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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 RENATA GONÇALVES CHAGAS ROSA, RU-1051655
RELATÓRIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
VARGINHA
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 
RENATA GONÇALVES CHAGAS ROSA, RU-1051655
RELATÓRIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
 
 
 Relatório de Formação de Professores
 UTA –Formação Docente fase 1
 Licenciatura em Pedagogia.
 Tutora: Giselle Maria Ribeiro de Souza
 Centro Associado: Varginha
VARGINHA
2015
 
1 INTRODUÇÃO
As mudanças sofridas pela educação no Brasil, nos diversos aspectos, trazem uma nova estrutura de ensino. Neste sentido a escola requer um profissional qualificado e atualizado. Na maioria das vezes, o professor se encontra desatualizado perdendo espaço no mercado. É nesse contexto que se perfaz a concepção e a urgência sobre o tema “formação de professores”, pois é algo que deve ser pensado como um processo ininterrupto que não deve se esgotar com uma conclusão de um curso. 
O processo de formação do professor é crescente e contínuo. Como indivíduo, ele é formado a cada dia, em momentos que fazem o seu cotidiano, e, como educador, molda-se no compromisso que consegue estabelecer com os alunos e os demais que formam a comunidade escolar. Fazem parte da escola todos os que nela convivem e aprendem: professores, alunos, funcionários, famílias, membros da comunidade e gestores. Por isso, espera-se que o profissional da área de educação tenha uma visão sistêmica do papel de sua organização junto à sociedade e do seu papel junto à instituição para que possa trabalhar novas formas de construção do conhecimento, visando à melhoria contínua da educação, bem como do ambiente escolar. A escola precisa ser um ambiente de prazer, aconchegante onde o aluno goste de estar por conta do profissionalismo do professor. 
Com isso torna-se primordial para o educador saber distinguir as concepções que estão presentes no seu trabalho cotidiano e na sua práxis educativa, o professor pesquisador jamais poderá ser uma exceção para que possa compreender as ideias e os pontos de vistas diversos sobre o que vem a ser a educação e todo o seu processo, é através dessas referências que o educador estará promovendo ou não o desenvolvimento global, crítico e reflexivo dos alunos e isso também refletirá em sua vida.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 FAÇA UMA ANÁLISE DO CAPÍTULO 2 DO LIVRO BASE “PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA FORMAÇÃO”; E ESCREVA UM TEXTO REFLEXIVO IDENTIFICANDO O PAPEL DO PROFESSOR NAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS (NÃO CRÍTICAS E CRÍTICAS), ESTABELECENDO RELAÇÕES ENTRE O QUE É TRABALHO DOCENTE E COMO SE DÁ SUA FORMAÇÃO.
Capítulo 2 –“O PAPEL DO PROFESSOR E SUA FORMAÇÃO EM DIFERENTES PERÍODOS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.”
	
Uma das formas de apontar os diferentes períodos da história da educação brasileira é a identificação de tendências ou correntes pedagógicas. As tendências pedagógicas classificam-se em dois grandes grupos: tendências críticas e não críticas.
Entre as tendências não críticas são apontadas a pedagogia tradicional, a escolanovista e a tecnicista. Essas tendências em geral, não têm como característica a crítica à sociedade capitalista, suas propostas tendem a contribuir para a manutenção do sistema estabelecido.
Já entre as tendências críticas são apontadas a pedagogia libertária, a libertadora, a crítico-social dos conteúdos e a histórico-crítica. Essas tendências podem ser consideradas progressistas, pois suas propostas educacionais criticam as relações sociais estabelecidas no modo de produção capitalista.
Até a década de 1930, a pedagogia tradicional foi muito forte nos ideários pedagógicos das escolas brasileiras. Nesta época o papel do professor era muito valorizado, ele tinha reconhecimento de mestre, aquele que detinha o conhecimento lógico, formal, erudito. A escola tinha o papel de transmitir conhecimentos, valores e regras morais, com a finalidade de formar indivíduos que seguissem as normas vigentes de forma passiva, sem expressar sua opinião. O professor era considerado autoridade máxima em sala de aula e respeitado na sociedade.
A formação dos professores muda após a vinda da família real para o Brasil, em 1808. Como consequência, foi criada em 1835 a primeira escola normal brasileira. Mas ,essa escola não durou, acabou em 1849. Neste período fazia-se urgente a abertura de novas escolas para formação de professores.
Esses cursos foram criados de formas isoladas pelo país, mas esses cursos de formação eram bastante frágeis, tanto nas questões curriculares, quanto em relação à estrutura física. É importante ressaltar que somente nos anos que antecederam a proclamação da república que as mulheres passaram a ter o direito de frequentar as escolas normais e exercer o magistério.
Após a proclamação da república em 1888, foram criados os grupos escolares. Ainda nessa época com o processo de industrialização no Brasil, aumentou a necessidade de que mais pessoas tivessem acesso à escolarização, principalmente à leitura e à escrita.
A partir desse momento aconteceu uma reforma no campo educacional chamado de pedagogia da escola nova ou escolanovismo. Dessa forma, de uma pedagogia tradicional , onde o professor era responsável por dar a direção e conduzir o processo de ensino –aprendizagem, passa-se para a pedagogia escolanovista, onde o foco, passou a ser a aprendizagem do aluno, e não mais o ensino.
A educação pública em geral, se tornou dominante como concepção teórica, por outro lado, não conseguiu resolver o problema da marginalidade, pois os ideais escolanovistas não eram comuns à maioria da população, pois suas propostas demandavam grande investimento financeiro. Destacou-se nessa época a pedagogia tecnicista, que tem como princípio a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno, posição secundária.
O professor passou a ter seu papel relacionado ao saber utilizar de forma adequada os recursos tecnológicos, para otimizar a aprendizagem dos alunos. Na pedagogia escolanovista o lema era aprender a aprender, na tecnicista se transformou em aprender a fazer.
A LDBEN- lei nº 5.692/1971 reformou o ensino de primeiro e segundo graus no Brasil, no que diz respeito à formação de professores. Excluiu a possibilidade da formação de professores no primeiro grau, como antes era possível.
Ao contrário das tendências pedagógicas não críticas, as consideradas críticas caracterizaram-se por levar em consideração os condicionantes sociais, econômicos, políticos e culturais da educação. Neste contexto fortaleceram-se pedagogias como a libertadora (Paulo Freire), a crítico-social dos conteúdos (José Carlos Libâneo) e a histórico-crítica (Demerval Saviani). Apesar de apresentarem grandes diferenças em suas abordagens, todas foram e são, ainda hoje, reconhecidas como tendências pedagógicas que buscaram propor e organizar práticas educacionais numa direção contra-hegemônica.
A década de 1990 ficou marcada pelas discussões em relação à formação de professores. Foi questionada a validade ou não da formação em nível médio. A partir daí se fortaleceu a defesa de que a formação docente somente poderia atingir um patamar mais elevado de qualidade se passasse a ser realizada emnível superior. De um modo geral, as propostas relacionadas à formação de professores nessa época têm a preocupação de “modelar” um novo perfil de professor, competente tecnicamente e inofensivo politicamente.
É possível concluir em relação ao papel do professor e sua formação nas tendências pedagógicas progressistas ou críticas-libertária, libertadora, crítico-social dos conteúdos e histórico-crítica-, em conjunto, tais tendências identificam o professor como o profissional responsável pelo ato intencional e planejado de ensinar.
2.2 FAÇA UMA ANÁLISE DO TEXTO: “O PROFESSOR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UM TRABALHADOR DA CONTRADIÇÃO”; E REGISTRE AS IDEIAS ESSENCIAIS.
 Para refletir-se sobre os desafios que os professores encaram na sociedade contemporânea é preciso muito cuidado ao usar as expressões “globalização”, ”invocações”, ”sociedade do saber”, “novas tecnologias de informação e comunicação”. Tais expressões usadas de forma errada comprometem a análise do presente e a prospecção do futuro. 
Há muito tempo que, quando olhamos para a camada mais pobre da sociedade é perceptível que a escola não cumpre um papel importante na distribuição das posições sociais e no futuro das crianças. Os problemas que acontecem no ambiente escolar, como indisciplina, violência física e verbal entre os alunos e contra os professores não preocupam a opinião pública assim ficam deixados de lado, delegados somente a direção escolar a solução de tais questões.
Em tal cenário, a posição social dos professores, a sua imagem na opinião pública, o seu trabalho na sala de aula são claramente definidos e estáveis. O professor é mal remunerado, mas ainda é respeitado e sabe qual sua função social e suas práticas em sala de aula. Tal configuração histórica muda totalmente a partir dos anos 60 e 70. Foi feito um esforço para universalizar a escola primária e a, seguir o ensino fundamental. A história escolar de uma criança implica em consequências relevantes para seu futuro. A partir dessa mudança no grau de importância da escola na vida das pessoas, muda também relação da família com a escola. O sucesso ou fracasso escolar pode tornar tensa a comunicação dos pais com os professores, uma vez que a maioria dos pais culpam os professores pelo mau desempenho dos filhos.
O rápido ritmo de desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação (computadores, internet, celular) escapam do controle da escola e das famílias, fascinando os jovens. Os professores sofreram consequências com essas transformações, à profissão já vinha desestabilizada pelas exigências dos pais e da opinião pública. O acesso fácil a todo tipo de informação na internet, faz do professor um mediador de conhecimento. O professor passou a incluir essas novas tecnologias no seu modo de ensinar.
Os professores brasileiros, e a maioria dos docentes, no mundo inteiro, são basicamente tradicionais. É rotulado como tradicional o professor que confere grande importância à disciplina, ao respeito, à polidez. Desprezar essa postura pedagógica é um pouco paradoxal, já que a sociedade contemporânea reclama da escola que já não educa as crianças, não consegue impor a sua autoridade.
A escola contemporânea não deve apenas respeitar as diferenças deve também fazer aparecer e registrar diferenças entre os alunos. Não há educação sem exigências, autoridade. 
A partir de tais apontamentos pode-se concluir que a escola deve sim batalhar pelo universalismo, pelo projeto de vincular a escola e comunidade. Não é nada fácil os professores compartilharem do espaço de vida dos seus alunos, principalmente os mais pobres.
Concordo com o autor, quando ele classifica o professor brasileiro como um trabalhador da contradição, pois a maioria deles trabalha com condições precárias, são mal remunerados, aguentam a falta de respeito dos alunos e a cobrança exagerada dos pais. Sem falar naqueles que já sofreram até violência física.
Este é o professor da sociedade contemporânea. 
2.3 FAÇA UMA ANÁLISE DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO BASE “PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA FORMAÇÃO”; E ESCREVA UM TEXTO REFLEXIVO IDENTIFICANDO OS CONCEITOS CHAVE DO TEXTO ESTUDADO, SELECIONANDO AS IDEIAS ESPECÍFICAS.
CAPÍTULO 1- FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE
Neste capítulo do livro foi possível entender primeiramente o conceito de trabalho a partir do pensamento de Marx, já que trabalho é a questão central de sua obra.
Segundo Marx (1988, p. 146 apud ALMEIDA E SOARES (2012, p. 24) o conceito de trabalho nas palavras do filósofo:
“é a atividade orientada a um fim para produzir valores de uso, apropriação do natural para satisfazer as necessidades humanas, condição natural eterna da vida humana e, portanto, a todas independente de qualquer forma dessa vida, sendo antes igualmente comum as suas formas sociais.”
Falando de uma maneira informal, o trabalho é a forma que nós, seres humanos, produzimos nossa existência. Cada geração produz sua existência de acordo com as bases da geração anterior a ela. Portanto, tudo que produzimos hoje é elaborado a partir daquilo que já existe. Este é um apanhado do que é o trabalho de forma geral.
O trabalho docente está diretamente relacionado com a educação, que é uma prática social voltada á transmissão de conhecimentos de geração a geração, que não acontece somente no âmbito escolar, pois educação faz parte da nossa vida, está presente em todas as relações, formal ou informal.
A profissão docente existe desde a antiguidade. A atividade foi sofrendo mudanças ao longo do tempo. Antes era muito ligada e voltada a igreja católica, os padres e clérigos que detinham conhecimentos, como a leitura e a escrita, o objetivo era formar um bom cristão.
Quando ocorreu a transição da idade média e a modernidade, o chamado Renascimento, a organização do ensino passou a ser mais parecida com a atual, de forma coletiva nas escolas, com professores laicos. Esse conceito foi reforçado na Europa com a Revolução francesa.
As novas relações sociais, econômicas e políticas, exigiram uma expansão do ensino, porque o mercado de trabalho exigia que o trabalhador tivesse o mínimo de instrução.
O trabalho docente é uma atividade sempre intencional. É uma forma de produção não material, é a produção do saber, do conhecimento. Ao falar da formação docente, refere-se á ideia de formar para a ação, formar para a atuação profissional, para a qualificação do trabalho a ser realizado. Esse processo de formação é contínuo e não linear.
O conhecimento faz parte do trabalho do professor, como objeto do seu trabalho e também como condição necessária ao exercício da sua função. Na escola são ensinados conhecimentos que a criança não aprende espontaneamente, que exige da escola e do professor um trabalho intencional e sistematizado.
Para Moraes e Torriglia (2003, p. 50) apud ALMEIDA E SOARES (2012, p. 43).
“é na relação entre o campo disciplinar e o campo da didática que se constrói o ser e se produz o conhecimento docente”.
O ato educativo deve acontecer em duas mãos: o professor bem preparado, qualificado, bem remunerado ensina, e o aluno bem disposto aprende. Acredito em uma educação crítico-reflexiva, que transforme os sujeitos, e as condições materiais da existência humana, resultando numa produção de conhecimento. Os saberes pedagógicos estão diretamente articulados como conscientização do professor e sua atuação em uma sociedade conflituosa, contribuindo para uma intervenção na reflexão sobre a realidade vivida.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar em formação de professores nos remete a pensar a escola como espaço privilegiado de formação. Se nas instituições formais de ensino, o professor realiza sua formação inicial, seja ela em nível médio ou superior, na escola, local de trabalho do professor, ele encontra um espaço que promove sua formação continuada. O ato reflexivo no processo de formação e na prática pedagógico constitui razões fundamentais para a produção de conhecimento e transformação docontexto escolar. Uma postura reflexiva pode ser comparada uma segunda pele, é intrínseca ao trabalho docente, tanto nas situações incertas e caóticas, quanto nas que despertam emoção e prazer. Em decorrência, uma prática reflexiva jamais é inteiramente solitária, pois se apoia no diálogo, na análise do trabalho executado, na avaliação do que se faz nos grupos de formação, na interação com as leituras e tantos outros elementos.
É sabido que o cotidiano profissional do professor retrata situações inesperadas, que exigem tomadas de atitudes imediatas, no entanto para que isto ocorra é necessário disponibilidade a abertura de aprender sempre, aproveitando todo e qualquer momento de formação e informação. A atitude de abertura é exigência do próprio contexto social onde as transformações apresentam-se entrelaçadas por múltiplos saberes, culturas e relações em geral. Essas mudanças exigem da educação uma postura capaz de formar novos professores, consequentemente com novas práticas. Não é necessário apenas incluir, mas implementar e redimensionar o papel do professor. Tanto formação inicial, quanto formação continuada deve responder as exigências do novo tempo. O que leva a transformação do modelo de escola tradicional a um modelo questionador, reflexivo, onde o professor sinta-se constituinte no processo capaz de propor mudanças que correspondam a sua visão epistemologia de atuação docente.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Cláudia Mara de; SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Professor de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental: aspectos históricos e legais da formação. Curitiba: Ibpex, 2012. (Série Formação do Professor).
CHARLOT,Bernard. O professor na sociedade contemporânea: um trabalhador da contradição. In Revista da Faeeba – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v17. N 30, p.17-31, jul/Dez. 2008
Disponível em:
http://www.uneb.br/revistadafaeeba/files/2011/05/numero30.pdf
Acesso em: junho/ 2015

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