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UNIUBE▐ Ortodontia▐ Maria Alice

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Fundamentos de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares
Acadêmica Fernanda de Araújo Sakamoto
Professora Maria Alice Nassif
Histórico - 1839 “Le Fulon”, do grego: Ortho: correto, Dons: dentes “dentes alinhados”
“Ortodontia é o ramo da Odontologia que se interessa pelo estudo do crescimento e desenvolvimento do complexo do crânio facial, do desenvolvimento da oclusão e tratamento das anomalias dentofaciais” - Robert Moyers
• É a mais antiga das especialidades, com início em 1900 em Saint Louis USA, na escola de Ortodontia de Angle
• Ela estuda os meios de prevenir, interceptar e corrigir más oclusões e suas implicações esqueletais e com isso eu terei um adulto melhor em forma, em função, estética e saúde dentofacial.
• Exemplo de “prevenção”: Uma criança que respira pela boca chega ao consultório e o dentista o encaminha assim que nota que o mesmo apresenta dificuldade para respirar, pois poderá ser um problema de amídalas impedindo uma boa respiração. Outro exemplo é um hábito nocivo como mastigar só de um lado
• Exemplo de “interceptação”: uma grade em uma dentição mista
• Conceito de má oclusão: É toda alteração de posicionamento dentário que prejudique a função e/ou a estética do aparelho mastigatório, osso, dentes, sistema neuromuscular Más oclusões: mais frequente das deformidades humanas.
Classificação dos fatores etiológicos: “de acordo com T.M. Graber” 
• Fatores gerais: não estão diretamente ligados aos arcos dentários
• Fatores locais: estão diretamente ligados às estruturas pertencentes aos arcos dentários podem ser modificados por influências gerais.
1.Hereditariedade: Ao estudar o papel que a herança desempenha na etiologia das más oclusões devemos saber que estamos tratando com probabilidades. Certas características individuais possuem maiores probabilidades hereditárias que outras: algumas são recessivas e outras dominantes. O padrão de crescimento e desenvolvimento craniofacial também possui forte componente hereditário. Fatores hereditários podem ser modificados pelo ambiente. É importante compreender que ao estudar o papel que a hereditariedade desempenha na etiologia das más oclusões dentárias, estamos tratando com probabilidade e certas características possuem maior probabilidade hereditárias do que outras.
O tipo facial sofre forte influência hereditária: 
• Braquicefálico (quadrado) 
• Dolicocefálico (comprido) 
• Mesocefálico 
Hereditariedade tem influência significativa nas características:
• Largura e comprimento das arcadas
• Altura do palato
• Apinhamentos dentais e diastemas
• Sobressaliência e sobremordida
• Posição e conformação da musculatura peribucal
• Tamanho e forma da língua
• Tecidos moles (mucosas, freios...) 
• Anomalias congênitas (fissuras labiopalatais e de face)
• Tamanho dos maxilares (macrognatia ou micrognatia)
• Desarmonia de bases ósseas (protrusão ou retrusão da maxila / protrusão ou retrusão da mandíbula)
• Assimetrias faciais
• Tamanho dos dentes (microdontia ou macrodontia )
• Anomalias de forma dos dentes (IL conóides, tubérculo de Carabelli)
• Anadontia (ausência congênita de dentes)
• Dentes supranumerários (mesiodens)
• Giroversões dentárias
2. Defeitos congênitos: Os defeitos congênitos possuem forte relação genética. 
“Fissuras labiopalatais e de face” (o defeito congênito mais frequente que interessa ao cirurgião-dentista, provoca má oclusão). 
“Paralisia cerebral” (falta de coordenação muscular atribuída a lesão intracraniana, e não atribuída a lesão no nascimento. Musculatura hipertônica e espástica. Os tecidos são normais, mas, o paciente devido a sua falta de controle motor, não sabe emprega-la corretamente. Função muscular anormal ao: mastigar, deglutir, respirar e falar. Pressões anormais criam má oclusões). 
“Torcicolo congênito” (encurtamento do músculo esternocleidomastoideo cria mudanças profundas na morfologia óssea do crânio e da face. Se não tratada precocemente, provoca assimetrias faciais e más oclusões incorrigíveis). 
“Disostose cleidocraniana” (falta completa ou parcial da clavícula, fechamento tardio das suturas do crânio, retrusão da maxila e protrusão da mandíbula, irrupção tardia dos dentes permanentes e retenção dos dentes decíduos. Dentes permanentes com raízes curtas e finas. Dentes permanentes com anomalias de forma). 
“Hemangiomas e sífilis congênita” (características: forma anormal e má posição dos dentes).
Outros defeitos congênitos (ou de desenvolvimento): 
• Síndrome de Pierre Robin (casos de micromandíbulas) 
• Microssomia hemifacial (deficiência no crescimento unilateral da mandibular) 
• Síndrome de Treacher Collinns (disostose mandíbulofacial, falta de tecido mesenquimal na parte lateral da face) 
• Síndrome de Potter
• Síndrome fetal alcoólica
• Síndrome de Cruzon (separação dos olhos “hipertelorismo”)
3. Fatores ambientais:
Maternos: 
• Posição uterina
• Fibroma (causando assimetrias marcadas no crânio e na face), metabolismo materno
• Anomalias causadas por drogas (talidomida)
• Nutrição 
• Enfermidades: Rubéola (alterações epiteliais atingindo esmalte e dentina) 
• Sífilis (más formações dentais - Dentes de Hutchinson) 
• Poliomielite, distrofia muscular (displasias ectodérmicas)
• Idade
• Fatores emocionais
• Febres (alteram o ritmo do crescimento e desenvolvimento)
• Excesso de vitamina “A” (bloqueia formação mesenquimal)
Fatores Embrionários: 
• Má posição do feto (pressões indesejáveis dentofacial)
Fatores ambientais pós-natais: 
• Traumas (parto - fórceps), lesões nas atms de forma permanente
• Paralisia cerebral (leva a más oclusões dentais atípicas) 
• Fraturas condilares por quedas (assimetrias faciais marcadas) 
• Tecidos de cicatrização de queimadura
• A maioria das lesões ocorridas durante o parto são temporais devido à plasticidade das estruturas e ossos cranianos
• O controle dos fatores pré-natais é praticamente impossível. O contrário ocorre para os fatores pós-natais
4. Fatores metabólicos predisponentes e enfermidades:
4.1 Desequilíbrio endócrino
4.2 Transtornos metabólicos
4.3 Enfermidades infecciosas
• A manutenção de um ritmo metabólico normal é indispensável para o crescimento e desenvolvimento craniofacial normal
• Febres agudas - podem alterar o desenvolvimento da oclusão e podem deixar marcas permanentes nas superfícies dentárias, retardo na irrupção dos dentes, reabsorções e perdas precoces de dentes
• Enfermidades endócrinas com efeitos paralisantes, como a poliomielite podem causar mas oclusões atípicas
• Enfermidades com disfunção muscular como, distrofia muscular e paralisia cerebral, exercem efeitos deformantes característicos nos arcos dentais
• O hipotireoidismo pode causar reabsorção anormal, dentes decíduos retidos, irrupção tardia e transtornos gengivais.
5. Problemas nutricionais: Transtornos por deficiências nutricionais como raquitismo, escorbuto, e beribéri
• Má oclusões graves
• Perda prematura de dentes
• Retenção dental prolongada
• Saúde inadequada dos tecidos moles
• Desvio de irrupção dental
Beriberi: Falta de vitamina B1 (tiamina), causando Fraqueza muscular, danos musculares e ao coração, dificuldades respiratórias
Alcoolismo crônico: Abuso de álcool dificulta a absorção da B1
6. Hábitos de pressão anormais e aberrações funcionais (maus hábitos): 
• Esses fatores não pertencem às bases apicais ou ossos alveolares
• Não têm causas metabólicas, endócrinas ou displasias
• São limitados aos hábitos bucais indesejáveis, que são fatores prováveis para determinar, direta ou indiretamente, desvios na morfologia dento alveolar
6.1 Sucção de dedos (sucção sem fins nutritivos) 
6.2 Hábitos linguais e sucção de língua
6.3 Hábitos de morder dissimuláveis:
• Morder lábios (queilofagia) 
• Roer unhas (onicofagia)
• Morder língua
• Borracha, lápis, gola de camisa, etc.
6.4 Deglutição atípica (interposição de língua e de lábio):
• Se ocorrer deformação dento alveolar: primeiro corrigir a forma
• Placa reeducadora durante o dia e placa impedidora durante a noite
6.5Defeitos fonéticos
6.6 Anomalias respiratórias (respiração bucal) 
• Comprometedora na definição e contornos dos arcos dentais e de todo o processo nasomaxilar
• A não solicitação das fossas nasais não estimula o crescimento desejável da região e consequentemente, a maxila torna-se gradativamente alta, com o palato ogival por não acompanhar o crescimento dos rebordos alveolares.
6.7 Amígdalas e adenóides (posição compensatória da língua)
6.8 Bruxismo
6.9 Lactação anormal (pressão bucal excessiva, sucção não fisiológica, postura anterior da mandíbula).
7. Postura
• As más condições posturais podem causar ou acentuar más oclusões. Exemplo dormir com a mão no rosto
8. Traumas e acidentes
• Engatinhar, bater a boca geram desvios anomalias irruptivas
2. Fatores locais: Estão diretamente ligados às estruturas pertencentes aos arcos dentários
2.1 Anomalias de número: 
• Supranumerários: Não exibem as características dos dentes humanos (mesiodens) 
• Extra numerários: Repetem todas as características de normalidade. Exemplo ILS e 2º PMI
• Ausência de dentes: ausência congênita ou perdas por acidentes, cáries. Exemplo anodontia total ou parcial
• Dentes que mais faltam: 3º M S/I, ILS, 2ºPMI
2.2 Anomalias de tamanho dos dentes:
• Nanismo dental verdadeiro: dentes com a forma normal, mas tamanho reduzido, devido a disfunção da hipófise= nanismo pituitário (rizólise alterada e a irrupção dos dentes permanentes pode não ocorrer).
• Nanismo dental relativo: base apical é grande, dando a impressão de que os dentes são pequenos
• Nanismo dental localizado : confundido com problema de má formação dental (Ils e 3ºM).
• Gigantismo dental verdadeiro: dentes com a forma normal, mas tamanho aumentado, devido a disfunção da hipófise
• Gigantismo dental relativo: base é pequena, dando a impressão de que os dentes são grandes
• Gigantismo dental localizado: confundido com fusão dentária (IC s e M).
2.3 Anomalias de forma dos dentes
• Intimamente relacionadas com o tamanho dos dentes; 
• Incisivos laterais conóides;
• Cíngulos exagerados;
• Cristas marginais amplas;
• 2ºPMi pode ter uma cúspide lingual extra;
• Outras anomalias de forma causadas por falhas no desenvolvimento:
Hipoplasia: falha na formação do esmalte (ocorre na fase de amelogênese)
Hipocalcificação: ocorre na maturação do esmalte, quando há a mineralização (2ª fase)
Fusão e Geminação: 2 câmaras pulpares independentes = fusão. 1 câmara e o dente geminado, mineralização total = geminação 
• Dens in dente, odontomas e aberrações sifilíticas congênitas (Incisivos de Hutchinson)
2.4 Outras anomalias:
• Freio labial anormal: Não fazer frenectomia, mas desinserção interdental profunda do freio, de tecido fribótico.
• Perdas dentárias prematuras (dentes permanentes e decíduos)
• Retenção prolongada e reabsorção anormal de dentes decíduos
• Irrupção tardia ou muito precoce de dentes permanentes
• Via anormal de irrupção
• Anquiloses
• Cáries dentárias extensas
• Restaurações insatisfatórias
• Impactações dentárias
• Assincronia de esfoliação
• Traumas
• Mordidas cruzadas
• Perdas de espaços
• Arrizogênese (parada no crescimento de um dente, não se formando raiz, parcial ou totalmente).
• Perda precoce do dente decíduo (processo infeccioso): foliculise = lise do folículo dentário.
 Conduta - Placa que recubra a região tentando evitar a irrupção (placa impedidora de irrupção) Mantenedor de espaço.
2ª Apostila “Oclusão Normal” 
• Ortodontista: perito em oclusão, mas, os resultados de um tratamento ortodôntico, nem sempre satisfazem os padrões oclusais de outras especialidades
• Prótese ou Dentística? Avalia criticamente a oclusão através da montagem dos modelos no articulador (face vestibular/lingual), consegue uma ótima oclusão com a movimentação dos dentes artificiais na cera ou com coroas feitos em cera. Com tratamento ortodôntico a oclusão dos dentes naturais não é melhorada prontamente
• Problemas adicionais para o ortodontista: a reação do tratamento ortodôntico, graus diferentes de crescimento dos maxilares, níveis diferentes de cooperação por parte dos pacientes, posicionamento dental acompanhado de movimentos indesejados de dentes adjacentes (fio)
Objetivos do tratamento ortodôntico: 
• Cabeças da mandíbula assentadas em relação cêntrica
• Musculatura relaxada
• A obtenção das “Seis chaves para uma oclusão normal” de Andrews
• Movimentos funcionais ideais (OMP: oclusão mutuamente protegida) 
• Saúde periodontal
• Melhor estética possível (equilíbrio facial) 
• Estabilidade fisiológica dos resultados
• Produzir uma oclusão que seja saudável, funcional, esteticamente satisfatória e estável
#1 Saúde		
#2 Estabilidade 		
#3 Estética	 
#4 Função
Por que devemos estudar oclusão? 
• Para diagnosticarmos as mal oclusões precisamos ter uma visão oclusão normal, nas dentaduras decídua, mista e permanente
• Oclusão Normal: É perfeitamente correto classificar como normal uma boca onde todos os dentes ocluam de uma maneira saudável, estável e agradável mas, com variações na posição, dentro de limites normais mensuráveis.
Oclusão estática: 
• Sequência de irrupção dos dentes permanentes. Ainda sabemos pouco sobre os fatores que afetam a irrupção, tanto a sequência como a época, parecem ser determinadas pelos fatores genéticos e são características de certos grupos raciais
• O homem não veio ao mundo com sua dentadura permanente estabelecida, ele é um ser difiodonte, ou seja, que tem duas dentições, sendo uma decídua e uma permanente, e a maioria dos mamíferos são “difiodonte”
Características da dentição decídua: 
• Arco tipo I de Baurne (espaços primatas com diastemas) 
• Arco tipo II de Baurne (espaços primatas sem diastemas) 
• Baurne afirma que as faces distais dos 2ºs molares decíduos superiores e inferiores guiam a irrupção dos 1ºs molares perman.
• Na oclusão ótima (normal), a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior deve ocluir no sulco vestibular (entre a cúspide mesiovestibular e mediana) do primeiro molar inferior. Classe I, II e III de Angle
• Possibilidade dessas relações dentárias: degrau mesial (= ou menor que 2mm), neutro, distal, mesial (maior que 2mm) 
• É mais favorável, quando as faces distais dos 2ºs molares decíduos formam um discreto degrau mesial (para frente), do que um degrau distal (para trás). Esse degrau fará com que os 1ºs molares permanentes ocluam em Classe I (Angle) 
• Se o degrau para mesial for exageradamente grande, bem maior do que aquele desejado para entrar em Classe I(maior do que 2 mm), então os 1ºs molares irão ocluir em Classe III (Angle) 
Características da dentição decídua
 Diastemas anteriores fisiológicos
 Espaço primata com diastemas
Oclusão na dentição mista: 
• Ao contrário das dentaduras decídua e permanente, de certa forma estáveis, a dentadura mista constitui um estágio de caráter dinâmico: É NORMAL: Incisivos superiores protruídos, Presença de overjet, Espaço entre os incisivos (diastemas), Incisivos inferiores irrupcionados pela lingual
• Inicia-se, nessa fase, a verticalização das raízes dos dentes permanentes: Os 1ºs molares permanentes inferiores antes de sua irrupção, apresentam inclinação axial mésio-angular (impactação), porém com o crescimento da parte posterior da mandíbula os mesmos irão irrupcionar verticalmente. Os 1ºs molares permanentes superiores se formam com inclinação axial disto-angular, que com o crescimento da maxila favorece sua correta irrupção
• Fase do Patinho Feio
Curva de Spee: Com a irrupção dos primeiros molares permanentes, tem início a instalação da curva de Spee. A instalação da curva de Spee é determinada pela maior inclinação axial para mesial do primeiro molar permanente. Ela representa o alinhamento da superfície oclusal dos dentes posteriores de acordo com suas posições individuais nos arcos. Essa curva vai sendo definida pela substituição dos dentes decíduos pelos permanentes até a sua definição completa, com a irrupção dos segundos molares permanentes
Curva deWilson: A curva de Wilson também se evidencia na época da dentição mista, porque o longo eixo dos dentes permanentes inferiores apresenta uma inclinação para lingual maior que a dos decíduos e os superiores, uma maior inclinação vestibular, numa vista ânteroposterior. Ela se define como sendo uma curva médiolateral que contata os pontos das cúspides vestibulares e linguais de cada lado do arco. Ela resulta da inclinação dos dentes inferiores posteriores para dentro, o que torna as cúspides linguais mais baixas que do que as cúspides vestibulares no arco mandibular; e as cúspides vestibulares mais altas que as linguais no arco superior, devido à inclinação dos dentes posteriores para fora.
O que é oclusão normal? Os dentes devem estar alinhados corretamente no rebordo alveolar, delineando uma forma geométrica simétrica, que varia entre circular e parabólica, porém, compatível entre os arcos dentários superior e inferior (Cabrera). É o produto final da interrelação anatômica e funcional harmoniosa entre os sistemas: dentário, esquelético e neuromuscular.
Oclusão normal individual: São 28 dentes corretamente ordenados nas arcadas e em harmonia com todas as forças estáticas e dinâmicas que atuam sobre elas. A oclusão deve ser estável, sã e esteticamente atrativa (Vellini, 2004).
É considerada normal quando: 
• Apresenta dentes com inclinações axiais normais 
• O “Overjet” e o “Overbite” são normais
• Apresentam posição e relação normais entre os dentes e em conjunto
• Apresenta relação normal entre os arcos dentários e entre eles, a face e o crânio
• Apresenta, com os dentes em máxima intercuspidação, a relação cêntrica praticamente igual à oclusão cêntrica
Oclusão normal? Gengiva sadia, com coloração rosada, sem sangramento e boa aderência. Osso alveolar íntegro, sem reabsorções. ATMs sem dor, ruído, estalido, disfunção. “Angle” na oclusão ótima (normal), a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior deve ocluir no sulco mesiovestibular (entre a cúspide mesiovestibular e mediana) do primeiro molar inferior.
As seis chaves para uma oclusão normal de Andrews: 
Chave I: Relação interarcos
• A cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior permanente oclui no sulco mesiovestibular, entre as cúspides vestibulares mesial e mediana, do primeiro molar inferior permanente (Angle) 
• Os incisivos superiores sobrepõem-se aos incisivos inferiores e as linhas medianas dos arcos são coincidentes.
Sobressaliência: Relação horizontal entre os dentes anteriores
• Distância entre as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores no plano oclusal
• Padrão normal: 2,5mm
• Desvio: + ou – 2,5mm
Sobremordida: Relação vertical entre os dentes anteriores
• Distância entre as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores perpendicularmente ao plano oclusal
• Padrão normal: 2,5mm
• Desvio: + ou – 2,5mm
Chave II: Angulação da coroa
• Ângulo formado pelo eixo vestibular da coroa clínica (EVCC) e uma linha perpendicular ao plano oclusal
• Essencialmente, todas as coroas na amostra tinham angulação (+) 
• Os segundos molares superiores tinham angulação (+) somente quando a sua irrupção estava completa
• Na dentição decídua: a angulação axial de todos os dentes praticamente coincide com a vertical
• Dentes e ATMs adaptados a esforço mastigatório menos vigoroso
Chave III: Inclinação da coroa
• Ângulo entre uma linha perpendicular ao plano oclusal e uma linha paralela e tangente ao EVCC no seu ponto médio (EV).
• 81,5% dos IS têm inclinação (+): coroas inclinadas para vestibular e raízes para palatina
• II têm leve inclinação (-)
• Inclinação das coroas dos dentes superiores:
• Incisivos centrais mais (+) que a inclinação das coroas dos incisivos laterais
• Caninos e pré-molares inclinações (-) e quase similares
• 1º e 2º Molares inclinações mais (-) que inclinações de caninos e pré molares, e similares
• Inclinação das coroas inferiores progressivamente negativas, dos incisivos até os segundos molares
Chave IV: Rotações
• Ausência de rotações dentais
• Os dentes devem estar livres de rotações
• Oclusão normal ausência de rotações normais
• Rotações: perda de harmonia no arco alterações nas dimensões falta de engrenamento correto entre os dentes antagonistas contatos prematuras, traumas oclusais, DTM
Chave V: Contato justos
• Os pontos de contatos devem se tocar
• Área de contato garante integridade do periodonto varia de acordo com o dente: incisivos mais incisal.
• Caninos, pré-molares e molares no ⅓ oclusal, mais para cervical.
Chave VI: Curva de Spee
• A curva de Spee começa a ser formada, com a irrupção dos primeiros molares permanentes, com grande inclinação axial para mesial. Essa curva vai sendo definida pela substituição dos dentes decíduos pelos permanentes até a sua definição completa, com a irrupção dos segundos molares permanentes. Ela será definida como a curva formada por uma linha que se inicia na borda incisal dos incisivos inferiores e termina na última cúspide distovestibular do último molar inferior
• Curva de Spee: linha que une o ápice das cúspides vestibulares dos dentes permanentes.
• Dentes decíduos: não formam curva de Spee
• A profundidade da curva de Spee varia de um plano, até uma superfície levemente curva (côncava no inf e convexa no sup) 
• A curva de Spee está incorreta se estiver menor que 0 ou maior que 2,5mm.
Conformação dos arcos dentais: 
• Configuração do arco permanente controvérsias
• Tomas, Black, Pensa elíptica
• Sappey, Testsut, Angle parabólica
• Menezes, Sicher, Aprille em V, circular, em U
• Picosse configura um segmento de elipse.
• A distância transversal máxima, medida à altura do primeiro ou segundo molar é sempre maior do que a anteroposterior.
• Há correlação entre a largura da face e largura do arco.
• TO: deverá manter a morfologia e dimensões transversais corretas dos arcos (não expandir ou contrair anormalmente) harmonia entre: Dentes, Osso e Músculos com reflexo na harmonia facial
Guias de oclusão dinâmica: 
• Oclusão normal dentes, maxilares, articulações e músculos em estado funcional ótimo. 
• Estado funcional ótimo requisitos: Não deve haver interferência em dentes posteriores no Lado de Trabalho, durante os movimentos de lateralidade. 
• Deve haver: Desoclusão do Lado de Balanceio, nos movimentos de lateralidade. Desoclusão de todos os dentes posteriores, no movimento protrusivo. Espaço funcional livre correto, permitindo função harmoniosa da oclusão com o complexo neuromuscular e ATMs. 
• Lado de trabalho: 1. Função em grupo: quando todas as cúspides vestibulares inferiores e superiores se tocam no LT, desde o canino até o molar, distribuindo forças laterais a este grupo de dentes. 2. Guia do canino: quando há uma desoclusão pelo canino, de todos os dentes, no movimento de lateralidade.
Fatores mecânicos de equilíbrio dental: 
Dentes posteriores no estado estático: 
• Equilíbrio obtido pela musculatura da língua e da bochecha
• O esforço mastigatório se produz de acordo com: O próprio eixo do dente, os planos inclinados que mantêm o equilíbrio.
Harmonia facial: A definição de oclusão normal só estará completa, se a ela for acrescido um componente estético (harmonia das linhas faciais e equilíbrio entre suas partes).
Classificação das más oclusões: 
Introdução: 
• As mal oclusões ocorrem no mundo todo.
• Aquelas provocadas por cáries ou por perdas dentárias precoces, têm diminuído sensivelmente.
• As de natureza morfogenética, continuam a exigir cuidados e estudos. 
• Devido à grande diversidade das mal oclusões, estudiosos da Ortodontia decidiram reunir casos clínicos semelhantes em classes.
• O ato de classificar é frequente em todos os ramos da ciência.
• Porém, apesar de existirem semelhanças nos aspectos, as mal oclusões da mesma Classe, poderão ter causas distintas
• Vantagens: Maior rapidez na identificação do aspecto clínico, seja para comunicação, seja para um raciocínio sobre os possíveis fatores etiológicos. Possibilita a comparaçãode casos com aspectos semelhantes ou distintos.
Classificação das Mal oclusões: 
• De todas as classificações, a que mais se difundiu na ortodontia foi a de Angle
• Classe I
• Classe II (Divisão I e II, Sub divisão, direita e esquerda) 
• Classe III (Sub divisão, direita e esquerda)
Classificação de Angle: 
• Desenvolvida por Edward Hartley Angle
• Publicada em 1899
• Baseada na “posição estável” do primeiro molar superior no esqueleto craniofacial
• As desarmonias decorriam das alterações anteroposteriores da arcada inferior em relação ao crânio
• Classificação de Angle baseada na relação sagital dos molares. Uso universal e duradouro, sem alterações substanciais.
		Classe I				 Classe II				Classe III
Classificação de Angle: 
• Sua limitação está no fato de que o 1º molar permanente superior não é estável no esqueleto craniofacial, portanto deixa de elucidar aspectos ósseos e musculares
• Não analisa as anomalias transversais e verticais
Classificação de Lisher: 
• Classifica o mal posicionamento dental de forma individual
• Acrescentou o sufixo “versão” ao termo indicativo da direção de desvio do dente
• Estes termos podem ser combinados, para determinar que o dente reúne duas ou mais alterações
• Inframesiovestíbuloversão: Dente acima do plano oclusal, vestibularizado e mesializado
Classificação de Lisher: 
• Mesioversão inclinação do dente para mesial, tendo como referência a linha média. 
• Distoversão inclinação do dente para distal, tendo como referência a linha média. 
• Vestíbuloversão inclinação do dente para a região das bochechas.
• Lábioversão inclinação dos dentes para região labial.
• Línguoversão inclinação do dente para região lingual.
• Palatoversão inclinação do dente para a região do palato
• Infraversão Face oclusal aquém do plano oclusal.
• Supraversão Face oclusal acima do plano oclusal.
• Giroversão Rotação dental
• Transversão Dente no lugar de outro dente.
Classificação de Angle: Classe I
• Grupo das mal oclusões onde há uma relação anteroposterior normal entre a arcada superior e inferior
• Quando “a cúspide mesiovestibular do 1º molar sup oclui no sulco mesiovestibular do 1º molar inf”
• Frequentemente, apresenta perfil reto e equilíbrio nas funções das musculaturas peribucal e da língua
• Pode ocorrer problemas oclusais isolados ou combinados
• Prevalece apenas a desarmonia entre o volume ósseo e o volume dental
• Pode haver: falta ou excesso de espaços, más posições individuais, mordida aberta, profunda, cruzada
Classificação de Angle: Classe II
• Caracterizada pela posição do 1o molar permanente inf, que se situa distalmente ao 1º molar sup 
• Característica determinante: o sulco mesiovestibular do 1o molar permanente inf encontra-se distalizado em relação à cúspide mesiovestibular do 1º molar permanente sup, ou seja já oclui com a vertente distal do 2o pré-molar inferior
• Em geral os pacientes desta Classe apresentam perfil convexo
• As mal oclusões de Classe II foram separadas em duas divisões: 
• Divisão 1 * e Divisão 2 *Algarismos arábicos *
Classe II: Divisão 1
• Molares em Classe II, com vestibularização dos incisivos superiores
• Frequentes problemas de desequilíbrio da musculatura facial
• Este desajuste anteroposterior é denominado sobressaliência ou “overjet”
• Pode ocorrer: Mordida profunda, Mordida aberta, Problemas de espaço, Mordidas cruzadas, Contorno da arcada em “V” , Curva de Spee acentuada, Más posições individuais, etc.
• A Classe II, 1 pode ser dividida em: 
#Classe II divisão 1, Subdivisão Direita, quando a Classe II estiver apenas no lado direito
#Classe II divisão 1, Subdivisão Esquerda, quando a Classe II estiver apenas no lado esquerdo.
Classe II: Divisão 2
• Também apresenta Subdivisão
• Classe II divisão 2, Subdivisão Direita, quando a Classe II estiver apenas do lado direito.
• Classe II divisão 2, Subdivisão Esquerda, quando a Classe II estiver apenas do lado esquerdo.
Classe III: 
• Característica determinante: o sulco mesiovestibular do 1o molar permanente inferior, encontra-se mesializado em relação à cúspide mesiovestibular do 1º molar permanente superior
• Perfil facial predominantemente côncavo e a musculatura está, em geral, desequilibrada
• Cruzamento de mordida anterior ou posterior é frequente
• Pode apresentar falta de espaço, mordida aberta ou profunda
• Incisivos superiores com severa inclinação para vestibular e inferiores para lingual
• Não apresenta divisões, mas pode apresentar Subdivisão:
• Classe III Subdivisão Direita: quando a Classe III estiver apenas do lado direito.
• Classe III Subdivisão Esquerda: quando a Classe III estiver apenas do lado esquerdo
 “Padrão”: Novo conceito de classificação das mal oclusões, considerando o padrão de crescimento facial hereditário do indivíduo, como fator etiológico primário. Diagnóstico em ortodontia baseado na morfologia facial
• Conceito de padrão: Ampliando a classificação das mal oclusões para além da relação dos molares e da posição dos dentes
• Padrão social: “A manutenção da configuração da face através do tempo”
• Padrão de crescimento: É o principal agente determinante das características faciais dos portadores de mal oclusões
• Morfologia facial: permite-se fazer o diagnóstico do indivíduo para o Padrão. Permite-se a compreensão da mal oclusão e as possibilidades de tratamento (prognóstico)
Padrão I:
• É o indivíduo normal com mal oclusão (mal oclusão dental, sem envolvimento esqueletal). Erro dental é primário. 
• Prevalência na população que procura por T.O. = 50% (Andrews, 1997)
• A relação molar de indivíduos Padrão I tenderá a ser de Classe I, mas poderá ser de Classe II e de Classe III.
• No paciente Padrão I: o prognóstico será sempre potencialmente favorável.
• Tem que preencher os requisitos para esta classificação nos exames de face frontal e de perfil.
• As mal oclusões de caráter esqueletal são aquelas determinadas por discrepâncias primariamente verticais ou anteroposteriores
• A normalidade facial é expressa pelo equilíbrio de seus componentes.
• Indivíduo Padrão II expresso no perfil pode ser Padrão I , no exame frontal.
• Parâmetros para padrão I: Beleza exige a presença de equilíbrio. Presença de equilíbrio não significa que existe beleza. Exige-se para Padrão I, equilíbrio e não beleza...
• Outro aspecto a ser considerado a variabilidade da face humana, expressa pelos tipos faciais (braqui, meso ou dólico facial).
• Indivíduos com diferentes tipos faciais (braqui, meso ou dólico facial), morfologicamente diferentes, mas que mostram características de equilíbrio facial, poderão ser Padrão I.
Padrão II:
• As maloclusões de Classe II são as que recebem maior atenção dos Ortodontistas
• São as de maior incidência já estudadas, entre todas as etnias
• Indivíduos Padrão II: são os portadores de protrusão maxilar ou deficiência mandibular, independente da relação molar que seus arcos dentais apresentam
• A relação molar de indivíduos Padrão II tenderá a ser de Classe II, mas poderá ser de Classe I e raramente de Classe III.
• Característica do Padrão II: Perfil convexo
• No paciente Padrão II deve-se determinar se o diferencial de crescimento está alterado na maxila, na mandíbula ou em ambos
• As mal oclusões do Padrão II podem ser provocadas por uma maxila protrusa ou, mais frequentemente, por uma mandíbula retrusa, ou uma combinação
• No paciente Padrão II: o prognóstico será, em longo prazo, limitado, com deterioração da relação maxilomandibular obtida, compensação dental e consequências na estética facial
• Análise facial: Protrusão maxilar (menos freqüente (Brandão et al, 2001) ou quase rara) não confundir com protrusão dental superior. E deficiência mandibular *Padrão II é discrepância de caráter sagital, portanto melhor avaliada na imagem do perfil
• Principais características faciais no exame frontal de padrão II: 
# Boa expressão facial no 1/3 médio zigomático normal ou excessivo, criando depressão infraorbitária e sulco nasogeniano# Altura do 1/3 facial inferior normal
# Sulco mento labial marcado (quanto o mento o sulco)
# Relação labial anormal 
# Lábio inferior evertido, com excesso do vermelhão
• Principais características faciais no exame de perfil de padrão II:
# Perfil convexo é o ponto de maior expressão do Padrão II. Maior causa do perfil convexo: deficiência mandibular
# Boa projeção do zigomático
# Linha de implantação do nariz vai do canto medial do olho até asa do nariz. Representa a posição do complexo nasomaxilar e a posição anteroposterior do 1/3 médio da face. Quanto mais oblíqua a linha, mais protruso é o complexo nasomaxilar e mais protrusa é a maxila. É o parâmetro mais confiável para se definir protrusão maxilar. 
# Ângulo nasolabial relação entre LS e nariz
# Mento Importante agente de compensação para deficiência mandibular.
# Linha queixo-pescoço boa quando mandíbula é aceitável e o Padrão II for provocado por protrusão maxilar. Curta: quando a mandíbula deficiente é a causa do Padrão II
# Ângulo da linha do queixo pescoço Aberto: quando a mandíbula deficiente é a causa do Padrão II. Normal: quando a mandíbula é aceitável e o Padrão II for provocado por protrusão maxilar.
# Deficiência mandibular: 50% do Padrão II e 43% associada à protrusão maxilar: (Brandão, 2001).
# Existe Padrão II em perfil, que não se confirma no exame frontal
• Tratamento de indivíduos jovens (em crescimento) Padrão II: 
# Com protrusão maxilar indicado Aparelho Extra Bucal Conjugado (Aparelho de Thurow), para retração da maxila
# Com deficiência mandibular indicado Aparelhos Ortopédicos Funcionais
# Ou Aparelho de Herbst, APMs (aparelhos de protração mandibular), para avanço da mandíbula
• Depende da magnitude da maloclusão: 
# 1. Tratamento ortodôntico compensatório de classe II (com aparelhos fixos)
# 2. Tratamento ortodôntico descompensatório, com aparelhos fixos, seguido de Cirurgia Ortognática, para correção da discrepância esqueletal
Padrão III:
• Maloclusão de caráter eminentemente esqueletal, nem sempre apresentando relação molar de Classe III
• Portadores de retrusão maxilar ou de prognatismo
• A relação molar tenderá a ser de Classe III, mas poderá ser de Classe I e raramente de Classe II essas situações serão provocadas por atipias no posicionamento dental
• Pode haver indivíduos com uma face marcada pelo Padrão III, com relação molar de Classe I e indivíduos Padrão I, com relação molar de Classe III suave.
Etiologia: Hereditária. Fatores ambientais influenciam na penetração e expressividade
• Análise facial: 
# Retrusão maxilar, prognatismo mandibular e combinados
# Retrusão maxilar mais frequente (responsável por 2 em 3 casos de Padrão III) tratamento conservador
# Deficiência maxilar sinais deficiência de projeção zigomática, ausência de depressão infraorbitária, estreitamento da largura nasal, poode haver indivíduos classificados como Padrão III no perfil e Padrão I no frontal
• Características faciais no exame frontal do Padrão III: 
# Altura do 1/3 facial inferior: aumentada, normal e raramente diminuída (comparar com 1/3 médio)
# Lábio inferior: verticalizado
# Lábio superior: parece curto (complica a expressão facial, principalmente no sorriso).
# Sulco mentual: ausente ou muito discreto.
# Mento no prognatismo: marca a face de maneira significativa (mais na mulher, do que no homem)
# Projeção zigomática prejudicada
• Características faciais no exame de perfil do Padrão III:
# Perfil: côncavo
# Projeção zigomática: como no frontal, prejudicada
# Sulco nasogeniano: pode estar aplainado pelo prognatismo, mesmo quando a mandíbula for normal
# Linha queixo-pescoço: boa quando a mandíbula é aceitável e o Padrão III for provocado por retrusão maxilar
# Linha queixo-pescoço: aumentada (longa) quando a mandíbula é excessiva e o Padrão III for provocado pelo prognatismo mandibular
# Ângulo da linha do queixo com o pescoço usado para o diagnóstico diferencial do prognatismo do Padrão III e do prognatismo nos indivíduos do Padrão Face Longa.
# Normal quando o excesso de mandíbula cria o Padrão III
• Tratamento interceptivo das maloclusões do padrão III:
# Nos casos de deficiência maxilar: ERM + TM
# Nos casos de prognatismo moderado ou de deficiência maxilar tb moderada: avaliar para Tratamento Ortodôntico Compensatório de Classe III, com aparelhos fixos
# Nos casos de prognatismo verdadeiro (grande) T.O. + C.O
• Tratamento corretivo das maloclusões do padrão III:
# 1. Tratamento ortodôntico compensatório de classe III (com aparelhos fixos)
# 2. Tratamento ortodôntico descompensatório, com aparelhos fixos, seguido de Cirurgia Ortognática, para correção da discrepância esqueletal
Padrão Face Longa: 
# Deformidade esqueletal com prognóstico estético desfavorável
# Padrão Face Longa (PFL): envolve todos os indivíduos que tenham um excesso da Altura Facial Anterior Inferior (AFAI), suficiente para tornar o selamento labial passivo impossível
# Função: é o agente etiológico + frequente das maloclusões do PFL
# A relação sagital dos molares pode ser: Classe I ou III e mais frequente, Classe II
• Termos inadequados utilizados para definir o Padrão FL:
- Mordida aberta esqueletal (pode haver Padrão FL com mordida profunda)
- Síndrome da Face Longa
- Excesso maxilar vertical
# Padrão FL manifesta-se precocemente e se mantém como característica do indivíduo
# Mantém-se proporcional com o crescimento ou se agrava, acabando por impor sérias restrições com o T.O. conservador
• Hipóteses sobre o padrão de crescimento que determinará a face longa: 
1. Crescimento posterior do côndilo, que leva a rotação total da mandíbula para trás e para baixo
2. Crescimento vertical posterior excessivo da maxila 
# A experiência com pacientes PFL evidencia que muitos deles apresentam, muito mais frequentemente, excesso vertical anterior da maxila, sem exibir como rotina, excesso vertical posterior
• Etiologia: Multifatorial com forte determinante genética, Face Longa: indivíduos muito prejudicados funcionalmente. Limitações severas impostas ao T.O.
• Características faciais do padrão face longa: É na análise frontal que o Padrão FL se manifesta de maneira marcada e perturba a imagem de seu portador. Queixa mais frequente: excesso de exposição dos dentes anteriores em repouso e a da gengiva sorrindo
• Características faciais no exame frontal do padrão face longa: 
# Para diagnóstico: os sinais a serem identificados em norma frontal são muito claros:
# Nariz longo e base estreita
# Área zigomática plana
# 1/3 inferior da face longa e desproporcional ao 1/3 médio
# Excesso do 1/3 inf (essência dessa doença) impede o selamento labial passivo e obriga a contração do músculo mentoniano (mento duplo) quando faz selamento labial, expõe o excesso de incisivo superior em repouso e de gengiva durante o sorriso
• Principais características faciais no exame de perfil do padrão face longa:
# Deficiência na projeção zigomática, depressão infraorbitária pouco evidente
# Sulco nasogeniano discreto, LS em repouso parece curto
# LI evertido, com vermelhão desproporcional ao exibido pelo LS
# Distância interlabial aumentada, mandíbula retrusa
# Linha queixo-pescoço curta, ângulo queixo-pescoço fechado
• Tratamento: O Padrão FL limita, de modo significativo, o T.O:
# São pacientes privados de selamento labial passivo (devido ao excesso do 1/3 inferior da face).
# Se o interesse for estético, as limitações são óbvias para casos mais discrepantes ( Linden, 1999) pacientes “desagradáveis”.
# Caberá ao ortodontista avaliar a face e prognosticar seu futuro em termos de estética e interagir com o paciente ou seus responsáveis definindo metas, que poderão flutuar de um tratamento ortodôntico compensatório a um complexo tratamento ortodôntico cirúrgico. Só se deve tratar ortodonticamente um paciente Padrão FL, se ele for admitido como “aceitável”
# Em normas gerais, parece razoável ordenar dessa forma os procedimentos para portadores de maloclusões do Padrão FL:# Análise morfológica qualitativa da face e definição do nível de agradabilidade; anamnese para determinar principalmente características funcionais e análise morfológica radiográfica para auxiliar localização, magnitude e etiologia
# Análise morfológica da maloclusão para determinar possibilidade de correção dos erros oclusais, sempre interpretando os efeitos colaterais negativos e o potencial de estabilidade
# Solicitar avaliação médica para análise funcional e definição do tipo de respiração bucal e possibilidade de eliminar os impedimentos à permeabilidade nasal
# De posse dessas informações, estabelecer diagnóstico e definir possibilidades para tratamento compensatório
# Tem longa duração, evitar: movimentos de distalização de molares, protrusão de incisivos e expansão dos arcos dentais
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