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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS JOÃO PAULO DE SALES PIMENTA EXPERIÊNCIA 10: PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES ÁCIDAS E BÁSICAS BELO HORIZONTE 2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 4 3 MATERIAIS E REAGENTES ................................................................................... 4 4 PROCEDIMENTOS ................................................................................................. 5 4.1 Padronização da Solução de NaOH com Solução Padrão de Hidrogenoftalato de Potássio ................................................................................... 5 4.2 Padronização da Solução de HCl com Solução Padronizada de NaOH5 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 6 5.1 Resultados e discussão 1 ........................................................................ 6 5.2 Resultados e discussão 2 ........................................................................ 7 6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8 7 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 8 1 INTRODUÇÃO Na titulação, os métodos volumétricos são bastante utilizados, já que são métodos simples, geralmente são rápidos e possuem alta precisão. A análise volumétrica consiste na determinação quantitativa da concentração desconhecida de uma solução, utilizando uma solução de concentração exatamente conhecida (solução padrão). A operação de adição de uma solução conhecida (titulante) sobre a de concentração desconhecida (titulada) usando uma bureta é conhecida como titulação. A reação que ocorre entre a solução padrão e a solução de concentração desconhecida precisa ser acompanhada até o seu final. O ponto em que ocorre o término da titulação chama-se ponto de equivalência ou ponto final teórico (ou estequiométrico). O final da titulação pode ser identificado por alguma mudança visual, produzida pela própria substância padrão ou pela adição de um reagente auxiliar, conhecido como indicador. O ponto em que a mudança visual ocorre é chamado de ponto final da titulação. Numa titulação ideal, o ponto final visível coincide com o ponto final estequiométrico ou teórico. Na prática, no entanto, ocorre uma diferença muito pequena, que representa o erro da titulação. O indicador e as condições experimentais devem ser relacionados de modo que a diferença entre o ponto final visível e o ponto de equivalência seja tão pequena quanto possível. Os métodos volumétricos são de alta precisão (uma parte em 1000). Requerem aparelhagem mais simples e são, geralmente, executados com rapidez. As análises volumétricas têm os seguintes requisitos: Recipientes de medida calibrados, incluindo buretas e pipetas; Substâncias de pureza conhecida para a preparação de soluções padrões; Um indicador visual ou método instrumental para se detectar o ponto final da reação; Uma das substâncias comumente empregadas como padrão primário é o hidrogenoftalato de potássio, usado para determinar a concentração de uma solução básica. Por conta disso, esta é uma substância livre de padronizações. Além do mais, por não ser hidroscópico, não reage com ar. Figura 1: Estrutura do hidrogenoftalato de potássio. 2 OBJETIVOS Determinar a concentração (em quantidade de matéria) das soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio. 3 MATERIAIS E REAGENTES Béquer (50 mL); Bureta (50 mL); Erlenmeyer (250 mL); Frasco de resíduo; Funil pequeno de colo curto; Garra; Pipeta volumétrica (10 mL); Suporte para bureta. Solução alcóolica de fenolftaleína a 1%m/v (3 mL); Solução aquosa de NaOH 0,1 mol L-1 (140 mL); Solução aquosa de HCl 0,1 mol L-1 (70 mL); Solução aquosa de KH(C8H4O4) 0,1 mol L-1 (70 mL). 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Padronização da Solução de NaOH com Solução Padrão de Hidrogenoftalato de Potássio Lavou-se a bureta com água destilada e fez-se ambiente (lavou-se duas vezes com pequenas porções, aproximadamente 3 mL cada, da solução de NaOH ≈ 0,1 mol L-1). Prendeu-se a bureta em suporte apropriado. Com auxílio de funil de colo curto, encheu-se a bureta com a solução de NaOH até um pouco acima do traço que indica zero mL. Retirou-se as bolhas de ar que ficaram no bico da bureta ou aderidas às suas paredes internas. Abriu-se a torneira da bureta, deixou-se escoar a solução até que a parte inferior do menisco coincidiu com o zero mL. Colocou-se em um béquer de 50 mL uma pequena porção de solução padrão de hidrogenoftalato de potássio 0,100 mol L-1 e, com esta solução fez-se ambiente em uma pipeta de 10 mL. Pipetou-se 10,0 mL da solução padrão com a pipeta ambientada e transferiu-a para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionou-se à solução do erlenmeyer 3 gotas da solução alcoólica de fenolftaleína e agitou-se. Deixou-se escoar lentamente a solução da bureta sobre a solução do erlenmeyer, agitando-o sempre até que fosse visível uma coloração levemente rósea. Anotou-se o volume da solução de NaOH adicionada. Repetiu-se a titulação mais duas vezes. Calculou-se a média dos volumes da solução de NaOH gastos. Caso a diferença na medição dos volumes fosse superior a 0,1 mL as titulações deveriam ser repetidas e então, com os dados obtidos calculou-se a concentração, em quantidade de matéria, da solução de NaOH. 4.2 Padronização da Solução de HCl com Solução Padronizada de NaOH Com auxílio de funil de colo curto, encheu-se a bureta com a solução de NaOH até um pouco acima do traço que indica zero mL. - Retirou-se as bolhas de ar que ficaram aderidas às suas paredes internas. Abriu-se a torneira da bureta, deixou-se escoar a solução até que a parte inferior do menisco coincidiu com o zero mL. Colocou-se em um béquer de 50 mL uma pequena porção de solução HCl e com esta solução fez-se ambiente em uma pipeta de 10 mL. Pipetou-se 10,0 mL da solução de HCl com a pipeta ambientada e transferiu-a para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionou-se à solução do erlenmeyer 3 gotas da solução alcoólica de fenolftaleína e agitou-se. Deixou-se escoar lentamente a solução da bureta sobre a solução do erlenmeyer, agitando-o sempre até que fosse visível uma coloração levemente rósea e com isso, anotou-se o volume da solução de NaOH adicionada. Repetiu-se a titulação mais duas vezes. Calculou-se a média dos volumes da solução de NaOH gastos. Caso a diferença a medição dos volumes fosse superior a 0,1 mL as titulações deveriam ser repetidas. Com os dados obtidos calculou-se a concentração, em quantidade de matéria, da solução de HCl. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Resultados e discussão 1 Após fazer ambiente nas vidrarias e fazer a montagem necessária, encheu-se a bureta até o ponto zero mL, foi transferido para três erlenmeyers 10 mL de uma solução de hidrogenoftalato de potássio e nesses erlenmeyers foram acrescentadas três gotas de fenolftaleína, em cada um. Foi feita a titulação da solução de NaOH, para determinar quantitativamente a concentração da solução. O volume de NaOH escoado nas três tentativas foram, aproximadamente, respectivamente: 10,9 mL, 11,0 mL, e 11,0 mL. Considerando o volume como sendo a média dos volumes obtidos (10,96 mL), foi calculada a concentração da solução de NaOH: Concentração da solução = quantidade de matéria / volume da solução O valor da concentração esperado era de 0,1 mol L-1, porém obteve-se 0,0912 mol L-1. O erro estava relacionado com a quantidade de NaOH acrescentado, que foi um valor um pouco acima do valor calculado, e também associado à titulação que sempre escorre solução após a viragem de pH. O resultado experimental foi bastante divergente do resultado teórico,faltou precisão no experimento causados por erros humanos. 5.2 Resultados e discussão 2 Encheu-se a bureta até a marca de zero mL com a solução 1,1 mol L-1 de NaOH, foi transferido para três erlenmeyers 10 mL da solução de HCl preparada e nesses erlenmeyers foram acrescentadas três gotas de fenolftaleína em cada um. Foi feita a titulação da solução de HCl, para determinar quantitativamente a concentração da solução. O volume de NaOH escoado nas três tentativas foram, aproximadamente, respectivamente: 11,2 mL, 11,3 mL e 11,2 mL. Considerando o volume como sendo a média dos volumes obtidos (11,23 mL), foi calculada a concentração da solução de HCl: Concentração da solução = quantidade de matéria / volume da solução Quantidade de matéria = concentração da solução x volume da solução Q = 0,100 mol L-1 x 0,00912 L Q = 0,000912 mol Mols de NaOH utilizado = mols de HCl neutralizado Concentração da solução = quantidade de matéria / volume da solução C = 0,000912 mol / 0,01123 L C = 0,0812 mol L-1 O valor da concentração esperado era de 0,1 mol L-1, porém obteve-se 0,00812 mol L-1. O erro estava relacionado com o volume de HCl concentrado, O resultado experimental foi próximo do resultado teórico, mas não foi satisfatório. 6 CONCLUSÃO Na experiência de padronização de soluções ácidas e básicas, pode-se perceber a importância da titulação para os trabalhos laboratoriais, e todo o cuidado que cerca tal método, deve-se saber como realizar esses procedimentos corretamente, desde a medida e pesagem das substâncias até o armazenamento delas em recipientes apropriados, passando por etapas como a transferência quantitativa da solução para o balão volumétrico, a homogeneização da solução e ambientação da vidraria utilizada. A titulação serve de base para outros experimentos, e por isso é tratada com minúcia. Foi através dela que pôde-se determinar a real concentração de NaOH e HCl nas soluções preparadas. 7 REFERÊNCIAS CHANG, Raymond. Química Geral - Conceitos Essenciais. 4ª edição: Editora McGraw-Hill, 2007. Departamento de Química, UFMG - Apostila de Química Geral, 2006, páginas 55 à 64. Figura 1: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ea/Potassium-hydrogen-phthalate-2D-skeletal.png. Acesso em: 29/06/2017.