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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) • Conceituando • Tipos • Causas • Saiba identificar em bebês e crianças até 12 anos • Tratamento • Conceituando: O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento. O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia (déficit de aprendizado) ou dispraxia (desastrado). Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão. Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida. Não faz muito tempo, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada duas mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada cem crianças é portadora do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas. Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. • Tipos: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leves à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social. De acordo com o quadro clinico, o TEA pode ser classificado em: 1) Autismo clássico – o grau de comprometimento pode variar de muito. De maneira geral, os portadores são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante; 2) Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) – os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal. 3 ) Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – os portadores são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil. • Causas: “Todos os dias, são divulgados na internet entre 60 e 70 novos artigos sobre autismo”, revela o neuropediatra Rudimar Riesgo, professor de medicina da (UFRGS) e um grande estudioso desse distúrbio neurológico que costuma dar caras na ainda primeira infância. Riesgo conta que, apesar de o transtorno ter sido descoberto há mais de 70 anos, a ciência não conhece completamente suas causas. “As pesquisas mais recentes fazem a gente pensar que algo acontece durante a gestação, de modo que essas crianças nascem com uma predisposição para serem autistas. E, na dependência da carga genética, somada a fatores ambientais, o autismo pode se manifestar nos primeiros anos de vida” No entanto, mesmo que ainda faltem muitas respostas, cientistas do mundo todo não se cansam de investigar a fundo esse transtorno – que, segundo estimativas, afeta 2 milhões de crianças só no Brasil. A associação entre a idade da mãe e o risco de autismo já é bastante conhecida pela ciência: estudos demonstram que quanto mais velha for a mulher ao engravidar, maior a probabilidade de o seu filho desenvolver esse tipo de distúrbio. • Saiba identificar em bebês e crianças até 12 anos: Os primeiros sinais de autismo podem ser observado em bebês que apresentam os seguintes sinais: • Até 9 meses: Não se aconselham ao colo da mãe ou do pai e não olha nos olhos, não sorri, não emite sons que possam chamar a atenção dos adutos; • Com 1 ano: Não olham quando são chamados pelo nome e • Após os 2 anos: Não usam mais de 2 palavras que não sejam repetição. Para saber se a criança tem autismo ela deve apresentar os seguintes sinais e sintomas, de forma frequente a partir dos 2 anos de idade: • Não olhar nos olhos ou evitar não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela, estando bem próximo; • Risos e gargalhadas inadequadas ou fora de hora, como durante um velório ou uma cerimônia de casamento ou batizado, por exemplo; • Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar; • Dificuldade em relacionar-se com outras crianças e por isso prefere ficar sozinho do que brincar com elas; • Repetir sempre as mesmas coisas, brincar sempre com os mesmos brinquedos. • A criança sabe falar, mas prefere não falar nada e mantém-se calada por horas, mesmo quando fazem perguntas para ela; • A criança refere-se a si mesma com a palavra: você • Repete a pergunta que lhe foi feita várias vezes seguidas sem se importar se está chateando os outros; • Mantém sempre a mesma expressão no rosto e não entende gestos e expressões faciais dos outros; • Não atender quando é chamado pelo nome, como se não estivesse ouvindo nada, apesar de não ser surdo e de não ter nenhum comprometimento auditivo; • Olhar com o canto do olho quando sente-se desconfortável; • Quando fala a comnunicação é monótona e com tom pedante. • Não tem medo de situação perigosas, como atravessar a rua sem olhar para os carros, chegar muito perto dos animais aparentemente perigosos, como cães de grande porte; • Ter brincadeiras estranhas, dando funções diferentes aos brinquedos que possui; • Brincar com somente uma parte de um brinquedo, como a roda do carrinho, por exemplo, e ficar constamente olhando e mexendo nela;• Aparentemente não sente dor e parece que gosta de se machucar ou de machucar os outros de propósito; • Leva o braço de outra pessoa para pegar o objeto que ela deseja; • Olha sempre na mesma direção como se estivesse parado no tempo; • Fica se balançando para frente e para trás por vários minutos ou horas ou torcer as mãos ou os dedos constantemente; • Dificuldade a se adaptar a uma nova rotina ficando agitado, podendo se autoagredir ou agredir os outros; • Ficar passando a mão em objetos ou ter fixação por água; • Ficar extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos. Autismo é mais frequente em meninos. • Tratamento: Ainda não se conhece a cura definitiva para o transtorno do espectro do autismo. Da mesma forma não existe um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os portadores do distúrbio. Cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado que exige a participação dos pais, dos familiares e de uma equipe profissional multidisciplinar visando à reabilitação global do paciente. O uso de medicamentos só é indicado quando surgem complicações e comorbidades. De forma geral é necessário recorrer a diversos profissionais de saúde como médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicopedagogo, sendo muito importante o apoio familiar para que os exercícios sejam realizados diariamente, melhorando assim as capacidades da criança. Este tratamento deve ser seguido por toda a vida e deve ser reavaliado a cada 6 meses para que possa ser adequado às necessidades da família. O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais, educacionais e familiares podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem. Bibliografia: http://bebe.abril.com.br/gravidez/autismo-novidades-sobre-o-diagnostico-e-o-tratamento-do- transtorno/ https://www.tuasaude.com/sintomas-de-autismo/ https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/tea-transtorno-do-espectro-autista-ii/ http://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/ https://g.co/kgs/i5wvjx TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Autismo é mais frequente em meninos.
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