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Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 1 MÓDULO 6 – Metálicas: Barras flexionadas 1. Introdução As barras sujeitas à flexão simples são dimensionadas no estado limite último para resistir a momento fletor e força cortante de cálculo da seção mais crítica. O deslocamento vertical máximo também deve ser verificado para o estado limite de serviço. • Nos estados limites últimos tem-se que: RdSd RdSd VV MM ≤ ≤ Onde: MSd é o momento fletor solicitante de cálculo; VSd é a força cortante solicitante de cálculo; MRd é o momento fletor resistente de cálculo; VRd é a força cortante resistente de cálculo; • Nos estados limites de serviço: Devem-se verificados os deslocamentos e comparar com os deslocamentos máximos permitidos dados pela Tabela C.1 (ANEXO C da NBR 8800/08). Para viga biapoiada: Carga distribuída (q): => IE Lq 384 5f 4 ⋅ ⋅ = Carga concentrada (P): => IE48 LPf 3 ⋅⋅ ⋅ = A resistência à flexão das vigas pode ser afetada por dois aspectos: • Flambagem local que é a perda de estabilidade da alma ou da mesa comprimidas do perfil. b t Flambagem local da alma Mesa Alma • Flambagem lateral que é quando a viga perde seu equilíbrio apresentando deslocamentos laterais e rotações de torção. Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 2 O MRd depende do: • Momento resistente elástico My • Momento de plastificação Mpl • Flambagem lateral • Flambagem local da alma • Flambagem local da mesa • Tensões residuais 2. Perfis mais utilizados: 3. Momento resistente elástico e momento de plastificação Considere uma viga biapoiada sob carga crescente: Analisando um pequeno elemento de viga tem-se: Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 3 φ Compressão na parte superior da viga e tração na parte inferior. Comportamento linear: A tensão máxima no regime linear é dada por: ymaxmax fW My I M <==σ Quando a tensão máxima atinge fy tem-se o início da plastificação e o comportamento passa a ser não-linear: ymaxmax fW My I M ===σ Onde: M é o momento fletor máximo de calculo da viga; I é o momento de inércia da seção em torno do eixo de flexão; ymax é a distância do centróide da seção até a área mais afastada; W é o módulo elástico da seção Portanto, o momento resistente elástico My de início de plastificação da seção é dado por: yy fWM ⋅= A partir deste momento as fibras mais internas da seção começam a se plastificar progressivamente até que seja atingida a plastificação total da seção Mpl. O momento de plastificação Mpl é dado por: yypl fW5,1fZM ⋅⋅≤⋅= Onde: Z é o módulo plástico da seção; Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 4 4. Classificação das seções Segundo a NBR 8800/08 as seções das vigas podem ser classificadas em três classes conforme a influência da flambagem local: • Seção compacta é aquela que atinge o momento de plastificação total antes que ocorra a flambagem local dos elementos. Permitem grandes rotações e redistribuição de momentos na análise plástica. M My Mpl φ Seção Compacta • Seção semi compacta é aquela em que a flambagem local ocorre após ter desenvolvido plastificação parcial, mas não apresentam grande capacidade de rotação. As tensões residuais são levadas em conta onde aplicáveis. Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 5 Flambagem local M My Mpl φ Seção semi compacta • Seção esbelta é aquela em que um ou mais elementos comprimidos flambam em regime elástico (antes do momento de início de plastificação). As tensões residuais são levadas em conta onde aplicáveis. M My Mpl φ Flambagem local Seção esbelta As classes de seções são definidas pelo λ das chapas componentes do perfil. Assim: esbeltaSeção compactaSemiSeção compactaSeção r rp p =>λ>λ =>λ≤λ<λ =>λ≤λ • Para Seção compacta o Regime é o plástico, a peça é curta, não vai ocorrer tombamento, portanto, a peça rompe no regime plástico (λ pequeno - Mpl). • Para Seção esbelta o Regime é o elástico, a peça é longa, ocorre flambagem lateral por torção ( λ alto - Mcr). • Para Seção Semi compacta o Regime é o inelástico. Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 6 y b r L =λ Onde: Lb é o vão livre sem impedimento lateral ry é o raio de giração mínimo (para tombamento) Se Lb=0 para perfil totalmente contido Mpl M (nominal) Mr Mcr λp λr λ Seção Compacta Seção Semicompacta Seção Esbelta Os parâmetros referentes ao momento fletor resistente de cálculo MRd é dado pela Tabela G.1 (ANEXO G da NBR 8800/08). Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 7 Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 8 5. Efeito da força cortante Os valores da força cortante resistente de cálculo, VRd, das barras fletidas, considerando os estados limites últimos são fornecidos pela NBR 8800/08 para escoamento e flambagem por cisalhamento item 5.4.3 . λ V Vpl p rλ λ0 Seção compacta Seção semicompacta Seção esbelta Referências Bibliográficas: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008. Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira Página 9 MÓDULO 6 – Madeira: Barras flexionadas 1. MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS 1.1 Flexão Normal Simples Flexão Normal Simples é aquela que ocorre com a ausência do esforço normal e que o plano de flexão contém um dos eixos principais de inércia da seção transversal da peça. Condição de Segurança: ⋅ ==≤=σ ⋅ ==≤=σ 6 hb y IWcomd,tfW M 6 hb y IWcomd,cfW M 2 t t t d d,t 2 c c c d d,c para seções retangulares Onde: σc,d → Tensão de compressão solicitante de cálculo; σt,d → Tensão de tração solicitante de cálculo; fc,d → Resistência à compressão resistente de cálculo; ft,d → Resistência à tração resistente de cálculo; Md → Momento fletor solicitante de cálculo; Wc → Módulo de resistência à flexão na compressão; Wt → Módulo de resistência à flexão na tração; I → Momento de inércia da seção transversal; yc → Distância da LN até a borda mais comprimida; yt → Distância da LN até a borda mais tracionada; Referências Bibliográficas: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7190: Cálculo e execução de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 2004.
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