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DIREITO PENAL – Dia 23/01
CONDUTA DO AGENTE
Causas de exclusão da conduta (CHA)
Conduta tem que ser uma ação voluntaria e consciente. 
C- Coação física irresistível 
H- Hipnose ou sonambulismo 
Ato reflexo (movimento involuntário) 
Coação física irresistível:
	Coação física irresistível
	Coação moral irresistível
(art. 22, CP)
	O coator usa o corpo do coagido como um objeto inanimado para praticar o crime.
	O coator usa de violência ou grave ameaça para obrigar o coagido a praticar o crime.
	Exemplo: A pressionada o dedo de B sobre o gatilho matando C.
	Exemplo: A ameaça B obrigando a disparar contra C.
	Exclui a conduta/ tipicidade de B.
	Exclui a culpabilidade.
Classificação dos crimes quanto à conduta
Conduta: 		
Comissivos (ação) Matar (art. 121); Subtrair (Art. 155), Praticar (Art. 217)
Omissivos (omissão) 
Próprios: (a lei define a omissão) - deixar de prestar socorro (art. 135), abandono intelectual (art. 248), omissão na notificação de doença (art. 269).
	Impróprios: São crimes comissivos, mas que são praticamos por omissão excepcionalmente. Quem se omite é garantidor.
Exemplo: Para o garantidor deixar morrer é igual matar, deixar subtrair é subtrair.
“A” omitiu-se “B” morreu. 
- Se “A” não for garantidor, só vai ser punido pela omissão de socorro – que é uma conduta omissiva própria. Se presentes os requisitos do tipo (Ex: sem colocar em risco sua própria vida). A omissão de socorro é dolosa.
- Se “A” era garantidor, deixar se salvar equivale a matar. É uma conduta omissiva imprópria.
Obs. O dever de agir incumbe a quem? (Art. 13, “a”, “b”, “c”). 
“a” – tem por lei dever de cuidado, proteção ou segurança. Exemplo: dos pais, policiais. 
“b” – Quem de outra forma assumiu o dever de impedir o resultado. Exemplo: medico, salva-vidas, enfermeira, baba. Não é necessário que haja um contrato, basta a situação fática. 
“c” – Quem com seu comportamento anterior, criou um risco da ocorrência do resultado.
Obs. O homem que não estava lá. Se o suposto garantidor falta ou atrasa na situação em que deveria estar presente, não é responsabilizado por crime algum, (Ex: vamos supor que o salva-vidas não foi ao trabalho), pois não estava faticamente na posição de garante. Não vai responder penalmente por nada.
RESULTADO E NEXO CAUSAL
Classificação dos crimes quanto ao resultado
	Material
	Formal
	Mera conduta
	A lei prevê um resultado exige que ocorra para o crime estar consumado.
	A lei prevê um resultado, mas não exige que ele se ocorra para o crime estar consumado.
	A lei não prevê qualquer resultado, somente a conduta.
	Art. 121, CP
	Art. 158 – extorsão 
	Art. 150 – violação de domicilio
	Prever a conduta matar Causar a morte.
Se consuma com o resultado morte.
	Constranger com fim de obter vantagem.
Basta constranger, não é necessário obter vantagens.
	Porte de drogas para consumo próprio, basta apenas porta a droga, independente do resultado.
	
	Obs: tem que ver o verbo principal.
	
Nexo causal
Não basta ter o resultado, o resultado tem que ser causado pela conduta. 
Art. 13, caput – o resultado de que depende a existência do crime (consumação) só é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa toda a ação ou omissão sem a qual não teria ocorrido o resultado. (teoria da conditio sine qua non).
- art. 13, p.1, CP: A causa superveniente relativamente independente, exclui o resultado.
Exemplo: do um tiro para matar a pessoa, a ambulância chega para socorrer, a vítima ainda está viva, só que a ambulância sobre um acidente e ele morre. A pessoa que atirou vai responder por tentativa de homicídio, pois o dolo era matar, mas por uma causa superveniente, excluiu o resultado. 
Dia 02/02 – Direito penal
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
1. Consumação:
Nos termos do art. 14, I, CP, considerasse consumado um crime, quando realizado todos os elementos de sua definição legal.
2. Tentativa:
Nos termos do art. 14,II, CP, ocorre tentativa se iniciada a execução o sujeito não alcança a consumação por circunstancias alheias a sua vontade.
Punição: art. 14, P.U, CP, salvo disposição contrária, a tentativa terá a mesma pena do crime consumado, mas diminuída de 1/3 à 2/3. 
Nesse caso, o critério de redução da pena é: quanto mais próximo da consumação, menor será a redução. 
Classificação: 
A tentativa pode ser:
Branca x cruenta: Branca é quando da tentativa não resultar nenhuma lesão. Cruenta é quando da tentativa resulta lesão. 
Perfeita, completa, crime falho x imperfeita, incompleta:
A perfeita você esgota os meios executórios que estão ao seu dispor, termina o plano executório. A imperfeita o autor não esgota os meios, não completa seu plano.
Tentativa desistida:
Desistência Voluntária: Iniciada a execução, o sujeito por ato voluntário desiste de nela prosseguir, impedindo a consumação. Por consequência, fica afastada a tentativa e o sujeito só responde pelos atos já praticados. 
Basta interromper a execução para impedir a consumação.
Arrependimento eficaz: O sujeito já realizou os atos de consumação, mas o sujeito atua de forma eficiente para evitar que o resultado do crime. A sua consequência é a mesma da desistência voluntaria, fica afastada a tentativa e o sujeito responde pelos atos já praticados.
É necessário uma ação salvadora para impedir a consumação.
CONCURSO DE PESSOAS
1. Classificação típica da conduta de cada colaborador: 
Teoria monista: Todos respondem pelo mesmo crime (art. 29/30). Essa teoria é a adotada como regra pelo CP.
Por conta dessa teoria, mesmo aquele que não é funcionário público, poderá responder por crime funcional, desde que em concurso de pessoas com um funcionário publico.
Teoria Pluralista: Cada colaborador responde por um crime diferente. É adotada como exceção em dois tipos de casos:
1. Presunção da conduta de cada colaborador em um tipo autônomo, como exemplo, a corrupção (Art. 317, 333, CP) e aborto (art. 124 e 126, CP).
2. Cooperação dolosamente distinta: Nos termos do art. 29, paragrafo segundo, se um dos colaboradores não quis participar do crime mais grave, responderá no limite do seu, ou seja, nas penas do crime que aceitou participar, se previsível o resultado mais grave, a pena poderá ser aumentada ate a metade.
2. Requisitos para o concurso de pessoas:
Pluralidade de pessoas - 
Livre subjetivo – É a adesão de uma vontade a outra.
Relevância causal da cooperação – Se a colaboração da pessoa em nada interferir, será apenas dinâmica casual do fato, ficando afastado o concurso.
Unidade de crime - 
3. Autoria e Participação:
No Brasil é tradicionalmente adotada a teoria objetivo-penal, também chamada teoria do verbo nuclear. Autor seria aquele que realiza o verbo nuclear e participe aquele que colabora sem realizar o verbo.
4. Punição na participação:
Nos termos do art. 29, paragrafo primeiro, se a participação for considerada de menor importância , a pena poderá ser reduzida de 1/6 a 1/3.
Dia 06/02 – direito penal
ILICITUDE OU ATIJURIDICIDADE
Quando estudamos o crime, ele é composto por 3 elementos: Fato típico, ilicitude e culpabilidade.
Fato típico – Esta tipificado na lei, está previsto na lei.
Ilícito – É contrario a lei. Tudo que é típico, é geralmente ilícito, mas tem situações em que o fato não será ilícito. Existem situações que excluem a ilicitude.
Culpabilidade – Reprovável, não são passiveis de pena. 
1. Excludentes de ilicitudes ou antijuridicidade: (LE³)
São situações em que o fato deixa de ser ilícito. Ele é típico (previsto em lei), mas passa a ser lícito.
Obs: O consentimento do ofendido – 
A discordância é elemento do tipo (a pessoa não quer ser constrangida, como por exemplo: Art. 213 - relação carnal sem consentimento da vitima, Art. 150 – entrar em domicilio alheio sem o consentimento). Nesses casos o fato passa ser atípico.
A discordância não é elemento do tipo – Exemplo: crime de dano, lesão corporal, mas mesmo tendo a concordância não o torna o fato atípico,mas o torna permitido. 
A concordância é uma clausula supralegal de exclusão da ilicitude, possuindo dois requisitos: o ofendido seja capaz e o direito seja disponível. 
Exemplo: eu autorizo que minha mulher me bata na hora da relação. Mas não posso autorizar que alguém me mate, ou corte um dedo meu. Outro exemplo eu posso autorizar que alguém quebre um celular meu. 
A. Legitima defesa – (art. 23, 25, CP)
a) Definição: Age em legitima defesa quem pratica o fato para repelir (afastar) agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente os meios necessários. 
b) Requisitos: 
b.1) Agressão: É a conduta humana que ofende um bem jurídico protegido. 
Exemplo: o cachorro do vizinho, um pit bull foge de casa, fica rosnando para uma pessoa, e a pessoa pega uma pedra e ataca nele. Matar animal é um fato típico, e normalmente não pode. No caso do cachorro, não podemos alegar legitima defesa, pois é necessário uma conduta humana, mas pode ser alegado estado de necessidade.
Obs: não cabe legitima defesa contra ataque espontâneo de animal. E sim estado de Necessidade. Entretanto, se o ataque for comandado pelo seu dono, caberá legitima defesa.
b.2) Injusta: é a agressão não amparada pelo direito. Não cabe legitima defesa contra legitima defesa, ou seja, legitima defesa recíproca. Somente contra a uma ação injusta. 
Cabe, no entanto, legitima defesa contra o excesso de outra legitima defesa, é chamada de legitima defesa sucessiva. Exemplo: A tenta roubar B, B reage para se defender, mas B nervoso se excede e fica nítido a vontade de matar A. Nesse caso, no excesso de B, caberá a legitima defesa para A.
b.3) Atual ou iminente: É a agressão que esta ocorrendo ou prestes a ocorrer. Não cabe legitima defesa contra agressão passada, mas pode ser reconhecida causa de diminuição de pena ou atenuante. Ex: homicídio ou lesão corporal privilegiada, diante de forte emoção.
b.4) direito próprio ou alheio: Qualquer direito próprio ou de terceiro, que estiver sendo agredido pode ser defendido.
Segundo entendimento majoritário, os ofendiculos constituem legitima defesa pré ordenada, desde que sejam visíveis(ostensivos) e empregados. Exemplo: aviso de cerca elétrica, avisando a voltagem. 
b.5) Uso moderado dos meios de necessários: Tanto o meio quanto a forma de emprego para defesa, devem ser somente suficientes para repelir a agressão. 
Caso haja abuso do direito de defesa, o agente será punido por crime doloso ou culposo conforme o caso. Se o excesso dor inevitável, o agente não será punido. 
B. Estado de necessidade – Age em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual que não provocou por sua vontade, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício não seria razoável exige-se.
a) Requisito: 
a.1) perigo – qualquer situação em que .. ?
a.2) Involuntário – um perigo não provocado dolosamente pelo o agente.
a.3) Atual: é o que está ocorrendo no momento.
a.4) Direito próprio ou alheio: Qualquer direito próprio ou de terceiro, que estiver sendo agredido pode ser defendido.
a.5) Cujo o sacrifício não seria razoável resistir-se: O bem salvo tem que ser maior ou igual ao sacrificado. (o caso dos exploradores de caverna)
C. Exercício regular de direito -
D. Estrito cumprimento do dever legal -
CULPABILIDADE
É o juízo de reprovabilidade. É a censura sobre aquele que pode e deve agir de acordo com o direito. A base do juízo da culpabilidade, é a liberdade de escolher o bem e o mal. É a censura pelo mal uso da liberdade.
1. Excludentes de culpabilidade:
	Elementos da culpabilidade
	Excludentes (dirimentes)
	Imputabilidade – ou seja, ser imputável. 
	Inimputabilidade (doença mental, menoridade, embriagues acidental).
	Potencial consciência da ilicitude.
	Não há potencial consciência da ilicitude – erro de proibição. 
	Exigibilidade de conduta diversa
	Inexigibilidade de conduta diversa.
(coação moral irresistível e obediência hierárquica). 
A. Inimputabilidade:
Menor de 18 anos: Não se submete ao CP, mas sim ao ECA - Art. 27, CP.
Silvícola não adaptado: É o indígena não adaptado. Estatuto do índio.
Embriaguez acidental completa: art. 28, II §1º, §2º. É uma intoxicação de caráter agudo, gerada pela ingestão de álcool ou substância de efeitos análogos capaz de provocar desde uma ligeira euforia até o estado comatoso (coma alcóolico). 
Graus da embriaguez: 
Embriaguez incompleta: É a perda dos freios inibitórios – euforia.
Embriaguez completa: É a perda de controle, de auto determinação. 
Comatosa: sono profundo, é o coma alcóolico. 
Classificação da embriagues:
Preordenada: o sujeito se embriaga para praticar o crime. É uma circunstancia agravante. 
Voluntária ou culposa: A voluntária o sujeito bebe para se embriagar. E a embriagues culposa é que o sujeito fica embriagado por descuido. Nesses casos não afasta a imputabilidade, ou seja, o autor responde normalmente.
Se aplicada a base da culpabilidade (a liberdade) de forma pura, todos completamente embriagados seriam absolvidos, o que seria insuportável do ponto de vista politico criminal.
Obs: Não importa se o sujeito era livre no momento da lesão, mas sim se era na origem, na causa (ao beber). É a teoria da ação livre da causa – “actio libera in causa”. 
Acidental: caso fortuito ou força maior. Se ela for completa a consequência é que afasta a imputabilidade. Se incompleta diminui a pena.
Patológica: É o alcoolismo. Como qualquer doença mental, gera consequências do artigo 26, CP. 
Doença mental – art. 26, CP. É aquele que em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (causa biológica) não tem condições de compreender o caráter ilícito do fato ou portar-se de acordo com o tal entendimento (consequência psicológica). 
Possível concluir que o artigo 26, adota o critério biopisicológico para inimputabilidade.
Consequências: O inimputável do art. 26, que pratica fato típico e antijurídico, receberá medida de segurança em uma sentença de absolvição impropria. 
A.1. Semi-imputável: 
O semi-imputável tem a mesma causa biológica. (doença mental, menor de 18 anos, etc.), mas a consequência psicológica é a perda de apenas parcial capacidade de autodeterminação. 
O semi-imputável que pratica que pratica fato típico e antijurídico será condenado e receberá pena (reduzida) ou medida de segurança.
B. Erro de proibição: É a equivocada compreensão sobre o que é proibido, e o que é permitido, ou seja, não há potencial consciência da ilicitude. Pode ser classificado como: 
Inevitável/ invencível: É aquele em que o autor e nas suas condições de vida não poderia saber da proibição. Consequência: Exclui, afasta a culpabilidade. 
Exemplo: um senhor da roça, que não sabia nem ler e escrever, não via televisão, tinha um canarinho na gaiola, e ele não sabia que era proibido, e nem tinha como sabe, para ele, ele fazia bem para o passarinho, pois ele cuidava mt bem e não tinha estudo.
Evitável/ vencível: É aquele em que o autor não sabe, mas nas suas condições de vida, poderia saber da proibição. Consequência: Diminui a pena.
Exemplo: eu não sabia que poderia ter arma em casa, pois a lei tinha acabado de mudar, mas eu poderia saber.
Obs: Erro de proibição x “ignorantia legis neminen execusat” (ninguém se escusa de cumprir a lei alegando não conhece-la). 
O erro hora estudado não incide sobra a existência da lei, mas sim sobre o conteúdo proibitivo que ela vincula. O senhor do passarinho, ele conhecia a lei, mas ele achava que era proibido o maus tratos ao passarinhos e não que era proibido tê-lo. 
C. Inexigibilidade de conduta diversa:
São duas as causas legais de inexigibilidade de conduta diversa:
Coação moral irresistível: O sujeito obriga terceiro a praticar ação ou omissão. Nesse caso, o constrangido terá afastada sua culpabilidade, respondendo pelo crime o coautor.
Obediência hierárquica: Ordem aparentemente legal de superior para inferior, com vinculo publico. O superiorresponde pelo crime e o inferior tem afastada sua culpabilidade. 
Direito penal – 09/02
Regime inicial de cumprimento de pena
Em regra, o critério para terminar o regime inicial é o tempo da pena:
Aberto
Semiaberto
Fechado
	
	Reclusão
	Detenção
	Pena de até 4 anos
	Aberto
(Semiaberto/fechado)
	Aberto
(Semiaberto)
	Pena maior 4 até 8 anos
	Semiaberto
(Fechado)
	Semiaberto
	Pena maior de 8 anos.
	Fechado
	Semiaberto
Obs: possível concluir pela inviabilidade de regime inicial fechado, na pena de detenção. 
Exceções: No entanto, determinadas situações excepcionais podem resultar em regimes mais graves que os recomendados pela quantidade da pena.
Reincidência: O reincidente receberá sempre o mais grave regime possível para a espécie, não importando a quantidade da pena.
Ou seja, se o crime for de pena detenção o seu regime será semiaberto, e se for crime com pena de reclusão seu regime será fechado.
Sumula 269, STJ – o Reincidente condenado a pena que não supera a 4 anos de reclusão pode iniciar em regime semiaberto, se favoráveis as circunstancias.
Circunstancias do caso concreto: recomendam regime mais grave.
Sumula 719 e 718, STF – A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivo suficiente para fixar regime mais grave: é necessária fundamentação nas peculiaridades do caso concreto. 
Sumula 440, STJ – Esclarece que se a pena foi fixada no mínimo não sera admitida a imposição de regime mais grave (baseado na gravidade em abstrato do crime)
Regime inicial fechado automático por força da lei:
Crime hediondo ou equiparado – A lei de crimes hediondos prevê o regime inicial fechado obrigatório, mas foi declarado inconstitucional pelo STF. 
Obs: De forma contraditória, prevalece no STF que o regime inicial fechado obrigatório previsto na lei de tortura, é constitucional.
Art. 387, p.2, CPP – Ao fixar o regime inicial de cumprimento de pena, o juiz deverá descontar o tempo de prisão provisória.
Ex: O juiz fica a pena de 5 anos de reclusão, mas o réu já esta 2 anos preso provisoriamente. Com isso, vai diminuir esses 2 anos em 5, ficando 3 anos de pena, fixando no regime aberto.
Conceito de reincidência - Art. 63, CP. 
Quem pratica novo crime depois do transito em julgado de sentença condenatória.
I_____________________I______________I_______________
Crime SC TJ
2) ______________I (SC)
3) _________________________I (Sc)
4)_______________________________________I(sc)
 			 5) _____I (sc). 
Obs: só é reincidente no 5 crime, pois praticou o crime DEPOIS que teve uma sentença transitada em julgado. O crime quatro não, pois embora já tinha TJ em julgado, praticou o crime antes do TJ. 
	Condenado com 1 transito em julgado por
	
Pratica novo
	
	Crime
	Crime
	Reincidente
	Crime
	Contravenção
	Reincidente
	Contravenção
	Contravenção
	Reincidente
	Contravenção
	Crime
	Primário
Não gera reincidência:
a) Crimes políticos 
b) Crimes militares próprios: aquele previsto na legislação militar.
Período depurador: A reincidência não pode ser perpétua. 
A reincidência será depurada automaticamente 5 anos depois da extinção da pena, contato o período de prova do sursis e do livramento condicional.
Dia 16/02 – direito penal
Dos crimes contra a pessoa
I- Dos crimes contra a vida:
1) Infanticídio: Art. 123, CP.
A) Sujeito Passivo: É o filho que esta nascendo ou o recém-nascido. 
Obs: Se durante o estado puerperal a mãe matar outro filho dela, que não é o recém-nascido, o crime será de homicídio. 
Importante! Se, por erro sobre a pessoa, a mãe mata outro recém-nascido pensando se tratar de seu próprio filho, responde por infanticídio, na hipótese ocorreu erro sobre a pessoa, em que o art. 20, CP diz que o agente responde como se tivesse matado quem se pretendia, igual a infanticídio. 
Exemplo: “A” – mãe, que está no estado puerperal, vai ate o berçário com a intenção de matar o seu filho “B”, mas por erro, mata “C”. Nesse caso, como houve erro sobre a pessoa, ela responderá como se ela tivesse matado “B”, ou seja, por infanticídio. 
B) Sujeito Ativo: A autora do infanticídio é sempre a mãe que está no estado puerperal. (Crime próprio).
O infanticídio admite participação e coautoria? Sim, admite ambos. Haverá participação quando só a mãe realizar os atos executórios (matar o bebê) e uma outra pessoa a incentiva-la a fazer, neste caso a mãe é autora e a outra pessoa é participe. É também possível à coautoria, em razão da regra do art. 30, CP, que diz que as circunstancias de caráter pessoal quando forem elementares se estendem aos comparsas. Por isso, se uma outra pessoa ajuda uma mãe a matar o recém nascido, o outro também é punido como se tivesse em estado puerperal, e os dois respondem por infanticídio. 
2) Induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio: Art. 
A lei não puni quem tenta se matar e não consegue, só puni aquele que colabora com o suicídio alheio, por conta disso esse crime é chamado também de participação em suicídio.
Quem diretamente induz, instiga ou auxilia um suicídio é autor do crime de participação em suicídio. 
A) Condutas Típicas:
a) Induzir: É fazer surgir a ideia do suicídio em alguém.
b) Instigar: É reforçar a ideia já existente em alguém.
c) Auxiliar: Temos como exemplo, emprestar a arma ou a corda para alguém se matar. Nesse auxilio, a conduta tem que ser acessória em relação a morte, sob pena de configurar o crime de homicídio. 
Importante! Consumação e tentativa. Consuma-se quando a vitima morre ou quando está venha sofrer lesão grave. Caso a vitima não sofra qualquer lesão ou sofra apenas lesão leve, o fato será ATIPICO, dai não é cabível a tentativa. 
B) Pacto de Morte - É um pacto suicida em que duas pessoas combinam de se matar na mesma hora. Se um deles sobrevive e o outro morre, o sobrevivente responde por participação em suicídio. 
Se no pacto de morte fica combinado que “A” deve atirar em “B”, e depois em si mesmo:
Se “B” morrer e “A” sobreviver ao disparo contra o próprio corpo, “A” responde por homicídio.
Se “B” sobrevive e “A” morre – “B” responde por participação em suicídio. 
“A” e “B” sobrevivem – “A” responde por tentativa de homicídio, e “B” Só responderá por participação em suicídio se “A” tiver sofrido lesão grave, pois caso contrário o fato é atípico. 
3) Aborto – Art. 124 a 128, CP
É a interrupção da gravidez com a consequente morte do feto.
A) Aborto criminoso: Art. 124, CP. 
Aborto provocado pela gestante, ou com seu consentimento. Neste crime, há duas condutas típicas:
Auto aborto: consiste em a gestante provocar aborto em si mesma, o exemplo mais comum é a ingestão de medicamentos abortivos. 
Consentimento para o Aborto: Aqui a lei pune a gestante que consente que outra pessoa nela realize o aborto.
IMPORTANTE! A outra pessoa, que realiza o ato abortivo, comete crime mais grave, previsto no art. 126, CP, que se chama provocação de aborto com consentimento da gestante.
B) Provocação do aborto SEM o consentimento da gestante: art. 125.
Este crime pode ocorrer em duas hipóteses:
Quando não havia consentimento algum por parte da gestante.
Nas hipóteses do Art. 126, P.U, CP.
Atenção! O CP, no seu artigo 128, CP permite o aborto em duas hipóteses:
a) Aquele feito por medido quando não há outro meio para salvar a vida da gestante. (Aborto necessário/ terapêutico)
b) É aquele feito por médico com autorização da gestante ou de seu representante legal, se forem capaz, quando a gravidez resulta de estupro. (Aborto sentimental/ humanitário).
4) Homicídio: Art. 121, CP.
Consuma-se o homicídio com a morte cerebral. 
Cuidado! Se já tiver demonstrada a morte encefálica (cerebral), o desligamento de aparelhos como respirador artificial ou a retirada de órgãos, com prévia autorização do morto ou de seus familiares, não constitui crime, pois seria um crime impossível, o fatoé atípico.
A) Homicídio Privilegiado: art. 121, paragrafo 1°,CP.
Nas hipóteses de homicídio privilegiado a pena é diminuída de 1/6 à 1/3, e são as seguintes: 
Se for praticado por motivo de relevante valor moral. (ex: eutanásia) 
Se for praticado por motivo de relevante valo social (ex: matar o traidor da pátria) 
Se matar sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vitima (ex: quando alguém mata em flagrante de adultério).
B) Homicídio Qualificado: 
Uma das qualificadoras do homicídio é o feminicídio (homicídio contra mulher por razões da condição de sexo feminino, alias que envolve violência domestica e familiar, além do menosprezo ou discriminação a condição de mulher.