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DESAFIO PROFISSIONAL 3 PERIODO

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
EDUCAÇÃO FÍSICA
Disciplinas: Crescimento e desenvolvimento humano; Introdução à Educação Física; Jogos, brinquedos e brincadeiras; Ciências morfofuncionais e seminário da prática – Fundamentos da Educação Física escolar.
TUTORA A DISTÂNCIA: PATRÍCIA NERI
DESAFIO PROFISSIONAL
EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO
 ALUNOS
Altamir Ferreira da Silva – RA – 2182942703 
Brisa Da Silva Melo – RA -1317357812
Leandro Pereira De Andrade - RA - 5602181689
Luciene Alves De Andrade – RA - 5654145380
Mariana De Lourdes Costa - RA -2712215137
CERES – GOIÁS
ABRIL / 2017�
EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO
1 INTRODUÇÃO
O esporte está entre as mais fortes manifestações culturais e sociais que conhecemos e por isso possui lugar de destaque nas mídias e nos diálogos corriqueiros em nossa sociedade. Além disto, possui grande poder educacional dentro e fora da escola por sua competência em socializar, superar diferenças, respeito às regras e por promover a inclusão.
Com base nisto cabe ao educador avaliar criteriosamente se toda prática de esporte é educativa e atinge os propósitos acima citados, se existem diferenças entre as práticas esportivas realizadas na escola e fora dela, outro critério a ser analisado é quais tipos de esportes estão sendo desenvolvidos nas escolas, pois se trabalhado de forma incorreta o esporte pode ser um instrumentos de preconceito, exclusão, individualismo, bullying e excessiva competitividade.
No âmbito da educação o esporte tem maior foco nas aulas de Educação Física e o educador desta disciplina deve conhecer as definições e aplicações de “esporte na escola” e “esporte da escola” para que realize em sua prática pedagógica uma ponte entre o esporte adequado aos objetivos pretendidos. Para Santin (2007) o principal desafio é qual tipo de educação o esporte está propondo ao ser ensinado e a forma como este é praticado na instituição de ensino.
Assim, será apresentado o esporte da escola e o jogo na Educação Física escolar e suas características, bem como propostas para melhor aproveitamento da prática esportiva enquanto recurso que promova a interdisciplinaridade.
2 ESPORTE DA ESCOLA
Santin (2007) faz uma diferenciação gramatical das abordagens de “esporte na escola” e “esporte da escola”: “No caso do esporte Na escola, temos a contração de artigo com preposição em + a = NA, logo podemos dizer que o esporte EM (+ a) escola é a reprodução do esporte como ele já existe no ambiente escolar. Já na contração de + a = DA, encontramos um esporte de (+ a) escola, ou seja, esporte DE escola, transformado, modificado, adaptado segundo as necessidades e os objetivos educacionais que a Educação Física escolar pretende realizar”.
O esporte da escola é constituído pela atuação pedagógica do educador de Educação Física para atingir todos os alunos, para manter seu interesse, envolvimento e contentamento com as atividades propostas. Assim, o professor tem a liberdade de transformar o esporte enquanto recurso de ensino; poderá alterar suas regras, recursos e locais a ser praticado, com o objetivo de instigar seus discentes a uma reflexão a respeito do esporte. Nesse modelo o professor irá trabalhar a co-educação, com práticas em conjunto sem segregação por sexo, sem importância exacerbada pela técnica perfeita, visando o aprendizado através do jogo: “o esporte na escola é aquele que é assumido, trazido de fora; e esporte da escola o esporte que a escola o assume conforme os princípios de sua filosofia pedagógica. O adapta ao processo educacional. São os princípios pedagógicos a referência, à eles o esporte deve se submeter” (SANTIN, 2007).
Para �Silva e Costa, diante da falta de recursos ou de manutenção de equipamentos o professor, que trabalha com esporte da escola, deverá trabalhar alternativas criativas para superar estes tipos de obstáculos, pois estes não podem ser motivos para se acomodar em práticas sem criatividade: “... é importante e fundamental que o esporte seja tratado pedagogicamente de forma mais abrangente nas suas outras dimensões, entre elas, a histórica, a antropológica, a cultura, a social, entre outras” (FINCK, 2011).
Para Castellani Filho et al (2009) o esporte da escola não deve priorizar ou destacar quem é melhor ou mais habilidoso em certa prática esportiva, pois deve buscar o envolvimento e o desenvolvimento de todos. Ou seja, é importante resgatar valores que visem o coletivo, a solidariedade, respeito, compreendendo que jogar com um companheiro difere de jogar contra um adversário.
3 O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
O jogo é uma “atividade física ou mental organizada por um sistema de regras que definem perda ou ganho” que para Seybold (1983) está em posição de comparação de habilidades e para o autor as aulas de Educação Física devem estimular o princípio de coletividade, desarmando a ambição egoísta e buscando a realização coletiva.
O jogo envolve regras e conjunto de participantes e para ser trabalhado na escola deve ser apresentado através do lúdico para garantir diversão e contentamento dos discentes, promovendo a inclusão de todos. No ambiente escolar o jogo deve ser trabalhado com base em princípios pedagógicos em que tanto os discentes mais como os menos capacitados possam contribuir para alcançar um resultado coletivo.
Além disto, o jogo é capaz de incentivar quanto à compreensão de dificuldades alheias, promover a tolerância, auxílio e consideração ao próximo, também é válido para ensinar regras de convivência ao ser baseado na ordem e na liberdade. O jogo ensina noções de separação de tempo, espaço e regras, é um excelente meio de socialização. O jogar auxilia o desenvolvimento integral do indivíduo, possibilita a expressão, integrando qualidades e defeitos, habilidosos e não habilidosos, possibilitando a valorização da pessoa enquanto ser humano único (BROTTO, 1999).
O jogo pode ser cooperativo ou competitivo, ambos são opostos e o jogo competitivo tem por objetivo maximizar seus resultados e só um indivíduo ou um grupo é o vencedor, enquanto o jogo cooperativo requer a presença participativa de todos, que por meio da cooperação irá integrar os “diferentes” e potencializar os “semelhantes” e na Educação Física os dois tipos de jogos devem ser trabalhados de modo a tornarem as aulas mais atrativas e prazerosas, em que o professor poderá ensinar regras, introduzir valores e promover o desenvolvimento integral de seus alunos (VALDUGA, 2011).
CONCLUSÃO
Com base em tudo que foi observado pode-se concluir que a literatura oferece subsídios necessários para uma boa compreensão a respeito da contribuição dos jogos nas atividades escolares. E o ambiente escolar influencia e ajuda na construção da identidade individual, nesse sentido o jogo é uma ferramenta capaz de transformar o comportamento dos alunos.
Ao compreender que o jogo pode ser competitivo ou cooperativo é possível perceber que é a forma como este é aplicado que irá definir quais contribuições ele irá ofertar aos alunos, pois se trabalhado de forma adequada o jogo pode proporcionar além de diversão e cidadania, porém se não for direcionado por valores pedagógicos pode favorecer discussões e bullying entre os alunos.
O professor é o grande responsável por motivar e incentivar a prática de atividades nas aulas de Educação Física, conhecendo teorias e práticas enriquecedoras para trabalhar o jogo em sua prática pedagógica e introduzir conceitos como perda, vitória, fracasso, ansiedade, técnica, cooperação e competição, egoísmo, coletividade, aceitação e rejeição, cultura, dentre outros.
Ou seja, a Educação Física pode dá nova compreensão ao esporte, nova visão de seu significado, propiciando o desenvolvimento integral da criança que pode se sentir livre para expressar sua intencionalidade através do movimento.
ROTEIRO DE AULA
	Curso
	Anos finais do ensino fundamental
	Período letivo: 2017
	Ano/Turma
	9º
	Temas
	Educação em Movimento: Esporte e Jogo
	DisciplinaEducação Física
	Conteúdo
	Esporte e jogos: reflexão e prática. 
	Objetivos
	Refletir sobre o jogo e o esporte distinguindo entre os dois.
Assimilar a teoria sobre as regras do esporte e aplicá-las na prática.
Desenvolver valores como cooperação, coletividade e inclusão.
Adquirir conhecimento por meio da pesquisa.
Criar regras que facilitem o esporte para aqueles que possuem dificuldades em praticá-lo.
	Atividades
	1º atividade: Pesquisa e Seminário - Esporte
Divididos em 4 grupos, os alunos irão pesquisar sobre as regras do handebol, futebol, voleibol e do xadrez.
Com a pesquisa realizada irão apresentar o que aprenderam para a turma através de slides e/ou cartazes.
2º atividade: Prática dos esportes pesquisados – Jogo e esporte.
Toda a turma irá jogar partidas dos esportes/jogos que pesquisaram e eles mesmos se organizarão de modo que todos participem, tendo liberdade para alterar as regras para incluir seja deficiente físico ou alunos que não tenham habilidades para jogar.
3º atividade: Debate – Jogos e esportes.
Após os jogos o professor irá propor um debate para descobrir quais as dificuldades que os alunos enfrentaram, quais valores depreenderam das atividades e se eles compreenderam a importância de trabalhar em grupo e a necessidade de adaptar o espaço, os recursos e as regras para promover a inclusão.
4º atividade: Jogo Cooperativo: Queimada Maluca – Jogo e esporte.
Os objetivos são queimar, não ser queimado e salvar colegas.
Os alunos podem manter o jogo vivo ou ter um vencedor: vencer ou cooperar? O professor joga a bola pra cima e inicia o jogo, quem pega a bola pode dá 3 passos e jogar a bola, se acertar em alguém irá anotar (Q de queimei ou S de salvei), quem for queimado deve anotar e sentar no chão, para salvar é só não acertar o colega que está em pé e passar a bola pra alguém que estar sentado e sentar em seu lugar. Tudo será anotado e comentado depois.
5º atividade: Debate final.
Por fim todos sentarão no chão para discutir o que os levou a tomar a decisão de queimar ou salvar e o professor irá explicar que eles transformaram o esporte (queimada) em jogo (queimada maluca) ao transformar livremente as regras.
	Recursos
	Bola de meia, de vôlei, de handebol e de futebol. Tabuleiro de xadrez. Giz, papel e caneta para anotações, sala de informática.
	Avaliação
	A avaliação deverá ser contínua e de registro, com base nos debates e na pesquisa, com base no envolvimento com as atividades propostas e com a apropriação de valores e conceitos. Será avaliada a forma e as fontes de pesquisa e a apresentação desta. Pode-se observar se houve mudanças de atitudes e comportamento ao longo das atividades: se os alunos são receptivos às mudanças propostas pelo professor e se ouvem uns aos outros no momento do debate. 
DIAGNÓSTICO DA APRENDIZAGEM MOTORA DE DOIS ALUNOS
Hipoteticamente dois alunos do 9º apresentam dificuldades no desenvolvimento motor e isto será trabalhado no roteiro de aula demonstrado acima. Para Krebs (2001) as crianças devem ser incentivadas quanto a prática de esportes ainda na infância quando devem ser apresentadas a atividades físicas que lhe ajudem na aprendizagem de movimentos.
O aluno A tem 15 anos e sofre de asma, o que limita suas atividades físicas além de interferir no seu desenvolvimento motor, ele não pode participar de exercícios que demande muito esforço físico, porém na queimada maluca ele participou ativamente pois quem pegava a bola dava apenas 3 passos, queimava ou salvava alguém e sentava. O jogo contribui para o desenvolvimento motor e cognitivo, pois ajuda a melhorar a percepção, o raciocínio e requer movimentos coordenados: levantar, andar, arremessar e sentar.
O aluno B tem 14 anos e por problemas neuropsicológicos apresenta dificuldades na motricidade fina, ou seja, possui pouca destreza para manipular objetos e no jogo de xadrez o aluno foi estimulado a pegar cada peça do jogo para colocar no local correto o que auxilia no desenvolvimento motor, este elemento favorece o maior controle do corpo no espaço e não é apenas serve apenas para ajudar na coordenação motora como também no aspecto cognitivo.
ANÁLISE DE GRUPOS MUSCULARES EXIGIDOS NO FUTEBOL
Em uma partida de futebol muitos músculos do corpo humano são muito exigidos, mas principalmente aqueles dos membros inferiores, muitos atletas também valorizam a movimentação correta dos membros inferiores (bíceps e deltóide) no momento da corrida.
Os principais músculos exigidos são o glúteo máximo, quadríceps (faz a extensão do joelho), flexores plantares, os músculos posteriores da coxa e a panturrilha, estes músculos são fundamentais para correr, driblar e chutar. Os músculos da coxa seja os posteriores, anteriores e medial têm a principal função de flexionar o quadril e pela extensão dos joelhos e das coxas e por rotações da perna. São muitos os músculos da perna que são essenciais para que ocorra o movimento dos pés e para a realização de chutes precisos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como exercício de convivência. Tese (mestrado) – Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.
Castellani Filho, et al. Metodologia do Ensino de Educação Física (2ª ed.). São Paulo: Cortez, 2009. 
ESPORTE, Sociedade Mineira de Medicina do Exercício e do. Entrevista sobre Futebol. Disponível em: http://smexe.com.br/entrevistas/entrevista-sobre-futebol/. Acesso em 05 de abril de 2017.
Finck, S. C. M. A Educação Física e o esporte na escola: cotidiano, saberes e formação (2ª ed.). Curitiba: Ibpex, 2011.
KREBS, R.J. A especialização esportiva precoce: uma releitura à luz da Teoria dos Sistemas Ecológicos. In: VARGAS, A. (Org.). Desportos e tramas sociais. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
PIRES, Flávio Pereira, et al. Educação Física e esporte: o esporte na 
escola e da escola nas aulas de Educação Física. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd219/o-esporte-na-escola-e-da-escola.htm. Acesso em 02 de abril de 2017.
SANTIN, S. Esporte Educacional: esporte da escola e esporte na escola. XXVI Simpósio Nacional de Educação Física: Pelotas – RS. Disponível em: http://labomidia.ufsc.br/Santin/ef/24_santin.pdf. Acesso em 02 de abril de 2017.
SEYBOLD, A. Educação Física: Princípios Pedagógicos. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983.
SILVA, A. K. S. Y. COSTA, M. R. F. Repensando o esporte na escola e da escola. Portal Dia a dia Educação. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1758-8.pdf. Acesso em 02 de abril de 2017.
UOL, Educação. Cultura em todo esporte. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/educacao-fisica-cultura-em-todo-esporte.htm. Acesso em 03 de abril de 2017.
VALDUGA, Camila. 2011. Jogo na Educação Física: discussões e reflexões. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd159/jogo-na-educacao-fisica-discussoes-e-reflexoes.htm. Acesso em 04 de abril de 2017.
� Silva, A. K. S. y Costa, M. R. F. (s.d.). Repensando o esporte na escola e da escola. Portal Dia a dia Educação. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1758-8.pdf. Acesso em 02 de abril de 2017.

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