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PAPER PATRICIA BORBA EJA REVISADO

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Patrícia Alexsandra Pereira Borba Bernardo
Profª Márcia Regina Knabben
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Pedagogia/Séries Iniciais Ensino Fundamental
Turma PED (0764)
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos
Data: 24/06/16
Este trabalho teve como objetivo compreender os principais objetivos dos núcleos de educação de jovens e adultos bem como sua função de resgate da cidadania e a valorização do indivíduo que procura a aquisição de uma educação formal. A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica e documental, na busca da comprovação da hipótese levantada de que os núcleos de educação de jovens e adultos trazem em seu conteúdo uma metodologia voltada na busca de uma cidadania crítica.. Fez-se o Histórico do programa, a importância da escolarização para jovens e adultos, os principais objetivos desses núcleos de formação, a metodologia usada nesse programa e os métodos de avaliação utilizados. O público que compõe o Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um público diferenciado que procura os centros de formação por razões diversas e que estão afastados dos bancos escolares a algum tempo. O programa de Educação de Jovens e Adultos prioriza o trabalho em grupo, na tentativa da troca de experiências e valorização dos membros que compõem estas classes. Objetivando o resgate da cidadania o EJA trabalha no sentido de inserir as pessoas na sociedade, incluindo-as no mercado de trabalho e formam os cidadãos capazes de participar ativamente da sociedade.
Palavras-chave: Educação. Jovem. Adulto. Cidadania.
 1 INTRODUÇÃO
Tendo a educação de jovens e adultos um trabalho diferenciado no atendimento ao aluno adulto e, em sua maioria, afastados da escola há muitos anos, valoriza o conhecimento individual que é compartilhado a todos para que rompam seus bloqueios e se integrem, ao grupo, com maior facilidade.
	O público que procura os núcleos de educação de jovens e adultos e os centros profissionalizantes, normalmente, tem como característica um longo tempo de afastamento dos bancos escolares e normalmente já estão inseridos no mercado de trabalho, necessitando dessa escolaridade para a melhoria de sua posição dentro de um mercado tão exigente e classificatório, onde a escolaridade tem grande papel para essa classificação e, muitas vezes, também exclusão.
	Como as turmas têm características bem diversificadas o respeito as diversidades é o principal objetivo dos núcleos de formação de jovens e adultos bem como o incentivo ao progresso e a aquisição de conhecimento.
2 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLARIZAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS
	A Educação de Jovens e Adultos de vê ser desenvolvida e considerada como uma atividade que promove a descoberta da vida, se trabalha com profundidade, articulando os diversos valores culturais e sociais.
	Os alunos do EJA são diferentes dos presentes no ensino regular. São jovens e adultos, em sua maioria trabalhadores, maduros, com experiência profissional ou com expectativa de (re) inserção no mercado de trabalho. Ou até mesmo aqueles que não concluíram seus estudos na faixa etária adequada por razões socioculturais.
Os jovens e adultos não são discriminados no trabalho e na sociedade só por serem iletrados ou não dominarem os saberes e competências próprios da vida adulta, ou requeridos para a inserção “adulta” na sociedade, por exemplo: saber captar informação, selecioná-la e elaborá-la é tão central hoje para a vivência quanto as clássicas habilidades de leitura e escrita. (BELO HORIZONTE, 1995, p.8)
	O EJA no Brasil, atualmente, corresponde à iniciação à leitura, escrita e a matemática básica; a conhecimentos históricos sociais, de saúde e da natureza., as noções básicas de cidadania e vivência em grupo, com troca de experiências e vivências.
	Com o advento da televisão e recentemente do computador (Internet), torna-se mais fácil o acesso à informação, ao avanço tecnológico, a problemas sociais graves, como guerras, violências urbanas, atentados à natureza, doenças, marginalidades, ainda mais àqueles que não conseguiram em tempo hábil, adquirir instrumentos básicos para absorverem essa evolução galopante.
	Atualmente, na educação de jovens e adultos, os educandos têm a possibilidade de construção de uma consciência crítica sobre as suas possibilidades de interagir com a situação histórica do mundo através do estudo, da leitura, da pesquisa, da reflexão e discussão das relações entre os humanos. Segundo Freire (1996, p.15), “é neste sentido que reinsisto em que formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”.
	A mulher e o homem atuais são capazes de se transformarem em seres livres, críticos e conscientes de seus deveres, pois são seres dotados de direitos, que foram conquistados através das lutas, durante a história, pela construção da sua educação.
	Na perspectiva de socializar o conhecimento, a Educação de Jovens e Adultos traz consigo a responsabilidade de integrar e interar os alunos à escola privilegiando um espaço de construção de conhecimento àqueles que retornam a vida escolar. 
Compreender a experiência do aluno em busca da qualificação através do ensino, com fins de conseguir melhores salários, oportunidade de emprego, progredir é interpretar a sua consciência da realidade, ou seja, sua consciência desta expectativa, com fins de interferir no processo histórico e social (LAFFIN, 1996, p.53)
	A educação de jovens e adultos vem também, tendo uma preocupação especial com a formação educacional das mulheres, na tentativa de eliminar os preconceitos historicamente construídos que as transformaram em pessoas incapazes de tomar decisões nem de desfrutar das mesmas oportunidades na educação de jovens e adultos, estas mulheres tomam consciência de que seus direitos, pondo muitos dele em prática. De acordo com Freire (1980, p.34), “[...] para ser instrumentos válidos, a educação deve ajudar o homem, a partir de tudo o que constitui sua vida, a chegar a ser sujeito”.
São razões que trazem jovens e adultos de volta à escola: ameaça de desemprego, a busca por melhores salários, necessidade de uma melhor contribuição na formação dos filhos, e a realização pessoal entre outros. São fatores importantes na procura da complementação de seus estudos.
Um certo conformismo com a situação financeira, com o lugar que ocupa na sociedade, a procura de respostas para seus problemas servem de incentivo para seu retorno à construção do conhecimento e, por consequência, à mudanças de atitudes.
Sem perceber ele (a) vem em busca da conscientização de sua cidadania, visto que:
A formação para a cidadania é decorrência do processo de estudar, ler, pesquisar, refletir, discutir sobre determinado assunto de modo que isto signifique reavaliações na nossa postura com os outros, com nós mesmos, nas nossas opiniões e atitudes, no conhecimento e ampliações dos nossos direitos (SILVA, 2004, p.10).
	A nova Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 – Art. 37 e 38 assegura o direito a todos os cidadãos que não puderam completar seus estudos, ao ensino fundamental e médio gratuitamente.
	O Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina, Resolução nº 6498, também garante a Educação de Jovens e Adultos em estabelecimentos de ensino Públicos e privados com os objetivos de dar a continuidade dos estudos para aqueles que não tiveram acesso à escola ou continuidade de estudos do ensino fundamental e médio na idade própria.
	 A proposta curricular do EJA precisa ser reavaliada constantemente, buscando sempre uma educação de boa qualidade, visando a formação completa, de um (a) cidadão (ã) mais crítico (a) e mais capaz de resolver seus problemas baseando-se em fatos históricos, sociais, culturais, ecológicos e outros, para que a escola de jovens e adultos seja espaço de encontro, onde possam falar de si, de suas experiências, trocá-las, trocar afetos e sentimentos, onde sejam reconhecidos evalorizados como pessoas, como, trabalhadores, com a função social digna. 
Segundo Paiva (1997, p. 05), “que sejam considerados como interlocutores, que possam ser escutados pelo muito que têm a dizer”.
	São grandes as perspectivas educacionais para jovens e adultos neste início de século:
No contexto das políticas públicas educacionais, há a necessária consolidação de educação de jovens e adultos como direito constitucional de todos, independente da idade; a retomada dos programas permanentes e a ampliação dos esforços para novas implementações, cabendo ao Governo Federal a responsabilidade de administrar as ações nesta área, inclusive na formação do professor para o EJA.
No contexto econômico é indispensável o governo manter parcerias com empresários, sindicatos, instituições, ONGs e Universidades, para garantir fontes de financiamento, para promover a formação continuada de seus professores, o local de trabalho, o material didático e a carga horária adequada pás esse fim.
No contexto sociocultural, intensificar a necessidade de respeito aos marginalizados para que possam vencer a situação de excluídos e vivenciarem uma realidade democrática, de respeito às individualidades, nas diferenças de raça, gênero, credo e posições político-partidárias e outros, promovendo uma real integração entre o educando e os colegas; entre eles e a comunidade, o município, o país e o mundo.
No contexto pedagógico devem-se considerar vivências e valores dos educandos, construindo e reconstruindo criticamente, a partir deles, os conhecimentos significativos, os materiais didáticos necessários para o trabalho a ser desenvolvido. Devem-se conscientizar os educadores da necessidade de uma formação inicial continuada, oferecendo-lhes, o Estado, constante atualização dos conteúdos que deverão ser trabalhados.
No contexto do universo de analfabetos funcionais e pessoas de escolaridade descontínua, é indispensável equacionar o atendimento a esta clientela, realizando um diagnóstico, que se valerá dos dados do Censo Demográfico, atualizado pelo PNAD (1997) e dos dados do Censo Educacional encaminhado aos municípios pelo MEC. Deve, também, realizar um diagnóstico da rede instalada e das matrículas, por nível de escolaridade/atendimento; dos profissionais envolvidos na área e da capacidade de abertura de espaço/disponibização de pessoal; incluindo nos dados as ONGs atuantes nesse plano, o Sistema “S”, o Ministério do Trabalho e suas metas, para integrá-las à Política Nacional de EJA. (Instituto Paulo Freire - IPF – 1999, p. 18-19)
No retorno aos “bancos escolares”, uma grande parte da clientela apresenta desconfiança e dificuldade de entrosamento com a turma. Chegam descrentes da sua capacidade de superar problemas, de mudar os rumos do seu futuro, com baixa autoestima.
	O sucesso para superar estes obstáculos, está no empenho do educador em observar, com cuidado, o comportamento de cada um e buscar, alternativas através do conhecimento científico e da sua criatividade, para conseguir o comprometimento do grupo para o trabalho a ser realizado.
Considera-se que na pedagogia social construtiva, o professor é um pesquisador, porque é ele o criador, o organizador, o coordenador das situações de aprendizagem, partindo da individualidade dos discentes. Exige que o professor esteja atento aos ensinamentos, às reações que apresentam e à maneira como reagem diante da execução das atividades propostas.
A observação, o registro, o planejamento e a avaliação são processos contínuos na metodologia do ensino que oferecem ao educador condições de interferir e interagir no processo, criando novas situações, novos estímulos na troca de conhecimento e no fortalecimento da autonomia de cada educando. Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina (1998, p.43), “o professor enquanto sujeito mediador poderá oportunizar práticas que possibilitem a interlocução com os sujeitos de leitura escrita. [...] projetos estes que poderão ser registrados pelo professor e lidos para e pelos educandos”.
De acordo com Freire (1990, p. 37), “transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é mesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: seu caráter formador”.
O Centro de Educação de Jovens e Adultos tem por finalidade atender a “todos os jovens e adultos” que não tenham recebido ou concluído a educação básica na faixa etária obrigatória no Ensino Regular. Proporcionando estudos de atualização ou aperfeiçoamento para os que tenham seguido o Ensino Regular no todo ou em parte.
A qualificação e atualização de jovens e adultos visa sua inserção no mundo do trabalho e a criação de alternativas de renda., bem como uma melhor maneira de se posicionar diante do avanço tecnológico e do mundo cada vez mais globalizado.
A metodologia do programa de Educação para Jovens e Adultos é voltada para a utilização dos conhecimentos que o aluno já possui e para a incorporação de novos conhecimentos e habilidades que podem ser imediatamente transferidos para o contexto da vida social e da formação pessoal do aluno. A Educação de Jovens e Adultos oferece a oportunidade de estudo em grupo, coordenado por um professor. O grupo tem um papel fundamental na superação das dificuldades e atua, positivamente, na construção coletiva do conhecimento.
O conhecimento é hoje cada vez mais importante para toda e qualquer criança, todo e qualquer adulto. Logo, eu vejo o processo curricular na escola, girando em torno do conhecimento. Obviamente não é qualquer conhecimento, desprovido de qualquer sentido, mas um conhecimento que , depois de uma série de perguntas que se fazem e de respostas que se deem, e com base em um posicionamento claro e consciente, tenhamos considerado importante de estar sendo trabalhado por alunos e professores (MOREIRA, 2003, p.25) .
 	O Programa da Educação de Jovens e Adultos também possibilita a aceleração do tempo de estudo. Por exemplo, o aluno que estuda pelo ensino convencional precisa de quatro anos para cursar da 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e de três anos para cursar o Ensino Médio. Através desse programa, o aluno pode terminar o Ensino Fundamental em onze meses e o Ensino Médio em quatorze meses.
	A metodologia do programa de Educação de Jovens e adultos se baseia nos seguintes conceitos: o aluno é sujeito da sua aprendizagem à medida que se envolve com o tema proposto; as pessoas têm ritmos diferentes de aprendizagem, sendo assim, toda a produção é valorizada; o que leva os educandos a transporem seus limites e evoluírem em seu conhecimento.
Pensar a educação de jovens e adultos é pensar na libertação intelectual e cultural das pessoas. È pensar em levar os sujeitos a assumirem sua cidadania com autonomia intelectual e com capacidade de pensar a realidade, entendê-la para poder agir conscientemente sobre ela. (LIMA, 2002, p.10)
	Nas salas de aula, o professor trabalha textos com funções e próximos do interesse dos alunos, trechos curtos como contos, crônicas, reportagens, piadas, lendas, notícias de jornal, editoriais, letras de músicas, poesias etc, que mostrem os avanços no processo de desenvolvimento das atividades escritas dos alunos.
	Os alunos, quando bem integrados com o ambiente escolar, participam das atividades pedagógicas da escola, juntamente com os alunos do ensino regular. Para o bom andamento dos trabalhos, os próprios alunos se responsabilizam pela assiduidade, pontualidade e organização.
	Ao assumirem o compromisso pela escolarização e pelo bom funcionamento da aula, sentem-se capazes, crescem, visivelmente, em sua autoestima e em atitudes de cidadania.
	
Segundo Paiva:
A escola dos jovens e adultos seja um espaço de encontro, onde possam falar de si, de suas experiências; trocá-las; trocar afetos e afinidades; sentimentos. Onde sejam reconhecidos e valorizados como pessoas, como trabalhadores, com uma função social digna. Que as suas falas sejam levadas em conta, como a de seus professores. Que sejam considerados comointerlocutores que podem ser executados, pelo muito que tema dizer.(PAIVA, 1997, p.5).
	É preciso acreditar que o espaço da sala de aula, nas turmas de EJA, seja um espaço de troca, valorização, compreensão e superação, onde o incentivo à aquisição de conhecimento seja uma constante, na fala dos professores e que o resgate da dignidade norteie todo o processo.
	Ao acreditar que é capaz o aluno das turmas de Educação de Jovens e Adultos, participa cada vez mais da sociedade e deixa de estar à margem, sendo discriminado e, muitas vezes, marginalizado pela ausência de escolaridade. 	
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção de uma sociedade mais justa e democrática constitui o exercício da cidadania tão vorazmente buscado neste novo milênio. Esta conquista depende, efetivamente, da formação humana dos indivíduos que compõem a sociedade atual. No entanto, o que vemos? Uma realidade social justamente oposta àquela tão desejada e esperada por todos. 
Percebemos que a humanidade não está, ou melhor, não foi preparada para a prática da cidadania, e isto se deve, entre outras coisas, à baixa autoestima que a faz desacreditar de tudo o que a cerca, de sua própria família, do governo, da política, impedindo, inclusive, sua crença nas pessoas com quem convive, em todos os espaços sociais que frequenta, seus semelhantes.
Há que se refletir sobre qual o interesse das pessoas, ao retornarem para a escola, em sua maioria após uma jornada longa de trabalho, em busca da escolaridade não conseguida na idade regular. 
Acredita-se que o fato de jovens e adultos terem sido privados do conhecimento científico os levou a se depararem com muitas dificuldades que, a cada dia, se torna mais competitiva, tanto no plano profissional quanto no pessoal.
A baixa escolaridade está de fato, historicamente presente na sociedade brasileira, sendo um dos mais importantes fatores que contribuem para a desmotivação de tantos jovens e adultos, deixando-os à margem da sociedade, tanto no aspecto social e econômico quanto no profissional.
Acreditamos que a Educação tem contribuído para esta mudança de mentalidade, embora as oportunidades que estejam surgindo tenham, ainda, os objetivos mencionados anteriormente, de melhorar a produção, de qualificar o trabalhador para que possa lidar com o avanço tecnológico das empresas, de diminuir o índice de analfabetismo para conquistar novos empréstimos internacionais. Enfim, o que vale para os educadores conscientes que trabalham com estes alunos e o que vale para esses jovens e adultos é , de fato, a oportunidade que estão tendo de conhecer coisas novas e de serem capazes de crescer, através desse conhecimento, e não apenas no aspecto profissional, desempenhando-se mais e melhor na profissão, mas também e principalmente aproveitando-se dessa oportunidade para melhorar sua vida, seus relacionamentos e sua autoestima.
Exercer a cidadania é construir melhor qualidade de vida e é o exercício desta cidadania que a Educação de Jovens e Adultos defende e prioriza.
4 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. A Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Brasília: Editora MEC, 1999.
CIATAVA, M. Formação integrada. – desafio de deslindar a realidade da fantasia. Versão preliminar para discussão (mímeo), 2005. (Seminário Interno MEC: Currículo do ensino médio integrado a educação profissional, 22/09/2004).
CUNHA, Maria Apparecida Pereira da. Educação de Jovens e Adultos-cenário e perspectivas -Cadernos de EJA, nº 5. São Paulo: Instituto Paulo Freire,1999.
	
FREIRE, Paulo. Conscientização. São Paulo: Moraes, 1980.
______. Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Moraes, 1989.
______ . Pedagogia da Esperança. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. A educação de indivíduos que apresentam seqüelas motoras: uma questão histórica. Cadernos CEDES. A Nova LDB e as Necessidades Educativas Especiais. Campinas, v. 19, n. 46, p. 81-92, set. 1997.
LAFFIN, Maria Hermínia L. F. Palavras em movimento. Itajaí: UNIVALI, 1996.
LIMA, Elmo de Souza. Reeducação para a formação cidadã. Porto Alegre: Mundo Jovem, 2002.
MELLO, J. N. Cidadania e competitividade – desafios educacionais do terceiro milênio. São Paulo: Cortez, 2002.
MOREIRA, Antonio Flávio B. e SILVA, Tomaz Tadeu da (Orgs.). Currículo, cultura e sociedade. 2. ed.Revista. São Paulo: Cortez, 2003.
PAIVA, J. Desafios da LDB: educação de jovens e adultos para um novo século. Rio de Janeiro: Qualitymark,1997.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública, São Paulo: Ática, 2001.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina. Florianópolis: COGEN, 1998.
SARTE, Jean-Paul. Diário de uma guerra estranha. São Paulo: Nova Fronteira, 2004.
SILVA, Flávio. Currículo, Cultura e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2004.
VESENTINI, J. W. Sociedade e espaço. São Paulo: Ática, 2003.

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