia à lesão ao seu direito pela 
própria força. Na composição voluntária, a vítima trocava seu perdão por uma 
compensação pecuniária. Mais tarde, essa composição voluntária passou a ser 
regulada pela lei que impunha ao infrator um pagamento à vítima. Até que 
finalmente o Estado adquiriu o monopólio do direito de punir e o faz mediante 
critérios que visam intimidar e readaptar o criminoso à sociedade. 
De ver-se que o conteúdo material do Direito Penal se constitui principalmente 
de normas morais, revelando a necessidade de um mínimo ético indispensável 
ao bem-estar da coletividade. Nesse ramo, temos a distinção entre crime e 
contravenção, de modo que aquele tem maior potencial ofensivo e este se trata 
de um crime de menor relevância. 
O crime é definido como a ação humana, típica, antijurídica e culpável: 
- Ação humana porque somente ao ser humano pode ser imputada a prática do 
delito (somente o homem tem responsabilidade criminal);- Típica, porquanto a ação praticada pelo homem deve se enquadrar em um 
modelo criminal definido anteriormente em lei; 
- A anti-juridicidade revela que a conduta do indivíduo vai de encontro com os 
preceitos do direito; 
- E a culpabilidade revela o animus do agente em praticar o delito, ou seja, é 
necessário que tenha agido com dolo ou culpa (negligência, imprudência e 
imperícia). 
Assim, em matéria penal não há aplicação da teoria da responsabilidade objetiva 
ou do risco. A punibilidade, outrossim, não é elemento, mas consequência da 
prática do crime. 
 
DIREITO PROCESSUAL 
 
É o ramo jurídico que reúne os princípios e normas que dispõem sobre os atos 
judiciais tendentes à aplicação do Direito ao caso concreto. Em verdade, estuda 
a prestação da tutela jurisdicional. 
Nos tempos primitivos, como ressaltado alhures, o encargo de resolver os 
litígios era dos particulares através da autodefesa (justiça particular ou 
vingança). 
 
Direito Processual é o conjunto das normas processuais regulam a organização 
do judiciário e do processo judicial, é portanto instrumento que o titular do 
direito subjetivo utiliza para obtenção do direito material. As normas 
processuais são de direito civil, penal, trabalho, entre outros procedimentos 
disponíveis. 
 
Somente depois, com o desenvolvimento da sociedade, a tarefa de julgar a 
aplicar a lei aos casos concretos passou a ser monopólio do Estado, só 
admitindo excepcionalmente o desforço pessoal (legítima defesa). 
 
A eficácia do Direito não depende apenas de leis aperfeiçoadas, mas é 
indispensável que exista um sistema eficiente de regras que organizem a 
prestação jurisdicional, a fim de que o Poder Judiciário possa, com 
independência, julgar os pedidos que lhe são dirigidos. 
 
Seu objeto de estudo centraliza-se em três aspectos fundamentais: jurisdição, 
ação e processo. 
- A jurisdição é o poder que os juízes e tribunais possuem de declarar o direito 
nos casos que lhes são apresentados; 
- A ação consiste no direito público subjetivo de invocar a tutela jurisdicional, 
em face da resistência do réu à sua pretensão; 
- Já o processo é o instrumento utilizado pelas partes para a consecução da 
tutela jurisdicional, haja vista que consiste no conjunto de atos judiciais 
necessários à declaração do direito ao caso concreto (jurisdição). 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
 
É o ramo do direito público que disciplina as relações entre os Estados 
Soberanos e os organismos análogos. Suas principais fontes são os tratados e os 
costumes internacionais. 
 
Sua existência depende da concorrência de alguns requisitos: 
- Pluralidade de Estados soberanos: pois se apenas um Estado existisse, não 
haveria dualidade de interesses e, consequentemente, não se justificaria a 
existência de normas que não as internas; 
- Comércio internacional: uma vez que a grande massa de interesses 
internacionais tem conteúdo econômico, envolvendo a troca de riquezas entre as 
soberanias; 
Princípios jurídicos coincidentes: para que existam critérios de entendimento 
comum e, assim, possa haver maior interação entre as nações. 
O direito internacional não subordina os Estados a um poder estranho, mas ao 
império das normas jurídicas e o conceito de soberania não é incompatível com 
a submissão à ordem jurídica. Dentre os organismos internacionais que zelam 
pelo aperfeiçoamento e eficácia do Direito Internacional, tem-se a ONU e a 
OEA. 
 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
É o conjunto de normas que visam solucionar os conflitos de leis entre 
ordenamentos jurídicos diversos, no plano internacional, indicando a lei 
competente a ser aplicada. A suas normas jurídicas são criadas por uma autoridade 
política autônoma, portanto um estado, com o propósito de resolver os conflitos de 
leis no espaço. Em termos simples, o Direito Internacional Privado é um conjunto de 
regras de direito interno que indica ao juiz local que lei – se a do foro ou a estrangeira; 
ou dentre duas estrangeiras - deverá ser aplicada a um caso (geralmente privado) que 
tenha relação com mais de um país. 
 Em linhas gerais, como exposto anteriormente, o direito internacional privado seria 
um conjunto de princípios e regras sobre qual legislação aplicável à solução de 
relações jurídicas privadas quando envolvidos nas relações mais de um país, ou seja, a 
nível internacional Conquanto alguns juristas o enquadrem como ramo do direito 
privado, sua natureza é de direito público, pois que suas normas são cogentes ou 
taxativas, de modo que as partes interessadas não podem alterar seus efeitos. 
 
 II- DIREITO PRIVADO 
 
O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações 
existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações 
patrimoniais ou extra patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se 
no direito civil e no direito comercial. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PRIVADO 
 No direito privado, as normas são dispositivas pois permitem uma 
conduta, um acordo entre as partes. Tais normas fazem previsões para suprir a 
omissão entre as partes. 
 No direito privado as relações jurídicas ocorrem entre os particulares e 
são relações de igualdade. 
 As normas do direito privado são elaboradas para entender interesses das 
pessoas. 
 
RAMOS DO DIREITO 
Como vimos a divisão do Direito em direito publico e direito privado é uma 
questão polemica que não possui consenso entre os estudiosos e doutrinadores, 
uma vez que não há critério satisfatório para essa distinção. 
Dessa forma vamos identificar os principais ramos do Direito Público e do 
Direito Privado, sendo que em outras classificações podemos encontrar de 
forma diversa, algumas podem incluir uma classe de normas a um ramo do 
Direito ou mesmo destinar a outro. 
Os critérios de classificação mais aceitos são o critério referente ao sujeito e o 
critério do interesse. Com relação ao sujeito é considerado que o Estado faz 
parte da relação jurídica no direito público, e os particulares são regidos pelo 
direito privado. 
O critério do interesse considera o interesse em questão, se o interesse for 
público faz parte do direito público, da mesma forma que os interesses 
particulares são regulados pelo direito privado. 
DIREITO CIVIL 
 
 É o principal ramo do direito privado, composto por normas e princípios que 
regem as relações entre particulares que possuem condições iguais. O direito 
civil estabelece direitos e impõe obrigações no campo dos interesses 
individuais. 
O direito civil disciplina os negócios jurídicos em geral, os direitos de família e 
sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e outros 
direitos reais. 
 
Compreende o conjunto de normas jurídicas que regulam os interesses 
fundamentais do homem, pela simples condição de ente humano. Na máxime 
acepção de Clóvis Beviláqua, o direito civil é o complexo de normas jurídicas 
relativas às pessoas, na sua constituição geral e comum, nas suas relações 
recíprocas de família e em face dos bens considerados em seu valor de uso. 
 
A nomenclatura adveio do romano ius civile, conquanto este tenha sido 
empregado num sentido mais amplo, abrangendo todo o ordenamento jurídico 
aplicável ao cidadão, em oposição ao ius gentium destinado exclusivamente aos 
estrangeiros. Somente no fim do século XVIII personalizou-se através das 
codificações. 
 
O Direito Civil é um direito geral que se aplica aos demais ramos do direito 
privado, nos casos de lacuna. É ramo do direito privado por excelência, sendo 
fonte dos demais, como o trabalhista, o comercial, etc. Passou referido ramo do 
conhecimentopor uma longa e progressiva evolução. 
 
O objeto do direito civil abrange dois setores distintos: 
- Um refere-se à matéria de interesse comum aos diversos ramos jurídicos e que 
abrange o estudo sobre pessoas, bens e atos jurídicos. 
- A outra parte constitui o setor propriamente civil e compreende o direito de 
família, sucessões, obrigações, coisas. 
 
As regras do direito de família regulam as relações estabelecidas no seio 
familiar, reconhecendo-as e protegendo-as, sendo que o princípio da autonomia 
da vontade somente se aplica, dentro do ramo de família, ao regime de bens no 
casamento, à adoção e à separação conjugal por mútuo consentimento. 
 
O direito das obrigações reflete a necessidade do homem de obter, mediante 
vínculos jurídicos, os meios necessários de sobrevivência. É nesse ramo do 
direito que se aplica amplamente o princípio da autonomia da vontade, limitado 
apenas pelo interesse social. 
 
O direito das coisas atine à propriedade de bens móveis e imóveis, de modo que 
a posse e o uso das coisas são indispensáveis à satisfação das necessidades do 
homem. 
Já o direito das sucessões disciplina a transmissão de bens mortis causa, 
dominado que é pelo princípio da legitimidade da herança e do direito de testar. 
 
 
 
 
 
DIREITO COMERCIAL OU EMPRESARIAL 
 
 O direito empresarial possui conceitos e princípios próprios e rege as atividades 
comerciais, desde a constituição até a administração e extinção de empresas. 
As relações desenvolvidas na atividade do comércio também são reguladas pelo 
direito comercial, por meio das suas leis e costumes utilizados. 
Observação: o Direito privado também regula as relações entre particulares e 
entes públicos, quando este não está imbuído de supremacia sobre o particular. 
A palavra comércio de origem latina – comercium – tem o significado de 
comprar para vender. Em sentido jurídico, comércio representa o conjunto de 
atos intermediadores (entre o fabricante e o consumidor), praticados com 
habitualidade e com fim de lucro. 
 
Portanto, o direito empresarial é o ramo do direito privado que regula os atos de 
comércio e disciplina o exercício da profissão do comerciante (GUSMÃO). Os 
atos de comércio constituem seu núcleo, não apenas os atos praticados pelo 
empresário, como também os que o são por força de determinação legal, como é 
o caso da emissão de um cheque ou de uma promissória por um particular. 
 
O direito comercial apresenta alguns elementos caracterizadores: 
- Mediação: vez que o comércio é uma ponte estabelecida entre o produtor e o 
consumidor, de modo que as riquezas são levadas de sua fonte de produção, 
pelo profissional do comércio, até o consumidor; 
- Habitualidade: consiste na prática reiterada de mediação com fins de lucro, 
não caracterizando o comércio a simples intervenção isolada entre produtor e 
consumidor; 
- Lucro: o fim do comércio é o lucro, alcançável somente quando os 
rendimentos superam as despesas e os juros do capital empregado. 
 
O direito comercial não se limita à regulamentação do comerciante, mas 
também se estende à grande parte das atividades fabris. São suas finalidades 
precípuas: 
Estudar os comerciantes e seus auxiliares; 
Os contratos e obrigações mercantis; 
As sociedades mercantis; 
Os títulos de crédito; 
O comércio marítimo e suas instituições; 
A falência e seus institutos. 
 
O direito comercial, assim como o do trabalho, destacou-se do direito civil, 
alcançando autonomia científica e didática. O comércio tem suas origens na 
própria vida social, desde as mais recuadas épocas, ao passo que o direito 
comercial, que o regula, teve seu marco inicial na idade média, nas cidades 
mercantis italianas, de modo que foi no mediterrâneo oriental que surgiram as 
primeiras normas comerciais para atender às necessidades nascentes no setor 
marítimo. A Lex Rhodia, datada de dez séculos antes de Cristo, tem sido 
considerada como a primeira compilação de costumes comerciais, 
especificamente os marítimos. Na Idade Média as corporações e seus tribunais 
foram o núcleo de desenvolvimento do Direito Comercial. 
 
DIREITO SOCIAL 
 
Na atualidade surge uma nova classificação incluindo o direito social na divisão 
do Direito, na qual são enquadrados os direitos considerados tanto de interesse 
público como de interesse privado. 
Tal classificação foi desenvolvida por Rizzatto Nunes, que considera os direitos 
híbridos ou mistos, uma vez que o interesse pode ser público ou particular 
simultaneamente. 
DIREITO DO TRABALHO 
Ramo do direito que visa disciplinar as relações entre empregador e trabalhador, 
revelando-se como um direito social. 
É o corpo de princípios e de normas jurídicas que ordenam a prestação do 
trabalho subordinado ou a este equivalente, bem como as relações e os riscos 
que dela se originam. Tem por núcleo a prestação de trabalho por conta alheia, 
como também por conta própria. 
Embora esse ramo jurídico apresente um contingente substancial de normas de 
ordem pública, que impõe limites consideráveis ao poder de disposição das 
partes contratantes na relação de emprego, a natureza das relações jurídicas que 
disciplina não é de subordinação, pois que o laço jurídico se estabelece em 
quadro de coordenação de interesses. Assim, é ramo do Direito Privado. 
 
 
Seus fins específicos são: 
- Organizar a vida do trabalho dependente e subordinado (duração, salário, 
férias, etc); 
- Proteger o trabalhador e seus dependentes na doença, na invalidez e nos 
acidentes; 
- Organizar a vida associativa do trabalhador; 
- Promover a defesa dos interesses legítimos dos empregados. 
Hodiernamente, o direito do trabalho é autônomo, distinguindo-se dos demais 
ramos jurídicos. Até este século ele estava vinculado ao Direito Civil, de modo 
que as poucas relações de emprego se localizavam no Álbum Civil de cada país. 
O Código de Napoleão apenas continha dois artigos destinados ao trabalho. 
 
Evolução Histórica do Direito do trabalho: 
A nível internacional o papa Leão XIII escreveu uma encíclica intitulada Rerum 
Novarum, das coisas novas onde falava sobre o trabalho humano, direitos dos 
trabalhadores e toda a matéria conexa. Foi uma revolução no campo do direto 
laboral. 
Mais tarde, a 28 de junho de 1919 houve o Tratado de Versalhes que marcou a 
nível político e internacional o trabalho da proteção ao trabalho, recomendando 
seus signatários a adotar as normas a seguir: 
- O trabalho não deve ser considerado como mercadoria; 
- O direito de associação; 
- Salário justo; 
- Jornada de trabalho de oito horas diárias ou 48 horas semanais; 
- Um dia de descanso semanal, coincidente com o domingo, se possível; 
- Proibição do trabalho infantil e limitação do trabalho do jovem a fim de lhes 
permitir perfeito desenvolvimento físico e intelectual; 
- Princípio da isonomia salarial. 
 
O critério de classificação que possui menos divergência é o relativo a posição 
dos sujeitos na relação jurídica. No direito privado a posição dos sujeitos é 
igualitária. 
 
 
SINOPSE DA UNIDADE 
 
 
DIREITO PÚBLICO 
1- Interno 
Constitucional 
Penal 
Administrativo 
Fiscal 
Processual 
Financeiro 
2- Externo 
Direito Internacional Público 
Direito Internacional Privado 
DIRETO PRIVADO 
 Civil: 
 Obrigações 
Reais 
Familiar 
Sucessão 
Comercial ou empresarial 
Trabalho ou laboral 
Segurança Social 
 
 
 
 
 
 
FICHA DE TRABALHO 
3- Quais são os grandes ramos do direito? 
4- Qual é o interesse do direito Público e do direito Privado? 
5- O que caracteriza o direito Público e o direito Privado?6- Quais são os Ramos do Direito Público e do de Direito Privado? 
7- Qual é a diferença entre o Direito Internacional Público e Privado? 
8- Quando é que se começa a falar dos direitos dos trabalhadores e 
quais são esses documentos?

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