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RESUMO - Direito Penal I - Prof. Murilo Buchmann - 2º BI

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RESUMO PENAL I – 2º BIMESTRE
LEI PENAL NO TEMPO:
Irretroatividade – regra geral
Tempus regit actum: a regra é a Lei penal ser aplicada apenas a fatos cometidos durante a sua vigência.
Decorre do art. 5º, XXXIX – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Princípio da legalidade (lex praevia): a criminalização de condutas não pode atingir fatos anteriores à promulgação da Lei. 
Ultra-atividade: O princípio da legalidade impõe que haja ultra-atividade quando a lei penal anterior for mais benéfica ao réu. 
Retroatividade: Quando uma nova lei penal for mais severa, aplica-se a retroatividade, valendo-se a lei penal anterior. 
Art. 5º, XL: “a lei penal não retroagirá, salto para beneficiar o réu”.
Art. 2º, CP
Hipóteses de conflitos de leis no tempo: 
Abolitio criminis – lei nova deixa de considerar algo como crime.
A lei nova, mais benigna, retroage até mesmo para fatos já definitivamente julgados que estejam em fase de execução.
Novatio legis incriminadora: lei nova passa a considerar crime algo que anteriormente não era.
Nesse caso, a lei nova é irretroativa, não podendo ser aplicada a fatos anteriores à sua vigência,
Novatio legis in pejus: Lei posterior que de qualquer modo agrava a situação do autor do delito, não pode retroagir. 
Se houver conflito de leis, sendo que a anterior é mais benigna, essa é utrativa.
Novatio legis in mellius: lei nova dá tratamento mais favorável ao réu. 
Prevalece a lei posterior mesmo para casos já transitados em julgado.
No período de vacatio legis há uma divergência na doutrina. Alguns acreditam que não é preciso esperar o período, pois já se sabe a vontade do legislador. Outros discordam, uma vez que ainda não está em vigência. 
Lei intermediária e conjugação de leis:
Lei intermediária: quando há alteração de lei mais de uma vez durante o trâmite. Para a maioria da doutrina se aplica a lei mais benéfica, mesmo que não seja da época do ato e nem da sentença. 
Conjugação de leis: pegar uma parte de cada lei a fim de beneficiar o réu. 
Hoje o STF é contra, pois a conjuração ultrapassa os limites do aplicador da norma.
A maioria dos doutrinadores é a favor, pois não há ressalvas para retroagir apenas uma parte. 
Leis excepcionais e temporárias: ART. 3º, CP – são leis com período predeterminado, para regular circunstâncias transitórias especiais (ex: Lei da Copa). Ambas tem ultratividade, mas não retroagem, mesmo que mais benéficas. 
Leis temporárias – vigência previamente fixada pelo legislador. 
Leis excepcionais – tem vigência durante situações de emergência
Leis processuais:
Posição mais tradicional: vige o princípio tempus regit actum e não se cogita ultratividade e retroatividade. 
Busato: sempre olhar a lei mais benéfica
Rangel:algumas leis processuais tem caráter Penal, estas podem ter retroatividade ou ultratividade.
Tempo do crime: art. 4º, CP (“Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”)
Súmula 711/03 do STF: “a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”
CRIME PERMANENTE: crime único cuja execução se prolonga no tempo. (Ex: sequestro) – cabe ao agente cessar ou continuar o ato criminoso. 
CRIME CONTINUADO: ficção jurídica concebida por razões de política criminal. – finge que o fato é único e se aplica a pena aumentada (ex: crimes previdenciários)
LEI PENAL NO ESPAÇO: Art. 5º - “aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convicções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”
 Território Nacional: 
Superfície terrestre
Águas territoriais 
Espaço aéreo correspondente 
Embarcações/aeronaves: art. 5º, §1º e §2º, CP – embarcações e aeronaves brasileiras são tratadas como extensão do território independente de onde estiverem, sendo assim, respondem à lei brasileira. 
Crimes cometidos em navios ou aeronaves públicos estrangeiros que estejam no Brasil se sujeitam às leis do seu país originário. Se forem privados, respondem à lei de seu país, quando em alto mar, ou leis do país em que se encontram, quando em portos ou mares territoriais. 
Lugar do crime: art. 6º - considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se resultado.
TEORIA MISTA: evita o inconveniente dos conflitos negativos de jurisdição. Eventual duplicidade de julgamento é solucionada pelo art. 8º (modalidade especial de detração).
Art. 8º - “a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas”. 
Extraterritorialidade: art. 7º, CP
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
Extraterritorialidade Incondicionada: o Poder Jurisdicional brasileiro é exercido independentemente da concordância do país onde o crime ocorreu. O autor não precisa nem entrar no território brasileiro, podendo ser julgado à revelia. É irrelevante que o fato seja lícito no estrangeiro ou que ocorra a extinção da punibilidade segundo a lei do país. 
Art. 7º, § 1º - “Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro”.
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Extraterritorialidade condicionada: 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
Imunidade Diplomática: privilégio do próprio Estado representado, sem o qual o diplomata poderia ficar impedido de cumprir com a sua função. Deve-se existir reciprocidade.
Decreto 56.435/65 (Convenção de Viena)
Art. 31: “. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate de: 
a) uma ação real sôbre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão. 
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário. 
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais. 
Art. 31.4: “A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante”. 
Cônsules: Representam o Estado com o intuito de atender aos interesses privados de seus compatriotas que ali se encontrem ouaos nacionais que pretendam visitar aquele país, ou estabelecer negociações comerciais. 
Sua imunidade se restringe aos atos exercidos no exercício das funções consulares. 
IMUNIDADE PARLAMENTAR: torna atípicos certos atos previstos como criminosos.
Deputados e Senadores: art. 53, CF – “os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.
Deputados Estaduais: o que define são as Constituições Estaduais.
Vereadores: art. 29, VIII, CF – “a inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município”. 
NORMA PENAL: 
Diferença entre Lei e norma:
LEI PENAL: enunciado mais genérico, descrição de uma conduta feita pelo legislador. 
NORMA PENAL: é o que se retira da lei por causa da interpretação; preceito proibitivo em forma de ordens. Crime é violação da norma, não da lei penal.
Classificação:
QUANTO AO CONTEÚDO:
Incriminadoras: compostas de preceito primário (descrição da conduta) e secundário (sanção/consequência) – PARTE ESPECIAL DO CP
Não incriminadoras: não trazem tipos penais
Normas permissivas – excepcionais autorizações para a prática de ações típicas (ex: legítima defesa)
Normas explicativas ou complementares – demais leis da parte do CP e algumas leis dispersas.
QUANTO À COMPLETUDE:
Completa: não requer complemento normativo ou valorativo.
Incompleta: requer complemento.
Lei Penal em branco – depende do complemento normativo
Tipo aberto – depende de “fechamento” por parte do aplicador
Dispositivos penais que contêm elementos normativos – a constatação de tais elementos depende de cargas axiológicas ou juízos de valor. 
LEI PENAL EM BRANCO: (apenas o tipo 1 é visto como lei em branco)
Própria, em sentido estrito ou heterogênea: complemento normativo não emana do legislador (Lei de Drogas). – emana do Executivo (quem tem conhecimento técnico)
Imprópria, em sentido amplo ou homogênea: complemento emana do legislador (lei completa lei)
Homóloga ou homovitelina – complemento emana da mesma instância legislativa (lei penal completa lei penal)
Heteróloga ou heterovitelina – complemento emana de instância legislativa diversa. 
Ao revés: complemento normativo diz respeito à sanção.
TIPOS ABERTOS: o complemento (“fechamento do tipo”) é dado pelo aplicador da lei. Ex: crimes culposos.
ELEMENTOS NORMATIVOS DO TIPO:
Elementos cuja constatação depende de cargas axiológicas ou juízos de valor.
Elementos normativos culturais (“ato obceno”) – provém de pautas de comportamento social.
Elementos normativos jurídicos – provém de fontes jurídicas
Elementos de valoração global negativa do comportamento – art. 151 e 246, CP
Fonte das Normas Penais: 
Fonte material (de produção): Estado
Fontes formais (de conhecimento):
Fonte imediata – a lei
Fontes mediatas – costumes, Jurisprudência, Doutrina
Interpretação das leis penais:
Quanto às fontes: interpretação autêntica, doutrinária e jurisprudencial
Quanto aos meios: interpretação gramatical, história e lógico-sistemática 
Questão da analogia: a rigor, não é um meio de interpretação, salvo se favorecer o réu
Conflito aparente de normas: situação em que, aparentemente, pode ser aplicada mais de uma norma penal a uma única conduta. O conflito aparente deve ser solucionado por princípios de ordem doutrinária. 
Principio da especialidade – norma especial difere da norma geral, porque reúne todos os elementos desta, acrescidos de mais alguns (especializantes) – prevalece a norma especial.
Principio da subsidiariedade – as normas primária e subsidiária descrevem diferentes graus de agressão ao mesmo bem jurídico. A rigor, a subsidiária está contida na principal, por isso a subsidiária é afastada em caso de preenchimento do tipo principal.
Expressa: quando a própria lei condiciona a aplicação de uma norma à não aplicação de outra mais grave.
Tácita: quando um crime funcionar como elemento constitutivo, majorante ou meio de execução de outra figura típica mais grave.
Principio da consunção: quando o crime constitui-se como meio normal ou necessário para a execução de outro. O fato previsto em determinada norma é compreendido em outra, mais abrangente. Aplica-se somente esta última. 
INTRODUÇÃO À TEORIA DO DELITO:
Art. 1º, DL nº 3.914/41 (Lei de Introdução ao CP): “Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.
Conceito de crime:
Conceito formal – DL 3.914/41
Conceito material – supera o formal
Conceito analítico – identifica os elementos constitutivos do fato punível, necessários como método analítico para determinar a existência concreta de ações criminosas. Define os pressupostos de punibilidade das ações descritas como criminosas. 
Tipo de injusto: ação, tipicidade e antijuridicidade
Culpabilidade
Sistemas de fato punível: crime = culpabilidade + tipo de injusto
Bipartido: unidade conceitual entre tipicidade e antijuridicidade
Crime = culpabilidade + tipo de injusto (tipo legal, como elemento positivo e ausência de justificação, como elemento negativo)
Tripartido: autonomia do conceito de tipicidade em relação à antijuridicidade
Crime = culpabilidade + tipo de injusto (tipicidade e antijuridicidade como elementos autônomos)
Modelos tripartidos: 
Modelo clássico: Liszt/Beling – segunda metade do séc. XIX
Ação – movimento corporal causador de um resultado no mundo exterior. Conceito naturalístico e causal de ação
Tipicidade – caráter externo da ação, como descrição objetiva do acontecimento. Compreendia os aspectos objetivos do fato descrito em lei.
Antijuridicidade – valoração negativa dos aspectos objetivos da ação, ou seja, dos resultados externos indesejáveis juridicamente. Lógica contradição (formal) da conduta com a norma jurídica.
Culpabilidade – conceito psicológico (dolo ou imprudência), que agregava todos os elementos subjetivos do delito. Demonstrava um vinculo subjetivo entre o autor e o fato. 
Modelo neoclássico (valorativo):princípio do séc. XX
Ação – comportamento humano voluntario.
Tipicidade – deixa de ser mera descrição e passa a conter elementos normativos e subjetivos. 
Antijuridicidade – antes meramente formal, agora passa a ser entendida com material, pressupondo certa danosidade social e admitindo graduações de acordo com a gravidade da lesão. Na falta de lesão a um interesse, não há ilicitude.
Culpabilidade – assume o significado normativo, como reprovabilidade do autor pela formação de vontade contrária ao dever.
Modelo finalista – aprox. 1930-1960 
Ação – estrutura lógica; é o exercício de uma atividade final, ou seja, mero causalismo. Traz a finalidade para o centro do conceito de crime. Retira o dolo e a culpa do âmbito da culpabilidade e os coloca na TIPICIDADE. Então o tipo passa a ser entendido como “tipo doloso” ou “tipo culposo”. 
Tipicidade – formada por “tipo objetivo” + “tipo subjetivo”
Antijuridicidade – contrariedade ao ordenamento jurídico 
Culpabilidade – passa a ser puramente normativa. É a reprovabilidade de um sujeito capaz de culpabilidade, pela realização não justificada de um tipo, com potencial consciência da antijuridicidade e em situação de exigibilidade de comportamento diverso. 
CONTRIBUIÇÕES CENTRAIS DO FINALISMO:
Concepção meramente normativa da culpabilidade, sem os elementos subjetivos que a integravam
O descobrimento do desvalor da ação como elemento constitutivo do injusto penal
A partir do conceito de finalidade possibilitou uma concepção mais adequada dos diversos tipos de crimes
Classificações do crime: 
Doloso, Culposo e preterdoloso:
Doloso – assume o risco (dolo eventual) ou tem a intenção (dolo direto)
Culposo – negligência (culpa inconsciente) ou se acredita que o resultado não irá acontecer (culpa consciente)
Preterdoloso – dolo seguido de culpa (ex:lesão corporal e morte)
Simples e Compostos:
Simples – atacam apenas um bem jurídico (ex: furto)
Compostos – atacam mais de um bem jurídico (ex: roubo)
Comissivo, omissivo próprio e omissivo impróprio:
Comissivo – por ação
Omissivo – por omissão
Próprios: qualquer pessoa pode cometer; responde pela omissão (“deixar de”)
Impróprios: cometidos por garantidores de b.j.; responde pelo resultado.
Instantâneo e permanente:
Instantâneo: começo e fim determinados com a agressão ao b.j. (ex: roubo)
Permanente: uma vez que reunidos todos os elementos do tipo, cabe somente à pessoa definir a continuidade do crime (ex: sequestro)
Material (de resultado), formal e de mera conduta
De dano e de perigo (concreto e abstrato)
De dano – tipo exige agressão ao b.j.
Perigo – mero risco de agressão
Unissubjetivo e plurissubjetivo (de concurso necessário):
Unissubjetivo – uma única pessoa cometeu
Plurissubjetivo – mais de uma pessoa comete (ex: tráfico entre duas pessoas)
Comum (geral), próprio (especial) e de mão própria:
Comum – qualquer pessoa comete
Próprio – o autor é determinado tipo de pessoa
Mão própria – não permite autoria imediata, necessita a utilização de instrumentos (ex: falsa testemunha)
De ação única, de ação múltipla e de dupla subjetividade.
Teorias da conduta:
Ação e Omissão: duas formas básicas de fato punível. A ação viola uma norma proibitiva (crime comissivo), enquanto a omissão descumpre uma ordem de ação (crime omissivo).
Pensamentos, sentimentos, condição social e afins não são pressupostos para ocorrência de crime, pois não exteriorizam um comportamento.
TEORIA CAUSAL-NATURALISTA: sistema clássico do delito (Liszt, Beling, Radbruch) – mecanismo
Movimento corporal voluntário que causa uma modificação no mundo exterior = simples causalidade de um resultado
Não haveria ação sem resultado
Voluntariedade apenas como “ausência de coação física absoluta”
Sistema exclusivamente objetivo de ação, que compreendia apenas a manifestação da vontade (mas não se preocupava com o seu conteúdo), o resultado e a relação de causalidade entre um e outro.
O que importa é a ação em si e não o conteúdo da vontade que a provoca
Separa dois momentos:
Externo/objetivo – ação e produção do resultado (integra a AÇÃO TÍPICA)
Interno/subjetivo – conteúdo da vontade (integra a CULPABILIDADE)
Críticas:
Não explica satisfatoriamente a omissão
Ao incluir no conveito de conduta o resultado naturalístico, acaba por não explicar bem os crimes formais e de mera conduta
Não explica satisfatoriamente a distinção entre o tratamento penal dado a condutas que, externamente, são idênticas, mas que são dirigidas a fins completamente diferentes.
Acabava por dar origem a um sistema de delito (o clássico) no qual o tipo era meramente objetivo – negando a existência de elementos subjetivos e normativos na tipicidade
Na teoria da culpabilidade, a verificação de que a imprudência (culpa) inconsciente não contém elementos psíquicos mostra um defeito da definição de culpabilidade como relação psíquica entre autor e fato, próprio do conceito psicológico do conceito clássico de delito.
É inadmissível a negação da analise do elemento subjetivo na verificação da antijuridicidade.
TEORIA FINALISTA:
Ação – realização de uma atividade final
Fato natural x ação humana
Fato natural: determinado pela causalidade; mecânico 
Ação humana: acontecimento dirigido pela vontade consciente do fim
Direção final da ação:
Parte subjetiva: 
Antecipação do fim que o agente quer realizar (objetivo pretendido)
Seleção dos meios apropriados para a consecução do fim (meios de execução)
Representação dos efeitos colaterais relacionados ao proposito e aos meios empregados.
Efeitos necessários – integram a vontade consciente do autor. Integram a vontade consciente e a própria ação (estudo do dolo de segundo grau)
Efeitos possíveis – 
Se o autor consente com sua produção, integram a vontade do autor e a ação (remete ao dolo eventual)
Se o autor não consente, confiando poder evita-los, não integram a vontade do autor nem a ação (remete à imprudência consciente)
Parte objetiva: execução concreta do projeto do autor, sua materialização no mundo real, com a utilização dos meios selecionados.
Resultados:
Inclusão do dolo (sem a consciência da ilicitude) e da culpa no tipo de injusto e não mais na culpabilidade
Definição do conceito pessoal de injusto: desvalor da ação e do resultado
Culpabilidade passou a ser apenas normativa (imputabilidade, possibilidade de atuar do outro modo e potencial conhecimento da ilicitude)
RESUMO:
Ações dolosas – execução de ações proibidas
Ações imprudentes – execução defeituosa de ação
Omissão de ação – inexecução de ação mandada. 
TEORIA PESSOAL DA AÇÃO – Claus Roxin
Ação – “manifestação da personalidade”, todo acontecimento atribuível ao centro de ação psíquico-espiritual do homem
Definição mais geral acerca do conceito de ação, que exclui todo comportamento não dominado ou dominável pela vontade humana
Crítica – ao falar sobre a personalidade (conceito amplo) deixa de mencionar o mais importante: a realização do propósito que se faz presente em toda e qualquer ação humana.
Simplificar o conceito de ação;
Conduta = manifestação de personalidade
Funções do conceito de conduta
Unificação: torna possível a compreensão da ação sob as formas dolosas e imprudentes como espécies de comportamento humano. A analise de um fato típico tem por objeto verificar a realização de uma ação proibida ou a omissão de uma ação mandada. 
Fundamentação: base a qual incidem os atributos de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade. Substancia capaz de portar os predicados do conceito analítico de crime. 
Delimitação: separar a ação humana de situações de ausência de ação. Ação é fenômeno exclusivo de pessoas, independentemente da idade ou saúde mental.

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