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MECÂNICA DOS SOLOS II Professora: Giovanna Feitosa OUTUBRO/2015 AULA 10 Exemplos de Aplicação: Muros de arrimo Cortinas de estacas prancha Escavações dimensionamento de silos enterrados, túneis, encontros de pontes, subsolos, etc. Empuxo de Terra Definição É a resultante das pressões laterais, de terra ou de água, que atuam contra uma estrutura de suporte (arrimo). Exemplo de tipos de empuxos: a) EMPUXO NO REPOUSO: não há deslocamento da estrutura de contenção. c)EMPUXO PASSIVO: há deslocamento da estrutura, provocando compressão do maciço, estando o maciço na iminência de ruptura. EoEo b) EMPUXO ATIVO: há deslocamento da estrutura, provocando expansão do maciço, estando o maciço na iminência de ruptura. Ea Paredes de subsolo Muro de arrimo (a) Parede atirantada (b) (c) deslocamento deslocamento Ep Empuxo de Terra Os empuxos laterais do solo sobre uma estrutura de contenção são normalmente calculados por intermédio de um coeficiente, denominado coeficiente de empuxo, o qual é multiplicado pelo valor da tensão vertical efetiva naquele ponto. Estados de Tensões: a) No repouso b) No equilíbrio plástico: ativo OU passivo Empuxo de Terra Estado de tensão no repouso: N.A ’V =S z - u ’H = Ko.’V’H Ko é o coeficiente de empuxo no repouso: O valor de k0 é menor que 1, variando entre 0,4 e 0,5 para areias e 0,5 e 0,7 para as argilas. Resultados de laboratório indicam que ele é tanto maior quanto maior o índice de plasticidade do solo. Para areias e argilas normalmente adensadas, Jaki (1944) propôs a seguinte fórmula para previsão de Ko: Ko= 1 - sen ’ onde ’ é o ângulo de atrito interno, efetivo do solo. Empuxo de Terra Outras relações para argilas normalmente adensadas são: Ko= 0,95 - sen ’ (Brooker e Ireland, 1965) Ko= 0,19 + 0,233 log (IP) (Alpan, 1967) Para argilas sobre-adensadas, resultados de ensaios de compressão endométrica, realizados por diversos pesquisadores, sugerem que a fórmula de Jaki, para esta situação, seja modificada por: Ko= (1 - sen ’) (OCR)sen ’ Ko é tanto maior quanto maior for a razão de sobre- adensamento (OCR), podendo ser superior a um. Estado de tensões no equilíbrio plástico: Um maciço de terra encontra-se em equilíbrio plástico quando em qualquer dos seus pontos há um equilíbrio entre as tensões cisalhantes e as tensões resistentes. Estado de tensão ativo: Desenvolve-se quando o movimento relativo entre o solo e a estrutura de contenção causa uma expansão no maciço contido, levando-o ao equilíbrio plástico. deslocamento 2 1 V H Início (1): V1 e H1 Fim (2): V2 e H2 com o deslocamento: V1 = V2 H1 > H2 no equilíbrio plástico: H2 = pa pa → pressão horizontal ativa Empuxo de Terra Estado de tensão passivo: Desenvolve-se quando o movimento relativo entre o solo e a estrutura de contenção causa uma compressão no maciço contido, levando-o ao equilíbrio plástico. deslocamento 2 V H Início (1): V1 e H1 Fim (2): V2 e H2 com o deslocamento: V1 = V2 H1 < H2 no equilíbrio plástico: H2 = pp pp → pressão horizontal passiva 1 Estado de tensões no equilíbrio plástico: Empuxo de Terra Estado de tensão no repouso: deslocamento nulo, comportamento elástico; Estado de tensão ativo: deslocamento provocando alívio de tensões no solo comportamento plástico; Estado de tensão passivo: deslocamento provocando compressão do solo, comportamento plástico. Estado de tensões: Empuxo de Terra •Baseia-se nas seguintes hipóteses: A superfície interna da contenção é vertical Não considera o atrito solo-estrutura Maciço semi-infinito Maciço em equilíbrio plástico Obedece ao critério de ruptura de Mohr TEORIA DE RANKINE Estados de plastificação de Rankine: Ativo Passivo = 45 + /2 = 45 - /2 Cálculo do Empuxo EA = 45+/2 H = 3 = KA z 1 = z O Empuxo será igual a área do diagrama de pressão e estará aplicado no centro de massa do diagrama. dz.z..KE h AA 0 2 2 1 h..KE AA h Solos não coesivos: Estado Ativo h/3 EP h = 45 - /2 H = 1 = KPz V = 3 =z dz.z..KE h PP 0 2 2 1 h..KE PP Estado Passivo h/3 Cálculo do Empuxo Pode ser considerada como uma altura equivalente de solo q H0 H q H 0 HKHKH .... 0 H=K(q+.H) ou seja H= K(H+H0) A principal aplicação deste raciocínio ocorre no caso de terreno estratificado, onde cada camada sobrejacente funciona como sobrecarga sobre a camada inferior. K. .H0 K. .H Efeito da sobrecarga Cálculo do Empuxo Efeito do lençol freático Solos granulares o cálculo das pressões leva em conta a pressão devido à água (solo submerso). Solos pouco permeáveis considera-se a pressão total do solo. Cálculo do Empuxo Empuxo Ativo i) Solo não coesivo com sobrecarga uniformemente distribuída, parcialmente submerso h1 h2 NA NT q água sobrecarg a grãos h sat 2221 2 221 2 1 . 2 1 . 2 1 ... 2 1 hKhhqhhhhE aAsubhhA Asubh Khh 21 .. 2.ha AKq. + + AvA K.P Cálculo do Empuxo Empuxo Ativo ii) Solo coesivo com sobrecarga uniformemente distribuída H NT q águasobrecarg a grãos 2. 2 1 2. 2 1 oaAoAAA zqHKzHKcHKE AA KcHK 2 AKq. c zo grãos oa z. zo AA KcHK 2 AKc2 + + AAvA KcK.P 2 Cálculo do Empuxo 02 4 z. K c z A cr 02 4 z. K c z A cr A coesão possibilita manter um corte vertical sem necessidade de escoramento, até uma determinada altura do solo (altura crítica), na qual o empuxo resultante é nulo. 02 2 1 2 AAA KczKz.E EA h h/3 H zo O empuxo negativo é geralmente desprezado, calculando- se o empuxo a partir da altura reduzida do muro. Cálculo do Empuxo Empuxo Passivo i) Solo não coesivo com sobrecarga uniformemente distribuída, parcialmente submerso h1 h2 NA NT q água sobrecarg a grãos h sub 2221 2 221 2 1 2 1 2 1 2 1 h.Khhqh.h.h.h.E aPsubhhP Psubh Kh.h. 21 2.ha PK.q + + PvP K.P Cálculo do Empuxo Empuxo Passivo ii) Solo coesivo com sobrecarga uniformemente distribuída H NT q sobrecarg a grãos PPPP qKKcHKH.E 2 2 1 2 PK.q + c PP KcHK 2 PKc2 Cálculo do Empuxo EXERCÍCIOS = 17,50 KN/m3 = 10º H = 6 ,5 m 1- Calcular o empuxo, segundo a Teoria de Rankine, considerando os dados abaixo e nas seguintes situações: a) Sem nível d’água presente; b) Com nível d’água na cota -2,5m; = 21,0 KN/m3 = 25º H=2,5M
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