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Introdução aos Estudos da Educação - Tópico 02

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HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: 
DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO2 TÓPICO
Alessandra Bizerra 
Suzana Ursi
2.1 Introdução
2.2 O que é pedagogia, afinal?
2.3 A Educação da Grécia Antiga à Idade Média
2.4 A Educação no Renascimento
2.5 O nascimento da Pedagogia
2.6 O século das Luzes e Rousseau
2.7 Da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova
2.8 Uma breve história da Pedagogia no Brasil
Licenciatura em ciências · USP/ Univesp
13
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Apresentação do Tópico
 Este tópico traz um breve histórico das ideias pedagógicas que fizeram parte do cenário 
educacional mundial, dando ênfase às teorias e pensadores que tiveram destaque tanto no Brasil 
quando no resto do mundo. 
O estudante deverá, ao final do capítulo, reconhecer as principais grandes correntes pedagó-
gicas que influenciaram e ainda influenciam os estudos em Educação, bem como ser capaz de 
estabelecer uma relação entre tais correntes e os principais momentos históricos a elas vinculados. 
Tal abordagem permitirá ao estudante refletir sobre a influência das correntes de pensamen-
to pedagógico na prática educacional que vivenciamos atualmente.
2.1 Introdução
Com frequência, questionamos o motivo de estudar determi-
nados assuntos. Isso ocorre durante toda nossa vida, não é mesmo? 
Iniciamos o presente tópico justamente com alguns questiona-
mentos relacionados a essa reflexão mais geral: 
1. Será que todos os professores que entram em sala de aula pos-
suem conhecimento sobre a história das ideias pedagógicas? 
2. As ideias sobre pedagogia mantiveram-se constantes no 
decorrer da história?
3. Realmente é importante estudar essa temática? 
Quanto às questões 1 e 2, podemos afirmar que não. Nem todo professor que entra em uma 
sala de aula está ciente da história da pedagogia, nem as ideias pedagógicas foram constantes ao 
longo do tempo. 
Se mesmo sem ter conhecimento sobre as variações das ideias pedagógicas os professores são capa-
zes de exercer seu ofício, faz-se necessário refletir sobre a terceira questão: por que estudar esse assunto?
Figura 2.1 / Fonte: Cepa
Reflexão
Antes de prosseguir, veja o famoso vídeo “Brick in the wall” de 1978 
mas, que ainda continua muito atual. 
Tente estabelecer uma relação entre este vídeo e o poema “The little 
boy (O menininho)” de Hellen Buck.
14
VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Vamos retomar nosso raciocínio tentando justificar nosso posicionamento a favor do co-
nhecimento da história da pedagogia. O modelo de nosso sistema educacional faz parte de 
um extenso processo histórico de mais de dois mil anos. Nesse processo histórico, muitas 
ideias foram desenvolvidas e defendidas pelos mais distintos pensadores e, mesmo sem saber, o 
professor e as características de sua atuação são produtos de todo esse processo.
Em sua profissão, o professor se depara com inúmeros desafios que, muitas vezes, parecem 
obstáculos quase instransponíveis. Uma das importantes motivações para o estudo da história é 
compreender como problemas similares aos enfrentados hoje em dia foram encarados no passado. 
O estudo em uma perspectiva histórica nos permite elucidar quais foram as estratégias utilizadas 
e quais os resultados que nossos antepassados obtiveram ao tentar resolver seus problemas. Para 
, por exemplo, um processo só pode ser compreendido por meio de sua his-
tória, e é o que nos permite, inclusive, compreender o contexto do qual fazemos parte, o modo 
como chegamos ao modelo que hoje vivenciamos. Esse tipo de conhecimento é fundamental para 
conseguirmos desenvolver ações efetivas nos mais diferentes campos de atuação. 
No caso da atividade docente, compreender as influências históricas que definem o modelo 
que seguimos pode nos ajudar a incrementá-lo ou até mesmo combatê-lo com maior eficiên-
cia, seja qual for a nossa intenção. 
Neste tópico, estudaremos, primeiramente, a definição do termo “pedagogia” para, em se-
guida, darmos início ao estudo do surgimento das primeiras ideias pedagógicas das quais pos-
suímos registro histórico, chegando até as mais recentes. Daremos ênfase ao desenvolvimento 
dos pensamentos ocidentais, que influenciaram mais significativamente a formação dos sistemas 
educacionais vigentes no Brasil e em outros países. 
Antes de prosseguirmos, dê sua opinião sobre a importância (ou não) de estudar as principais 
ideias pedagógicas ao longo do tempo para a formação inicial de um professor.
Agora é a sua vez
Antes de prosseguirmos, dê sua opinião sobre a importância (ou não) 
de estudar as principais ideias pedagógicas ao longo do tempo para a 
formação inicial de um professor, realizando a atividade 2.1.
15
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
2.2 O que é pedagogia, afinal?
A palavra “pedagogia” tem raiz grega: paidós (criança) e 
agogé (condução). Então, em termos literais, podemos dizer 
que a palavra significa “a condução da criança”. Entretanto, 
dizer que a pedagogia é a condução da criança seria vago, 
pois a “condução” não acontece de forma semelhante em 
todos os lugares, e podemos, inclusive, dizer que em um 
mesmo lugar ela se modifica no decorrer do tempo. Concluímos, dessa forma, que o momento 
histórico define o significado dessa palavra e suas implicações educacionais.
Em cada autor que estudarmos poderemos encontrar uma interpretação diferente dada ao 
termo. Entretanto, podemos afirmar que através da própria definição a palavra remete a uma 
metodologia, ou seja, a um modo de operar ou um modo de realizar o ato educativo.
Para (1858-1917), sociólogo, pedagogo e filósofo, pai do realismo sociológico, 
a pedagogia é a “teoria prática da educação”. Ele enxergava a educação como um esforço 
contínuo de preparação das crianças para a vida em comum. Durkheim tinha a intenção de 
estabelecer a pedagogia como uma teoria que se estrutura em função da ação, ou seja, que 
é construída a partir de exigências práticas, reais, e que, por consequência, se interessa pela 
execução de ações e seus resultados. 
Por toda esta variedade de sentido, alguns autores têm dado preferência a utilizar o termo 
“Ciência da Educação”. Contudo, esse termo já compreende uma maior extensão de significa-
dos que não estão, necessariamente, restritos à prática e à metodologia educativa, mas englobam 
uma diversidade de vertentes.
No decorrer da história da pedagogia, trataremos o termo sob o ponto de vista metodoló-
gico, daremos ênfase às práticas utilizadas e ao significado das mesmas para os pensadores que as 
utilizavam ou defendiam. É interessante verificar, também, que a mudança de paradigmas de uma 
sociedade tem influência direta sobre seu modo de conduzir a educação dos jovens. O processo de 
construção do conhecimento pedagógico é, portanto, longo e complexo, além de ser, ao mesmo 
tempo, muito revelador.
Figura 2.2 / Fonte: Thinkstock
16
VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
2.3 A Educação da Grécia Antiga à Idade Média
Cerca de 2.500 anos atrás, os primeiros esboços de uma reflexão sobre educação começaram 
a aparecer. Nesse período, uma intensa crise começou a se perpetuar na Grécia, resultando em 
uma lenta dissolução de modelos tradicionais gregos, abarcando também a religião e a política. 
Diante de tal crise, houve a instauração de um novo modelo cultural, por meio do qual a forma-
ção seria baseada no racionalismo e no humanismo. Esse novo modelo foi contemporâneo ao nas-
cimento da democracia, que permitiu ao povo grego a descoberta do pluralismoe do relativismo.
Foi nesse contexto de intensa reforma social que novos modelos educacionais foram propostos., 
principalmente, pelos e também por e por (embora outros nomes 
importantes tenham contribuído para a formação deste cenário).
Os novos modelos educacionais fundaram as raízes da cultura clássica, com a valorização de 
elementos como a retórica, a filosofia e o discurso racional, entre outros. Entretanto é impor-
tante ressaltar que os principais fundamentos faziam parte de um ideal educativo, uma vez que 
a educação era privilégio da elite.
Apesar de, entre os gregos, ter havido grandes educadores, eles não são considerados os 
criadores da escola (mesmo tendo criado valores e pressupostos que se tornariam coerentes 
com esta instituição). A civilização romana também introduziu diversos elementos importantes 
para o contexto educacional, como a noção de justiça e a noção utilitarista dos conhecimentos. 
Entretanto, para os estudiosos da área, o nascimento da escola só teria sido possível a partir 
de um conjunto de pré-requisitos que apenas o cristianismo seria capaz de proporcionar.
O cristianismo, resultado da reunião de três grandes culturas (grega, romana e judaica), deu 
origem à igreja que, com o apoio do império, teve função importante no fortalecimento da 
coesão política. O crescimento do papel da igreja na sociedade pode ser responsabilizado pelo 
nascimento da escola na Idade Média.
Afirma-se que o nascimento da escola só se deu na Idade Média porque a escola cristã uniu a 
instrução literária com a formação religiosa, o que fez dela um meio moral organizado. Entretanto, 
não podemos afirmar que, assim como gregos e romanos, a escola na Idade Média não possuía 
uma preocupação verdadeiramente pedagógica. Tal afirmação se sustenta pelas características ne-
cessárias a um professor, relacionadas, basicamente, à retidão moral.
17
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Com , podemos dizer que a Idade Média come-
çou a delinear um sistema escolar que tinha ênfase na razão e nos estu-
dos formais. Esta construção do sistema escolar anunciava o início do 
renascimento, porém, sem uma preocupação pedagógica aprofundada.
2.4 A Educação no Renascimento
O nome “renascimento” vem da vontade de buscar novos valores 
com o intuito de alterar a sociedade a partir de novas condutas para 
fundar uma nova era. A fonte de valores e condutas passa a ser a 
cultura greco-romana apresentada no item anterior.
Com grande valorização dada à cultura, a educação tornou-se prioridade 
para os mais esclarecidos. 
A crise, que orientou a mudança de paradigma da Idade Média para 
o Renascimento, gerou profundos questionamentos sobre quase todos 
os aspectos da educação, o que resultou em diversas doutrinas das quais 
destacamos duas grandes correntes: a enciclopédica e a humanista.
Com a chegada dessas novas doutrinas educacionais, a educação escolás-
tica foi deixada de lado.
A doutrina enciclopédica foi representada por , e tinha um 
ideal erudito; o estudante deveria aprender tudo e a disciplina não era bem 
vista por limitar e oprimir o ser.
A doutrina humanista, por sua vez, foi representada por e tinha por característica a 
busca de um refinamento de espírito, por meio do qual se deve ter domínio das boas maneiras; 
o mestre deveria ter um vasto conhecimento para poupar seu aluno de ter que aprender tudo.
Em suma, podemos dizer que o renascimento marcou a valorização de um discurso pedagó-
gico pautado, principalmente, na crítica à escolástica (movimento intelectual dos séculos XII ao 
XIV centrado no raciocínio - e apenas nele). A crítica ao formalismo exagerado é tão intensa 
que o discurso educacional renascentista apresenta, prioritariamente, reflexões sobre a educação, 
Figura 2.4 / Fonte: Thinkstock
Figura 2.5 / Fonte: Thinkstock
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VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
com poucas acepções realmente metodológicas. No que se refere à organização dos estudos, à 
“educação das massas”, às práticas pedagógicas, os ideais renascentistas não podem ser creditados 
como grandes contribuintes. Entretanto, a educação humanista tem grande importância para a 
construção de valores e pressupostos das ideias e práticas educativas.
Devido a este caráter altamente não utilitarista do discurso renascentista, podemos dizer que 
a pedagogia de fato só surgiu posteriormente.
2.5 O nascimento da Pedagogia
No século XVII, a educação ganhou uma nova pers-
pectiva ao inserir em sua discussão o método, ou seja, a 
pedagogia. Entendemos a pedagogia por um conjunto de 
metodologias e saberes docentes que não se referem a con-
teúdos específicos, mas que são formulados pelo educador a 
fim de aumentar a eficácia do ensino e, consequentemente, 
a aprendizagem do aluno. 
Entre os fatores que influenciaram o aparecimento da 
pedagogia podemos citar a reforma protestante que, lidera-
da por , enfatizou a necessidade de educar a popu-
lação e ampliar o acesso da mesma às instituições de ensino. 
Citamos aqui também a Contrarreforma católica, que surgiu 
como uma resposta à Reforma protestante. A Igreja viu-se obrigada 
a fundar escolas para doutrinar um maior número de fiéis. O exem-
plo mais conhecido da resposta da igreja é a formação da instituição 
jesuítica, que também faz parte da história da pedagogia brasileira.
Outros dois fatores que contribuíram para o aparecimento da 
pedagogia foram uma nova visão da infância e o problema da de-
linquência nos centros urbanos. Considerava-se que a infância seria 
uma época de leviandade, e isso deveria ser curado, o que justifica por 
si só a existência de um método corretivo. Para corroborar com isso, 
a delinquência intercede pelo argumento anterior. 
Figura 2.7 / Fonte: Thinkstock
Figura 2.6 / Fonte: Thinkstock
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HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Os fatores citados acima tiveram como consequência um aumento do número de alunos nas 
escolas, o que exigiu a criação de uma metodologia específica para que os mestres fossem capazes 
de lidar com a nova realidade. Por esse motivo, no século XVII surgiram diversos tratados sobre 
pedagogia, e o que os diferencia das obras dos períodos anteriores é o nível de detalhamento 
alcançado pelos pedagogos já experientes, o que necessariamente afasta esses tratados da nobreza. 
Os Jesuítas, tão conhecidos entre os brasileiros, surgiram nesse contexto, pela necessidade de 
consolidar o poder católico, com a nítida missão de catequizar. O objetivo claro da doutrina 
cristã influencia estas obras, pois, para serem realmente eficazes, elas necessitam de clareza e 
detalhamento de métodos.
Assim ocorre a construção da pedagogia como um “saber-fazer” do professor em relação ao 
aluno, para conseguir atingir o seu objetivo.
2.6 O século das Luzes e Rousseau
O século XVIII apresentou inúmeras mudanças políticas, sociais e culturais 
realmente significativas. Houve nesse século uma radicalização das mudanças 
que começaram no Renascimento e continuaram até então. Conhecido como 
o “Século das Luzes”, o século XVIII possui inúmeros filósofos de renome, 
como , , , etc. 
Nesse período houve também um grande desenvolvimento de diversos 
domínios do saber. Entre eles podemos destacar a ciência, as artes e a tec-
nologia. E nesse novo contexto a crença geral é a de que a felicidade e o 
progresso podem ser construídos pelos homens se guiados pela razão.
Entre todos os pensadores, se destaca por ser um crítico extremamente original 
e severo, cujo pensamento parece influenciar ainda hojea pedagogia. A visão de Rousseau sobre 
a educação é fundamentada em alguns princípios: 
1. A prática pedagógica deve ser baseada na observação das crianças e ligada a uma teoria 
que se aplique a toda a natureza humana.
2. É preciso distinguir quais as etapas existentes no desenvolvimento.
3. A educação pelas palavras deve dar lugar à educação pelas coisas, portanto, tudo aquilo 
que for sensitivo, intuitivo e ativo deve ser priorizado.
Figura 2.8 / Fonte: Cepa
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VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
4. A aprendizagem só é válida se despertar o interesse da criança. 
5. Existe uma natureza própria à alma da criança.
6. Não é possível realizar qualquer revolução de costumes e instituições sem que seja feita 
uma revolução da educação.
A obra Émile, de Rousseau, é revolucionária, pois inverte significativamente a ideia da in-
fância e a educação que deve ser dada à criança. Contudo, a teoria de Rousseau não explicita 
como seria a aplicação dos conhecimentos por ele delineados em uma escola 
urbana, ao contrário, apenas explica a relação entre um mestre e seu discí-
pulo (o preceptorado).
Por este motivo, mesmo sendo de suma importância, o pensamento de 
Rousseau não teve grande impacto nas práticas pedagógicas dos séculos 
seguintes (XVIII e XIX). 
Podemos dizer que apenas no século XX as ideias de Rousseau foram 
realmente retomadas, no século XIX as preocupações foram mais voltadas 
para o âmbito legal.
2.7 Da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova
Estudamos resumidamente as mudanças ocorridas em 
relação às ideias pedagógicas no decorrer de muitos séculos. 
Agora, entraremos nas questões relacionadas ao século XX, 
marcadamente caracterizado pela passagem de uma peda-
gogia tradicional para uma pedagogia nova.
Esse século se diferencia dos demais pela conscientização 
da existência de uma história pedagógica pelos educadores; 
a importância da psicologia aflora como principal compo-
nente do discurso pedagógico. Temos, neste momento, o 
início da escola nova.
A Pedagogia Nova se opõe drasticamente à Pedagogia Tradicional, com o objetivo de fazer 
com que todos os dons inatos das crianças frutifiquem a partir do estímulo correto. A escola 
Figura 2.9 / Fonte: Cepa
Figura 2.10 / Fonte: Thinkstock
21
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
passa a se ocupar com a totalidade dos aspectos que constituem os seres humanos, e não mais 
apenas com o que diz respeito ao seu intelecto.
Os educadores passam a ter uma postura que inspire a confiança da criança para que, assim, 
consigam fazer-lhe desabrochar.
Diversos autores têm sua importância reconhecida nesse momento histórico, entre eles po-
demos destacar , e , sem deixar de citar e , que 
podem ser considerados os responsáveis pelas abordagens construtivistas.
2.8 Uma breve história da Pedagogia no Brasil 
A pedagogia em nosso país só teve início em 1549 com 
a chegada do primeiro governador geral, Tomé de Souza, 
trazendo consigo os jesuítas, que vieram com a missão de 
converter os gentios, como vimos no item 2.5. No contexto 
da Contrarreforma, a Igreja se viu perdendo um número ver-
tiginoso de fiéis e logo precisou tomar medidas para isso evitar. 
Podemos dizer que o processo de ocidentalização do 
Brasil dependeu de três aspectos muito fortes: a coloniza-
ção, a educação e a catequização. 
Com o advento do nepotismo esclarecido, Marquês de 
Pombal ordenou o fechamento das escolas jesuítas, fase 
que ficou conhecida como pombalina e foi marcada por 
um ideário iluminista. 
Com a vinda da família real para o Brasil, uma nova ruptura do sistema educativo aconteceu, 
no entanto, a educação brasileira continuou tendo importância secundária. 
Mais tardiamente, com a declaração da independência do país, houve a necessidade de se delinear 
um tratado que cuidasse das questões educacionais brasileiras. E em meio a essa discussão mostrou-se 
urgente a necessidade de organizar um sistema público de escolas a ser implantado em todo o novo 
Estado. Nesse contexto uma versão laica de escola começou a ser apropriada pela elite do país.
Figura 2.11 / Fonte: Cepa
22
VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Acreditava-se na necessidade da instrução para que o povo pudesse atingir uma real inde-
pendência, pois aquele que é ignorante sempre se encontra em um estado de dependência. 
Com a promulgação da constituição brasileira em 1824, tornou-se oficial o intuito de for-
necer uma educação básica e gratuita para todos. Contudo, até a proclamação da república em 
1889 nada de concreto se fez pela educação brasileira.
A adoção de um sistema presidencialista trouxe ao Brasil uma influência nitidamente positivista. 
Na escola brasileira começou a nascer uma tendência cientificista. E não muito tempo depois, com a 
capitalização do país e os novos investimentos em seu crescimento industrial, uma demanda para mão 
de obra foi criada, o que gerou, por consequência, uma demanda educacional profissionalizante.
No período do Estado Novo, uma nova 
constituição foi outorgada (1937), desta vez 
refletindo claramente as tendências fascistas e 
dando uma maior valorização ao ensino pré-
-vocacional e vocacional, que fica oficializado 
no documento constitucional. Tal fato torna 
nítida a transferência da preocupação de um 
ensino colegial propedêutico e preparatório 
para o ensino superior, para um ensino volta-
do para uma formação geral, preparatória, para 
um ensino profissionalizante.
Com o fim do Estado Novo, entre as dé-
cadas de 40 e 60, ocorreu a adoção de uma 
nova constituição, por sua vez, mais democrática e liberal, fato que gerou uma enorme gama 
de discussões em torno do cenário educacional, resultando na promulgação da primeira Lei de 
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB). 
Contudo, o impulso de mudança do cenário educacional brasileiro foi abortado pelo golpe 
militar em 1964, com o pretexto de que a proposta educacional seria subversiva e teria um 
caráter comunista. Nesse período houve a expansão universitária e a criação de um vestibular 
classificatório para o ingresso nas instituições de ensino superior. 
Ao fim do período militar, a discussão educacional já havia perdido seu enfoque pedagógico 
para dar lugar ao enfoque político. Uma nova LDB, no entanto, só foi aprovada em 1996.
Figura 2.12 / Fonte: Cepa
23
HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Atualmente, o ensino nacional tem como diretriz principal os Parâmetros Curriculares 
Nacionais. Infelizmente, mesmo após mais de 10 anos de seu lançamento, ainda enfrentamos 
graves problemas educacionais. 
Making Off 
Elaboramos as diversas aulas dessa disciplina, procurando auxiliar você, professor em 
formação, na ampliação de seus conhecimentos e, consequentemente, em sua futura atu-
ação profissional. Já na próxima aula, focamos nosso estudo mais diretamente no Ensino 
de Ciências da Natureza. Para tanto, teremos os Parâmetros Curriculares Nacionais de 
Ciências Naturais como um dos documentos de referência. 
Você já teve contato com esses documento? O que conhece sobre ele? Responda uma 
pequena enquete que está na atividade 2.2. 
Após responder a enquete, você já pode começar a se familiarizar com o material, 
acessando o endereço: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf
A Linha do Tempo das Ideias Pedagógicas
Agora, que tal realizar uma atividade complementar que tem como principal objetivo 
auxiliar você a sistematizar o conteúdoabordado até aqui? 
Você deve preencher a linha do tempo, relacionando:
1. momento histórico 
2. pensamento pedagógico predominante
3. principais expoentes dessa corrente de pensamento
Reflexão
Convidamos você a refletir sobre a permanência ainda em nossos dias de algumas 
ideias e práticas pedagógicas surgidas há muito tempo. Para tanto, realize a ativi-
dade 2.3 e discuta a frase: “Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão em sinto-
nia com correntes bastante atuais de pensamento pedagógico. No entanto, no dia 
a dia da sala de aula ainda podemos notar práticas que muito lembram a pedagogia 
jesuíta do período do descobrimento do Brasil.”.
24
VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Embora tenhamos realizado um apanhado global que julgamos conter o conteúdo 
essencial para uma compreensão introdutória sobre as transformações das ideias peda-
gógicas ao longo do tempo, é importante ressaltar que abordamos a temática de forma 
bastante simplificada no presente capítulo. 
Dessa maneira, é interessante ampliar ainda mais seus conhecimentos. Para tanto, reco-
mendamos o conteúdos dos links abaixo, que trazem materiais bastante interessantes. 
1. Material organizado pelo Centro de Referência em Educação - C R E (Secreta-
ria de Estado da Educação de São Paulo) sobre alguns “Mestres do pensamento 
pedagógico” <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/grp_l.php?t=033> 
2. Edição especial da Revista Nova Escola sobre os “Grandes pensadores” da educa-
ção. Vale a pena conferir o interessante esquema de uma árvore evolutiva das ideias 
pedagógicas. <http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-especiais/022.shtml>
Referências Bibliográficas
Gauthier, C.; tardif, M. A Pedagogia: Teorias e Práticas da antiguidade aos Nossos Dias. 
Petrópolis: Vozes, 2010. 
Saviani, d. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008.
Glossário
Carlos Magno: Carlos Magno foi rei dos francos e depois imperador do ocidente. Era filho de Pepino, o 
Breve (dinástica carolíngia). Foi conhecido por sua arte de guerrear, além de suas habilidades políticas. 
Ambicionava a reunificação do ocidente europeu sob sua autoridade. Em seus últimos anos de vida, hou-
ve a consolidação do Estado.
Comte: Augusto Comte é o filósofo francês considerado fundador da Sociologia e do Positivismo. Ele nasceu 
em Paris e lá estudou enquanto desenvolvia sua teoria. Seus pensamentos ganharam grande importância 
no cenário mundial e chegaram a influenciar também o Brasil, durante a República.
Durkheim: Émile Durkheim pode ser considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Sua pesquisa 
de doutorado foi sobre a divisão do trabalho social. Para ele a existência de uma sociedade só é possível 
quando existe um acordo entre os indivíduos que a compõem. Entretanto, este consenso se apoia na 
solidariedade, que pode ser mecânica ou orgânica.
Erasmo: Nascido em uma pequena família burguesa na Holanda, provavelmente em 1466. Ficou órfão com 
17 anos e entrou para um mosteiro poucos anos depois. Após ser ordenado sacerdote, iniciou uma vida 
errante cosmopolita e humanista. Escreveu “Apologia contra os Bárbaros”, obra na qual considera bárba-
ros aqueles incultos e deformados, resultantes de uma formação escolástica tradicionalista. Para Erasmo, o 
sistema educativo deveria ter um mestre onisciente para poder poupar o aluno de ter que aprender tudo.
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HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS: DESTAQUES DO PANORAMA MUNDIAL E BRASILEIRO 2
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Freinet: Celestine Freinet foi um pedagogo anarquista francês. Em sua infância, sua estada na escola foi ex-
tremamente desagradável e tal experiência influenciou seu pensamento. Freinet afirmava a existência de 
uma dependência entre a escola e o meio social de forma a concluir que não existe educação ideal, mas 
uma educação de classes. Em seu livro, “Educação para o Trabalho”, apresentou um confronto entre a 
escola tradicional e a escola proposta por ele, onde o trabalho tinha a posição central como metodologia.
Freire: Paulo Reglus Neves Freire destacou-se por seus estudos na área da educação. Educador e filósofo 
brasileiro, nascido em 1921, é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia 
mundial. Autor de “A Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, sempre defendeu 
o diálogo com as pessoas simples como um método realmente democrático, destacando-se dos métodos 
propostos pela vanguarda esquerdista de sua época.
Kant: Immanuel Kant foi um filósofo influente e considerado um dos últimos grandes filósofos do princípio 
da era moderna. Nasceu em 1724, na Prússia, e durante sua vida lecionou geografia e ciências naturais. 
Por muito tempo lecionou em universidade, tendo uma vida tranquila. Sua fama advém principalmente 
do idealismo transcendental, e também é conhecido por sua filosofia moral. Para Kant, o conhecimento 
permitiria ao homem atingir a “maioridade”, ou seja, emancipar-se; e a menoridade seria a incapacidade 
de fazer uso do seu próprio entendimento.
Locke: John Locke, considerado artesão do pensamento político liberal, fundou a moderna educação inglesa, 
cuja influência ultrapassou as barreiras geográficas de sua pátria. A maior parte de sua obra se caracteriza 
por ter uma forte oposição ao autoritarismo. Locke, com suas obras, é considerado o precursor do pensa-
mento iluminista. E, sem dúvida alguma, influenciou os pensadores de seu tempo, além de ser referência 
teórica para as reformas que surgiriam mais tarde.
Lutero: Martinho Lutero teve extrema importância no cenário histórico por ter dado início à Reforma pro-
testante. Foi ordenado sacerdote, porém, rompeu com a Igreja quando testemunhou a venda de indulgên-
cias. Nesse momento, Lutero negou a autoridade papal e foi excomungado, queimando a bula papal em 
praça pública, em 1520. Posteriormente, Lutero traduziu a bíblia para o Alemão, colocando-a ao alcance 
dos menos letrados.
Montesquieu: O Barão de Montesquieu, Charles-Louis de Secondat, foi considerado um dos grandes filóso-
fos do período iluminista. Escreveu um relatório no qual discorria sobre as formas de poder e explicava 
como os governos poderiam ser preservados da corrupção. Montesquieu também idealizou um Estado 
regido por três poderes: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Esta divisão do poder influenciou 
drasticamente a política moderna. A Igreja católica colocou seu livro “Espírito das Leis” entre os livros 
proibidos, mas mesmo com essa medida o sucesso da obra não foi impedido.
Montessori: Maria Montessori nasceu italiana, em 1870. Foi a primeira mulher a se formar em medicina na 
Itália. Após sua formatura iniciou um trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais e depois 
utilizou os métodos experimentados nessas crianças em crianças sem qualquer comprometimento de 
aprendizagem. Sua metodologia propunha despertar a atividade infantil a partir do estímulo, e promover 
uma autoeducação da criança, por meios adequados de trabalho a sua disposição. O educador, nesta visão, 
não atuaria diretamente sobre a criança, mas ofereceria a possibilidade de autoformação. Seu trabalho 
exigia um abundante material que possuía caráter autocorretivo.
Newton: Nascido em 1642, na Inglaterra, Newton destacou-se no cenário mundial por suas contribuições 
em cálculo e física. Sua obra é considerada uma das mais influentes da história da ciência. Suas descobertas 
culminaram numa revolução científica que influenciou o período em que vivia de forma intensa.
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VIDA E MEIO AMBIENTE Introdução aos Estudos da Educação
Licenciatura em Ciências · USP/Univesp
Piaget: Jean Piaget, suíço, foi um dos expoentes do estudo do desenvolvimento cognitivo. Estudou os pro-
cessos de construção do pensamento das crianças e dividiu os períodos de desenvolvimento humanode 
acordo com o aparecimento de novas qualidades de pensamento. A divisão das faixas etárias propostas por 
Piaget é uma referência, mas não uma norma rígida. A crítica de Piaget à escola tradicional é acida, pois, 
segundo ele, os sistemas educacionais objetivavam mais acomodar a criança aos conhecimentos tradicio-
nais do que formar inteligências inventivas e críticas.
Platão: Platão foi um filósofo grego de extrema importância na história. Discípulo de Sócrates, com ele mui-
to aprendeu. Para Platão a educação substitui a política, e teria o poder de refazer a história. No plano 
político, entretanto, pode ser considerado um reacionário, se comparado com os sofistas. Sua maior obra, 
“A República”, possui múltiplos significados que são suscetíveis também a múltiplas interpretações.
Rabelais: François Rabelais, nascido na França, provavelmente em 1484. Começou seus estudos para a vida 
religiosa, porém, os interrompeu para se dedicar à medicina. Viveu em um período conturbado pelas 
reformas protestantes e escreveu diversos livros que refletiam sua vida inapreensível, misteriosa e descon-
certante. Fervoroso iluminista, era contra e educação escolástica e lançou seu ataque contra os métodos e 
o formalismo da mesma.
Rousseau: Jean-Jaques Rousseau nasceu na Suíça em 1712, foi um importante filósofo, teórico político, 
escritor e compositor autodidata. Pode ser considerado o Copérnico da educação, pois suas ideias 
modificaram a história da educação de uma forma muito intensa. Sua pedagogia representou a pri-
meira tentativa radical e apaixonada de oposição fundamental à pedagogia da essência e de criação de 
perspectivas para uma pedagogia da existência. A educação, segundo Rousseau, não deveria ter por 
objetivo a modelação da criança com vista ao futuro nem para fins pré-determinados. Ele se mostrava 
contrário à educação precoce.
Sócrates: Sócrates pode ser considerado o primeiro mestre que defendeu sua própria ignorância. Grego, era 
considerado pelos demais gregos uma espécie de sofista, porém, não considerava que dava lições, e procu-
rava mais aprender do que ensinar através de suas discussões. Uma de suas frases mais famosas é: “Conhece 
a ti mesmo”. Teve Platão como discípulo, outro filósofo grego extremamente importante.
Sofistas: A palavra “sofista” significa “erudito”. Os sofistas eram homens cultos que, alfabetizados, brilhavam 
por seu espírito e por saber usar a palavra. Geralmente, eram estrangeiros que viajavam entre as cidades 
para vender seu talento. Atenas era o local predileto dos sofistas, e lá eram conhecidos como mestres do 
“saber-falar”.
Voltaire: O nome Voltaire era apenas pseudônimo de François-Marie Arouet. Ele nasceu em Paris, em 1694, 
e dentre outras atividades que exerceu foi poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e historiador iluminista. 
Voltaire defendia a liberdade de pensar diferente. Uma célebre frase de Voltaire era: “Devemos julgar um 
homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas”.
Vygotsky: Lev Semenovitch Vygostky, russo, nascido em 1896, foi pioneiro na noção de que o desenvolvi-
mento intelectual das crianças ocorria em função das interações sociais, as quais estavam submetidas às 
condições de vida. Seus estudos só ficaram conhecidos no ocidente depois de muitos anos de sua morte, 
que ocorreu em 1934, aos 37 anos, por advento de uma tuberculose.
	2.1 Introdução
	2.2 O que é pedagogia, afinal?
	2.3 A Educação da Grécia Antiga à Idade Média
	2.4 A Educação no Renascimento
	2.5 O nascimento da Pedagogia
	2.6 O século das Luzes e Rousseau
	2.7 Da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova
	2.8 Uma breve história da Pedagogia no Brasil

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