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Aula 5 O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB)

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Aula 5: O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB)
É uma avaliação externa em larga escala aplicada a cada dois anos. Seu objetivo é realizar um diagnóstico do sistema educacional brasileiro e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do aluno, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino que é ofertado.
As informações produzidas visam subsidiar a formulação, reformulação e o monitoramento das políticas na área educacional nas esferas municipal, estadual e federal, contribuindo para a melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino.
A Prova Brasil foi idealizada para atender à demanda dos gestores públicos, educadores, pesquisadores e da sociedade em geral por informações sobre o ensino oferecido em cada município e escola.
O objetivo da avaliação é auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar, no estabelecimento de metas e na implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade do ensino.
Veja o documento do Plano de Desenvolvimento da Educação do Governo Federal no seguinte site: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/prova%20brasil_matriz2.pdf  
De acordo com o site do MEC: A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Tem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
Ainda, de acordo com o site do MEC: (...) A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.
Segundo o site do MEC, (...) as médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.Além disso, os dados também estão disponíveis a toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico das escolas públicas urbanas do país.
Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode-se acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo. Em 2011, as escolas rurais de ensino fundamental com mais de 20 alunos nas séries  avaliadas também farão a Prova Brasil.Disponível no site: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210&Itemid=324http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210&Itemid=324
A partir da citação anterior, permite-nos compreender alguns pontos importantes para a adoção de políticas educacionais e, mais especificamente, de políticas avaliativas na Educação Básica. São elas:
A organização de um sistema de avaliação decorre das diretrizes  teórico-ideológicas advindas dos organismos internacionais para os países em desenvolvimento.
A prática da avaliação em larga escala acaba por determinar um conjunto de elementos que, do ponto de vista teórico-prático, redefine o conteúdo e a forma do processo de ensino e aprendizagem das Instituições de Ensino. Portanto, as mesmas perdem qualquer possibilidade de autonomia sobre o pensar e o fazer pedagógico a partir da realidade em que se encontra a Instituição de Ensino e seus profissionais.
A divulgação dos resultados avaliativos das Instituições de Ensino revela que o Estado assume um papel de regulador das práticas educativas na sociedade. Além disso, cria mecanismos de classificação das Instituições de Ensino a partir da lógica do mercado.
Análise de alguns pesquisadores sobre o Saeb
O GOVERNO COMO AVALIADOR- Um dos primeiros aspectos que se coloca diante da existência de um Sistema Nacional de Ensino vem a ser o fato de o Estado (governo federal) assumir o papel de avaliador das relações sociais. Em nosso caso específico, o processo de ensino e aprendizagem.
ESTADO COMO CONTROLADOR- Para alguns autores, estamos diante da formação de um Estado com o poder de controlar racionalmente a forma e o conteúdo da educação em todos os seus níveis de ensino.
EDUCAÇÃO BÁSICA- No que se refere à Educação Básica, Abicalil afirma que: Os principais instrumentos de avaliação do(s) sistema(s) concentram-se num órgão federal. Assim, o Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, o Provão – Exame Nacional de Cursos Superiores, o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio, e o já anunciado Eneja – Exame Nacional de Educação de Jovens e Adultos, somam uma fantástica base de dados sobre o resultado dos alunos em diversos níveis/etapas de educação escolar cuja utilização principal tem sido a do mero “ranqueamento” de resultados. O centro da difusão de dados é a mera comparação entre os resultados. Não se refere à qualidade nem restabelece prioridades na correção de rumos.
Outro aspecto relevante é considerarmos em nossa análise a relação entre educação e sociedade. Considerando que vivemos em uma sociedade dividida em classes sociais, decorrente das relações de poder da exploração da força de trabalho, tal divisão se manifesta nos vários setores da vida social e, em nosso caso específico, no campo educacional com a existência de um sistema dualista de ensino, ou seja, de uma escola para a elite e outra para as massas, podemos lançar algumas questões. Avance a tela!
É justa a adoção de um mesmo modelo de avaliação para verificar a aprendizagem mediante a existência de um modelo dualista de ensino?
É justo com os professores e alunos a sua exposição mediante resultados se a condição dos mesmos resulta das relações de poder e dominação da sociedade em que vivemos?
É possível determinar a qualidade de ensino de um país diante da existência de condições diferenciadas (sociais, econômicas, estruturais) de ensino- aprendizagem das escolas públicas e privadas em nosso país?
Silva nos ajuda a pensar estas, bem como outras questões a partir da seguinte colocação:
SISTEMA PUBLICO- É preciso dizer que não se pode comparar com rigor a qualidade do sistema público com a do sistema privado enquanto não se cumpram, pelo menos, duas premissas metodológicas básicas: levar em consideração, na comparação, as condições socioeconômicas e culturais dos alunos que acedem a um sistema e a outro. Se não se controlam as variáveis externas, não se pode atribuir mérito às internas. O rendimento escolar é uma forma enviesada de avaliar a educação, a qual mantém estreita relação com o capital cultural familiar.
SISTEMA PRIVADO- A comparação teria de se apoiar numa avaliação que levasse em consideração variáveis relacionadas com uma gama de objetivos educacionais, assim como os elementos materiais, humanos, técnicos e metodológicos dispostos para a sua consecução. Se a escolaridade não se justifica ou se valida apenas pelos resultados acadêmicos, teremos que ser coerentes quando comparamos os sistemas de educação (SILVA, 1996).
As colocações de Silva permite-nos compreender que o modelo de Estado e as políticas de controle desenvolvidas pelo mesmo acabam por reforçar as relações de poder desta sociedade, ou seja, a da (re)produção das diferenças sociais e a consequente exclusão social, pois a prática avaliativa em larga escala, adotada em nosso país sob a orientação dos organismos internacionais, apresenta um fator preocupante: a questão das variáveis externas (socioeconômicas) e internas (processo de ensino-aprendizagem), como também das variáveis relacionadas aos objetivos educacionais.
Se voltarmos o nosso olhar para os meios de comunicação de massa vermos que os mesmosvem publicando sistematicamente um conjunto de matérias sobre os indicadores nacionais na aprendizagem de jovens, adolescentes e adultos que se encontram ou passaram por algum tipo de formação na educação brasileira, bem como a existência de um sistema nacional de avaliação aponta para novos sujeitos políticos na disputa do poder no interior do próprio Estado.
A este respeito, Abicalil (2002) faz as seguintes críticas:
Avaliação Diagnóstica- A finalidade diagnóstica da avaliação para a mudança, em direção aos parâmetros de qualidade universais, passa a ser reduzida, por um lado, à comparação e, por outro, amplia-se em direção à (des)classificação de sujeitos, redes e sistemas. Em contrapartida, extrapolando sua competência legal, o Inep ameaça, agora, avançar  a certificação e a seleção, anulando o espaço institucional e o processo educativo no lugar próprio – a escola – como sua referência máxima.
SOBRE OS PROFISSIONAIS DO ENSINO- Em contrapartida, não se mencionam a péssima remuneração, as precárias condições e as autoritárias e estéreis relações de trabalho dos profissionais de ensino. Fala-se mal da formação como se fosse per se, capaz de provocar tantas mazelas e se o já alcançado fosse um patamar suficiente. Esquecem-se da formação continuada, requerimento dos chamados tempos modernos e requisito fundamental para a atualização do fenômeno educacional. A virtual existência de recursos tecnológicos é fartamente denunciada pela base de dados disponível no próprio Inep (CNTE, 2001).
A questão socioeconômica fica mais evidente se olharmos para os resultados do Saeb no período de 1995 a 2003. Nesse período, tivemos a universalização do Ensino Fundamental e Médio. Contudo, a mesma não se converteu em qualidade de ensino, principalmente para as camadas populares. Vejamos a tabela (INEP, 2004) a seguir:
Os resultados negativos, apresentados na tabela anterior, evidenciam a problemática da qualidade de ensino mediante a expansão do sistema educacional. A este respeito, Souza (2006, p. 3) alerta os seguintes itens:
Inclusão de crianças e jovens na escola -É unânime o reconhecimento dos avanços de nosso país na inclusão de crianças e jovens na escola no período 1995-2002. Nesse curto período de tempo, fomos capazes de universalizar o acesso à educação para as crianças de 7 a 14 anos, saltando de 87% para 97% a escolarização dessa faixa etária em apenas sete anos. A inclusão deu-se especialmente entre os mais pobres e as crianças das regiões mais carentes.
Taxas de Repetência- De outro lado, as taxas de repetência e evasão escolar se reduziram, melhorando a distorção idade/série. Como consequência, mais estudantes estão concluindo o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Índices de desempenho - A experiência internacional ensina que em períodos de forte incorporação de novos segmentos populacionais à escola deve-se esperar uma queda apreciável nos índices de desempenho dos alunos do conjunto do sistema educacional. Isso não significa que o sistema tenha piorado em termos de qualidade com o ingresso de alunos provenientes de famílias mais humildes e menos instruídas.
Novos integrantes do sistema- Desde logo, os novos integrantes do sistema estão muito melhor do que estavam antes de ingressarem na escola, pois estão aprendendo. Seu desempenho inicial, porém, é inferior em relação aos demais alunos que já estavam na escola e que provêm de famílias mais educadas. Como consequência, a média do novo conjunto de estudantes é menor do que a existente antes da incorporação maciça dos novos alunos.
Demais fatores- Esse efeito precisa ser compensado com melhorias nos demais fatores que influenciam o desempenho dos alunos vinculados ao funcionamento da escola, como a qualificação de professores, a qualidade do material didático ou os métodos de ensino. 
Exame Nacional do Ensino Medio (Enem)
O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.
A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.
As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo. O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

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