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Micologia P2 TEÓRICA

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Prototheca spp
algas, mas não fotossintéticas. Mas se assemelham a leveduras, tanto na micro quanto na macromorfologia.
Distribuição universal/ubiquitária: onde tem água com concentração de matéria orgânica, como no solo, chuva, esgoto, rios, piscinas. Causam infecções tanto em animais (caninos, gatos, bovinos) quanto no homem.
Pode ser isolada da seiva de Ulmus americana (planta) e pode fazer parte da biota de alguns animais. No homem pode ser na urina, fezes e pele.
Não é invasiva, ela apenas aproveita a porta de entrada. 
-reprodução por divisão interna
-esporos produzidos por septação interna. 
-unicelulares
-oportunistas e saprófitas – entram nos tecidos por lesões na pele e mucosas, canal do teto.
-podem ser encontradas na seiva de árvores, frutas, água (marinha, esgoto, bebedouro), fezes de animais, leite e subprodutos)
*Das fezes é disseminada no ambiente, sem evidenciar sinais de infecção ou de multiplicação endógena.
Proteoses
em cães:
entra pela respiração (boca, nariz) e pode chegar aos rins, TGI. Mas também localiza-se com frequência na pele e subcutâneo, podendo haver disseminação sistêmica. A forma disseminada é muito comum nos cães (rins, TGI causando diarreia, cérebro, olhos causando cegueira). Pode causar ulceras cutâneas nas patas.
em bovinos:
pode causar enterites, mastite (principalmente em vacas leiteiras). A alga entra via orifício da teta, chegando à cisterna do leite. Havendo rompimento do epitélio, chega ao tecido glandular, onde gera mastite. 
em gatos:
na pele
Ciclo de vida:
esporangeo divisão interna células liberadas por rompimento do esporangeo cresce célula Dawer (esporangeosporos) novo esporangeo
*a identificação é baseada no tamanho, formato de esporangeo, número de células. 
Estrutura: esférica com parede e endósporos.
Colônia: cor creme, ligeiramente amarelada. Consistência pastosa e aspecto seco.
Lesões: irritação, avermelhamento, ulceração, granuloma.
Diagnóstico laboratorial: rotina de microscopia, cultura e identificação microbiológica, a parte de biopsia, liquor, humor vítreo ou urina. 
-Semeadura: cresce bem em Agar Sabouraud e se assemelha a colônia de Malassezia spp. 
	 em Agar sangue (incubação por 24h – colônias hialinas e globosas)
	 agar Sabouraud dextrose (incubação por 48h – colônias de aspecto irregular, cor branca e com 3 e 6mm de diâmetro)
	 agar MacConkey (incubação por 72h – colônias de 1 a 2 mm de diâmetro, não fermentadoras de lactose)
	 estufa a 37°C e também em aerobiose
-Microscopia: a fresco, observou-se a presença de células esféricas, maiores que as bactérias
	 na coloração de azul de algodão, observou-se células com oito ou mais endosporos característicos envolvidos pela parede da célula-mãe
Tratamento: itraconazol, flucanazol, anfotericina B, nistatina. Mas o tratamento da forma disseminada(em cães) é dificil.
Chlorella spp
algas fotossintéticas. Causa lesões com cor esverdeada, logo, não precisa de corante para observação.
-unicelulares
-forma esférica, sem flagelo
-reprodução semelhante a Prototheca spp (divisão interna)
Casos em humanos (por banho de rio), ovelhas (através de água contaminada), gado, cão
Localização: cutânea, entérica e disseminada.
Pneumocystes spp
Esta em todo mundo e normalmente não causa doença, mas em queda de imunidade pode causar, como em portadores da AIDS, por exemplo, onde causa lesões na boca.
Foi inicialmente descrito por Chagas em 1909 como forma de Trypanosoma cruzi. Só em 1912 passou a fazer parte do gênero Pneumocystis.
Inicialmente foi classificado como protozoário até a década de 80 (1988), pois:
-não tem ergosterol – é mais resistente a fármacos que atuariam no ergosterol;
- não é cultivável em meios de cultura usados na rotina laboratorial;
- apresenta formas tróficas e cistos semelhantes a de protozoários.
Motivos para ser considerado fungo:
- sequenciamento do RNAr e mitocondrial mostrou ser homólogo aos mesmos materiais do fungo;
- tem β1,3 D- glucano na parede celular e também de quitina;
- existência de crista lamelar na mitocôndria;
- enzimas timidilato sintetase e Dihidrofolato redutase homólogas às de Saccharomyces cerevisae;
- relação antigênica entre polissacarídeos de Pneumocystis e Aspergillus fumigatus;
- similaridade entre o estado esporogênico e a formação de ascósporos (leveduras);
- organelas pouco desenvolvidas;
- DNA homólogo ao DNA de leveduras vermelhas;
- requerimento de colorações especiais.
Reprodução= a partir do estado esporangênico semelhante a ascósporos (levedura).
Faz tanto a sexuada como a assexuada.
Pode acometer tanto o homem quanto os animais.
Encontrado no tecido pulmonar em hospedeiros imunocompetentes e imunocomprometidos (este desenvolve a doença). Adere ao epitélio dos alvéolos. A infecção é letal se não for devidamente tratada devido ao fato do agente se ligar a pneumócitos, obstruindo os alvéolos e impedindo a troca gasosa entre alvéolos e capilares.
Principais espécies:
Homem: Pneumocystis jirovicii
Outros: Pneumocystis carinii (ratos, mas também há variedades para furão, cavalos, suínos, macacos, mussaranhos)
 Pneumocystis oryctolagi (coelhos)
Transmissão
Não há transmissão cruzada entre espécies.
Os animais são expostos por contato com fômites e aerossóis. 
Patogenicidade
TODOS CAUSAM PNEUMONIA CRÔNICA PROGRESSIVA EM ANIMAIS IMUNODEFICIENTES
No homem: em pacientes com imunocomprometidos, imunodeficiências congenitas, AIDS, com corticoterapia prolongada, na prevençãoção de órgãos e no tratamento de câncer.
Nos animais: pneumonia crônica progressiva. Tosse persistente, taquipnéia, dispnéia, taquicardia, pequena hipertermia, leucocitose e moderada eosinofilia. À necropsia há pulmões aumentados, elásticos e secos no corte, hidrotórax, pneumotórax, enfisema.
Dermatophilus congolensis
É um actinomiceto. 
Se assemelha a fungos, pois forma “hifas”, filamentos e é cultivável.
Dermatofilose: inflamação exsudativa promovendo perda de couro bovino e lã ovina – perda econômica. Raramente causa morte ao animal, mas promove prejuízo ao rendimento do animal.
Animais afetados: bovinos, ovinos, caprinos e equídeos. Raramente acontece em suínos, cães, gatos e homem. Nas espécies selvagens acomete mamíferos e répteis.
Fatores predisponentes: 
Em ambientes úmidos o zoosporo germina e a hifa formada é atraída pelo CO2 liberado pela pele, então favorece seu crescimento ali. 
-pos períodos chuvosos
-emulsificação da gordura produzida na pele
-maceração do extrato córneo da pele
-elimicação das principais barreiras externas
Desenvolvimento: formação de um tubo germinativo, depois septos transversais, longitudinais e por divisão binária há formação de formas cocoides e por último há liberação de zoosporos maduros (flagelados).
Lesões: crostas côncavas na parte inferior e com tufinhos (pelos) em cima. Presença de exsudato.
Fica côncavo porque ocorre em regiões da pele. Formação de cadeias de zoosporos e há resposta imune do hospedeiro, que forma outra epiderme, que forma outra cadeia de zoosporos e 
assim vai. Então essas camadas levantam, gerando a crosta côncava.
Transmissão:
Quando as crostas estão molhadas, zoosporos são liberados e assim infectam outros animais. 
A transmissão se dá por contato direto com o animal, ao encostar em cercas, cordas e passar para outro... E também por contato com artrópodes picadores (moscas, carrapatos).
*Carrapatos do gênero Amblyomma são considerados fatores de risco. Em regiões tropicais os bovinos são mais sensíveis.
Fatores de risco
Presença do Amblyomma. 
Em regiões tropicais os bovinos são mais sensíveis. Em clima temperado os carneiros e os cavalos sai mais sensíveis.
Diagnóstico: 
Coleta e acondicionamento do material
Microscopia direta (gram, Giemsa) – zoosporos sempre aos pares
Imunofluorescência
Isolamento: requer CO2
Triturado: faz lâmina ou semeadura direta (em BAHIA ou ágar sangue, 37ºC) ou método de Haalstra.
Colônia: de cor acinzentada,depois cinza-amarelada e então amarelo ouro, pequena
*Método de Haalstra= dentro de uma jarra de anaerobiose com salina. Nela os zoosporos ficarão em suspensão. 
Características gerais
-gram +
-forma varia de acordo com a fase do ciclo em que se encontra
-aeróbio/anaeróbio facultativo
-catalase +
-cultivo em BAHIA ou ágar sangue
-em ágar sangue: colônia miúda é hemolítica
-colônias secas ou lisas. Ambas homogeneizadas com salina
-colônias secas são aderentes ao meio e as lisas são cremosas e facilmente destacáveis do meio
-colônias amareladas ou brancas
-formas filamentosas e zoosporos
-colônias rugosas tem predominância de zoosporos
Aspergillus spp
Conideos se soltam facilmente no ar
O tamanho do conideo é muito pequeno para o pulmão de ave – causa muitos problemas em avicultura.
Não é saprobio e sim OPORTUNISTA. Se aproveita da queda de imunidade e desenvolve.
Tem ocorrência mundial devido a fácil dispersão – aves migratórias.
Otite= orelha hiperemica, serumem negro, odor ruim. 
Coletar com swab o serumem podendo fazer lâmina ou isolamento em meio com antibiótico. 
Colônia purulenta negra= Aspergillus niger
Ceratite= infecta a córnea. Difícil a coleta de material; fazer medicação antifúngica.
Aborto micotico= inalação do conideo. A hifa chega pela circulação na placenta, por ingestão do fungo quando o estômago tem úlcera, então cai na circulação, chega a placenta e causa o aborto. Também pode ser causado por ingestão de micotoxinas (zearalenone) – bloqueia o sistema imune (????)
Micotoxinas
Aflatoxicose e ocratoxicose (lesão renal)= por ingestão de alimentos contaminados. E inalação de conideos que vão ter um pouco de micotoxina. 
*Forma cutânea com granulomas
*Forma pulmonar com broncopneumonia purulenta aguda
Espécies
Aspergillus fumigatus (+ agressivo), Aspergillus​ flavus, Aspergillus Níger, Aspergillus terreus, Aspergillus nidulans
Aspergilose aviária
Pulmonar – Aspergillus​ fumigatus
Confinamento de frangos de corte - cama: maravalha, casca de arroz, amendoim, milho, etc. É vegetal, contém conideo, ao defecar umedece (fezes + urina + ração e água) o material e estimula o crescimento do fungo.
Inspeção das carcaças em abatedouro – nódulos branco-amarelados. Deve-se fazer diagnóstico diferencial para tuberculose.
Aspergillus fumigatus e Aspergillus terreus na contaminação de ninho (substrato, areia + fezes), por manipulação, na caixa de transporte, câmara de eclosão. 
As hifas infiltram pelos poros da casca de ovo. Crescimento aveludado verde/acinzentado na câmara de ar do ovo (precisa de O2). 
Controle= Fazer fumegação do ambiente com formol ou tiabendazol, limpeza do ninho e caixas de transporte. 
Aspergilose em mamíferos
-bovinos, equinos, ovino, suíno e silvestres
Conideo pequeno para o pulmão calcificação. Só se tiver queda de imunidade é que causa problema. Também pode causar otite e ceratite micotica.
Contaminação: confinamento e comedouros
Diagnóstico laboratorial:
-coleta de material, enviado sob refrigeração: secreção nasal com swab, necropsia, biópsia, ovo, etc. 
-exame direto: hifas septadas, estrutura de reprodução onde te. O2 (alvéolo – aspergilose pulmonar). Lâmina com hidróxido de sódio. 
-histopatologia: só hifas septadas em áreas com pouca oxigenação. Material coletado em formol a 10%. Coloração com Gomori e PAS, prata, etc. Observação de hifas septadas e hialina. Estipede, vesícula, fialide, conideos. 
-testes sorológicos: auxiliar no diagnóstico da Aspergilose invasiva (pulmonar e meníngea). Imunodifusão dupla, porém pode dar reação cruzada com Histoplasmose​s, Blastomicose e Paracoccidioidomicose, então o resultado negativo não exclui a doença. O resultado definitivo requer visualização ou isolamento do Aspergillus.
-isolamento: ágar Sabouraud com cloranfenicol, ágar Dicloran-Rosa de Bengala cloranfenicol (DRBC). Há aproximadamente 250 espécies de Aspergillus (10 spp. na Seção Fumigatus e 19 spp. na Seção Nigri).
Macroscopia:
DESENHO DO SLIDE
Aspergillus fumigatus= monosseriado com 1 camada de fialide. Colônia parecida com Penicillium (pulverulenta negra)
Aspergillus niger= bisseriado com 2 camadas de fialide e metila – com clarificante
Aspergillus flavus= bisseriado. Colônia verde/amarelada aveludada.
Penicillium spp.
Sem vesícula, com ramificações
No ciclo teleomorfo recebe outro nome.
Produz menos conideos do que Aspergillus. A infecção (Penicilinas)) seá por inalação. Observa-se crescimento em raio X nos animais pequenos. 
Em necropsia: nódulos branco-creme no pulmão.
Corrimento nasal: coleta profunda com swab e semeia em meio de cultura com cloranfenicol.
Granuloma: implantação por farpas ou espinhos.
Otite: orelha hiperemica, com serumem em animais com orelha caída.
Endocardite
Ceratite: quando na superfície da pra coletar com swab. 
Aborto: pela produção de micotoxinas em alimentos e rações. Estruturas do fungo chegam a placenta via corrente sanguínea.
Espécies
Penicillium marneffei (Talaromyces), Penicillium citrinun, Penicillium griseofulvina, Penicillium verrucosum
Colônia:
Microcultivo/cultivo em lâmina: pegar um fragmento da colônia do fungo e inocular numa lâmina com bloco de meio de cultura e tampar com lamínula. Colocar na placa de Petri com um algodão úmido. 
Estruturas a microscopia: hifa septada, estipede, ramo, ramulos, fialide e e conideos. Pode ter ramo e ramulo ou só ramo, varia muito. Pode ser simétrico ou assimétrico. 
Produção de micotoxinas/micotoxicoses:
Penicillium citrinum= citrina (necrose)
Penicillium expansum= patulina (imunossupressão, teratogenicidade)
Penicillium verrucosum= ocratoxicose A (necrose)
*Quando produz micotoxinas o meio de cultura fica fluorescente na lâmpada UV
Tem importância nos laticínios (queijos)= Penicillium roqueforti, Penicillium camemberti
Talaromyces marneffei (Penicillium marneffei)
É dimorfo (ágar sangue em 37ºC e Sabouraud em 25ºC). Causa problemas em humanos (pode matar).
Está entre os 3 primeiros como doença indicadora da AIDS no sudeste da Ásia junto com Mycobacterium tuberculosis e Cryptococcus neoformans.
Rato de bambu (vetor). *Rhyzomys pruinosus
Via de contaminação: inalação
Diagnóstico laboratorial – diferenciação entre Talaromyces marneffei e outras espécies:
-quadro clínico= Histoplasma capsulatum. Dimorfismo
-diagnostico diferencial: reprodução por brotamentos. Alongamento da célula mãe formando um ou dois septos.
-exame direto: líquido da medula, biópsia de glanglios, fígado e pele.
Fusarium spp.
Teleomorfo: Giberella e Nectria
Em áreas de clima temperado e tropical
Causa doenças em vegetais e é patogênico para homens e animais. O conideo é muito grande, sendo difícil de inalar
Fusarium solani (mais importante), Fusarium graminearum
Produz grande quantidade de micotoxinas.
Pode ser endofitico (dentro do vegetal, dentro da semente) e saprobio. 
Isolamento: Sabouraud + cloranfenicol ou batata dextrose+ cloranfenicol e depois meio PCNB, Nash Snyder. Repiques para ágar batata dextrose a 25ºC com luz branca – 12h/luz negra – 12h 
E deixar em suspensão em água destilada.
Joga a água (com conideo) em ágar ágar. Retira o excesso de líquido e deixa a placa inclinada 16h para germinação dos conideos. Pega 1 conideo com ajuda de uma lupa e inocula em meio de cultura de folha de chá ou folha de banana para identificar a espécie.
Estruturas a serem observadas: clamidoconideo, macroconideo (forma e tamanho) microconideo (forma, tamanho e formação).
Cryptococcus spp.
Francesco Sanfelice (1894) isolou a partir de lesões semelhantes a sarcomas em cães, galinhas, porquinhos da índia o fungo.
Otto Busse (1894) achou leveduras capsuladas na tíbia de um humano de 31 anos.
Abraham Buschke (1894) estudou a histopatologia desse mesmo caso em humanos e chegou a conclusão de que era um conídio.
Ferdinand Curtis (1895) verificou o 2º caso de cryptococose isolado.
Jean Paul Vuillemin (1901) determinou isolados de Otto Busse e Ferninand Curtis de Cryptococcus huminis
Stoddard & Cutler(1916) verificou que os tecidos parasitados eram circundados por áreas claras Torula histolytica
Freeman (1931) verificou que as areas claras deviam-se à contração sofrida pela cápsula durante o processo de fixação do tecido
Rhoda Benham (1935) verificou que os isolados humanos pertenciam provavelmente a uma única espécie: Cryptococcus hominis
Foi renomeado para Cryptococcus neoformans
Cryptococcus neoformans
3ª infecção que mais acomete pessoas com AIDS depois da cândida e Pneumocystes spp. 
é uma levedura esférica com capsula de polissacarídeo em volta
isolado principalmente em fezes de pombo
a forma assexuada, no estado anamorfo (forma imperfeita) é a forma encontrada nas pessoas e animais
quando está na forma sexuada encontra-se basídios e basidiósporos
a forma infectante na natureza é a levedura e os basidiosporos
Principais: Cryptococcus neoformans (mais importante) e Cryptococcus gatti.
Cryptococcus neoformans= sorotipos (A) – C. neoformans var. grubi, (D) – C. neoformans var. neoformans, (AD)
Cryptococcus gatti= sorotipos (B) e (C)
Estado teleomorfo correspondente: Filobasidiella neoformans e Filobasidiella bacillispora
Fatores de interferem na fase sexual:
- estimulam= material vegetal, Cu⁺², excretas aviárias, V8, depieção de nitrogênio, álcool acetil indolico, Myo-inositol
-inibem= luz, temperatura, alto CO₂, H₂O
Colônia
-em meio Sabouraud começa branca, vai se tornando mucóide e escorregadia e vai pegando uma coloração acastanhada. Consegue penetrar através do meio e segue lateralmente a parede do tubo de ensaio (entre o meio e o vidro). ↑tamanho da capsula ↑escorregadia é a colônia.
-em meio DOPA leva-se dias para fazer colônias marrons, enquanto no meio comum demora meses.
 produz lacases para criar pigmentos melanínicos: fenoloxidase.
Cryptococcus neformans x C. gattii
-oportunista (animais -qualquer um
imunossuprimidos)	 
 -não		 -assimila nitrato, D prolina, 
			 D triptofamo, acido 
 			 málico, acido 
	 		 fumárico, glicina (única
 fonte de C), cresce em
 presença de canavanina
Crescimento em CGB (canavanina + glicina + azul de bromotimol)
após semear o C. neoformans não se desenvolve (o meio permanece de cor amarela), pois tem canavanina (não cresce) e só tem glicina como fonte de C
C. Gatti se desenvolve (o meio fica azul)
Distribuição:
sorotipo A em quase todo o mundo, D no norte europeu. 
No Brasil há prevalência no Sudeste (SP, RJ, MG e ES)
Além das excretas de pombos, também já foi isolado em eucaliptos. No eucalipto foi encontrado de forma epifítica (na parte externa da planta), uma das formas de explicar esse fato foi por produzir lignase. Também foi isolado em outras plantas.
Porém a predominância é nas fezes de pombos (creatinina, creatina, ácido úrico, xantinas que funcionam como fatores de crescimento para o fungo). Mas já foi isolado em excretas também de outras aves. 
Substratos= água de bebedouros, poleiros, gaiola, alimentos, insetos, fezes de morcegos, solo, poeira domiciliar.
Fatores que influenciam na presença de Cryptococcus= pH (5,5 – 6,0) das fezes, temperatura (sensível ↑39℃), sensível a luz, bactérias (algumas produzem toxinas que inibem o fungo), amebas (Acanthamoeba castellanii fagocita ele), nematoides no solo (comem ele), toxinas killer (produzida por leveduras com efeito deletério para outras leveduras).
Vias de infecção: 
1-inalação de leveduras ou basiodiosporos
Evidências do pulmão como primeira via de infecção: 
- Isolamento do agente a partir do ar 
- Tamanho apropriado das partículas 
- Alguns pacientes apresentam lesões nos pulmões 
- Isolamento do escarro 
- Pneumonia precedente à meningite criptocócica
2- mastite
Fatores predisponentes no homem:
Glicocorticoterapia, Transplantes, Síndromes de falência dos órgãos, Diabetes mellitus, Doenças reumatológicas, Doenças pulmonares crônicas, Doenças hematológicas malignas, Câncer, Desordens linfoproliferativas, Terapias imunossupressoras, HIV.
* O gato pode ser considerado um sentinela da doença pois são mais suscetíveis às infecções
Criptococose em animais
em cães, gatos, coalas, aves psitacíneas Cavidade nasal é o primeiro local de infecção
-O sítio primário de infecção influencia onde ocorre a colonização assintomática: Foco limitado e pequeno, Foco extensivo com disseminação rápida. Exemplo: anatomia nasal de cães, gatos, cavalos é geralmente extensiva e convoluta, de modo que partículas podem ser retidas. Natureza pendular das glandulas mamárias de bovinos. Golfinhos usam muito mais a capacidade pulmonar
Outras espécies emergentes= C. magnus, C. laurentii
Fatores de virulência
●mating type α= é mais virulento e é predominante no ambiente e nos casos clínicos) – dessecação e limitação de nitrogênio
●calcineurina A e temperatura= crescimento a 37℃ em atmosfera similar a 5% de CO2 e pH 7,3. A sobrevivência a esta temperatura depende da calcineurina – enzima ativada por íons de cálcio
●capsula= impede a fagocitose (manoproteina, GXM, MP)
●manitol= produzido pelo agente. Alta concentração no SNC edema e remoção de radicais OH, aumento da resistência do agente ao estresse pelo calor e pressão osmótica
●produção de melanina
●urease= para fins de identificação
●fosfolipases e proteinases= degradam fosfolipídeo de membrana e imunoglobulinas
Isolamento
swabs nasais, lavado traqueal, líquor, biopsia
meio Sabouraud dextrose a 4% + cloranfenicol
meio DOPA, ágar Níger
Identificação
Histopatologia, verificar características macro (colonias) e micromorfologicas, uréase +, auxanograma (verificar assimilação de inusitol) e zimograma neg.
Candida spp
Levedura comensal do nosso corpo (mucosa oral, intestinal, vaginal e pode estar nas dobras da região inguinal). 
candidiase ou candidose= ↑ do seu crescimento
Hipócrates: 1ª observação do fungo – estomatite vesiculosa dos recém-natos
Bernhard von Langenbeck (1839) – documentou fungo associado a aftas
Christine Marie Berkhout (1893 – 1932): descreveu a Candida
Com pseudohifas, blastoconídeos. 2 espécies conseguem fazer hifas verdadeiras e muitas formam pseudohifas.
Possuem 2 tipos de reprodução assexuada: por brotamento (a célula filha se solta) ou a célula filha não se solta e vai alongando e faz outros brotamentos e o ciclo se repete. 
A partir do advento dos corticosteroides + pandemia de HIV tem-se a candidíase como ela está hoje. 
* é a infecção que mais acomente portadores de HIV
3 grupos ecológicos:
-associados ao homem e animais
-ocasionalmente associados ao homem e animais
-isolados do solo, água do mar, produtos de fermentação, animais de sangue frio e de fontes inanimadas.
E tem 12 grupos fisiológicos. O grupo 6 é o mais importante na medicina veterinária.
São leveduras asporogênicas (que não formam esporos de origem sexual). A maioria é Deuteromycetes. Formam pseudohifas. 
8 principais espécies= Candida albicans X C. dubliniensis, C. tropicalis, C. glabrata, C. parapsilosis, C. stellatoidea, C. guilliermondii, C. krusei, C. pseudotropicalis.
cães: Infecção generalizada com acometimento dos músculos, ossos e pele (raro); Infecção do trato genital; Estomatite micótica; Infecções oculares ITU
equinos: Infecções genitais; Endometrite; Aborto; Lesões gástricas ulceradas.
bovinos: Candidíase pneumônica, Candidíase entérica, Candidíase generalizada, Mastites
aves: Papo pendular; Lesões cloacais; Anormalidades na pele, bico e patas; Necrose lingual; Olhos
felinos: Piotórax; Estomatite micótica; ITU
outros: Candidíase mucocutânea
candidíase superficial= pele, boca e mucosa oral, região anal, perianal, pênis, vagina.
candidíase profunda= disseminada através da corrente sanguínea, atingindo vários órgãos.
Causas no homem: gestação, uso de contraceptivos, álcool e fumo, deficiências nutricionais, HIV, terapia hormonal, quimioterapia, danos às mucosas incluindo a gastrintestinal, cateteres venosos, traumas,cirurgias, todas as patologias que promovem imunodeficiência. 
Causas nos animais: rupturas das defesas naturais + expressão de fatores de virulência
 		 imunocomprometimento sistêmico devido a corticoterapia, quimioterapia e diabetes.
 		 imunocomprometimento local devido a agentes antibacterianos, doenças concomitantes na biota, dermatopatias crônicas, perda da integridade do estrato córneo, desenvolvimento de le~soes cronicamente úmidas, implante de microrganismos pelo hábito de coçar
*o imunocomprometimento local pode ser importante no caso de ITU devido a cateteres urinários de demora, estomas permanentes das vias urinárias (uretrostomia perineal), neoplasia vesical
Fatores de virulência
produção de proteases e fosfolipases= degradam proteínas, facilitam a instalação e proliferação, degrada imunoglobulina, degrada fosfolipídeos de membrana
formação de biofilme= os organismos mais do interior estão mais protegidos. 
expressão de adesinas e invasinas= facilita a entrada e fixação do fungo nos tecidos
dimorfismo entre formação de hifas e pseudohifas
tigmotropismo= tropismo por tecido sólido – filamento consegue entrar
rápida adaptação a condições fisiológicas extremas (pH do sangue, da vagina)
Genes PHR1 e PHR2
competição com a microbiota da mucosa
flexibilidade metabólica e forte sistema de aquisição de nutrientes (assimila diferentes tipos de nutrientes)
mudança fenotípica (colônia lisa e convexa fica opaca quando filamenta)
formação de clamidoconídeo (estrutura de resistência)= ao final de uma hifa, em extremidades ou intercalado. Pode ter 1 ou vários.
quorum sensing= ↑células – levedura ↓ células – hifas 
Candiíase aviária
fatores predisponentes: retardo do esvaziamento ingluvial, uso prolongado de antibióticos, deficiência de vitamina A, debilidades em geral, doenças infecciosas
Sinais clínicos
aves jovens principalmente
Falta de apetite, diarréia, perda de peso, fraqueza
Pele avermelhada e úlceras, principalmente ao redor do bico
Regurgitação, Depressão, Retardo do esvaziamento e Impactação ingluvial
Lesões em forma de placas brancas e salientes, com muco, na boca.
Lesões cutâneas, anormalidades no bico, necrose lingual, infecções cloacais, lesões nos pés e infecções respiratórias.
Sistêmicos (raros).
Diagnóstico geral
citologia (ver se tem muita célula e grau de filamentação antes de isolar)
material: pele, unha – clarificar com KOH ou NaOH para escarros, lavados, material de necropsia. 
-gram
-cultivo em Sabouraud dextrose + cloranfenicol, ágar malte com extrato de levedura, ágar bile de boi, cândida médium, meio de pagano Levine, meio de Nickerson, ágar Sabouraud dextrose + cloranfenicol + cicloeximida (não usar para Candida tropicallis, Candida krusei e Candida parapsilosis, pois são sensíveis a cicloheximida), Mycosel
Identificação
-crescimento rápido e odor de cerveja. 
-Soro sanguíneo equino 3h a 37℃ e faz lâmina. Observar presença de tubo germinativo (precursor da hifa) por Candida albicans e Candida dubliniensis
-colônia de cor branca
-formação de clamidoconídeo por Candida albicans, Candida dubliniensis e Candida tropicallis em meio pobre (ágar arroz, ágar fubá + tween 80, ágar bílis de boi, meio ZLT, clamidospore ágar)
-prova de auxanograma e zimograma
-histopatologia
Fungos produtores de aborto e mastite
1920 – 1º caso de aborto por fungo - Theobald Smith – placentite por Mucor rhizopodiformis 
1977 – Brasil (RS), Resende et al. - Aspergillus fumigatus e Aspergillus Níger - aborto
Fungos produtores de aborto
condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo= temperatura e umidade, anatomia do animal (posicionamento do nariz em cima da boca, podendo ingerir e inalar fungo pela alimentação)
vias de infecção= cópula, inalação e ingestão.
 	cópula- Absidia corymbifera: foi isolado o mesmo fungo do lavado prepucial do touro e do feto abortado.
 	inalação- ao comer também acaba inalando o fungo. Conídeo pulmão hifa circulação placenta feto
 	ingestão- estomago verdadeiro úlceras vasos sanguíneos fragmentos da hifa se soltam na circulação placenta feto
Micotoxinas: zearalenone que tem efeitos estrogênicos e é produzida por Fusarium spp. Atinge membranas placentárias inserções placentárias alterações macroscópicas na placenta e no feto.
Coleta de material= estomago do feto, placenta. Do feto; pele, conteúdo estomacal, pulmão, fígado. Lavar bem com água destilada estéril.
Alterações macroscópicas na placenta: mudança de cor, textura. No feto: manchas brancas na pele do feto
Rotina laboratorial
microscopia direta para ver hifas, leveduras; histopatologia
Isolamento: ágar seletivo para fungo patogênico, ágar Sabouraud + cloranfenicol, ágar sangue, ágar dopamina. 
Principais espécies: 
Aspergillus fumigatus, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus nidulans, Aspergillus terreus...
Absidia corymbifera, Absidia ramosa...
Mucor rhizopodiformis, Mucor dispersus, Mucor pussilus...
Rhizopus bovinus, Rhizopus oryzae...
 Syncephalastrum racemosum...
Scopulariopsis brevicaulis...
Candida guilliermondii, Candida tropicalis, Candida krusei...
Saccharomyces fragilis...
Trichosporum capitatum..
Fungos produtores de mastite
em vaca produtoras de leite, principalmente. Clinicamente igual a mastite bacteriana. 
Devido ao posicionamento da teta, o fngo entra, cai na cisterna do leite mucosa com secreção oleosa (o fungo não consegue se fixar – descarta os 3 primeiros jatos para lavar a cisterna)
A ordenhadeira desregulada pode danificar o epitélio da cisterna, então com a lesão do epitélio o fungo consegue chegar no tecido glandular MASTITE!
Coleta de material= higienizar as tetas, despreza os 3 primeiros jatos para lavar o canal. Coleta 10ml de leite de cada teta e armazena em frascos estéreis ou tubo de ensaio. 
Microscopia direta: hifas, levedura, levedura + actinomicetos...
laminas com azul de algodão, com nigrosina ou com esfregaço corados pelo gram
Isolamento= ágar seletivo para fungos patogênicos, ágar sabouraud + cloranfenicol, ágar dopamina (Cryptococcus spp.), ágar sangue.
Principais espécies:
Aspergillus fumigatus, Aspergillus terreus,
Cryptococcus neoformans,
Candida albicans,
Pichia farinosa,
Rhodotorula mucilaginosa,
Saccharomyces fragilis, 
Trichosporum cutaneum,
ALGAS: Prototheca spp e Chlorella spp.
ACTINOMYCETOS (Actinomyces spp) 
Fungos micotoxigênicos e micotoxinas
ampla distribuição mundial, predominância determinada pelo ambiente e fatores ambientais influenciam na prevalência dos fungos e ocorrência das micotoxinas em cada região.
3 principais micotoxinas no Brasil: aflatoxinas, fumonisinas, DON, T₂ e ocratoxinas
Características das micotoxinas
substancias estáveis, ocorrem em baixas concentrações, o fungo pode produzir varias ao mesmo tempo, são compostos químicos de baixo peso molecular (não induz resposta imune), podem atuar de modo sinérgico ou aditivo, atividade toxica nos alimentos mantida mesmo depois da retirada do fungo, não alteram aparencia dos alimentos, produz efeitos adversos e produzem produtos de biotransformação.
Fungos produtores:
Fusarium, Penicillium, Aspergillus, Claviceps, Alternaria...
Fatores que favorecem a produção
colheita incorreta, armazenamento, temperatura, umidade (do substrato e do ambiente), interações microbianas, transporte, taxa de oxigenação, período de armazenamento, grau de contaminação, condições físicas dos grãos (integridade), presença de artrópodes, supersafra.
Em grãos a contaminação é heterogênea, por isso deve-se coletar de diversos pontos do material.
Anos 60 – descoberta da aflatoxina (mais importante)
Fumonisinas, Zearalenona, Ocratoxina A, Tricotecenos –DON, Patulina, Citrina, Esterigmatocistina
Fungos que produzerm micotoxinas: 2 grupos
- atacam antes da colheita (fungos de campo)
- após a colheita (fungos de armazenamento)
Via de exposição humana
alimentos contaminados que vão para ingestão humana produzindo a micotoxicose primária e que vão para alimentação animal, sofrendo biotransformação.Esses animais vão servir para produção de subprodutos cárneos e lácteos levando a micotoxicose secundária.
Podem causar efeitos agudos (consumo de grandes quantidades de micotoxinas), subagudos e crônicos (concentração baixa ou moderada), porém tudo depende da espécie, da concentração, do tempo de contato, idade, sexo.
diminui consumo de ração, diminui absorção dos nutrientes.
Doenças secundárias as micotoxicoses: ingestão contínua de pequenas quantidades de micotoxinas, insuficientes para determinar um quadro agudo ou crônico.
E a susceptibilidade depende da absorção, distribuição, detoxificação, eliminação.
Diagnóstico
suspeitas a partir de surtos com causa não identificada, condições de não transmissibilidade, associação com certos alimentos, tratamento com antibiótico e outras drogas sem efeito, sazonalidade (condições climáticas podem influenciar).
fechado= quadro clínico sujestivo, detecção e quantificação da toxina no alimento, detecção de resíduos em tecidos, fezes e fluidos (soro, urina, leite).
Lesões anatomopatológicas dependem de: Quantidade ingerida, tempo de exposição, espécie animal, idade, sexo
Aflatoxinas 
As aflatoxinas são bisfurano cumarinas derivadas de um decacetídeo, pela via biossintética dos policetídeos. Fluorescentes sob luz UV.
Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus, Aspergillus nomius (principalmente).
Interfere me sistemas enzimáticos, quanto a sintese, transporte e absorção de proteínas, ácidos nucleicos e lipídeos.
-fígado com aspecto de noz moscada.
carcinógeno quando associado a hepatite B e alcoolismo = carcinoma hepatocelular
causa imunossupressão (eimeriose)
Ocratoxinas
Penicilliun verrucosum, Penicillium carneum, Penicillium viridicatum e Aspergillus spp.
efeitos= nefropatia endêmica dos Bálcãs, nefrocarcinogênico, genotoxico, imunossupressor. Promovem esteatose hepática, sérios danos renais, principalmente em suínos, bovinos e cães. Retardam a maturação sexual em galinhas e diminui a produção de ovos.
Fusariotoxinas = a partir do Fusarium spp
1- zearalenona Fusarium graminearum e F. moniliforme, F. roseum, F. culmorum. Na fase de crescimento de muitos grãos. Ataca durante períodos de chuva, temperaturas de 12 à 14°C são necessárias para iniciar e manter alta a produção de zearalenona. Despigmentação das espiguetas (esbranquiçadas ou cor de palha). 
Efeitos (fêmea)= puberdade precoce, fibrose do útero, câncer de mama, carcinoma do endométrio, iperplasia do útero, diminuição da fertilidade, influência nas atividades das glândulas adrenal, tiróide e pituitária. (machos) –inflamação da próstata, atrofia testicular ,cistos nas glândulas mamárias
2-fumonisinasFusarium verticillioides, Fusarium proliferatum, Fusarium moniliforme. Alimento com coloração variando de púrpura à marrom avermelhado.
Efeitos= hepatotóxica, nefrotóxica, neurotóxica, potencialmente carcinogênica. Nos animais: leucoencéfalo malacia, edema pulmonar em suínos, lesões hepáticas e pancreáticas em suínos e animais de companhia, câncer hepático em animais de laboratório. 
PREVENÇÃO E CONTROLE:
- Fungicidas eliminam os fungos, mas não as micotoxinas
- Técnicas de detoxificação: extração por solventes, degradação quimica, irradiação, absorção (argilas).

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