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Questionário de Segurança Internacional

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Questionário de Segurança Internacional
Defina Sistema a partir da alegoria de pontos e retas. 
R: Questão da função relacional entre as partes. Não há em qualquer sistema nenhuma possibilidade de isolamento, o que inviabilizaria qualquer configuração sistêmica.
São portanto partes integradas para formar um todo.
Na alegoria de pontos e retas, retas são as resultantes entre as relações que os pontos travam entre si. Os pontos nada mais são que os atores internacionais.
Diferença de conjuntura e estrutura.
R: Conjuntura é a parcela que se integra com outra para a formação de um todo integrado que chamamos de estrutura.
Conjuntura então é parte, enquanto Estrutura é todo.
O que são atores internacionais?
R: São elementos que a partir de sua performance imprimem marcas no sistema internacional. Um exemplo de ator internacional clássico são os Estados e um exemplo de ator internacional pós-moderno é a opinião pública.
O que são níveis de análise? Defina os três.
R: São perspectivas através das quais o internacionalista percebe as diversas facetas do sistema internacional propondo sobre ele uma hermenêutica que pode sempre variar de acordo com o nível adotado.
Nível Individual: Ciência é a psicologia. Aponta para o papel do indivíduo das Relações Internacionais, mas não exatamente da massa. Trata-se de perceber a estrutura do sistema internacional a partir da notabilidade de algum indivíduo ou vulto histórico que configurou ou representou todo o espírito de uma época.
Nível Estatal: Ciência política. Predominante nos estudos internacionais. Aponta para a importância do Estado-Nação como ator central no Sistema Internacional.
Nível Societário: Ciência é a sociologia. Atenção aos movimentos da sociedade e atores coletivos; até mesmo instituições e movimentos sociais, bem como fatores como relações de gênero, elementos de identidade e opinião pública.
Quais são os dois grandes paradigmas teóricos em Relações Internacionais?
R: Neoliberal: Vivemos em um mundo de países interdependentes e o mundo só poderia, obrigatoriamente e naturalmente, caminhar para uma cooperação global. 
Neorrealista: O mundo é interdependente e seria bom se cooperássemos, no entanto existem duas coisas que podem e vão atrapalhar isso. Uma delas é o Estado centrismo, os Estados são os principais elementos do Sistema Internacional e isso define seus interesses. Os interesses dos Estados mudam o tempo todo. A segunda é o conceito de capacidade. Os Estados são dotados de diferentes níveis de capacidade para defenderem esses interesses. (Capacidade pode ser econômica, militar, comercial, cultura, política, geográfica...)
Analise a construção política do Mundo Árabe na compreensão do conflito árabe-israelense.
A antiguidade da civilização árabe.
R: Palestino são 100% árabes. Não configura uma raça (grupos étnicos) e não representam um grupo religioso. É uma civilização (uma ou mais comunidades que organizam-se entre si através de valores, comportamentos, pensamentos e expressões culturais) profundamente antiga e muita atravessada pelo elemento religioso, embora não represente uma religião. Muito pouco se conhece da história dos árabes antes do século 7 d.C. Se deu pelo fato do Islã ter marcado profundamente a civilização árabe. Uma das características desse sistema religioso é a iconoclastia, ou seja, o desprezo por tudo aquilo que vem antes do que se considera certo, uma espécie de destruição do passado.
A questão islâmica.
R: O Islã cria uma nova maneira de ser árabe, se organizou na Península Arábica em apenas 10 anos, na região da Arábia Saudita, na cidade de Meca, em torno de uma figura chamada Mohammed. Sistema religioso de profundas marcas políticas, onde o chefe religioso (califa) também é o chefe político. Após a morte de Mohammed, a civilização árabe organiza-se através da formação de califados e criam-se duas grandes correntes de sucessão:
Sunitas, a maioria e o mais importante grupo dentro do mundo árabe mulçumano, acreditam no princípio de que quem deveria suceder o profeta era aquele que melhor defende a tradição islâmica e a mensagem do profeta. Maior país mulçumano é a Indonésia. Oriente médio, Leste Europeu, Norte da África e parte da Ásia é sunita.
Xiitas são a minoria. Irã é o único país oficialmente xiita do mundo mulçumano. Acreditam que quem deveria suceder o profeta teria que ter o sangue do mesmo. 
O nacionalismo árabe.
R: Podemos chamar de Arabismo, movimento de autonomia árabe de oposição ao Otomanismo. Tentativa de se pensar árabe como árabe, e não minoria do Império Turco Otomano. Esse processo de autodeterminação culmina na revolta árabe de 1916, no meio da Primeira Guerra Mundial. 
Al-Nahda: movimento que tem por objetivo criar uma identidade política e cultura própria, com o objetivo de no futuro separar-se politicamente do Império Turco Otomano. Renovação da língua, cultura, arte árabe. Tentativa de modernização. 
A partir do Al-Nahda, cria-se possibilidade organização política:
Pan Arabismo: Criar um mundo árabe unido politicamente, não em torno de um califado religioso mas em torno de um governo regional que pudesse administrá-lo.
Autonomismo Nacional (Al-Watani): Cada país árabe com fronteiras definidas, administrando sua própria política nacional, sem buscar necessariamente uma unidade.
A relação entre o mundo árabe e as grandes potências (1916).
R: Ao se levantar em 1916 contra o Império Otomano, os árabes ajudam as potências ocidentais contra o inimigo Turco Otomano. As consequências das Primeira Guerra Mundial para os árabes é a separação do mundo árabe do Império Turco Otomano (que já tinha acabado e passou a ser chamado de Turquia) e uma organização do mundo árabe;
Baseado no princípio de autodeterminação dos povos (14 pontos Wilson), começa a negociação com potências ocidentais que ganhavam a Primeira Guerra Mundial, especialmente França e Inglaterra. Reivindica a criação dos Estados árabes. Potencias ocidentais não aceitam de imediato e depois França e Inglaterra impõe dois tratados aos árabes: Tratado de Sevres e Tratado de Lusanne. Torna o princípio de autodeterminação dos povos válido e legítimo e o Oriente Médio seria dividido em um sistema de mandatos entre eles. Família Husayni reina soberana no Iraque, o resto do Oriente Médio administrado por França e Inglaterra até que fiquem politicamente maduros para se tornarem independentes.
Síria e Líbano: França.
Transjordania, parte do Iraque, Palestina: Inglaterra.
Analise a construção do Mundo Judaico-Israelense na compreensão do mesmo conflito.
A questão da civilização hebraica.
R: Diferente dos árabes, não existe civilização hebraica antes do judaísmo. A origem da civilização é a religião. 
O problema histórico da diáspora.
R: Em um conflito entre Judeus e Romanos, Romanos vencem e proíbem os judeus não só de entrar em Jerusalém, como também em toda a região. A expulsão dos Judeus dessa terra chama-se Diáspora. Os judeus são considerados pessoas sem identidade nacional. Se organizam pelo mundo em dois tipos: Ashkenazim, na Europa, e Sefardim na Península Ibérica e Mundo árabe.
As causas do nacionalismo judaico no século XIX.
R: Por serem considerados pessoas sem identidade nacional, por conta do problema histórico da diáspora, com o início da Primavera dos Povos na Europa, a ideia/fenômeno de nacionalismo contagia os judeus que passam a querer criar seu próprio Estado.
O sionismo.
R: Theodor Herzl escreve uma obra chamada O Estado Judeu, onde afirma que o Judeu é um povo sem terra e a Palestina era uma terra sem povo, pois o único povo legitimo daquela terra havia sido expulso de lá. Chama essa terra de Lion e nomeia o nacionalismo de sionismo: ideia de que os judeus deveriam voltar para sua terra. 
A escalada do conflito no século XX: 1948-49, 1956, 1967, 1973 e 1993.
R: 1948-49: Inicia 1ª Guerra Israelo-árabe, após a tentativa falha da ONU de mediar o conflito e dividir as terras entre árabes e judeus. Judeus vencem os árabes, que eram maioria, avançam para além de 45% do territórioe criam o Estado de Israel. 
1956: Revolução do Egito, cria-se a República Árabe do Egito. Gamal Abdel Nasser (criador do Pan Arabismo) nacionaliza o canal de Suez, criado por Inglaterra e França. Em resposta, França e Inglaterra apoiam Israel contra os árabes, equiparando-os militarmente e incentivando-os a ocupar a região do Canal de Suez (Península do Sinai). Guerra do Sinai.
1967: Cresce uma tensão e egípcios decidem expulsar os judeus do Sinai. Judeus vencem em Guerra de 6 dias.
1973: Guerra Yom Kippur. Egípcios/Árabes atacaram primeiro pela Palestina. Israelenses/Judeus vencem, mas perdem muitas vidas. Apesar da derrota, árabe saem fortalecidos e nessa época os EUA começam a fornecer armas e dinheiro para o Egito.
1993: Cria-se ANP – Autoridade Nacional Palestina, que deveria administrar parte significativa dos territórios da Faixa de Gaza e Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória na Guerra de 6 dias, assegurando através de forças policiais próprias a segurança dos territórios. 
Defina hegemonia e analise o fenômeno a partir:
Da anarquia ontológica do Sistema Internacional.
R: Os historiadores dividem a história das Relações Internacionais em três grandes eras de expressões da hegemonia: Era Pax Romana, Era Pax Britânica e Era Pax Americana. São três momentos onde atores internacionais se transformaram em hegemonias e, portanto, foram capazes de, a partir de sua própria hegemonia, organizar o Sistema Internacional. Ao organizar o Sistema Internacional, ocorre tentativa de interferir no processo da própria anarquia internacional (tentativa hierarquizante de redefinir a performance do Sistema Internacional). 
Da ideia de eterno retorno.
R: Com a Revolução Comportamentalista na década de 50, os autores de Relações Internacionais vão começar a pensar o Sistema Internacional a partir da ideia de comportamento/performance e entender como isso se repete. Cria-se o Conceito de Eterno Retorno. Segundo Nietzsche, tudo aquilo que acontece já aconteceu e vai acontecer de novo. Segundo Marx, a história se repete. Ora como farsa (podendo mudar), ora como tragédia (nada pode ser mudado). Segundo Thomas Mann, nós vivemos em citação. Tudo que fazemos é uma citação ao que alguém já fez no passado. Pouco espaço para novidade. 
A partir de Nietzsche, dois autores vão surgir. Heiddeger, que faz uma critica a Nietzsche, cria o conceito de “Eterno Retorno do Mesmo”: Tudo o que acontece voltará a acontecer exatamente como aconteceu, e Deleuze, que faz uma critica a Heiddeger, cria o conceito de “Eterno Retorno do Diferente”: Tudo o que acontece sempre aconteceu, mas acontece de forma diferente do que aconteceu. É uma repetição, mas os tempos não são os mesmos e as pessoas não são as mesmas. 
É nesse contexto que inserimos o conceito de hegemonia. Um fenômeno internacional que sempre se repete, mas não exatamente da mesma forma.
Da lógica de poder das potências.
R: Entre atores internacionais existem potências internacionais. Todos são dotados do mesmo poder coercitivo (ligado a dinâmica domestica dos Estados), mas nem todos são dotados do mesmo poder decisório (poder de performance no Sistema Internacional). O poder decisório é assimétrico, os atores internacionais diferem de capacidade (conjunto de recursos militares, culturais, morais, jurídicos que um ator internacional reúne para tomar decisões no sistema), e essa diferença produz a hegemonia.

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