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relatorio de antioxidante

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB
Departamento de Químicas e Exatas- DQE
Disciplina: Farmacodinâmica I - Farmácia
RELATÓRIO SOBRE RADICAIS LIVRES E ANTIOXIDANTE
Jequié-Ba
Maio/2017
LUAN SOUZA SANTOS
RENATA DA SILVA SANTOS
RELATÓRIO SOBRE RADICAIS LIVRES E ANTIOXIDANTE
Relatório entregue como requisito parcial de 
 avaliação da disciplina Farmacodinâmica I,
 ministrada pelos professores 
 
Jequié-Ba
 Maio/2017 
INTRODUÇÃO
De maneira simples, o termo radical livre refere-se ao elétron desemparelhado de um átomo ou molécula, no qual são capazes de doar o elétron solitário, oxidando-se, ou receber outro, reduzindo-se. Como são resultantes de reações de óxido-redução, faz com que o tornem altamente reativos (A.L.A. Ferreira, L.S. Matsubara.1997).
Em condições fisiológicas do metabolismo os radicais livres são formados continuamente, e estão envolvidos em reações importantes no organismo, podendo citar a cadeia respiratória, exercícios físicos e na fagocitose. Mas devido ao seu elétron desemparelhado e sua alta reatividade os radicais livres podem participar de reações que causam danos celulares, como por exemplo podem estar relacionados com surgimentos de doenças cardiovascular, câncer, além de promover o processo de envelhecimento (A.L.A. Ferreira, L.S. Matsubara.1997).
A célula possui um sistema de defesa que atuam bloqueando as reações de oxidação impedindo a lesão celular, que são chamados de antioxidantes. Os antioxidantes podem ser sintetizados no organismo ou obtidos na dieta. Dentre os antioxidantes endógenos mais conhecidos estão a Glutationa reduzida (GSH), Glutationa-redutase (GSH-Rd), Glutationa-peroxidase (GSH-Px), Superóxido-dismutase (SOD) e a catalase. E os alimentos ricos em beta-caroteno, licopeno, selênio, vitamina A, vitamina C, vitamina E são importantes antioxidantes, pois auxiliam no combate de desenvolvimento de algumas enfermidades e no processo do envelhecimento (L.Rover, N.F.Hoehr, A.P.Vallasco.2001) 
OBJETIVO
Avaliar através de métodos espectrofotométrico atividade antioxidante do ácido ascórbico e do polissacarídeo
MATERIAIS E MÉTODOS
Ácido ascórbico 
Água destilada
Álcool etílico
Solução padrão do ABTS
Solução de polissacarídeo
Balão volumétrico
Béquer
Tubos de ensaio
Pipeta 
Espectrofotômetro 
Cubeta 
Pesou-se 15,23 mg de ácido ascórbico e diluiu em água destilada num balão volumétrico de 50 mL 
Em um béquer diluiu 1,0 mL da solução padrão ABTS em álcool etílico e realizou a leitura da absorbância, no comprimento de onda de 700 nm
Em um tubo de ensaio adicionou 3 mL da solução do ABTS e 30µL da solução do ácido ascórbico e observou
Em outro tubo de ensaio adicionou 3 mL da solução do ABTS e 100µL da solução de polissacarídeo e observou
Realizou uma segunda diluição: 30µL do ácido ascórbico em 50 mL de água destilada 
Realizou a calibragem do espectrofotômetro com o branco e depois foi feita a leitura da absorbância da solução do ácido ascórbico e da solução do polissacarídeo em triplicata e anotou seus valores 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Os radicais livres são definidos como um átomo ou molécula que possui um número ímpar na última camada eletrônica, ou seja, possuem elétrons desemparelhados. O termo radical livre é justamente pela facilidade desse átomo ou molécula em doar ou receber elétrons, a fim de se tornarem estáveis. Eles são formados a partir de reações de óxido-redução, por isso possuem um perfil altamente reativo capazes de reagir com várias outras biomoléculas essenciais para o corpo (lipídeos, proteínas e etc.). (A.L.A. Ferreira, L.S. Matsubara.1997). [1]
Dentre os radicais livres mais comuns nas células os principais são: o ânion superóxido (O2-), o radical hidroperoxila (HO2-) o radical hidroxila (HO.), nos quais são capazes de atacar várias outras células, resultando em “estresse oxidativo”, ou seja, a medida que os radicais livres produzam mais compostos tóxicos e reajam com outras moléculas, as células vão perdendo a capacidade de reparação, e acabará resultando em danos teciduais cumulativos, consequentemente o aparecimento de várias doenças. (B.C.Pereira, A.K.F.Trindade,2012). [2]
O corpo possui substâncias capazes de manter em equilíbrio essa característica altamente reativa dos radicais livres, definidas como antioxidantes. Segunda a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antioxidante é a substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa nos alimentos. De maneira simples, os antioxidantes são compostos químicos que podem prevenir ou diminuir os estragos oxidativos das biomoléculas, resultando numa diminuição dos malefícios dos radicais livres no organismo. Essas substâncias podem ser exógenas, e são encontrados em alguns alimentos principalmente frutas e vegetais ricos em vitaminas C e E, e compostos como carotenoides, flavonoides e glicosídeos (M.Couto,S Guidolin,2010).
Existem diferentes tipos de antioxidantes e podem ser classificados em primários, são características dos compostos fenólicos, pois agem inativando os radicais livres doando um átomo de hidrogênio. E os alimentos como maçãs, tomates, ameixas são alimentos ricos nesse composto. Podem ser classificados também como biológicos que são capazes de remover oxigênio, e existem várias enzimas que são responsáveis por esse processo. Os removedores de oxigênio, como o próprio nome já diz, capturam oxigênios e evitam a autoxidação, e umas das substâncias responsáveis por essa remoção é o ácido ascórbico. [3]
Os polissacarídeos são formados por vários monossacarídeos, e são encontrados em carboidratos, e apresentam funções importante para o metabolismo. Além disso, possuem uma importante atividade antioxidante, com a capacidade de reduzir o radical superóxido e diminuir os danos no processo inflamatório (M.S.Nascimento,2011).
Vários aparecimentos de doenças estão sendo associados a uma superprodução de radicais livres, pois como eles vasculham as nossas células para poderem doar ou receber elétrons, acabam danificando células e proteínas, causando um estresse oxidativo, como já dito anteriormente. E acredita-se que os antioxidantes que ajudam a reduzir o surgimento de doenças, como o câncer, as doenças cardiovasculares, inflamações, disfunções cerebrais, e a retardar o envelhecimento precoce. [3]
O objetivo da prática foi comprovar a ação antioxidante do ácido ascórbico (vitamina C) e do polissacarídeo, utilizando o ABTS como radical livre. Após realizar todos os procedimentos experimentais, foram realizadas as leituras da absorbância em triplicata do ácido ascórbico no espectrofotômetro, no comprimento de onda de 700 nm, e os dados obtidos estão apresentados na tabela 1.
	Absorbância do ácido ascórbico
	Tubo
	Leitura
	1
	0
	2
	0
	3
	0
		 Tabela 1. Dados da absorbância em 700 nm do ácido ascórbico 
	Realizou-se a leitura no espectrofotômetro do ABTS, e obteve a absorbância de 0,670. E como pode-se observar na tabela 1 os resultados para o ácido ascórbico é 0, significando que houve 100% da atividade antioxidante. Podendo ser comprovado também a partir do cálculo a seguir:
%AA = x 100 =
%AA = x 100 = 100%
	
Realizou uma segunda diluição da solução do ácido ascórbico em 50 ml de água destilada, e realizou a leitura novamente, obtendo os valores que estão presentados na tabela 2. 
	Absorbância do ácido ascórbico
	1
	0,0535
	2
	0,0560
	3
	0,0580
	Média
	0,0558
Tabela 2. Dados de absorbância em 700 nm, obtidos na prática
	 
	O cálculo a seguir serviu para comprovar a taxa de inibição do ácido após uma segunda diluição. 
%AA = x 100 =
%AA = x 100 = 91,67%
Foi realizado também os mesmos procedimentos com o polissacarídeo, diferindo apenas na quantidade de antioxidante que foi adicionado, para a vitamina C adicionou 30 µL e para o polissacarídeo acrescentou 100 µL, e os valores da leitura estão apresenta na tabela3.
	Absorbância do polissacarídeo
	Tubo
	Leitura
	1
	0
	2
	0
	3
	0
Tabela 3. Dados da absorbância em 700 nm do polissacarídeo
E o cálculo a seguir serviu para comprovar a atividade antioxidante do polissacarídeo.
%AA = x 100 =
%AA = x 100 = 100%
Foi confirmada a atividade antioxidante do polissacarídeo, através da leitura da absorbância que foi 0 e o cálculo de taxa de inibição, mas vale ressaltar que essa atividade não é tão eficaz quanto ao do ácido, já que para ter 100% de inibição foram necessárias concentrações maiores.
CONCLUSÃO
Os radicais livres apresentam grandes problemas as células, podendo resultar em várias doenças. E os antioxidantes são essenciais para manter o equilíbrio e evitar o aparecimento desses males. Na aula prática foi possível observar e comprovar a atividade antioxidante do ácido ascórbico e do polissacarídeo. Pode-se concluir que a atividade da vitamina C é potencialmente maior do que o polissacarídeo, pois o polissacarídeo apresenta uma taxa de inibição concentração-dependente. 
REFERÊNCIAS
FERREIRA,A.L.A.,L.S.Matsubara.Rev.Assoc.Med.Bras.vol.43 n.1.São Paulo. Jan./Mar. 1997
 PEREIRA,Bernardo Coelho. PEREIRA,Ana Karine F. da Trindade C.Revista Saúde Quântica,vol.1:nº 1.Dez 2012.
Disponível em: http://www.revista-fi.com/materias/83.pdf
COUTO,Meylene Aparecida Luzia. CANNIATTI-BRAZACA,Solange Guidolin. Quantificação de vitamina C e capacidade antioxidante de variedades cítricas, Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.30, suppl.1, p.15-19, 2010.
Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/resumos/resumos/5254.htm

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