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Política Externa Brasileira/Nova

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Os acontecimentos das últimas décadas foram fundamentais para o 
desenvolvimento da Teoria de Análise da Política Externa. 
Na década de 50, os teóricos já começaram a pensar nas ações dos estados partindo dos seus decisores, pois nesse período a 
política era vista como um processo decisório. Com a evolução dos estudos teóricos na década de 60, essa visão se aprimorou 
em duas grandes vertentes, são elas: 
Behaviorista (em inglês: Behaviorism, de behavior = comportamento, conduta): eram teóricos de Relações Internacionais 
que tinham como o objetivo formular uma única teoria capaz de analisar qualquer política externa e, também, entender o 
comportamento dos decisores. 
Escolha Racional: segue o princípio de que todas as escolhas são racionais, havendo apenas a necessidade de entender as 
suas razões fim. 
Na década de 70 o foco era a política interna, que partia do seguinte pressuposto: não podemos pensar apenas nos decisores, no 
comportamento ou nas escolhas racionais, sem pensar no aparato burocrático, ou seja, no processo político burocrático dos 
estados. 
Já na década de 80, a PE tem uma forte influência da Guerra Fria e das Teorias das Relações Internacionais que fizeram com que 
sua teoria fosse reformulada em três novas vertentes: 
Teoria Liberal 
Teoria Política 
Teoria Construtivista 
 
 
Você já ouviu falar dos Jogos de Dois Níveis? 
Robert Putnam, em 1988, elaborou uma teoria sobre negociações entre estados considerando que essa diplomacia se apresenta 
por meio de dois jogos: 
Jogo de nível I: causas domésticas com consequências internacionais; 
Jogo de nível II: causas internacionais com consequências domésticas. 
Sua teoria preconiza que há um entrelaçamento indesatável entre políticas internas e externas, de forma que qualquer decisão 
deve ser analisada nos dois níveis desse jogo. Para saber mais sobre esse autor, clique no botão a seguir. 
 
Outro conceito que precisamos entender dentro da teoria dos jogos de dois níveis é o de win-set. Para entendê-lo, deve-se 
considerar que o que se busca através das relações externas são vitórias. Portanto, uma atuação em política externa deve visar 
tratados, acordos e intervenções que tragam para o país, interna e externamente, benefícios. 
Quanto maior esse “pacote” de vitórias maior o win-set. Novamente a ratificação interna é necessária para decidir o que seriam 
essas vitórias e o que é mais importante de se buscar em dado contexto. O tamanho desse win-set pode ser determinado por 
alguns fatores: 
Instituições de Nível l 
Os procedimentos de ratificação afetam o win-set. Há autonomia do estado e há força do estado. 
Coalizões do Nível l 
O tamanho do win-set depende do tamanho relativo das forças isolacionistas e das forças internacionalistas. Isso é afetado pelo 
ambiente interno: se há uma predominância de um grupo homogêneo ou se existem grupos heterogêneos, o que dificulta a 
ratificação. 
Estratégias do Nível ll 
Para enfrentar dilemas táticos surgem duas estratégias: compensações paralelas ou negociador-chefe.

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