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Oral e escrita O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

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Oral e escrita O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
Psicologia trata do fenômeno da produção da linguagem humana, do seu comportamento e do seu desenvolvimento. Judith Greene: "A pesquisa psicolinguística baseia-se no pressuposto de que as gramáticas (gerativas) descrevem a competência linguística de quem usa uma determinada língua". Os conceitos se "baseiam em imagens verbais e representam generalizações que só contêm elementos essenciais e constantes." Por meio da linguagem, os pensamentos e os conceitos tomam uma forma mais simples. "A memória está igualmente ligada à linguagem, pois o adulto só se lembra dos fatos que ocorreram depois que aprendeu a falar." Pensamento pode existir completamente independentes da linguagem. O fundamento básico do pensamento é a analogia. A linguagem não é a causa do pensamento, mas o instrumento e o suporte indispensáveis ao seu progresso. Aliás, já por volta dos quatro anos de idade a criança tem elementos a partir dos quais já se pode afirmar, segundo Piaget, que "o pensamento antecede a linguagem. A linguagem tem uma grande importância na organização da conduta da criança e no seu desenvolvimento. Primeiro a sua influência é feita de fora para dentro; depois, passa a se projetar de dentro para fora. Pensamos que, na função da linguagem, se podem distinguir os seguintes usos: a) uso afetivo; b) uso lúdico; c) uso prático; d) uso representativo; e) uso dialético. Uso afetivo — conforme Ombredane — é o mais primitivo e o mais consolidado dos usos da linguagem. Tem origem na expressão espontânea das emoções e também nos gestos pelos quais se preparam e esboçam as ações." O uso afetivo da linguagem oral se manifesta principalmente de duas maneiras: primeiro, pela modulação da voz e pelo ritmo da emissão; segundo, pelos usos graduados da língua e pelas modalidades de seu emprego, a que se pode denominar agramatismos. Uso lúdico é lalação, sentir prazer ao falar, começa aí a imitação. O uso prático define a linguagem que tem por fim facilitar a ação em processo de desenvolvimento. Uso representativo é uma área particularmente artificial, onde se impõe ter-se presente, na imaginação, aquilo que está ausente e onde é necessário supor situações que existem. O uso dialético da linguagem pode ser entendido como um uso formal, a álgebra é a forma mais elaborada deste uso. Uma criança, ao atingir a idade de cinco a seis anos, normalmente já adquiriu os elementos básicos de sua língua materna, podendo criar e compreender naturalmente um número quase infinito de frases. A competência refere-se à linguagem no sentido do que constitui a capacidade para falar uma língua. O desempenho, por outro lado, refere-se às expressões produzidas pelos usuários da língua. a) O Nativismo — dá grande importância ao poder inventivo da criança (imaginação). Assim, muito do que ela diz será produto de uma atividade criadora, absolutamente espontânea; b) O Empirismo — declara que a linguagem infantil se forma pela imitação. Uma terceira teoria, conciliatória (acrescenta Budin), admite uma atividade congênita, instintiva, involuntária e ancestral (impulso ou instinto de linguagem), sem a qual não pode haver imitação. A linguagem do falante, em sua fase inicial, se revela essencialmente maternal. Nos primeiros dois meses de vida, os nenês emitem todos os sons da linguagem humana. Do terceiro mês em diante, expressões traduzem estados de satisfação É a fase do balbucio. Antes dos 10 meses, aproximadamente, a criança passa pelo estágio pré-verbal 3 fases. Entre os 10 e os 14 meses, é pronunciada a primeira palavra com significação. A oração de duas palavras surge quando a criança completa um ano e meio, ou mesmo mais tarde. Aos três anos, entram em uso as desinências. O processo de aquisição dura vários anos e depende muito do ambiente. As formas difíceis tardam mais: conjunções, preposições e numerais, inclusive. O período da relação manifesta-se entre três e quatro anos. Aos quatro ou cinco anos, o desenvolvimento da linguagem é tal que a criança está em condições de manifestar verbalmente seus afetos e ideias a ponto de poder ser compreendida pelo adulto. Na linguagem:o concreto precede o abstrato, o individual precede o geral e o subjetivo precede o objetivo. Estar exposto ao uso da língua é, pois, o requisito mínimo necessário para a aquisição da linguagem. Segundo a gestalt, "um significado pode sugerir o seu contrário e ao mesmo tempo seu semelhante. É assim que quente faz pensar em frio, pesado em leve, etc. Em conformidade com igual doutrina, seria natural que todo o processo de organização da gramática de uma língua fosse realizado sobre as oposições, conforme nos ensinam os estruturalistas. Lei gestaltista segundo a qual "pares de itens similares são aprendidos mais facilmente do que uma sequência de pares de itens sem ligação entre si." No caso de uma criancinha que grita porque tem fome, podemos ter um condicionamento do tipo pavloviano se sua mãe atender logo. A tese básica de Skinner, segundo A. G. Penna, é a que se refere à importância do condicionamento operante como técnica de aprendizagem da linguagem, admitindo-se modos diferentes de reforçamento para as formas de mando e tato. Considerando assim, a teoria skinneriana do reforço só teria validade para as funções da linguagem centradas no ouvinte ou receptor, ou seja, a função de mando, a função prática, a função conativa, etc., O gerativismo e o transformacionalismo desenvolveram-se nos Estados Unidos a partir do estruturalismo. "Uma importância da teoria gerativa de Chomsky reside em sua ênfase central sobre o aspecto "criativo" da habilidade do usuário da língua para produzir sentenças novas que ele nunca proferiu nem ouviu antes. Segundo os gerativistas, a criança percebe primeiramente a frase como um todo, e só posteriormente vai distinguindo as partes, como se estivessem fazendo uma análise sintática. A aprendizagem não pode ser explicada como imitação reforçada de associações estímulo-resposta. Referente ao ensino de línguas estrangeiros (vivas), as reformas metodológicas mais importantes já concretizadas em todo o mundo foram um resultado da aplicação das teorias estruturalistas, começando com o uso didático sistemático de audiovisuais e áudio-orais, e da aplicação da teoria gerativista-transformacional de Chomsky, da qual se desenvolveram diversos métodos de alfabetização, direta ou indiretamente.

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