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RESUMO A2 IBMR

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Segurança Internacional – Avaliação 2
Tema I: HEGEMONIA
Entre atores internacionais existem potências internacionais. Todos são dotados do mesmo 
poder coercitivo (ligado a dinâmica domestica dos Estados), mas nem todos são dotados do 
mesmo poder decisório (poder de performance no Sistema Internacional). O poder decisório é 
assimétrico, os atores internacionais diferem de capacidade (conjunto de recursos militares, 
culturais, morais, jurídicos que um ator internacional reúne para tomar decisões no sistema), e 
essa diferença produz a hegemonia.
Os historiadores dividem a história das Relações Internacionais em três grandes eras de 
expressões da hegemonia: Era Pax Romana, Era Pax Britânica e Era Pax Americana. São três 
momentos onde atores internacionais se transformaram em hegemonias e, portanto, foram 
capazes de, a partir de sua própria hegemonia, organizar o Sistema Internacional. Ao organizar 
o Sistema Internacional, ocorre tentativa de interferir no processo da própria anarquia 
internacional (tentativa hierarquizante de redefinir a performance do Sistema Internacional).
Com a Revolução Comportamentalista na década de 50, os autores de Relações Internacionais 
vão começar a pensar o Sistema Internacional a partir da ideia de 
comportamento/performance e entender como isso se repete. Cria-se o Conceito de Eterno 
Retorno. Segundo Nietzsche, tudo aquilo que acontece já aconteceu e vai acontecer de novo. 
Segundo Marx, a história se repete. Ora como farsa (podendo mudar), ora como tragédia 
(nada pode ser mudado). Segundo Thomas Mann, nós vivemos em citação. Tudo que fazemos 
é uma citação ao que alguém já fez no passado. Pouco espaço para novidade. A partir de 
Nietzsche, dois autores vão surgir. Heiddeger, que faz uma crítica a Nietzsche, cria o conceito 
de “Eterno Retorno do Mesmo”: Tudo o que acontece voltará a acontecer exatamente como 
aconteceu, e Deleuze, que faz uma critica a Heiddeger, cria o conceito de “Eterno Retorno do 
Diferente”: Tudo o que acontece sempre aconteceu, mas acontece de forma diferente do que 
aconteceu. É uma repetição, mas os tempos não são os mesmos e as pessoas não são as 
mesmas. É nesse contexto que inserimos o conceito de hegemonia. Um fenômeno 
internacional que sempre se repete, mas não exatamente da mesma forma.
Tema II: INTERDEPENDÊNCIA
Conceito que surge como uma crítica neoliberal ao realismo.
Ponto de vista filosófico: Século XIX. Marx elabora o conceito “Dialética Homem-Natureza”. 
Dialética é um jogo de contrários. Tese e antítese promovem a síntese. Homem é sujeito 
transformador. Marx é considerado neohegeliano. Hegel cria o idealismo ou dialética 
hegeliana, que diz que tudo o que vivemos de concreto é uma manifestação do espírito 
absoluto (origem de todas as coisas). 
Exemplo: Hegel sobre Napoleão Bonaparte: Aí vai a razão do mundo a cavalo. Quer dizer que 
Napoleão é apenas uma manifestação do espírito absoluto.
Marx DISCORDA de Hegel. Tudo o que parece ver do espírito é um produto da maneira como 
homem interage com a natureza. A natureza se impõe sobre o homem e o homem a modifica.
Ponto de vista histórico: Século XX. A Guerra Fria pode ser dividida em dois momentos.
Primeira Guerra Fria (1946-1965/67) – Guerra de Contenção.
65: Crise dos Mísseis de Cuba. 67: Primavera de Praga.
Aponta para uma divisão bipolar do Sistema Internacional. Contenção Ideológica. 
Ideologia: Conjunto de ideias estruturadas em função de um projeto de poder.
1955: Conferência de Bandung - Pensar uma alternativa entre capitalismo e socialismo. Uma 
terceira via. A palavra que define esse grupo não-alinhado é DESENVOLVIMENTO. Grupo 
pragmático, origina o “Terceiro Mundo” - Países que buscam o desenvolvimento.
A Guerra de Contenção foi também uma guerra de contestação. Houve resistência. Grupo de 
Bandung usa o argumento de que buscam o desenvolvimento pois são frágeis. Entra aí o 
conceito de VULNERABILIDADE. Realismo Subalterno foi criado para tratar da questão da 
vulnerabilidade dos Estados, aponta para essa ideia como um perigo. Conceito que ajuda a 
embasar interdependência. 
Movimento de “terceiro mundismo” possui um paradoxo. Desenvolver estados frágeis pode 
ser um perigo, pois os mesmos podem tornar-se potências. Deixar os estados frágeis em sua 
condição de fragilidade é um perigo, desenvolve-los é um risco. É um perigo não só por 
questões humanitárias, mas porque esses Estados em condição de miséria podem tornar-se 
uma resistência política à hegemonia das potências.
Segunda Guerra Fria (1967 – atual) – Détente
Processo geopolítico de afrouxamento securitário internacional. Primeira e mais importante 
característica: DESCOLONIZAÇÃO. Segundo fenômeno sistêmico determinante na Segunda 
Guerra Fria: DESCONTINUIDADE DO PODER SOVIÉTICO. Os dois aprofundaram-se na década 
de 70, mas já ocorriam antes. 
Descolonização: Post-colonial studies – Escola teórica que tenta entender quais são as grandes 
questões sistêmicas de um Sistema Internacional que não possui colônias. 
Processos de independência acontecem na África. Altera relações de poder do SI com a 
entrada de países africanos dentro do SI e nos regimes do SI. Possuem um peso gigantesco não 
só pelo petróleo, mas pela capacidade militar e peso social das sociedades organizadas nesses 
países. Alteração na balança de poder e no processo de negociação. Começamos a perder 
tradicionais polos de poder decisório.
Mundo pós-colonial é mais complexo que o mundo da Primeira Guerra Fria. Novos atores 
internacionais complexos, como a África que está se autodeterminando. Grandes potências 
precisam pensar uma agenda compartilhada. Mundo colonial: verticalidade. Mundo pós-
colonial: transversalidade. 
Em 1973, Árabes estão se livrando do Pan-Arabismo e há uma frustração por parte das massas. 
Parte disso é por conta do fim da hegemonia europeia e início da Pax Americana. Principal 
questão que distancia o Pan-Arabismo é o aprofundamento do poder das elites políticas 
árabes em torno da dinâmica do petróleo, aos poucos afastando do Pan-Arabismo e criando a 
concepção de Al-Watani. Elites árabes formam um bloco econômico que irá levar o mundo à 
Crise do Petróleo. Não foi uma crise de fato, mas sim um teste. Os árabes provocam a crise ao 
aumento o preço do petróleo sem nenhum tipo de negociação. 
Irã, riquíssimo em petróleo, objeto de cobiça das potências, faz a Revolução Islâmica em 1979, 
tornando-se uma ameaça. Ou seja, um Estado frágil é perigoso.
Mundo pós-colonial: Interdependência complexa, apresentada no paradigma Pluralista. 
Mundo é uma teia.
Tema III: GEOPOLÍTICA
Palavras-Chave:
 Friedrich Ratzel
 Rudolf Kjèllen: As grandes potências.
 John Makinner: The Geographical Pivot in History. Conceito de Heartland.
Três Perspectivas da Geopolítica:
I- Dinâmica: Homem/Espaço/Movimento
II- Ideologia: Hegemonia/Expansão
III- Geografia Política: Várias modulações de poder relacionadas ao homem e ao 
espaço.
Geopolítica tem a ver com sistema e conflito. Não é uma palavra, é um conceito de RI. Um dos 
mais profundos. Maior contribuição que a geografia deu a RI. Relações Internacionais é 
topográfica a partir da ideia de que o mundo é terra. Dessa ideia, nasce o conceito de 
geopolítica. A mudança da geografia influencia muito mais o indivíduo do que o indivíduo 
influencia a geografia. Geografia traduz como atores internacionais pensam e se comportam 
no SI. Geopolítica parte da ideia que as ações dos Estados são influenciadas pela geografia.
Conceito surgiu em 1987, com Friedrich Ratzel. Ideia do estudo do homem e suas obras no 
espaço e a influência do espaço no homem e suas obras. Palavras centrais: espaço e atores 
internacionais.
Em 1916, Kjèllen utiliza o conceito de potência para associar à geopolítica. As potências criam 
a sua agenda política de acordo com a sua percepção do mundo. Espaço produz guerra e busca 
por hegemonia.Papel do espaço na produção de conflito e na organização do SI.
Makinner traz a ideia de heartland. Significa o coração espacial de onde a ação política se dá. 
Núcleo geopolítico que determina a partir desse espaço todo o Sistema Internacional. O 
mundo tem um centro de poder e ele é geográfico.
No século XIX, o centro de poder era a Europa. Ela determina a dinâmica do SI. 
Questionamento: Em que medida o espaço geográfico das heartlands permitiu que elas se 
tornassem heartlands?
Tema IV: PARADIGMAS
O terceiro grande debate entre paradigmas. Debate que envolvem visões de mundo, visões 
sistêmicas amplas. Isto são paradigmas. Diferentes visões de Sistema Internacional podem 
complementar umas às outras. Não existe uma ideia de superação.
“Paradigmas nas Relações Internacionais são mapas mentais amplos ou esquemas gerais de 
pensamento que demonstram como a sociedade mundial é estruturada e quais os seus 
aspectos mais significativos” – Michael Banks.
Ou seja, são grandes sistemas de pensamento que tem por objetivo explicar a realidade, de 
forma geral e ampla. A partir dos paradigmas podemos entender todos os fenômenos. 
Paradigma é um guarda-chuva gigantes que contém ideias, conceitos, autores, obras e escolas. 
Todos os elementos possuem afinidade, portanto estão no mesmo paradigma.
Paradigmas explicam o mundo. Sistema que revela uma determinada interpretação do mundo.
Debate inter-paradigmático: Teve início em 70, quando começaram a questionar a Escola 
Realista. 
Desafios teóricos aos Realismo: questão dos níveis de análise, ficção do Estado monolítico e 
unitário (crítica marxista e pluralista), discussão do conceito de racionalidade em face dos 
fatores burocráticos e cognitivos.
Crítica ao realismo gera 3 grandes paradigmas. Paradigmas possuem sempre um componente 
ideológico. Banks considera que toda teoria consiste em 
“ideias e conceitos em formação para a descrição de aspectos do mundo, classificando-os e 
considerando as várias formas pelas quais interagem”
Teoria é ideologia!
“Todas as teorias da sociedade são ideológicas. Simultaneamente expressam os valores 
políticos do teórico também ajudam a moldar o mundo que está sendo analisado”
Ideologia: Explica como o mundo é e como deve ser. Ideias que propõe uma certa organização 
do Sistema Internacional. Quem criou este conceito foi Marx. 
Paradigmas não só explicam como o mundo é, e sim como deveria ser. Não só analisa. 
Portanto, são ideológicos. Por trás das teorias, existe sempre um projeto de poder
Veritas? Quid Veritas? Banks acredita que as RI, como toda disciplina, deve estar submetida a 
constante desafio e modificação. O progresso no conhecimento consiste em formular novas 
questões. Não existem verdades absolutas em RI. Assim, as RI não podem oferecer verdades 
inquestionáveis sobre a estrutura e os processos da sociedade mundial, mas apenas 
explicações gerais razoavelmente coerentes (paradigmas).
Os 3 Esquemas Maiores
Realismo: Sistema Internacional é um sistema composto de Estados como “bolas de bilhar”, 
em constante rota de colisão. Mundo é uma mesa de sinuca. Dínamo: Estados. Dinâmica 
Política Mundial: Força. 
Pluralismo: Sociedade Internacional é uma “teia de aranha”, uma rede de numerosas relações 
entrecruzadas. Dínamo: Movimentos Sociais complexos.
Estruturalismo: Cenário Internacional é um polvo multidirecionado com poderosos tentáculos, 
constantemente sugando riqueza das periferias mais fracas em direção aos centros poderosos. 
Dínamo: As diversas classes sociais. Dinâmica Política Mundial: aspectos econômicos. Centro: 
Sistema Financeiro Internacional.
Realistas buscam explicar o que os Estados fazem. Pluralistas pretendem explicar todos os 
principais eventos mundiais. Estruturais veem como sua função demonstrar porque o mundo 
contém contrastes tão grandes entre ricos e pobres.
Peculiaridades de cada campo
Realismo: Definem as fronteiras de seu objeto em termos estreitamente estado-cêntricos, 
utilizando o termo Política Internacional para descrevê-los.
Pluralismo: Ampliam as fronteiras ao incluir companhias multinacionais, mercados, grupos 
étnicos e nacionalistas, assim como comportamento estatal, e denominam seu objeto de 
Sociedade Mundial.
Estruturalismo: Suas fronteiras são as mais amplas, enfatizando a unidade de todo o Sistema 
Mundial em todos os níveis, focando no modo de produção e tratando a política interestatal 
como um fenômeno meramente superficial.
Idiossincrasias Realistas
 Primazia de Power Politics nas relações entre Estados.
 Papel central da Guerra.
 Caráter essencialmente político e amoral das RI.
 Possível combinação entre idealismo e realismo compartilhando ingredientes 
fundamentais: soberania, poder e diplomacia.
Idiossincrasias Pluralistas
 Mundo é multi-cêntrico e não estado-cêntrico.
 Mundo possui anomalias que não são devidamente explicadas pelo realismo.
 Não-assertivo, significa que se baseia em uma premissa genérica de que o mundo é 
complexo, carecendo de uma síntese de seus preceitos.
Idiossincrasias Estruturais
 Ao contrário do Realismo e do Pluralismo, não é produto de um debate acadêmico das 
Relações Internacionais.
 Matriz é a filosofia e a teoria política clássica: Filosofia da Moralidade em Kant, Dialética 
de Hegel e o Materialismo Histórico de Marx e Engels.
 Insights do Marxismo: Solidariedade de grupos cujos objetivos e interesses são 
vinculados por circunstâncias comuns, o desdobramento progressivo das mudanças 
históricas em resposta ao desenvolvimento tecnológico e a sua expressão em leis, 
ideologias e instituições.

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